tag:blogger.com,1999:blog-212485172024-03-28T19:14:19.197+00:00Linha de PasseCarlos Humberto Almeidahttp://www.blogger.com/profile/09636379308994650864noreply@blogger.comBlogger525125tag:blogger.com,1999:blog-21248517.post-62461594880657068792024-03-27T12:42:00.001+00:002024-03-27T12:42:47.860+00:00Artigo do mês #51 – março 2024 | Quão efetivas são as dicas externas e as analogias na melhoria do desempenho de sprint e salto em jovens jogadores de uma academia profissional de futebol?<p style="text-align: justify;"><b style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Nota prévia</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-align: justify;">: O artigo
científico alvo da presente síntese foi selecionado em função dos seguintes
critérios: (<b>1</b>) publicado numa revista científica internacional com
revisão de pares; (<b>2</b>) publicado no último trimestre; (<b>3</b>)
associado a um tema que considere pertinente no âmbito das Ciências do
Desporto.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">- 51 -<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Autores<a name="_Hlk100579888">: </a></span></b><a name="_Hlk148977554"><span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Moran, J., Allen, M., Butson, J., Granacher, U., Hammami,
R., Clemente, F. M., Klabunde, M., & Sandercock, G.<o:p></o:p></span></span></a></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"></span><span style="mso-bookmark: _Hlk148977554;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">País:</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Inglaterra<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Data de publicação: </span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">1-fevereiro-2024<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Título:</span></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> How effective are external
cues and analogies in enhancing sprint and jump performance in academy soccer
players?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Referência:</span></b><span lang="EN-GB"> </span><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Moran,
J., Allen, M., Butson, J., Granacher, U., Hammami, R., Clemente, F. M.,
Klabunde, M., & Sandercock, G. (2024). How effective are external cues and analogies
in enhancing sprint and jump performance in academy soccer players? <i>Journal
of Sports Sciences</i>, 1–8. Advance online publication. https://doi.org/10.1080/02640414.2024.2309814<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWXuruxoG5MzV7LrJbXaYmgGY7jnA1F3cSZ_35g_3fa3pj3EK_cvJHcgPxFIas_tfVlMTKKhiGgcWRETt_pIwdl4tyBC2LKPhK_lnuvs8nnC0qXjKi93xD2SLq6KTp6QfA-49T8oJptA-vjMU4bjlCrGZizjpEcwgfkPtYm_hwdW1NdKJk65lAyg/s2170/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2051%20-%20mar%C3%A7o%202024%20(1).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="816" data-original-width="2170" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWXuruxoG5MzV7LrJbXaYmgGY7jnA1F3cSZ_35g_3fa3pj3EK_cvJHcgPxFIas_tfVlMTKKhiGgcWRETt_pIwdl4tyBC2LKPhK_lnuvs8nnC0qXjKi93xD2SLq6KTp6QfA-49T8oJptA-vjMU4bjlCrGZizjpEcwgfkPtYm_hwdW1NdKJk65lAyg/w640-h240/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2051%20-%20mar%C3%A7o%202024%20(1).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 1.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Informações editoriais do artigo do mês 51 – março de
2024.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Apresentação do problema<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Uma dica de treino é uma instrução verbal que pode ser
utilizada para direcionar o foco de atenção de um indivíduo para o movimento,
no sentido de otimizar a sua execução (Benz et al., 2016). As dicas que centram
a atenção do praticante no resultado da ação no ambiente externo (e.g., num
objeto) ou interno (e.g., numa parte corporal) afetam o desempenho motor (Chua
et al., 2021; Porter et al., 2013; Vance et al., 2004). A hipótese da ação condicionada
sugere que a atenção interna controla o movimento de forma deliberada, enquanto
o foco externo promove a automatização da ação (McNevin et al., 2003; Wulf,
2012). Os treinadores podem recorrer a instruções com foco externo para
promover a eficiência de movimento (Guss-West & Wulf, 2016), potencialmente
melhorando a aprendizagem ao longo do tempo (Nicklas et al., 2022).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Com base em estudos anteriores, Winkelman (2018)
demonstrou os efeitos positivos de incluir uma componente direcional numa dica
verbal para aprimorar o desempenho motor. É evidente que as dicas com foco de
atenção distal são mais eficazes para a performance em saltos do que as com
foco proximal. No contexto da locomoção, observou-se que os praticantes podem
melhorar consideravelmente o seu desempenho quando o foco está voltado para um
ponto ou alvo distante (Winkelman, 2018).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Por outro lado, um aspeto pouco explorado na literatura
sobre o treino de habilidades motoras é o uso de analogias para transmitir o
propósito de uma instrução específica. Uma analogia é uma ferramenta verbal
valiosa que integra informações biomecânicas de forma a facilitar a comunicação
da velocidade e posição corporal necessárias para a execução da habilidade, ainda
que de maneira simbólica (Powell et al., 2021). Os estudos indicam que crianças
apresentaram um desempenho significativamente melhor em habilidades de andebol
quando as dicas de treino foram apresentadas por meio de analogias (Fasold et
al., 2020). Esta abordagem pode ser particularmente benéfica ao trabalhar com
jovens, uma vez que melhora a compreensão e o desempenho subsequente (Kushner
et al., 2015; Radnor et al., 2020). Contudo, são necessárias mais pesquisas
para avaliar completamente a eficácia desta estratégia pedagógica.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A literatura tem documentado que o uso de uma dica de
treino externa, ou foco de atenção externo, pode resultar em melhores
desempenhos em comparação com uma dica de treino interna, ou foco de atenção
interno (Li et al., 2022; Makaruk et al., 2020; Wulf, 2012). No entanto,
recentemente, numa ampla amostra internacional diversificada de jovens, foi
comprovado que o mesmo princípio pode não se aplicar em idades inferiores a 18
anos (Moran et al., 2023). A adoção das técnicas de treino mencionadas para
desenvolver habilidades, como correr e saltar, pode não representar
necessariamente a estratégia ótima de treino para jovens (figura 2). Apesar de
alguns estudos terem examinado o efeito do foco de atenção no desempenho de
habilidades motoras em idades juvenis, os resultados parecem variar mais do que
os realizados na idade adulta. Torna-se, assim, difícil determinar se a
manipulação do foco de atenção através de dicas pode (ou não) melhorar a
performance de jovens, como parece suceder nos adultos. Enquanto os adultos tendem
a exibir uma maior propensão para se concentrarem em informações relevantes, os
jovens focam-se tanto em informações relevantes como irrelevantes (Jung et al.,
2023), o que, embora potencialmente vantajoso, pode afetar negativamente o
nível de atenção que dedicam a uma instrução concreta (Connell, 2003).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiJ7rM_BOKUySxml8L_Ed_fu9LqYBN0kelX3Nl28InwGz732cwbZ6LXY3UKjw9mnuHbYeGR-cYMmfZFSezC5JsyD8ohmVoIPLRm2wo2BInbOx_E6jryXVTNCqxcMkI3Cf5S432JSMf3rQi4kvgM-NbzU9SH8cjS6gWOK2WBvel9qtEo0ywOzot9w/s573/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2051%20-%20mar%C3%A7o%202024%20(2).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="379" data-original-width="573" height="424" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiJ7rM_BOKUySxml8L_Ed_fu9LqYBN0kelX3Nl28InwGz732cwbZ6LXY3UKjw9mnuHbYeGR-cYMmfZFSezC5JsyD8ohmVoIPLRm2wo2BInbOx_E6jryXVTNCqxcMkI3Cf5S432JSMf3rQi4kvgM-NbzU9SH8cjS6gWOK2WBvel9qtEo0ywOzot9w/w640-h424/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2051%20-%20mar%C3%A7o%202024%20(2).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 2.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Recurso a dicas de treino internas e externas para
melhorar a performance de salto em jovens atletas (fonte:</span><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">https://athletesacceleration.com)
(imagem não publicada pelos autores).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">À luz dos resultados reportados em jovens praticantes
(Moran et al., 2023), tem sido especulado que, devido ao período de atenção
mais curto e ao desenvolvimento cognitivo menos avançado, os indivíduos mais
jovens podem ser menos recetivos a certas dicas de treino, comparativamente com
os adultos (Yamada et al., 2022). Porém, considerando as coortes incluídas no
estudo de Moran e colegas (2023), nenhuma poderia ser considerada como “elite”,
quer em termos de longevidade, como na qualidade de treino a que os
participantes foram expostos ao longo das respetivas carreiras desportivas. Deste
modo, numa tentativa de suprimir as limitações desse estudo, os autores procuraram
explorar a eficácia de dicas externas, dicas internas e “analogias com
componente direcional” no desempenho de habilidades motoras em jogadores de
futebol de elite, pertencentes a academias profissionais. Embora as analogias
possam ser muito úteis no treino, até ao momento, os efeitos desta técnica
associada a uma componente direcional (ou seja, “perto” vs. “longe”) ainda estão
por confirmar (Winkelman, 2020).</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Métodos<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 1.0cm 49.65pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Participantes</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: 20 jovens jogadores de uma academia profissional de
futebol (idade média: 14,7 ± 0,25 anos; idade biológica média: 14,6 anos; estatura
média:166,9 ± 5,9 cm; massa corporal média: 53,9 ± 6,4 kg).</span><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Apenas indivíduos com
menos de 18 anos e saudáveis foram elegíveis para participar no estudo. A
pesquisa esteve conforme os princípios da Declaração de Helsínquia, sendo que
os consentimentos dos pais e dos participantes foram obtidos antes do início da
experiência.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Desenho experimental</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: para examinar os efeitos de diferentes dicas externas, dicas
internas e analogias com componente direcional (“perto” e “longe”) no
desempenho de saltos e sprints em jovens futebolistas, foi cumprido um
protoloco experimental. Os participantes realizaram saltos verticais e sprints
de 20 metros, recebendo uma dica de treino específica antes de cada ação. Uma
análise prévia de potência indicou que uma amostra de 20 participantes seria mais
do que adequada para detetar os efeitos esperados nos testes de sprint e salto.
Cada participante realizou 10 saltos e 10 sprints, com uma única dica de
instrução fornecida imediatamente antes de cada ação. Foram concedidas 5 dicas
diferentes para os sprints e 5 dicas diferentes para os saltos, o que significa
que cada participante recebeu cada dica individual duas vezes. As dicas em si
encaixavam-se em 5 categorias distintas (ver tabela 1). As dicas neutras “salte
o mais alto possível” e “corra o mais rápido possível” foram usadas como dicas
de controle.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Tabela 1. </span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Dicas para
os sprints e para os saltos (adaptado de Moran et al., 2024).<b><o:p></o:p></b></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3DsXsutdVC7QWbpoft7TcT1JiMISclIT_GVR_vYbgrkxKYkkBxFA8Z-FlAZITGHM3ajQ_KNjm_vmOTkqWDI5Rc3U6g8R7dw4FN2LCBGf4fTqnUJOKa3kPNual5psdsPuF_c_6D9c21HVZ9fLOzjXX-JebHOCM7736kwYGGY7p1Q8tdO-yCOdNkQ/s2016/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2051%20-%20mar%C3%A7o%202024%20(3).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="988" data-original-width="2016" height="314" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3DsXsutdVC7QWbpoft7TcT1JiMISclIT_GVR_vYbgrkxKYkkBxFA8Z-FlAZITGHM3ajQ_KNjm_vmOTkqWDI5Rc3U6g8R7dw4FN2LCBGf4fTqnUJOKa3kPNual5psdsPuF_c_6D9c21HVZ9fLOzjXX-JebHOCM7736kwYGGY7p1Q8tdO-yCOdNkQ/w640-h314/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2051%20-%20mar%C3%A7o%202024%20(3).png" width="640" /></a></div><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Aquecimento</span></i><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">: antes
dos testes físicos, foi realizado um aquecimento padronizado de 8 minutos,
incluindo corrida de baixa intensidade, exercícios dinâmicos (e.g., skipping
alto, balanços de perna para frente, lunges laterais) e saltos e sprints
submáximos.</span> <span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Como preparação, os participantes foram autorizados a
executar duas repetições submáximas ao longo de 5 metros e uma repetição máxima
ao longo de 10 metros para se familiarizarem com o formato do teste de sprint
(Winkelman et al., 2017). Os participantes foram incentivados a executar ações
de baixa intensidade entre os testes.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Saltos</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: o teste
de salto vertical com contramovimento foi realizado utilizando o aparelho
OptoJump (Microgate, Bolzano, Itália), conhecido pela sua validade e
fiabilidade (Glatthorn et al., 2011). A cada participante foi pedido para “saltar
o mais alto possível nos próximos 10 saltos”. Também foram informados de que “antes
de cada salto, receberão uma dica de treino específica. Concentrem-se ao máximo
nesta dica durante o salto” (Winkelman et al., 2017). Todas as dicas foram
dadas a partir de uma posição sentada, cerca de um metro à esquerda da posição
do participante. Houve um intervalo mínimo de 2 minutos entre os saltos, e o
melhor resultados das duas tentativas foi analisado (Moran et al., 2017).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Sprint de 20 metros</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: para
medir a velocidade de sprint, foram utilizados portões de cronometragem (Brower
Timing Systems, Draper, UT, EUA), também altamente fiáveis na medição da
velocidade máxima (Shalfawi et al., 2012). Os participantes foram instruídos a
adotar uma posição com 2 apoios, com os braços opostos às pernas e um pé atrás
da linha de partida. Foi solicitado que cada participante realizasse os 10
sprints à velocidade máxima, com dicas de treino específicas cedidas antes de
cada repetição (Winkelman et al., 2017). As dicas foram dadas a partir de uma
posição sentada aproximadamente a um metro à esquerda da linha de partida. Os
sprints iniciaram-se logo após a verbalização da dica, sendo propostos, no
mínimo, 2 minutos de descanso entre cada sprint. Os portões de cronometragem
foram posicionados um metro à frente dos participantes ao nível das coxas para
capturar o movimento do tronco e evitar falsas partidas quando acionados pelos
membros superiores (Ramirez-Campillo et al., 2021).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Análise estatística</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: no
sentido de avaliar as diferenças entre as dicas externas, dicas internas, as
duas analogias com componente direcional e a dica neutra, correu-se uma ANOVA
de medidas repetidas. Para o efeito, utilizou-se o software JASP (v. 10.2,
Universidade de Amesterdão). As assunções de normalidade e esfericidade foram
testadas com Shapiro–Wilk e Mauchly, respetivamente. Nas análises <i>post-hoc</i>
aplicou-se a correção de Bonferroni (<i>p</i> < 0,05). Foram ainda utilizadas
as dimensões de efeito do <i>d</i> de Cohen para examinar as diferenças entre as
condições, sendo os valores interpretados segundo a proposta de Hopkins et al.
