27/07/2009

A infância que vale por uma vida

Arrisco-me a dizer que a infância é o melhor período da nossa vida. Não quero com isto ferir susceptibilidades; eu sei que há infâncias e infâncias. Mas se fizéssemos um estudo sobre "taxas de felicidade pura" nas diversas etapas da vida, atrevo-me a prognosticar que na infância se obteriam os valores mais elevados.

Em primeiro lugar, seria necessário definir o conceito de "felicidade pura". Na minha modesta opinião, não é um sentimento de fácil descrição, mas perfeitamente identificável quando acontece. Lembro-me que, durante a minha infância, todas as tardes sentia a "felicidade pura" e, sem preocupações, lá partia libertino para mais um período de brincadeira.

Contudo, os anos passam, as responsabilidades aumentam e a liberdade restringe-se. A liberdade de fazer o que nos apetece, sem pensar em problemas, em trabalho, ou neste e naquele pormenor que não pode ser descurado.

Não me parece que seja um sentimento exclusivo da minha pessoa, porque quando observo crianças a brincar consigo identificar-lhes a "felicidade pura". Só existem elas e o momento. Somente o presente interessa. Não há futuro e o passado, por mais horrendo que seja, desvanece-se. O mundo pára e elas ali estão... verdadeiramente felizes.


20/07/2009

Para além do fim: o mistério

Qual de nós não pensou no fim. Uma simples palavra que tem tanto de breve, como de sinistro e misterioso. Pessoalmente, eu não acredito no fim.

Nós - seres humanos - não somos apenas matéria, somos muito mais que isso: um fenómeno de energia. Porém, nas rotinas de vida ocidentais acabamos por ser demasiado básicos. Utilizámos os músculos para mover as peças ósseas e o cérebro para cumprir com pensamentos lógico-dedutivos e abstractos meramente necessários. A cultura oriental cultiva muito mais a mente do que nós. As horas que os monges budistas passam a meditar colocam-os num patamar existencial muito superior à mesquinhez do nosso quotidiano ocidental. Já ouviram falar em bio-energia? Provavelmente não, mas garanto-vos que é uma coisa fascinante, senão mesmo transcendental, e que requer anos de prática para que consigamos controlar os fluxos energéticos gerados pelo organismo.

Por outro lado, foram documentadas algumas experiências do ser humano em curtos períodos em que o organismo está temporariamente morto (p. ex., uma paragem cárdio-respiratória). Curiosamente, nas experiências quase-morte, designação aceite pela comunidade científica, os pacientes revelam pormenores que assumem uma certa padronização: uma enorme sensação de leveza, a observação dos factos que estão a decorrer num plano exterior ao corpo, um sentimento profundo de paz e alegria, e uma forte atracção por uma luz.

Será que há mesmo um fim?

Porque é que algumas religiões crêem na reencarnação? A reencarnação já foi postulada pela igreja cristã, tendo sido abolida, segundo reza a história, por um imperador romano (Júlio César, salvo erro), por forma a neutralizar as eventuais infidelidades e revoltas dos seus súbditos. A governação pelo medo e pela força sempre foi um grande aliado da cadeira do poder.

Não sei. Simplesmente, não creio que tudo se resuma a um fim. No meio de tanta ciência, avanço tecnológico e conhecimento, será que somos cada vez mais cultos, ou afundamo-nos constantemente num poço de ignorância existencial?

O mistério persiste.

13/07/2009

E um circuito de manutenção cá na terra?

Há uns tempos que se fala na possibilidade de avançar com um circuito de manutenção em Monchique. Face às potencialidades do meio, não seria uma obra totalmente descontextualizada e viria enriquecer a oferta desportiva gratuita ao ar livre.

Eu, pessoalmente, não me coibiria de dar umas "corridinhas" e umas voltinhas de bicicleta, saboreando a frescura e pureza destes ares revitalizantes. Fossas à parte, imaginem o que seria termos uma coisa assim:

12/07/2009

Oeiras Alive!09 - Metallica sempre em Alta!

Como havia enunciado anteriormente, sempre me desloquei a Lisboa para assistir ao primeiro dia da terceira edição do festival Oeiras Alive!09. Depois do metal cru dos Mastodon, da agressividade dos Lamb of God e Machine Head e do entusiasmo dos Slipknot, surgiram os magníficos Metallica.

E que concerto! Na minha opinião, ao nível da actuação no festival Super Bock Super Rock em 2007. Um alinhamento bem coerente com a constituição "heavy" do festival e com uma excelente integração dos temas do álbum mais recente "Death Magnetic". Foram quase 40 mil espectadores a delirar com um desempenho soberdo de James Hetfield, Kirk Hammett, Robert Trujillo e Lars Ulrich. Os Metallica são, sem qualquer margem para dúvidas, uma banda de referência no panorama mundial.

Ora fiquem com um brevíssimo excerto da música "Nothing Else Matters" captado pelo meu telemóvel.

Foi lindo, não foi?

07/07/2009

Reflexões sobre... condução automóvel

Se as capacidades dos seres humanos regridem a partir de certa idade, variável de pessoa para pessoa, sobretudo em termos das capacidades perceptivas e de coordenação motora, porque é que não se fazem exames progressivamente mais frequentes à medida que a idade vai "pesando" na arte de conduzir um automóvel na via pública?

- Depois queixam-se que os velhotes entram nas auto-estradas em contra-mão e têm uma certa propensão para causar acidentes, por vezes mortais.

Se está comprovado que o ser humano aprende mais efectivamente mediante o reforço positivo (elogio, recompensa, etc.), porque é que só se multa em situações de infracção e não se beneficia/distingue pessoas em circunstâncias de desempenho exemplar ou meritório?

- Depois admiram-se que o pessoal ande revoltado por multas por excesso de velocidade (+ 1 Km/h que o permitido) ou desrespeito pelo traço contínuo numa recta de 1 Km.

Se os automóveis estão a evoluir em matéria de segurança, conforto e desempenho e as estradas são progressivamente mais seguras, porque é que os limites de velocidade se mantêm há décadas?

- Depois só se vê pessoal a conduzir, em média, a 140 Km/h na auto-estrada e 110 Km/h nos itinerários complementares e, claro, a ser multado por excesso de velocidade.

03/07/2009

Como interromper um treino de força - Parte 1

Imaginem-se num ginásio a trabalhar os grandes peitorais numa máquina Peck-Deck ou Butterfly. À vossa frente contam com um inestimável estímulo adicional quando, de repente, o treino é interrompido pelo acontecimento mais improvável. :)

It's Evolution, baby!

O Município de Monchique promoveu, na passada terça-feira, a visita dos alunos da Ginástica Sénior ao Zoomarine. Com todas as freguesias representadas - Alferce, Monchique e Marmelete - surgiu a oportunidade de experienciar as maravilhas do cinema 4D.

Com equipamento a condizer, não faltou quem tentasse matar uma serpente virtual com o belo do cajado. Tecnicamente, o sr. Manuel queria "enfiar o cajado na boca da cobra", por não gostar de tais bichos. Felizmente, ninguém saiu da sessão com um galo na cabeça. Em suma, com ou sem manobras perigosas da assistência, o progresso da tecnologia encantou os meus conterrâneos.

- "Ahhhh, que côsa más linda!"