(2009): <0,2 = trivial; 0,2–0,6 = pequeno, 0,6–1,2 = moderado, 1,2–2,0 =
grande, 2,0–4,0 = muito grande, >4,0 = extremamente grande.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Principais resultados<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A figura 3 oferece uma
representação visual dos principais resultados do estudo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5GUhWEaDcAHoVTnaJc2s0sZFAQvyhNZWmyJY_37BBJhpYd0SwYJCxEsPOj7F52r_htuDp9aY3CU0hxR565HjWO-ZYTqYPSQhNpu4TJ1T4Ybpv3uMKEL7Kk9jDge5X8otpHqev8L9Xt-fyDuPhEuNqdNhYELtA5emMs3WRGKtzp9F444tHKAZeLg/s1920/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2051%20-%20mar%C3%A7o%202024%20(4).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1920" data-original-width="1514" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5GUhWEaDcAHoVTnaJc2s0sZFAQvyhNZWmyJY_37BBJhpYd0SwYJCxEsPOj7F52r_htuDp9aY3CU0hxR565HjWO-ZYTqYPSQhNpu4TJ1T4Ybpv3uMKEL7Kk9jDge5X8otpHqev8L9Xt-fyDuPhEuNqdNhYELtA5emMs3WRGKtzp9F444tHKAZeLg/w504-h640/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2051%20-%20mar%C3%A7o%202024%20(4).png" width="504" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 3.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Médias do tempo de sprint (em cima, em segundos) e da altura
de salto (em baixo, em centímetros) para o grupo de 20 jogadores, em função de
diferentes condições de foco atencional: neutro (<i>neutral</i>), “para longe”
(<i>away</i>), “para perto” (<i>towards</i>), interno (<i>internal</i>) e
externo (<i>external</i>) (Moran et al., 2024).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Tanto no sprint, como no
salto, foram detetadas diferenças significativas entre os diversos tipos de
dica. No sprint de 20 metros, as diferenças significativas entre as dicas
externas e internas foram significativamente favoráveis para as dicas externas.
Por sua vez, a comparação entre as dicas internas e as analogias com componente
direcional “para longe” ditou resultados significativamente superiores para a
analogia “para longe”. Não foram detetadas diferenças significativas entre as
outras categorias de dica.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">No caso do salto vertical,
não foram encontradas diferenças significativas entre as dicas, excetuando a comparação
entre a analogia com componente direcional “para longe” e a dica de controlo
(neutra), favorável a esta última.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Aplicações práticas<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Dados os resultados
apresentados, propomos 4 aplicações práticas que podem ser seguidas pelos
treinadores para melhorar o desempenho de sprint e salto em contexto de treino:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: 14.2pt 21.3pt 49.65pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;">1.<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Utilizar dicas de
treino externas e analogias com componente direcional para ações de sprint</span></u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: os treinadores que trabalham com jovens futebolistas
podem recorrer a dicas externas e analogias com componente direcional para
melhorar a velocidade de sprint de forma mais efetiva, pelo menos quando
comparadas com dicas internas. Esses 2 tipos de dicas de treino foram, de
facto, mais eficazes na promoção de desempenhos superiores em alguns casos.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">2.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> <u>Considerar a eficácia de dicas neutras na performance
de saltos verticais</u>: os profissionais do treino devem reconhecer que, no caso
concreto das ações de salto, simplesmente aplicar dicas neutras que encorajam o
esforço máximo pode ser tão eficaz quanto dicas mais sofisticadas. Encorajar o
desempenho máximo, sem manipular o foco de atenção, pode incentivar esforços
superiores por parte dos jovens praticantes de futebol, designadamente em tarefas
ou testes de salto.</span><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">3.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> <u>Adaptar dicas instrucionais para jovens atletas</u>: uma
vez que há diferenças claras entre jovens e adultos em competências
neurocognitivas e na propensão para seguir determinadas instruções, há que
saber adaptar as dicas instrucionais em conformidade. Assim, os treinadores
devem concentrar-se em utilizar dicas que sejam facilmente percebidas pelos
jovens atletas, por forma a garantir desempenhos ótimos mais cedo e um
desenvolvimento contínuo e progressivo das mais diversas habilidades.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">4.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> <u>Solicitar concentração e padronizar as dicas de
treino</u>: os treinadores devem exigir que os jovens permaneçam concentrados
na tarefa em mãos para maximizar o desempenho. Enquanto dicas externas e
internas requerem que os participantes mantenham um foco específico no decurso
da ação, as dicas neutras apenas apelam a um esforço máximo. Por outro lado,
assegurar a padronização das dicas em várias tarefas torna a comunicação mais fluida
e efetiva, fomentando a compreensão e a consistência da performance.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Conclusão<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">No presente estudo, encontraram-se evidências que apoiam
o uso de dicas externas e analogias com componente direcional no treino da
velocidade de corrida em jovens futebolistas de elite. O recurso a analogias
pode constituir um modelo de comunicação mais acessível, facilitando a
compreensão das instruções do treinador. Assim, uma linguagem de treino mais
evocativa pode ser preferível às dicas convencionais, se resultar numa melhor
compreensão contextual do que é exigido aos atletas. Contudo, os resultados do
estudo não indicaram um efeito universalmente positivo das dicas experimentais
nos testes de desempenho utilizados. Parece que incentivar simplesmente o
desempenho máximo pode ser igualmente eficaz, especialmente em ações de salto.
Estes resultados não devem desencorajar necessariamente os treinadores de
utilizar dicas externas ou analogias com componente direcional, uma vez que
podem ainda ser úteis na execução de uma habilidade motora. Acima de tudo, qualquer
profissional do treino deve estar ciente de que o nível de experiência, a
compreensão e a capacidade de atenção de um jovem podem afetar o desempenho
motor, sendo aconselhável uma abordagem individualizada na orientação
instrucional.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">P.S.:<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;">1-<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As ideias que constam neste texto foram originalmente
escritas pelos autores do artigo e, presentemente, traduzidas para a língua
portuguesa;<o:p></o:p></span></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;">2-<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Para melhor compreender as ideias acima referidas,
recomenda-se a leitura integral do artigo em questão;<o:p></o:p></span></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;">3-<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As citações efetuadas nesta rubrica foram utilizadas pelos
autores do artigo, podendo o leitor encontrar as devidas referências na versão
original publicada na revista <i>Journal of Sports Sciences</i>.</span></p>Carlos Humberto Almeidahttp://www.blogger.com/profile/09636379308994650864noreply@blogger.com08550 Monchique, Portugal37.3179879 -8.55617069.0077540638211531 -43.7124206 65.628221736178844 26.6000794tag:blogger.com,1999:blog-21248517.post-51760314127377985132024-03-16T19:38:00.000+00:002024-03-16T19:38:29.782+00:00P'las Veredas de Monchique 2023/24 | Percurso Pedestre das Cascatas + Rota das Adelfeiras (10-mar-2024)<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif">Há alguns anos que ando -
literalmente! - nestas lides. Contudo, raras foram as ocasiões que me
permitiram desfrutar dos 19,2 km realizados na Foia, como no passado domingo.</span><span face="Arial, sans-serif"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif">Porquê? Por causa da água
com que nos deparámos ao longo de todo o percurso. Não me lembro de ter descido
o trilho dos castanheiros da Foia, no sentido do Penedo do Buraco, pelas bermas
do mesmo, caso contrário ficaria com os pés encharcados. O trilho era o que
outrora fora: um curso de água.</span><span face="Arial, sans-serif"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif">As cascatas do Penedo do
Buraco e do Chilrão, praticamente secas durante todo o ano, voltaram a
mostrar-nos resquícios do passado: resplandecentes, refrescantes e cristalinas
(figuras 1 e 2).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif"> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiReBD1nSv_HgHZxs6LgiKaJt6SmPQILEfKpOPY0xvcCvP8xp0mLA0Su4Zs8KxBvBLKnmEnfSZX1GjURycUzn3DyiX9bdXhX2jEsDN_6xo0A6roTNtW4MNOcd3YZ3P6txG4Rj7GXFE6G0Kia4f8qQqN06fuuyKQ59ghzjqEaBLIvtZHmr-SYWW2eA/s4608/Cascata%20do%20Penedo%20do%20Buraco%20(10-mar-2024).jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4608" data-original-width="3456" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiReBD1nSv_HgHZxs6LgiKaJt6SmPQILEfKpOPY0xvcCvP8xp0mLA0Su4Zs8KxBvBLKnmEnfSZX1GjURycUzn3DyiX9bdXhX2jEsDN_6xo0A6roTNtW4MNOcd3YZ3P6txG4Rj7GXFE6G0Kia4f8qQqN06fuuyKQ59ghzjqEaBLIvtZHmr-SYWW2eA/w300-h400/Cascata%20do%20Penedo%20do%20Buraco%20(10-mar-2024).jpg" width="300" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%;">Figura 1.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%;"> Cascata do Penedo do Buraco,
Foia, Monchique, Portugal (10-mar-2024).<o:p></o:p></span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%;"> </span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkR-p7UFGYxKvaAdnNMrXDDLsz6fZbfVPNXX_L6IR-bP0gTjLXtIc9tsK7XOrYybBpfl56nNflPAV_eHMJHxxOSkjSrBXkXJl8otQy75qZQUL_RYedzwOuTkhbuQVo4hVSusPXe_BxrjAtoEtOku5va58blYGEIS3iWJIhKsAN5puJBjd09PbIXg/s4608/Cascata%20do%20Chilr%C3%A3o%20(10-mar-2024).jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4608" data-original-width="3456" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkR-p7UFGYxKvaAdnNMrXDDLsz6fZbfVPNXX_L6IR-bP0gTjLXtIc9tsK7XOrYybBpfl56nNflPAV_eHMJHxxOSkjSrBXkXJl8otQy75qZQUL_RYedzwOuTkhbuQVo4hVSusPXe_BxrjAtoEtOku5va58blYGEIS3iWJIhKsAN5puJBjd09PbIXg/w300-h400/Cascata%20do%20Chilr%C3%A3o%20(10-mar-2024).jpg" width="300" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%;">Figura 2.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%;"> Cascata do Chilrão, Monchique,
Portugal (10-mar-2024).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif">Uma vez que estes momentos
podem ser cada vez mais efémeros, em seguida deixo-vos um vídeo com breves
imagens da cascata do Chilrão para a posterioridade. O que foi, talvez nunca o
voltará a ser do mesmo modo. A água, essa, a existir, procurará sempre os
caminhos que lhe pertencem por direito.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/4wa0gC1VBAU" width="320" youtube-src-id="4wa0gC1VBAU"></iframe></div><p></p>Carlos Humberto Almeidahttp://www.blogger.com/profile/09636379308994650864noreply@blogger.com08550 Monchique, Portugal37.3179879 -8.55617069.0077540638211531 -43.7124206 65.628221736178844 26.6000794tag:blogger.com,1999:blog-21248517.post-41648991109258624402024-02-26T15:54:00.002+00:002024-02-26T15:56:30.761+00:00Artigo do mês #50 – fevereiro 2024 | Proposta ecológica para o desenvolvimento da habilidade e da performance no treino de guarda-redes de futebol: Evidências empíricas e aplicações para o treino <p style="text-align: justify;"><b style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Nota prévia</span></b><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; text-align: justify;">: O artigo
científico alvo da presente síntese foi selecionado em função dos seguintes
critérios: (<b>1</b>) publicado numa revista científica internacional com
revisão de pares; (<b>2</b>) publicado no último trimestre; (<b>3</b>)
associado a um tema que considere pertinente no âmbito das Ciências do
Desporto.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">- 50 -<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Autores<a name="_Hlk100579888">: </a></span></b><a name="_Hlk148977554"><span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Modric,
T., Carling, C., Lago-Peñas, C., Versic, Š, Morgans, R., & Sekulic, D.<o:p></o:p></span></span></a></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"></span><span style="mso-bookmark: _Hlk148977554;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">País:</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Suécia<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Data de publicação: </span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">31-janeiro-2024<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Título:</span></b><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> An ecological approach for
skill development and performance in soccer goalkeeper training: Empirical
evidence and coaching applications<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Referência:</span></b><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Bastias, E., Otte, F. W., Vaughan, J., Swainston, S.,
& O’ Sullivan, M. (2024). </span><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">An ecological approach for
skill development and performance in soccer goalkeeper training: Empirical
evidence and coaching applications. <i>Journal of Sports Sciences</i>, 1–12.
Advance online publication. https://doi.org/10.1080/02640414.2024.2306449<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5XOoTTnlXrmgB5R0-_S0EV6bSTPeTmE7TJ-o-hLp8JSGnkk1cUVVHmjOWpC3lqDbLIoPOYZSDmVK2uhzWYK3ZMw2XxcGwgLHfR9zW5IFLFZbIVY7uv4ET-lTQdivBxcd8IXtJ-PJ8wcX3uAfL0XUpD6O2cOx_VfbIq7BtuxWR6pZtJ1GpJptr-A/s2186/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2050%20-%20fevereiro%202024%20(1).png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="654" data-original-width="2186" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5XOoTTnlXrmgB5R0-_S0EV6bSTPeTmE7TJ-o-hLp8JSGnkk1cUVVHmjOWpC3lqDbLIoPOYZSDmVK2uhzWYK3ZMw2XxcGwgLHfR9zW5IFLFZbIVY7uv4ET-lTQdivBxcd8IXtJ-PJ8wcX3uAfL0XUpD6O2cOx_VfbIq7BtuxWR6pZtJ1GpJptr-A/w640-h192/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2050%20-%20fevereiro%202024%20(1).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 1.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Informações editoriais do artigo do mês 50 – fevereiro
de 2024.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Apresentação do problema<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A dinâmica ecológica tem surgido como uma estrutura
teórica de referência para o desenvolvimento de habilidades e para a melhoria
do desempenho desportivo (Araújo & Davids, 2016; O’Sullivan et al., 2021;
Vaughan et al., 2019). O respetivo racional pressupõe que o desenvolvimento das
habilidades é um processo dinâmico, no qual os praticantes e o ambiente estão
intrinsecamente ligados. Esta teoria sublinha que a performance é o resultado
de uma interação contínua que requer uma constante autorregulação e adaptação
do sistema percetivo-motor (Araújo & Davids, 2016; Davids et al., 2017).
Mais especificamente, os sistemas percetivo-motores adaptam-se às capacidades
do indivíduo, à tarefa e às propriedades do ambiente (Gibson, 1979; Newell,
1986). No desporto, os constrangimentos da tarefa visam moldar a intenção da
atividade, incluindo as dimensões do campo, o número de jogadores, número e
tipo de balizas, sinalizadores e modificação das regras. Os constrangimentos
ambientais geralmente vão além da manipulação do treinador, como o clima, a temperatura
e a iluminação (Newell, 1986). Embora haja evidências que sustentam que os
constrangimentos da tarefa e do ambiente influenciam a aprendizagem e o
desempenho desportivo (Edelman & Gally, 2001; Ribeiro et al., 2019a,
2019b), ainda há a necessidade de confirmar empiricamente este raciocínio,
especialmente relevante em contextos específicos como o treino específico de
guarda-redes (GR) no futebol.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O impacto dos constrangimentos da tarefa e do ambiente na
performance desportiva tem sido estudado em diversas modalidades (Aguiar et
al., 2012; Sarmento et al., 2018). Por exemplo, no futebol, ajustar o tamanho
da área de treino pode afetar a frequência de ações básicas, como interceções,
remates à baliza ou desarmes (Casamichana & Castellano, 2010; Fleay et al.,
2018). Introduzir um desequilíbrio numérico nas equipas (e.g., 6v5) pode
aumentar o número de passes bem-sucedidos em jogos reduzidos (Bonney et al.,
2020). Embora estudos anteriores confirmem que a aquisição de habilidades
motoras melhora com a prática acumulada (Dayan & Cohen, 2011; Doyon &
Ungerleider, 2002; Pascual-Leone et al., 1994), os efeitos do treino no
desempenho podem variar consideravelmente dependendo da tarefa (Ashby et al.,
2010; Doyon & Benali, 2005). Os constrangimentos ambientais também podem
influenciar significativamente o desempenho técnico dos jogadores. Aliás, tem
sido produzida investigação em torno do impacto do clima nas capacidades
fisiológicas dos atletas (Carling et al., 2011; Mohr et al., 2012) e nas
oportunidades de golo durante um jogo (Brocherie et al., 2015).</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Contudo, examinar a influência dos constrangimentos da
tarefa e do ambiente no desempenho desportivo pode ser condicionado por fatores
de confusão específicos, ou seja, que podem mascarar os efeitos das variáveis
do estudo na performance dos jogadores (Bernards et al., 2017; Teune et al.,
2022a). Por exemplo, a estrutura da sessão de treino (i.e., a ordem das tarefas
após o aquecimento) pode deturpar o efeito dos constrangimentos (Araújo &
Davids, 2016), ao regular o estado físico e/ou coordenativo crítico dos
participantes no decurso da sessão de treino. Deste modo, a análise dos
resultados da aplicação de constrangimentos no desempenho, em vários contextos
desportivos tão específicos como o treino de GR (figura 2), merece mais atenção
académica.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwluTp4ZthRYWkQjLwt6dTdne2KgqMx_U28v_gaXWB5kfjBoZ2e-odv_lAEb7kdNmabpu17RVbh4mvl_BCiJr3FNAm5VOt1YmDxGLNSrrUqeQh9QowXsSBMMqL08fXpSqEsb4EjSaoVg4QJg97t57r8hJtUYhaoEY-Gf1ygcB7-tOfL01wX4TKqw/s1440/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2050%20-%20fevereiro%202024%20(2).jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="892" data-original-width="1440" height="396" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwluTp4ZthRYWkQjLwt6dTdne2KgqMx_U28v_gaXWB5kfjBoZ2e-odv_lAEb7kdNmabpu17RVbh4mvl_BCiJr3FNAm5VOt1YmDxGLNSrrUqeQh9QowXsSBMMqL08fXpSqEsb4EjSaoVg4QJg97t57r8hJtUYhaoEY-Gf1ygcB7-tOfL01wX4TKqw/w640-h396/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2050%20-%20fevereiro%202024%20(2).jpg" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 2.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Guarda-redes da equipa feminina do Liverpool FC em
situação de treino específica (imagem não publicada pelos autores; fonte: https://theathletic.com).
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Constrangimentos da tarefa e ambientais no treino de GR<o:p></o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">No futebol, o GR enfrenta uma variedade de desafios que
exigem adaptação constante às dinâmicas do jogo (Otte et al., 2022; Quinn et
al., 2023; West, 2018). Este ajuste abrange aspetos tático-técnicos, físicos,
psicológicos e sociais. A perceção das respetivas oportunidades de ação varia substancialmente
consoante a informação ambiental disponível (O’Sullivan et al., 2021; Ribeiro et
al., 2019b). É neste âmbito que pesquisas delineadas segundo a abordagem
ecológica enriquecem a nossa compreensão acerca da aquisição de habilidades por
parte dos GR. Recentemente, foi proposta uma estrutura teórica precisamente para
contextualizar o treino de GR do ponto de vista ecológico (figura 3): <i>Periodization
of Skill Training</i> (PoST), em português “Periodização da Aquisição de Habilidades”
(Otte et al., 2019; Otte et al., 2021).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVA7w1p4FkML54GK52tw-JPT_ZGXWeyQYmBK_OTOawhf_QaQLEOaGWoY1o2vzy4pAvXcSUXB_UadLV8BsOE9_iROeMAiuPuvw8iQxGM-OAWWpMNdFBTLKNVjBstZ_pX7X4pqOykmBMtWfwPvwXYgVkdxZ1r8oJfdkrr729u0MVDRC1-4y6Da9R1w/s1910/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2050%20-%20fevereiro%202024%20(3).png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1018" data-original-width="1910" height="342" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVA7w1p4FkML54GK52tw-JPT_ZGXWeyQYmBK_OTOawhf_QaQLEOaGWoY1o2vzy4pAvXcSUXB_UadLV8BsOE9_iROeMAiuPuvw8iQxGM-OAWWpMNdFBTLKNVjBstZ_pX7X4pqOykmBMtWfwPvwXYgVkdxZ1r8oJfdkrr729u0MVDRC1-4y6Da9R1w/w640-h342/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2050%20-%20fevereiro%202024%20(3).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 3.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Representação da estrutura teórica “Periodização da
Aquisição de Habilidades” para contextos específicos de treino (adaptado de
Otte et al., 2019). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Esta proposta providencia uma clara distinção entre a aprendizagem
de habilidades e a preparação para o rendimento, introduzindo princípios de
treino e etapas de desenvolvimento das habilidades. Estas etapas centram-se em 2
constrangimentos da tarefa fundamentais: 1) o nível de “representatividade do
jogo” no treino e 2) a complexidade percebida das tarefas (Teune et al., 2022a,
2022b). Não obstante o desenvolvimento desta estrutura teórica, a influência da
representatividade do jogo e da complexidade no desempenho dos GRs ainda não
foi testada empiricamente.</span><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O objetivo deste estudo foi analisar como
constrangimentos da tarefa e ambientais, juntamente com potenciais fatores de
confusão relacionados com a amostra, influenciaram o desempenho de duas GRs
profissionais de futebol feminino, num conjunto de 13 tarefas de treino.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Métodos<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></b><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -0.55pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><b><i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Participantes</span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 1.0cm 49.65pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Foram recrutadas duas GRs
(doravante designadas por GR1 e GR2) com experiência de 2 anos na primeira
divisão feminina sueca e passado em seleções nacionais. Para assegurar
complexidade e representatividade semelhantes ao jogo real, envolveram-se
outras duas GRs da equipa Sub-19, além dos treinadores de GR e jogadores de
campo, quando necessário. Todos os participantes deram consentimento informado
para a experiência.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -0.55pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><b><i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Desenho do estudo e
análise de dados</span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Tarefas de treino</span></i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: a
recolha de dados ocorreu ao longo de 57 dias de pré-época numa equipa feminina
da primeira divisão sueca. As GRs do estudo foram expostas a 13 tarefas de
treino representativas do ponto de vista ecológico, concebidas segundo o racional
teórico proposto por O’Sullivan et al. (2021). As tarefas incluíram jogos em
espaços reduzidos e formas jogadas, ajustáveis em complexidade e
representatividade. Não foram dados feedbacks explícitos pelos treinadores
durante as sessões, seguindo as diretrizes de Otte et al. (2019). O aquecimento
antes das tarefas seguiu o protocolo FIFA11+S para prevenção de lesões, visando
a ativação muscular dos membros superiores e inferiores.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Variáveis preditivas</span></i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">:</span><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">as tarefas de treino
foram concebidas com base nos seguintes elementos: i) 8 constrangimentos da
tarefa, ou seja, <i>complexidade numérica</i>, <i>continuidade</i>, <i>função
do jogador</i>, <i>equilíbrio da equipa</i>, <i>dimensões do campo</i>, <i>graus
de liberdade espacial</i>, <i>representatividade paisagística</i> e <i>recorrência
do treino</i>; ii) 1 constrangimento ambiental, ou seja, o <i>clima</i>; e iii)
<i>ordem de atividade após o aquecimento</i>, como uma variável referente à
ordem das tarefas de estudo após o aquecimento, de modo a testar potenciais
efeitos de confusão no desempenho das GRs. Uma síntese das definições destas
variáveis consta na tabela 1.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Tabela 1. </span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Variáveis
independentes do estudo, em função do tipo de constrangimento, e respetivas
definições operacionais (adaptado de Bastias et al., 2024).</span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixBd3ce-da20a6Bvh6gJM8_RFVo0CCqsZG5Kiq-_b8rAP-OUQvrerTFP6AUYJac6kEPoMz8-VWue4mX5NAWJpB6cqnkIOLOHV-g1M5A7bZ_4Jc85l-DO-iGlHNjygwVtG_U6eB2eyqCJK_cl0dg6rwlvvizwtI3V3jWuQaG9UOpnxCtNKBCaMi_Q/s2024/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2050%20-%20fevereiro%202024%20(4).png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1890" data-original-width="2024" height="598" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixBd3ce-da20a6Bvh6gJM8_RFVo0CCqsZG5Kiq-_b8rAP-OUQvrerTFP6AUYJac6kEPoMz8-VWue4mX5NAWJpB6cqnkIOLOHV-g1M5A7bZ_4Jc85l-DO-iGlHNjygwVtG_U6eB2eyqCJK_cl0dg6rwlvvizwtI3V3jWuQaG9UOpnxCtNKBCaMi_Q/w640-h598/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2050%20-%20fevereiro%202024%20(4).png" width="640" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Coeficientes de desempenho dos GRs</span></i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: cada guarda-redes recebeu pontos por diferentes ações
durante o treino, como defesas ou passes. Os coeficientes de desempenho foram
calculados dividindo os pontos pelo número de tentativas, resultando numa média
para cada tarefa e GR. Este cálculo não levou em conta a quantidade de
tentativas, como confirmado pela correlação entre pontos e tentativas.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Análise estatística</span></i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: seguindo
o Modelo de Pesquisa Aplicada para Ciências do Desporto (ARMSS; Bishop, 2008),
foram realizadas análises de variância univariadas (ANOVA) para testar as
relações entre o coeficiente de desempenho, usado como variável dependente, e
os 10 preditores (ou variáveis independentes). As variáveis foram transformadas
em logaritmo antes da análise para atender às assunções de normalidade e
homogeneidade de variância. Além disso, foram realizadas ANOVAs múltiplas para
explorar a variação do coeficiente de desempenho em relação aos preditores do
estudo, utilizando um processo de eliminação progressiva para obter o modelo
mais adequado. Foram utilizadas regressões lineares para investigar as relações
entre o coeficiente de desempenho e os preditores mais significativos. Por fim,
foram calculados coeficientes de correlação de Pearson para testar a associação
entre os preditores mais significativos e o coeficiente de desempenho. Foram
ainda utilizados modelos lineares mistos para testar o efeito das variáveis
independentes sobre o coeficiente de desempenho, com a <i>ordem de atividade
após o aquecimento</i> como fator aleatório. As análises foram executadas no
software R versão 3.5.2 (R Core Team, 2018), com significância estatística
definida em α = 0.05. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Principais resultados<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os coeficientes de desempenho das GRs variaram
consideravelmente entre as tarefas de treino. Para a GR1, oscilou entre 0,12 e
0,75, com uma média de 0,49 ± 0,06, enquanto para a GR2 variou entre 0,10 e
0,92, com média de 0,59 ± 0,07 (tabela 2). O coeficiente de variação do
desempenho entre as tarefas de treino foi de 40% para a GR1 e 37,7% para a GR2.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Tabela 2.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">
Coeficientes de desempenho das duas GR do estudo ao longo das 13 tarefas de
treino (adaptado de Bastias et al., 2024).</span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-CuyMU9NCBNGhjxF0Lyqzb2gz7RQ0sXWQSdGZ0kc90dHXbMeB6qx78NIR8FfREZIG7qYt_NOSuqaCGTAI-LCZXiRfnXj5LIfRwSmTV2fNt_wpmeIurCyMuFaVW9x7nh5WX-85rvKPXsAmQSw27ou4cCoFYSRISe1puCJH2S6dcY3uQvu4HXjDNg/s2024/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2050%20-%20fevereiro%202024%20(5).png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="888" data-original-width="2024" height="280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-CuyMU9NCBNGhjxF0Lyqzb2gz7RQ0sXWQSdGZ0kc90dHXbMeB6qx78NIR8FfREZIG7qYt_NOSuqaCGTAI-LCZXiRfnXj5LIfRwSmTV2fNt_wpmeIurCyMuFaVW9x7nh5WX-85rvKPXsAmQSw27ou4cCoFYSRISe1puCJH2S6dcY3uQvu4HXjDNg/w640-h280/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2050%20-%20fevereiro%202024%20(5).png" width="640" /></a></div><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Nota 1</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: O
coeficiente de desempenho foi calculado através da divisão do número de pontos
alcançados (pa) por cada GR pelo número de pontos potenciais (pp) que poderiam
alcançar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Nota 2</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: Para a
GR1, os dados da tarefa 5 não foram apresentados (na) devido à participação da
atleta num encontro da equipa nacional.<o:p></o:p></span></p><div><br /></div><div><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os resultados da ANOVA revelaram relações significativas
entre o desempenho e alguns constrangimentos. Para a GR1, o desempenho esteve
positivamente relacionado com a <i>complexidade numérica</i> e mostrou uma
tendência de relação positiva com as <i>dimensões do campo</i>. No caso da GR2,
o desempenho correlacionou-se positivamente com a <i>complexidade numérica</i>,
<i>representatividade paisagística</i> e <i>dimensões do campo</i>. Além disso,
a <i>ordem de atividade após o aquecimento</i> também teve influência no seu
desempenho.</span> <span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A relação significativa entre o coeficiente de desempenho
e a <i>ordem de atividade após o aquecimento</i> para a GR2 sugere que fatores
de confusão podem ter influenciado as relações observadas entre as variáveis
preditoras e o coeficiente de desempenho e, portanto, validam o uso de efeitos
aleatórios na modelagem.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As análises de regressão indicaram que, para as duas GRs,
a relação entre o coeficiente de desempenho e a <i>complexidade numérica</i> é mais
bem explicada por um modelo de regressão assintótica. A <i>complexidade</i> <i>numérica</i>
esteve correlacionada com as <i>dimensões do campo</i> e tende a estar
correlacionada com a <i>representatividade paisagística</i>. As <i>dimensões do
campo</i> estiveram correlacionadas com a <i>representatividade paisagística</i>.
Por fim, modelos de regressão linear múltipla mostraram que uma combinação
linear de alguns destes fatores elucida melhor o desempenho do que modelos
simples isoladamente, explicando 49% da variância observada para a GR1 e 46%
para a GR2.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Aplicações práticas<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os resultados deste estudo
têm uma grande transferibilidade para o contexto prático. Foi possível redigir
5 sugestões para serem aplicadas em situações de treino específicas para GR:</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: 14.2pt 21.3pt 49.65pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;">1.<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></b><!--[endif]--><u><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Equacionar os
diversos constrangimentos da tarefa</span></u><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: as
tarefas de treino que mantêm maior proximidade com o jogo – nomeadamente, o
número de jogadores, as dimensões do campo e os elementos dentro do espaço de
treino –, parecem beneficiar a eficácia dos GRs em competição. A <i>complexidade
numérica</i> teve um efeito mais significativo sobre o coeficiente de
desempenho, pelo que constitui um constrangimento-chave na conceção de tarefas
de treino/aprendizagem representativas para GRs. Cerca de 47% da variabilidade
observada no desempenho das GRs foi explicada pela combinação dos
constrangimentos da tarefa, o reflete a importância da correta manipulação de
condicionantes estruturais no processo de treino.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">2.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> <u>Impacto prático da complexidade numérica</u>: os
treinadores são encorajados a conceber tarefas de treino que envolvam um maior
número de jogadores em interação, uma vez que tende a produzir melhores desempenhos
nos GRs. Por exemplo, propor formas jogadas mais realistas, como o 3v2+GR, aumenta
a representatividade e complexidade do cenário de treino. Pelo contrário,
tarefas de baixa complexidade, como situações isoladas de 1v1, podem limitar a
perceção e eficácia dos GRs na execução de ações específicas. Portanto, os
treinadores devem manipular a complexidade numérica das tarefas de treino para
facilitar a aquisição e o aperfeiçoamento das habilidades dos GRs, promovendo assim
a melhoria do seu desempenho em contextos competitivos.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">3.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> <u>Exemplo concreto de como aumentar a <i>complexidade
numérica</i> num exercício de GR</u>: os resultados dos modelos mostraram que 4
ou 5 jogadores/treinadores em interação constitui a unidade mínima de
complexidade dentro da tarefa que providencia um contexto informacional mais
representativo para os GRs. Este dado sugere que as sessões de treino de GR
tradicionais, limitadas a um grupo de 1 ou 2 GRs em interação com o treinador
de GR, podem ser insuficientes para conduzir de forma ideal a aprendizagem e a
adaptação tático-técnica para os requisitos competitivos. Num contexto de 3
jogadores com 1 GR, a atividade pode ser projetada de maneiras distintas: (1)
relação bivariada com o GR na baliza (cada jogador com uma bola a rematar de
forma previsível; figura 4, painel à esquerda); (2) interações diversas prévias
à finalização (grupo de 3 jogadores com uma bola; figura 4, painel à direita).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggN_E0n31yBT-9eG9l_LVLzTglb-Uk4ADSnERCzoIB1NYASzpqUJwlrMdet6hsQy_xePFVBtrGoseKn-LAmBF57cMDvW4WzTmP-01ji3EMBCRSUPiIDP7qOX760SPmidrhSegEE7EFQxK1SUeIgfZr-kjrU_IUsz5aaYGhyWK3cS0ivYQNvgMS6w/s1816/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2050%20-%20fevereiro%202024%20(6).png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1030" data-original-width="1816" height="362" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggN_E0n31yBT-9eG9l_LVLzTglb-Uk4ADSnERCzoIB1NYASzpqUJwlrMdet6hsQy_xePFVBtrGoseKn-LAmBF57cMDvW4WzTmP-01ji3EMBCRSUPiIDP7qOX760SPmidrhSegEE7EFQxK1SUeIgfZr-kjrU_IUsz5aaYGhyWK3cS0ivYQNvgMS6w/w640-h362/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2050%20-%20fevereiro%202024%20(6).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: center;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 4.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Ilustração de como um grupo de 4 GRs pode ser treinado
durante uma atividade de remate, ou seja, um GR (a preto) na baliza e 3 a
finalizar (a verde) (Bastias et al., 2024).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A primeira opção provavelmente
gerará mais remates, mas estabelece apenas uma carga total de complexidade de 3
(i.e., 2!/2 = 1 para cada jogador com o GR). Por outro lado, a segunda opção configura
uma tarefa de maior complexidade, expandindo os graus de liberdade dos GRs,
ocasionando um aumento significativo de interações (i.e., 4!/2 = 12). Este tipo
de atividade envolve uma progressão desproporcional em função do número de
jogadores envolvidos, tornando a abordagem mais representativa no que ao
desempenho específico dos GRs diz respeito.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">4.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> <u>A relevância da configuração do espaço no treino de
GRs</u>: os treinadores devem priorizar atividades específicas para GR em espaços
amplos, promovendo a recorrência de situações de remate e cruzamento de média a
longa distância. Este tipo de formato oferece aos GRs mais tempo e espaço para
reagir e executar ações controladas, facilitando também as transições defesa-ataque.
Privilegiar ambientes de treino com menos jogadores e dimensões de campo mais representativas
pode potenciar a aquisição e o aperfeiçoamento das habilidades próprias dos GRs.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">5.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> <u>A prática acumulada de treino é relativa</u>:</span><span face=""Segoe UI",sans-serif" style="background: white; color: #0d0d0d; mso-ansi-language: PT;"> </span><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">a quantidade de dias de
prática acumulados não influenciou diretamente o desempenho das GRs estudadas, insinuando
que a performance não depende somente da quantidade de treino. Contudo, para a
GR2, a interação entre o <i>número de dias de prática acumulados</i> e a <i>complexidade
numérica</i> foi significativa. Assim, a quantidade de prática, por si só, não
garante um desempenho eficaz, mas pode ser relevante quando combinada com
fatores qualitativos, como a carga informacional suscitada pelo exercício. Em
suma, a aquisição de habilidades e a melhoria do desempenho requerem mais do
que horas de treino, exigindo que haja uma afinação progressiva às informações
relevantes do envolvimento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Conclusão<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O estudo reforça a importância da manipulação de
constrangimentos da tarefa, como o número de GRs envolvido e as características
espaciais, em cenários de treino, como meio para regular as intenções e os
comportamentos motores específicos. Além disso, a avaliação das performances
dos GRs, especialmente durante o treino, requer uma perspetiva baseada em
análises multivariadas. A adoção de uma tal abordagem exige uma colaboração
estreita entre treinadores e investigadores/analistas, a fim de desenvolver
soluções que simplifiquem as múltiplas dimensões da informação a um modelo mais
interpretável, permitindo assim a melhoria da conceção das tarefas de treino.</span> <span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Apesar das limitações
inerentes ao estudo, os resultados suportam o racional subjacente à dinâmica
ecológica e à abordagem baseada nos constrangimentos, em particular no contexto
do treino de GR. Estas correntes teóricas contrastam totalmente com as
metodologias tradicionais que se concentram em atividades técnicas isoladas,
frequentemente desvinculadas do contexto situacional do jogo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">P.S.:<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">1-<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As ideias que constam neste texto foram originalmente
escritas pelos autores do artigo e, presentemente, traduzidas para a língua
portuguesa;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">2-<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Para melhor compreender as ideias acima referidas,
recomenda-se a leitura integral do artigo em questão;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">3-<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As citações efetuadas nesta rubrica foram utilizadas pelos
autores do artigo, podendo o leitor encontrar as devidas referências na versão
original publicada na revista <i>Journal of Sports Sciences</i>.</span></p><p></p></div>Carlos Humberto Almeidahttp://www.blogger.com/profile/09636379308994650864noreply@blogger.com08550 Monchique, Portugal37.3179879 -8.55617069.0077540638211531 -43.7124206 65.628221736178844 26.6000794tag:blogger.com,1999:blog-21248517.post-40986025743849259992024-01-28T21:10:00.001+00:002024-01-28T21:10:21.437+00:00Artigo do mês #49 – janeiro 2024 | Treinar ou não treinar (no dia do jogo)? Influência de uma sessão de preparação no desempenho competitivo no futebol profissional<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Nota prévia</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: O artigo
científico alvo da presente síntese foi selecionado em função dos seguintes
critérios: (<b>1</b>) publicado numa revista científica internacional com
revisão de pares; (<b>2</b>) publicado no último trimestre; (<b>3</b>)
associado a um tema que considere pertinente no âmbito das Ciências do
Desporto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">- 49 -<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Autores<a name="_Hlk100579888">: </a></span></b><a name="_Hlk148977554"><span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Modric,
T., Carling, C., Lago-Peñas, C., Versic, Š, Morgans, R., & Sekulic, D.<o:p></o:p></span></span></a></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"></span><span style="mso-bookmark: _Hlk148977554;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">País:</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Croácia<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Data de publicação: </span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">19-dezembro-2023<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Título:</span></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> To train or not to train (on
match day)? Influence of a priming session on match performance in competitive
elite-level soccer<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Referência:</span></b><span lang="EN-GB"> </span><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Modric,
T., Carling, C., Lago-Peñas, C., Versic, Š., Morgans, R., & Sekulic, D.
(2023). To train or not to train (on match day)? Influence of a priming session
on match performance in competitive elite-level soccer. </span><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Journal of Sports Sciences, 41</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">(18), 1726–1733.
https://doi.org/10.1080/02640414.2023.2296741<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqFnKlbS-_UsgzuFGVsWmtNQ3UbRZ_PygMXOOIhqBeE7tleKVuNuWsMxoz7a0tKjkRifaKULaUBNMILxhvkIkrmR77aNxqLx3u_rz0mXEipHqmdcWINn920NCBnYbO9DfFTdCI6hTV1F9C5UQkEcyxaVJxQdBTy47qQpvzjoxrd6B_IeANEOJK3w/s2188/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2049%20-%20janeiro%202024%20(1).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="744" data-original-width="2188" height="218" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqFnKlbS-_UsgzuFGVsWmtNQ3UbRZ_PygMXOOIhqBeE7tleKVuNuWsMxoz7a0tKjkRifaKULaUBNMILxhvkIkrmR77aNxqLx3u_rz0mXEipHqmdcWINn920NCBnYbO9DfFTdCI6hTV1F9C5UQkEcyxaVJxQdBTy47qQpvzjoxrd6B_IeANEOJK3w/w640-h218/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2049%20-%20janeiro%202024%20(1).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 1.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Informações editoriais do artigo do mês 49 – janeiro de
2024.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Apresentação do problema<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A análise de jogo é frequentemente utilizada em muitos
desportos, pois fornece aos treinadores um meio de recolher informações
objetivas que podem ser usadas para dar feedback sobre o desempenho em jogo
(Kim et al., 2023). No futebol, o rendimento competitivo é determinado por uma
interação complexa entre fatores físicos, técnicos, táticos e psicossociais
(Schuth et al., 2016). O desempenho físico é geralmente avaliado pela
quantificação de diferentes variáveis cinemáticas (e.g. distância total
percorrida, distâncias percorridas em diferentes zonas de intensidade e
frequências de aceleração/desaceleração (Byrkjedal et al., 2023; Riboli &
Castagna, 2023). Os remates, passes, cruzamentos e dribles estão entre as
variáveis mais utilizadas para examinar o desempenho técnico (Yi et al., 2019),
enquanto a coordenação entre jogadores e entre as equipas é usualmente
analisada para avaliar o desempenho tático (Folgado et al., 2015). Embora o
desempenho técnico dos jogadores seja considerado decisivo para o sucesso
competitivo (Hoppe et al., 2015; Moalla et al., 2018), não é possível alcançar
um alto nível de rendimento no futebol contemporâneo sem um nível apropriado de
condição física (Mackenzie & Cushion, 2013).</span><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Portanto, aprimorar o desempenho técnico e físico dos
jogadores constitui um objetivo essencial para os profissionais do treino no
futebol.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Juntamente com uma recuperação e alimentação adequadas,
uma estratégia importante para melhorar o desempenho técnico e físico no dia do
jogo é a periodização da carga de treino (Los Arcos et al., 2017). A maior
parte dos esforços para otimizar a preparação para o jogo ocorre durante as
sessões de treino semanais; no entanto, a preparação final acontece no dia do
jogo. Assim, na manhã do dia do jogo (visto que os jogos são habitualmente disputados
à tarde ou à noite), a equipa técnica pode optar pela realização de uma “sessão
de preparação” (<i>priming session</i>; figura 2), no futebol também designada
de “ativação”. A investigação sobre a prevalência e aplicação de exercícios de
preparação em desportos de alto rendimento mostraram que estas sessões consistem
predominantemente em exercícios para a parte superior do corpo (e.g., supino,
lançamento de bola medicinal, elevações, etc.) e para a parte inferior do corpo
(e.g., agachamento, variações de levantamento olímpico, saltos, etc.),
envolvendo ou não carga adicional (Harrison et al., 2020).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTkLAcKbGAIUDtMgz69qzfvY6eKaoU4FY3MfCEd6En49U3m5oI9s8s_2ExiSc4y5IU7WkGEZ1DNjztz4-CpMsWksPTAW61Z04Y46Eo7crp4bZ6fZrohCYm3T3uLJTXGSogCF7bV86TkMrV8Qx26WE2DoEWBBy6_vGLRDldwiLEOOjPWU8DugA32Q/s1754/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2049%20-%20janeiro%202024%20(2).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="984" data-original-width="1754" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTkLAcKbGAIUDtMgz69qzfvY6eKaoU4FY3MfCEd6En49U3m5oI9s8s_2ExiSc4y5IU7WkGEZ1DNjztz4-CpMsWksPTAW61Z04Y46Eo7crp4bZ6fZrohCYm3T3uLJTXGSogCF7bV86TkMrV8Qx26WE2DoEWBBy6_vGLRDldwiLEOOjPWU8DugA32Q/w640-h360/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2049%20-%20janeiro%202024%20(2).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 2.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Jogadores em preparação matinal antes de um jogo
competitivo (imagem não publicada pelos autores; fonte: https://www.soccersupplement.com).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As sessões de preparação em geral visam melhorar o
desempenho à tarde/noite por meio de vários mecanismos, como a redução da
rigidez articular e muscular, a ativação dos motoneurónios de alta frequência e
o aumento agudo da testosterona (Harrison et al., 2019; Nutt et al., 2022). Contudo,
apesar de algumas evidências empíricas sugerirem que as sessões de preparação
podem ser uma estratégia eficaz para melhorar a performance dos atletas
(Marrier et al., 2019; McGowan et al., 2017; Nutt et al., 2022), outros estudos
não reportaram qualquer efeito positivo (Fry et al., 1995; Harrison et al.,
2020). A existência de resultados contraditórios pode ser em parte atribuída a
prescrições distintas das sessões de preparação, uma vez que tem sido aplicada uma
vasta gama de métodos na prática (Harrison et al., 2020). Independentemente da
causalidade, é importante destacar que os estudos investigaram apenas medidas
instantâneas de desempenho, como saltos e/ou indicadores de força.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Considerando a importância comprovada do desempenho
físico e técnico no futebol (Hoppe et al., 2015; Moalla et al., 2018; Schuth et
al., 2016), até à presente data, nenhum estudo investigou os efeitos de sessões
de preparação na performance em jogos oficiais de futebol (Harrison et al.,
2020). Consequentemente, permanece incerto se as sessões de preparação têm ou
não um efeito positivo no desempenho competitivo dos jogadores, havendo necessidade
de mais investigação. Este estudo visou suprir esta lacuna, examinando o efeito
das sessões de preparação no desempenho físico e técnico de jogadores profissionais
em competição.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Métodos<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Abordagem experimental</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: neste
estudo observacional, a performance competitiva dos futebolistas foi analisada
em função de duas rotinas específicas implementadas pela equipa no dia do jogo:
(i) uma sessão de preparação de 15 a 20 minutos, (ii) um período de 15 a 20
minutos de caminhada ou descanso. Este desenho permitiu investigar as
potenciais diferenças no desempenho em jogos precedidos e não precedidos por uma
sessão de preparação. Os seguintes fatores contextuais também foram controlados
(covariáveis): posição de jogo, local e resultado do jogo, qualidade do
adversário e tipo de campo.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Amostra</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: foram
recolhidos dados de 31 jogadores de campo de uma equipa sénior profissional da
primeira divisão da Letónia (9 médios centro, 7 defesas centrais, 4 avançados,
5 defesas laterais e 6 médios ala). Os jogadores participaram em 32 jogos
oficiais do campeonato, 12 precedidos por uma sessão de preparação e 20 não
precedidos por uma sessão de preparação. Apenas foram incluídos na análise os
jogos disputados com a mesma estrutura tática de base: 4-3-3. A nível
individual, somente foram incluídas observações caso o jogador tivesse
participado em, pelo menos, 75 minutos do jogo. No total, foram obtidas 266
observações individuais (92 precedidas por sessão de preparação e 174
observações não precedidas por sessão de preparação). Obteve-se o consentimento
verbal do clube e dos jogadores e, ao longo do estudo, foi garantido o
anonimato dos participantes.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Procedimentos</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">:</span><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">a performance física
dos jogadores foi medida utilizando um sistema global de posicionamento (GPS)
de 10 Hz (Vector S7, Catapult Sports Ltd., Melbourne, Austrália). Cada jogador
usou sempre o mesmo dispositivo em cada jogo. Os dados brutos foram exportados
após o final de cada jogo através do software específico do sistema (OpenField,
Catapult Sports Ltd., Melbourne, Austrália). O desempenho técnico dos jogadores
foi analisado mediante o sistema ótico semiautomático <i>InStat Scout</i>
(Instat Limited, Limerick, República da Irlanda). O sistema foi recentemente comprovado
como sendo altamente fiável (Silva & Marcelino, 2022). Com base na
experiência prática dos autores do estudo, que têm um histórico comprovado de
trabalho no futebol profissional como preparadores físicos, foi elaborado um protocolo
de preparação pré-jogo (figura 3). O protocolo teve a duração de 15–20 minutos
e consistiu em 4 partes: (i) aquecimento no solo, (ii) exercícios de força
média (core), (iii) exercícios de força para membros inferiores e (iv)
exercícios de agilidade reativa. Este protocolo foi realizado nas manhãs dos
dias de jogo e foi orientado pelo preparador físico da equipa (um dos coautores
do estudo). Dependendo da hora do jogo, as sessões de preparação foram
realizadas 6 a 9 horas antes do apito inicial.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvcdJNkf-oe_PABnKJAoxPLg3M5o-YPF83KrcS_8c9jpT8NbyG7hhK9w8WKjCof58mpep7Oc1Ag6KJjg7WuyRnntVd-y5Y25u5-do35HcJUvDRcFb-XldwJHWY9jyKngkLDzgOIESmEYb97VacuxU0v-n3fZ8nkLPjh3kfz72qyMA6BqN9K52gdw/s2042/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2049%20-%20janeiro%202024%20(3).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="712" data-original-width="2042" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvcdJNkf-oe_PABnKJAoxPLg3M5o-YPF83KrcS_8c9jpT8NbyG7hhK9w8WKjCof58mpep7Oc1Ag6KJjg7WuyRnntVd-y5Y25u5-do35HcJUvDRcFb-XldwJHWY9jyKngkLDzgOIESmEYb97VacuxU0v-n3fZ8nkLPjh3kfz72qyMA6BqN9K52gdw/w640-h224/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2049%20-%20janeiro%202024%20(3).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 3.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Protocolo da sessão de preparação pré-jogo (traduzido de
Modric et al., 2023).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Variáveis</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: a
performance física foi avaliada através das variáveis “distância total” (m), “distância
em corrida de baixa intensidade” (m; <4m/s), “distância em corrida de
intensidade moderada” (m; 4–5.5m/s), “distância em corrida de alta intensidade”
(m; >19.8km/h), “total de acelerações” (n; >0.5m/s<sup>2</sup>), “acelerações
de alta intensidade” (n; >3m/s<sup>2</sup>), “total de desacelerações” (n; <-0.5m/s<sup>2</sup>)
e “desacelerações de alta intensidade” (n; <-3m/s<sup>2</sup>). Por sua vez,
o desempenho técnico foi verificado através de remates, passes, cruzamentos,
desarmes, dribles e duelos (n). O contexto foi analisado através das variáveis
categóricas “posição de jogo” (defesa central, defesa lateral, médio centro,
médio ala e avançado), “resultado do jogo” (vitória, empate e derrota),
“localização do jogo” (casa e fora), “qualidade da oposição” (forte, 1.º–5.º
lugares e fraca, 6.º–10.º lugares) e “tipo de campo” (relva artificial e relva
natural).</span> <span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Para examinar o efeito de uma sessão de preparação no
desempenho físico e técnico dos jogadores, foi criada a variável categórica “sessão
de preparação” (jogo precedido por uma sessão de preparação ou não precedido).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Análise estatística</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: foi
corrido um modelo linear misto para examinar o efeito das sessões de preparação
no desempenho físico e técnico dos jogadores. As variáveis físicas e técnicas
nos jogos que foram precedidos ou não por sessões de preparação foram incluídas
no modelo como variáveis dependentes. A posição de jogo, o resultado do jogo, a
localização do jogo, a qualidade da oposição e o tipo de campo constituíram as
variáveis independentes, sendo inseridas no modelo como efeitos fixos. A
identidade dos jogadores foi modelada como efeito aleatório. O <i>d</i> de Cohen
foi utilizado para identificar as dimensões de efeito e interpretado da
seguinte forma: trivial (<0.2), pequeno (≥0.2–0.5), moderado (≥0.5–0.8) e
grande (>0.8) (Cohen, 2013). Todas as análises foram executadas no software
SPSS (IBM, SPSS, versão 25.0). </span><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A significância estatística
foi estabelecida em <i>p</i> < 0.05.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Principais resultados<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> </span></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -.55pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Distâncias total e
percorridas em diversas zonas de intensidade<o:p></o:p></span></i></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Em jogos precedidos por uma sessão de preparação (vs. sem
sessão de preparação), os futebolistas alcançaram valores significativamente
superiores nas seguintes variáveis: distância total (10727m vs. 10468m,
respetivamente; efeito pequeno), corrida de intensidade moderada (1632m vs.
1484m, respetivamente; efeito moderado) e corrida de alta intensidade (689m vs.
625m, respetivamente; efeito pequeno). As covariáveis posição de jogo, localização
do jogo e resultado do jogo tiveram influência na distância total e nas distâncias
percorridas em corrida de intensidade moderada e de alta intensidade. Além
disso, o tipo de campo teve impacto na distância total e na distância
percorrida em alta intensidade.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -.55pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Atividades de
aceleração e desaceleração<o:p></o:p></span></i></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Não houve um efeito significativo de prescrever sessão de
preparação antes dos jogos nas 4 variáveis afetas a acelerações e
desacelerações. Ainda assim, quando os jogos foram precedidos por uma sessão de
preparação, os jogadores manifestaram valores ligeiramente superiores de
acelerações de alta intensidade (30 vs. 28, respetivamente; efeito pequeno) e
desacelerações de alta intensidade (39 vs. 36, respetivamente; efeito pequeno),
comparativamente aos jogos que não foram precedidos por uma sessão de
preparação. A covariável posição de jogo teve influência nas acelerações e
desacelerações de alta intensidade. O resultado e a localização do jogo
manifestaram efeitos significativos no número total de acelerações e
desacelerações. A qualidade da oposição influiu nas acelerações de alta
intensidade, enquanto o tipo de campo afetou o número total de acelerações e
desacelerações, e as acelerações de alta intensidade.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -.55pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Desempenho técnico<o:p></o:p></span></i></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Das 6 variáveis analisadas (remates, passes, cruzamentos,
desarmes, duelos e dribles), os jogadores apenas executaram significativamente
mais duelos em jogos precedidos de sessões de preparação (vs. sem sessão de
preparação). As respetivas médias foram 18.66 e 16.71, respetivamente (efeito
pequeno). Os duelos também foram afetados pelas covariáveis posição de jogo e
qualidade da oposição.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Aplicações práticas<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As evidências extraídas do
estudo proporcionaram a formulação de 3 sugestões práticas para os treinadores
de futebol profissional:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-add-space: auto; tab-stops: 21.3pt 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">1.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> <u>Melhorar o desempenho físico em competição</u>: implementar
sessões de preparação na manhã do dia do jogo pode conduzir a uma melhoria notável
no desempenho físico dos jogadores durante o jogo subsequente. Ao contrário de
sessões altamente intensivas, a natureza não intensiva e de curta duração destas
sessões de preparação é improvável que afete negativamente o estado anímico dos
jogadores. Assim, os treinadores podem incorporar com confiança estas sessões
nas rotinas pré-jogo sem preocupações com efeitos adversos no bem-estar
psicológico dos jogadores.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">2.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> <u>Impacto na performance técnica</u>: embora as sessões
de preparação não melhorem diretamente a performance técnica dos jogadores em
competição, também não a prejudicam. Por um lado, esta evidência sugere que a
integração de sessões de preparação (ativação) no dia de jogo não compromete a
execução de habilidades técnicas associadas à obtenção de sucesso no futebol. Por
outro lado, destaca a importância de incorporar sessões de preparação pré-jogo
no planeamento semanal (microciclo), no intuito de otimizar a prontidão física dos
jogadores, mantendo o nível tático-técnico inalterado.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">3.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> <u>Eficácia das sessões de preparação em diversos
contextos de jogo</u>: o impacto positivo das sessões de preparação no
desempenho físico permanece significativo mesmo quando foram controlados diversos
fatores contextuais conhecidos por influenciar o rendimento no futebol. Os
resultados enfatizam a eficácia das sessões de preparação em múltiplos contextos
de futebol profissional e enaltecem a sua relevância na mitigação da
variabilidade natural que existe entre jogos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Conclusão<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Este estudo pioneiro demonstrou que as sessões de
preparação no dia do jogo podem melhorar o desempenho físico dos jogadores em
competição. Especificamente, observou-se que em jogos precedidos por uma sessão
de preparação, os jogadores percorreram maiores distâncias totais e em corrida
de intensidade moderada e alta, comparativamente com jogos não precedidos por
este tipo de trabalho. Embora tenham sido observadas ligeiras melhorias nas
acelerações e desacelerações de alta intensidade, estas não foram
estatisticamente significativas. Além disso, não foi detetado nenhum efeito
negativo no desempenho técnico. Em suma, os autores destacam que a aplicação de
carga adicional na manhã do dia do jogo não compromete o desempenho competitivo
subsequente.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">P.S.:<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;">1-<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As ideias que constam neste texto foram originalmente
escritas pelos autores do artigo e, presentemente, traduzidas para a língua
portuguesa;<o:p></o:p></span></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;">2-<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Para melhor compreender as ideias acima referidas,
recomenda-se a leitura integral do artigo em questão;<o:p></o:p></span></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l1 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
</p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;">3-<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As citações efetuadas nesta rúbrica foram utilizadas pelos
autores do artigo, podendo o leitor encontrar as devidas referências na versão
original publicada na revista <i>Journal of Sports Sciences</i>.</span></p>Carlos Humberto Almeidahttp://www.blogger.com/profile/09636379308994650864noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21248517.post-91106870620995683602023-12-30T14:34:00.000+00:002023-12-30T14:34:07.862+00:00Artigo do mês #48 – dezembro 2023 | Práticas contemporâneas de treinadores de futebol portugueses e brasileiros na conceção e aplicação de jogos reduzidos <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Nota prévia</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: O artigo
científico alvo da presente síntese foi selecionado em função dos seguintes
critérios: (<b>1</b>) publicado numa revista científica internacional com
revisão de pares; (<b>2</b>) publicado no último trimestre; (<b>3</b>)
associado a um tema que considere pertinente no âmbito das Ciências do
Desporto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">- 48 -<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Autores<a name="_Hlk100579888">: </a></span></b><a name="_Hlk148977554"><span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Clemente, F. H., Afonso, J., Silva, R. M., Aquino, R., Vieira,
L. P., Santos, F., Teoldo, I., Oliveira, R., Praça, G., & Sarmento, H.<o:p></o:p></span></span></a></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"></span><span style="mso-bookmark: _Hlk148977554;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">País:</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Portugal<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Data de publicação: </span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">20-novembro-2023<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Título:</span></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Contemporary practices of
Portuguese and Brazilian soccer coaches in designing and applying small-sided
games<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Referência:</span></b><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Clemente, F. H., Afonso, J., Silva, R. M., Aquino, R.,
Vieira, L. P., Santos, F., Teoldo, I., Oliveira, R., Praça, G., & Sarmento,
H. (2024).</span><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Contemporary
practices of Portuguese and Brazilian soccer coaches in designing and applying
small-sided games. </span><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Biology of Sport, 41</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">(2), 185–199. https://doi.org/10.5114/biolsport.2024.132985<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEje58O8-6xS62rwZ09SivBu9m0W0yjroK0u1-j1WPizof3vI-q03g9Tx78wpEUfE9C8NiB0sElPzPSW9uUpPNsRUWcoS1TNaVv2tMLAal_Mw-epbg2YDpdn77Pj7BcSJty8zfpbS4reoU52LN2Yer8pxLsUY7LroabrdgEWlvF9x6bNfjUOlw44fg/s1441/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2048%20-%20dezembro%202023%20(1).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="508" data-original-width="1441" height="226" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEje58O8-6xS62rwZ09SivBu9m0W0yjroK0u1-j1WPizof3vI-q03g9Tx78wpEUfE9C8NiB0sElPzPSW9uUpPNsRUWcoS1TNaVv2tMLAal_Mw-epbg2YDpdn77Pj7BcSJty8zfpbS4reoU52LN2Yer8pxLsUY7LroabrdgEWlvF9x6bNfjUOlw44fg/w640-h226/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2048%20-%20dezembro%202023%20(1).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 1.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Informações editoriais do artigo do mês 48 – dezembro de
2023.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Apresentação do problema<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os jogos reduzidos são exercícios que simplificam a
complexidade do jogo formal e, por meio do recurso a constrangimento da tarefa,
visam aprimorar comportamentos específicos dos jogadores (Davids et al., 2013).
A popularidade destas atividades jogadas tem vindo a aumentar devido à sua
capacidade para, por um lado, exacerbar os comportamentos desejados e, por
outro lado, proporcionar esforços intensos (Clemente et al., 2021). Na
perspetiva do treinador, as configurações destas tarefas podem ser manipuladas
para fomentar a concretização de determinados objetivos, incluindo o número, a
forma e a disposição das balizas, o tamanho e a forma do campo, limitações na
coordenação intra e interpessoal (e.g., restrição do número de toques),
constrangimentos temporais e diversas relações numéricas. Consequentemente, os
jogos reduzidos oferecem uma integração abrangente das várias dimensões de
desempenho, abrangendo aspetos tático-técnicos (Clemente et al., 2020; Clemente
& Sarmento, 2020; Ometto et al., 2018), físico/fisiológicos (Clemente et
al., 2021; Moran et al., 2019) e psicológicos/sociológicos (Arcos et al.,
2015).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Nas últimas duas décadas, os investigadores têm-se focado
cada vez mais em examinar os efeitos da modificação dos constrangimentos neste
tipo de exercícios, uma vez que os jogos reduzidos proporcionam um ambiente de
treino enriquecedor que fornece múltiplas oportunidades de ação e que garante
que os jogadores permaneçam envolvidos em dinâmicas específicas da modalidade (Dellal
et al., 2012; Owen et al., 2012). Por exemplo, formatos de jogo mais reduzidos (i.e.,
com menos jogadores envolvidos) tipicamente suscitam cargas internas mais
elevadas (Lacome et al., 2018) e aumentam a frequência de ações tático-técnicas
individuais (Clemente & Sarmento., 2020; Silva et al., 2014). Ao invés,
jogos com dimensões >100 m<sup>2</sup>/jogador aumentam as exigências de
carga externa, como a distância percorrida a alta velocidade (Casamichana &
Castellano, 2010), e a ocorrência de comportamentos coletivos, tais como a
mobilidade e a exploração dos corredores laterais (Castelão et al., 2014).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Apesar da extensa investigação e do estabelecimento dos
jogos reduzidos na literatura científica, há uma escassez de estudos
especificamente direcionados à análise (1) da frequência com que os treinadores
desportivos incorporam estas tarefas práticas nos seus processos de treino e
(2) dos fatores que influenciam a sua aplicação (Clemente et al., 2015). Parece
ser fundamental transmitir perceções sobre as práticas reais de treino
relacionados com os jogos reduzidos, respondendo à questão: como é que os
treinadores têm integrado os jogos reduzidos na sua atividade diária? Previamente,
Gonçalves et al. (2021) monitorizaram os tipos de exercícios empregues por um
treinador profissional ao longo de 5 meses. Os autores mostraram que, em média,
foram dedicados 19.8 ± 13.4 minutos das sessões de treino a jogos de dimensões
reduzidas (de 1v1 a 5v5), e mais 19.2 ± 7.4 minutos a formatos de maiores dimensões
(de 6v6 a 11v11).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Em 2017, Alves e colaboradores realizaram um estudo
qualitativo com 2 treinadores de futebol experientes acerca da implementação de
jogos reduzidos no treino. Os resultados indicaram que os treinadores
reconhecem a importância destas tarefas, devido ao seu potencial em combinar
princípios táticos e componentes da condição física, o que concorre para um<i>
transfer</i> positivo da performance para os jogos competitivos. Um outro
estudo qualitativo explorou como os treinadores concebem os jogos reduzidos e
articulam a respetiva elaboração com os seus objetivos em contextos reais de
prática (Clemente et al., 2015). Este trabalho revelou que treinadores
experientes foram mais efetivos a implementar constrangimentos da tarefa para
obter o estímulo fisiológico desejado, com uma correlação forte (r = 0.827)
entre a frequência cardíaca (FC) estimada pelo treinador e a FC registada pelos
jogadores. Apesar destes estudos explanarem a utilização e a importância dos
jogos reduzidos no processo de treino no futebol, é evidente que são
necessárias mais pesquisas para alcançar uma compreensão mais abrangente dos
vários fatores que influenciam a conceção e a aplicação destas atividades pelos
treinadores, em particular em contextos desportivos com nuances (e.g.,
culturas, métodos e abordagens de treino) próprias, como sucede em diferentes
países.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os casos de Portugal e Brasil são paradigmáticos no
concerne com a utilização de jogos reduzidos (figura 2). Em Portugal, o
desenvolvimento da Periodização Tática (Delgado-Bordonau &
Mendez-Villanueva, 2012) e a emergência de figuras influentes, como José
Mourinho, fomentou a adoção de exercícios ecológicos, incluindo os jogos
reduzidos, nas práticas de treino. Por inerência, tem havido uma expansão
concomitante de literatura relacionada com os jogos reduzidos. O Brasil seguiu
de perto esta tendência, com os jogos reduzidos a adquirir popularidade como
uma abordagem de treino fundamental, quer para jovens futebolistas, quer para
seniores (Aquino et al., 2016; Greboggy & Silva, 2018).</span><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Dada a implementação
dos jogos reduzidos em ambos os países, torna-se especialmente premente explorar
e comparar as suas aplicações práticas no quotidiano de treino diário.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7hjVQmluZJux64iLZgxqJl2nW7h8V1mznPQfobIACso6gwaJZyTMdUc2Qj7j847htE0Np7S_MnQ5xpxTl68uP2rRXXEYJf1tBuK1zAcX2Jq_40bc6sF0HzFwwGJBh4ysuXHrVUgwUhylApW0R6OtXEvp-OdQ_zasyPzfJ0cMZtcj8nfEdUeJPbw/s2592/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2048%20-%20dezembro%202023%20(2).JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1944" data-original-width="2592" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7hjVQmluZJux64iLZgxqJl2nW7h8V1mznPQfobIACso6gwaJZyTMdUc2Qj7j847htE0Np7S_MnQ5xpxTl68uP2rRXXEYJf1tBuK1zAcX2Jq_40bc6sF0HzFwwGJBh4ysuXHrVUgwUhylApW0R6OtXEvp-OdQ_zasyPzfJ0cMZtcj8nfEdUeJPbw/w640-h480/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2048%20-%20dezembro%202023%20(2).JPG" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 2.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Exemplo de um jogo reduzido aplicado na aprendizagem do
jogo em idades infantojuvenis, em Portugal (imagem não publicada pelos
autores).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os principais objetivos deste estudo consistiram em
realizar um inquérito sobre a utilização dos jogos reduzidos no treino de
futebol. A abordagem quantitativa envolveu a distribuição de questionários a
treinadores em Portugal e no Brasil, com o intuito de proporcionar perceções
valiosas, esclarecer práticas atuais e formular recomendações para aprimorar a
eficácia da implementação destas tarefas no processo de treino. Além disso,
procurou-se oferecer uma visão direta de como os treinadores estão a aplicar os
jogos reduzidos, verificando se esse uso está alinhado com a literatura
científica mais recente, a fim de identificar lacunas que possam contribuir
para melhorar a formação contemporânea dos treinadores.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Métodos<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Desenho do estudo</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: de
natureza transversal, o trabalho visou examinar e descrever as práticas atuais
de treinadores de futebol portugueses e brasileiros no que respeita à conceção
e à implementação de jogos reduzidos no treino. O tamanho da amostra foi
calculado <i>a priori</i> no software G*power (versão 3.1), atendendo aos
seguintes parâmetros: dimensão de efeito pequena (0.3), valor de <i>p</i> de
0.05, potência de 0.95 e 2 graus de liberdade (duas nacionalidades). O tamanho da
amostra recomendado foi de 172. Um grupo diversificado de treinadores,
incluindo treinadores principais, treinadores-adjuntos e preparadores físicos,
foi convidado a participar no inquérito e partilhar as suas práticas e
perspetivas sobre a utilização de jogos reduzidos no treino de futebol. Antes de
responder ao questionário, foi obtido o consentimento informado de todos os
participantes, cuja participação foi totalmente voluntária.</span><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Participantes</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: foram
recolhidas 187 respostas válidas, por parte de indivíduos de Portugal e do
Brasil, sendo 82 homens portugueses e 105 homens brasileiros.</span><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Estes treinadores
desempenhavam diversos papeis no seio da equipa técnica, com 63 a atuarem como
treinadores principais, 38 como treinadores-adjuntos, 38 como preparadores
físicos e 48 noutras funções, como analistas de jogo e fisiologistas. Além
disso, os participantes treinavam escalões competitivos jovens (<i>n</i> = 102)
e seniores (<i>n</i> = 59), embora alguns não estivessem à data a trabalhar num
clube ou a desempenhar funções de treinador.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Procedimentos</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: o
inquérito online foi realizado através do <i>Google Forms</i> e esteve
disponível para preenchimento entre 9 e 18 de julho de 2022. O recrutamento dos
participantes ocorreu durante um webinar concretizado no dia 9 de julho de
2022. Aos interessados foram apresentados, de modo abrangente, os conceitos
fundamentais e a importância dos jogos reduzidos no futebol.</span><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O desenvolvimento do
inquérito sobre os jogos reduzidos envolveu os “quandos”, os “comos” e os “porquês”
da sua utilização, sendo primariamente elaborado por 3 investigadores com base
na literatura existente. De modo a assegurar a qualidade do instrumento, 3
académicos especialistas em jogos reduzidos foram convidados a rever o esboço, determinando
uma série de melhorias. O inquérito foi, então, enviado a 4 treinadores de
futebol, 2 com formação académica em Ciências do Desporto e 2 sem. Após
incorporar os feedbacks destes, a versão final foi enviada aos especialistas
iniciais para avaliação final. Após aprovação, o inquérito foi lançado online,
com os participantes a receber explicações claras sobre o propósito do
instrumento e as devidas garantias de anonimato. O questionário abordou aspetos
demográficos e questões sobre a implementação dos jogos reduzidos, incluindo 18,
14, e 43 perguntas nos domínios “quando”, “como” e “porquê”, respetivamente.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Recolha dos dados e procedimentos estatísticos</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: os dados recolhidos do inquérito foram exportados e
compilados num ficheiro Excel. Para questões de resposta fixa, foi realizada
uma análise de frequência, que permitiu uma avaliação quantitativa das escolhas
e das preferências dos participantes dentro das categorias de resposta
predefinidas. O teste do Qui-quadrado foi aplicado para investigar potenciais
relações entre duas variáveis categóricas, como a nacionalidade e a questão em
causa. O teste de Mann-Whitney U foi utilizado para escalas ordinais, também para
detetar diferenças entre as nacionalidades. Os testes estatísticos foram
realizados através do software SPSS (versão 28.0), com significância
estatística definida em <i>p</i> ≤ 0.05.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Principais resultados<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -.55pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Perspetiva global<o:p></o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Independentemente do país, a maioria dos treinadores
propõe jogos reduzidos duas a três vezes por semana, quer na pré-época, como no
período competitivo. Para o grosso dos participantes, a duração dos jogos
reduzidos varia entre os 16 e os 30 minutos, situando-os nas partes inicial
(aquecimento) e fundamental. Os treinadores concebem jogos reduzidos para melhorar
a aptidão aeróbia e as mudanças de direção e fazem-no menos frequentemente para
desenvolver a performance em sprint. O treino técnico e tático é, para a grande
maioria, o principal objetivo que decorre da aplicação de jogos reduzidos. Os
treinadores preferem formatos mais pequenos (1v1 a 4v4) para estimular a
aptidão aeróbia, as mudanças de direção e as habilidades técnicas. Ao invés, os
formatos médios (5v5 a 8v8) são mais idealizados para desenvolver
comportamentos táticos e ações de sprint. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -.55pt;"><a name="_Hlk154691408"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">“Quando?”<o:p></o:p></span></i></b></a></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk154691408;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os
treinadores tendem a integrar frequentemente os jogos reduzidos nos seus planos
de treino, embora não o façam em todas as sessões de treino. Houve associações
significativas entre a nacionalidade e a frequência de jogos reduzidos na
pré-época e no período competitivo. Na pré-época e no período competitivo, os
treinadores brasileiros tendem a propor duas sessões de treino semanais com
jogos reduzidos, enquanto os portugueses privilegiam 3 sessões práticas por
semana. Na parte do retorno à calma, 33% dos brasileiros refere não utilizar
jogos reduzidos, porém, 43% dos portugueses confessaram implementar abaixo de
metade do número de sessões de treino definidas. As diferenças nas outras
distribuições – duração das sessões de treino, o tempo despendido em jogos
reduzidos e as frequências de jogos reduzidos no aquecimento e na parte
fundamental – não foram significativas.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk154691408;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk154691408;"></span>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -.55pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">“Como”? </span></i></b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">(para melhorar
a condição física)<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As associações
significativas ocorreram entre a nacionalidade e (1) o desenvolvimento do
sprint, (2) de mudanças de direção, (3) o tempo despendido para o treino
aeróbio e (4) a frequência de jogos reduzidos para aprimorar as ações de
sprint. Em concreto, 56% dos treinadores brasileiros usam os jogos reduzidos
como método de treino para treinar a velocidade máxima, mas 52% dos participantes
portugueses referiram não o fazer. Também, 76% dos treinadores brasileiros
utilizam jogos reduzidos para desenvolver as mudanças de direção, valor que
baixa para os 66% no caso dos treinadores portugueses. Os treinadores
brasileiros dedicam mais tempo de treino para desenvolver a aptidão aeróbia
(21–30 min; 39%), comparativamente aos portugueses (11–20 min; 41%). Os
treinadores brasileiros também mencionaram recorrer a mais sessões para
potenciar a performance em sprint: 1–2 sessões (38% vs. 37% portugueses); 3–4
sessões (16% vs. 2% portugueses).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -.55pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">“Como”? </span></i></b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">(para melhorar
habilidades técnicas e comportamentos táticos)<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O estudo revelou
associações significativas entre a nacionalidade e o uso de jogos reduzidos
para desenvolver habilidades técnicas e comportamentos táticos. Contudo, as
associações entre nacionalidade e (1) escolha do tipo de jogos reduzidos, (2) relações
numéricas propostas, (3) o tempo alocado para os jogos reduzidos e (4)
frequência semanal de jogos reduzidos apenas foram significativas para o treino
técnico, o que não aconteceu para o aperfeiçoamento tático. Comparativamente
aos treinadores portugueses, os técnicos brasileiros afirmaram utilizar mais os
jogos reduzidos para o desenvolvimento técnico (86% vs. 71%) e tático (84% vs.
70%). Enquanto os treinadores portugueses preferem utilizar jogos de dimensões
mais reduzidas (49%) para aprimorar a técnica, os brasileiros referem combinar mais
do que um grupo de formatos (40%). Na dimensão técnica, os portugueses preferem
situações de igualdade numérica (41%), mas os técnicos do Brasil optam mais por
jogos com superioridade/inferioridade numéricas (48%), concedendo mais tempo
aos jogos reduzidos (11–30 min vs. 11–20 min).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -.55pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">“Como”? </span></i></b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">(caracterização
dos objetivos das tarefas)<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Não houve associações
significativas entre a nacionalidade e as dimensões do espaço para o treino
fisiológico, acelerações/desacelerações e o desenvolvimento de habilidades
técnicas. No entanto, houve associações significativas entre a nacionalidade e
as dimensões do espaço para potenciar o sprint e as ações táticas. Para
promover a velocidade de corrida e os comportamentos táticos, os técnicos
portugueses propõem espaços amplos (> 1/8 do campo formal) mais
frequentemente (85% vs. 71% e 93% vs. 76%, respetivamente). Para o
desenvolvimento de habilidades técnicas, houve ainda uma associação
significativa entre a nacionalidade e o objetivo dos jogos reduzidos, com os
treinadores brasileiros a proporem mais situações de posse de bola (52%) e os
portugueses a utilizar jogos com alvos, i.e., com direcionalidade (56%).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -.55pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">“Porquê”? </span></i></b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">(importância
de desenvolver diferentes capacidades)<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os resultados mostraram
associações significativas entre a nacionalidade e a importância dos jogos
reduzidos para potenciar (1) a condição física de base (aeróbia), (2) mudanças
de direção, (3) agilidade, (4) habilidades técnicas ofensivas, (5) habilidades
técnicas defensivas, (6) comportamentos táticos ofensivos, (7) comportamentos
táticos defensivos e (8) o modelo jogo. Não houve nenhuma associação entre a
nacionalidade e a importância dos jogos reduzidos para estimular a força
máxima. Enquanto os treinadores brasileiros consideram os jogos reduzidos muito
importantes para desenvolver princípios táticos ofensivos e defensivos, a
maioria dos treinadores portugueses considera-os apenas importantes. Analogamente,
a maioria dos treinadores brasileiros vê os jogos reduzidos como muito
importantes para melhorar a aptidão aeróbica e a agilidade, enquanto os
portugueses não enfatizam tanto essa relevância.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Aplicações práticas<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os resultados e a
discussão do estudo levaram-me a formular 5 sugestões práticas que julgo poderem
ser úteis para melhorar o planeamento e a aplicação de jogos reduzidos no
processo de treino no futebol, a saber:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-add-space: auto; tab-stops: 21.3pt 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">1.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> <u>Personalizar os planos de treino</u>: para otimizar a
eficácia dos jogos reduzidos nas sessões de treino, os constrangimentos da
tarefa propostos devem atender às preferências e aos objetivos específicos da
equipa técnica. Uma abordagem personalizada permitir direcionar o
desenvolvimento tático, técnico, físico e psicossocial no sentido pretendido,
tendo em consideração as necessidades individuais e coletivas do plantel.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">2.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> <u>Ajustar a periodização do treino</u>: ao equacionar variações
na frequência e na duração dos jogos reduzidos ao longo da temporada, os
treinadores podem ajustar estrategicamente a periodização, equilibrando a
relação entre carga de treino e recuperação. Adaptar o planeamento com base na
cultura, na filosofia e nas nuances metodológicas locais permite rentabilizar o
desempenho dos jogadores.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">3.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> <u>Promover a variedade nos formatos de jogo reduzido
propostos</u>: os treinadores devem incorporar diversos formatos de jogo
reduzido no seu processo de treino para trabalhar as dimensões do rendimento de
forma holística. Formatos diferentes de jogo permitem usualmente atingir
objetivos específicos, do ponto de vista tático, técnico, físico e fisiológico.
Os formatos mais reduzidos (1v1 a 4v4) são mais propícios para o desenvolvimento
técnico, da aptidão aeróbia e da componente neuromuscular (i.e., acelerações,
desacelerações e mudanças de direção). Já os formatos médios (5v5 a 8v8) ou
grandes (9v9 a 11v11) aparentam ser mais efetivos para o aperfeiçoamento de
comportamentos táticos e para estimular ações contextualizadas de corrida em
velocidade (sprint).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">4.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> <u>Potenciar a integração dos jogos reduzidos nas
sessões de treino</u>: a integração de jogos reduzidos nas sessões de treino deve
ocupar até, aproximadamente, 40 minutos da sessão. Não é de todo descabido
propor jogos reduzidos ao longo de todo o microciclo semanal, mas nunca
descurando o binómio “esforço – recuperação”. Além disso, os jogos reduzidos
podem ser implementados na parte inicial da sessão (vulgo aquecimento), pois fomentam
respostas agudas nos indivíduos relacionadas com as exigências subsequentes da
sessão ou do jogo. A parte final (retorno à calma) também pode conter situações
jogadas, desde que concebidas de modo a fazer jus às particularidades desta
fase da sessão (e.g., inclusão de jogadores neutros ou jokers, ou utilização de
restrições espaciais, em períodos de esforço curtos).</span><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">5.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> <u>Facilitar a diversidade de movimentos e multiplicidade
de oportunidades de ação</u>: os treinadores devem explorar a diversidade de
movimentos e multiplicidade de oportunidades de ação (<i>affordances</i>) por
meio da manipulação das características estruturais da tarefa. Alterações simples
do jogo em termos espaciais, numéricos, temporais, materiais ou regulamentares
podem ter um impacto considerável nos esforços físicos produzidos e nas
habilidades tático-técnicas executadas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Conclusão<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O inquérito realizado permitiu caracterizar a aplicação
de jogos reduzidos por treinadores portugueses e brasileiros, procurando
compreender os “quandos”, os “comos” e os “porquês” da utilização destas
atividades de treino. Os treinadores preferem realizar jogos reduzidos duas a 3
vezes por semana, com uma duração média de 16 a 30 minutos por sessão. Os jogos
são principalmente utilizados para estimular a aptidão aeróbica, mudanças de
direção, habilidades técnicas e comportamentos táticos. Os formatos mais
reduzidos (1v1 a 4v4) são mais selecionados para potenciar a aptidão aeróbia e
as capacidades neuromusculares e técnicas, embora os treinadores ajustem os
constrangimentos da tarefa conforme necessário. No geral, os treinadores
consideram os jogos reduzidos altamente importantes para aprimorar a aptidão
aeróbica, as habilidades técnicas e os comportamentos táticos. As evidências
contribuem para uma compreensão mais profunda de como os treinadores incorporam
os jogos reduzidos no processo de treino, fornecendo inúmeras perspetivas sobre
como otimizar o planeamento e diversificar as práticas no contexto do futebol.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">P.S.:<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l1 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">1-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As ideias que constam neste texto foram originalmente
escritas pelos autores do artigo e, presentemente, traduzidas para a língua
portuguesa;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l1 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">2-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Para melhor compreender as ideias acima referidas,
recomenda-se a leitura integral do artigo em questão;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l1 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">3-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As citações efetuadas nesta rúbrica foram utilizadas pelos
autores do artigo, podendo o leitor encontrar as devidas referências na versão
original publicada na revista <i>Biology of Sport</i>.<o:p></o:p></span></p>Carlos Humberto Almeidahttp://www.blogger.com/profile/09636379308994650864noreply@blogger.com08550 Monchique, Portugal37.3179879 -8.55617069.0077540638211531 -43.7124206 65.628221736178844 26.6000794tag:blogger.com,1999:blog-21248517.post-27945874198231277232023-12-24T09:57:00.002+00:002023-12-24T09:57:42.964+00:00[2023] | Mensagem de boas festas<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWdWgYtfeB47Dl51fisMDCrxzPRaue9k6mWp_Fa359_Qs081_50Ovo-ba4pmMyvHWf7LccC7A-AUloZhvAz1SfNa9w12wOsectQIX0OLsg8a2iG6097UR5DYeO499U6hyphenhyphencB_zqVhGPqb4F6mzcb40O1C-HCzT9bjSiCfD0lDGDLFod5fQeTiYHOA/s960/Boas%20Festas%202023.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="960" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWdWgYtfeB47Dl51fisMDCrxzPRaue9k6mWp_Fa359_Qs081_50Ovo-ba4pmMyvHWf7LccC7A-AUloZhvAz1SfNa9w12wOsectQIX0OLsg8a2iG6097UR5DYeO499U6hyphenhyphencB_zqVhGPqb4F6mzcb40O1C-HCzT9bjSiCfD0lDGDLFod5fQeTiYHOA/w640-h360/Boas%20Festas%202023.jpg" width="640" /></a></div><br /><p></p>Carlos Humberto Almeidahttp://www.blogger.com/profile/09636379308994650864noreply@blogger.com08550 Monchique, Portugal37.3179879 -8.55617069.0077540638211531 -43.7124206 65.628221736178844 26.6000794tag:blogger.com,1999:blog-21248517.post-65717562699335236212023-11-27T18:47:00.001+00:002023-11-27T18:47:00.142+00:00Artigo do mês #47 – novembro 2023 | Efeitos de diferentes durações de recuperação nas medidas de carga externa e interna em jogos reduzidos de futebol<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Nota prévia</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: O artigo
científico alvo da presente síntese foi selecionado em função dos seguintes
critérios: (<b>1</b>) publicado numa revista científica internacional com
revisão de pares; (<b>2</b>) publicado no último trimestre; (<b>3</b>)
associado a um tema que considere pertinente no âmbito das Ciências do
Desporto.</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span face=""Arial",sans-serif" lang="ES" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: ES;">- 47 -<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" lang="ES" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: ES;">Autores<a name="_Hlk100579888">: </a></span></b><a name="_Hlk148977554"><span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="ES" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: ES;">de Dios-Álvarez, V., Padrón-Cabo, A., Lorenzo-Martínez, M.,
& Rey, E.<o:p></o:p></span></span></a></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"></span><span style="mso-bookmark: _Hlk148977554;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">País:</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Espanha<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Data de publicação: </span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">11-outubro-2023<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Título:</span></b><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Effects of different recovery
duration on external and internal load measures during bouts of small-sided games<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Referência:</span></b><span lang="EN-GB"> </span><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">de
Dios-Álvarez, V., Padrón-Cabo, A., Lorenzo-Martínez, M., & Rey, E. (2024).</span><span lang="EN-GB"> </span><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Effects of different recovery duration on
external and internal load measures during bouts of small-sided games. <i>Journal
of Human Kinetics, 90</i>, 1–8. Advance online publication. https://doi.org/10.5114/jhk/169520<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbsBEkzVzYWGWTLRSj4nsZ2Gd7cXf-x0peJxq9MDS0Kfsc9A1Recbqn8wWBIi5gFvr43tNmxa8y031DxwoRTFeBs65fWpxcn3Yy4fYsJFHzNUvFAdDcJdUTzvfQbCr5IdHBM86PL_pi4IcC-c4G05979mKZHcx6ZNL8vQR1GC32F9ULkkunS4iww/s1354/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2047%20-%20novembro%202023%20(1).png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="679" data-original-width="1354" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbsBEkzVzYWGWTLRSj4nsZ2Gd7cXf-x0peJxq9MDS0Kfsc9A1Recbqn8wWBIi5gFvr43tNmxa8y031DxwoRTFeBs65fWpxcn3Yy4fYsJFHzNUvFAdDcJdUTzvfQbCr5IdHBM86PL_pi4IcC-c4G05979mKZHcx6ZNL8vQR1GC32F9ULkkunS4iww/w640-h320/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2047%20-%20novembro%202023%20(1).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 1.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Informações editoriais do artigo do mês 47 – novembro de
2023.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Apresentação do problema<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os jogos reduzidos constituem uma forma de exercício de
treino comum, que tem ganho popularidade entre equipas de futebol amadoras e
profissionais (Hill-Haas et al., 2011). Estes jogos representam uma solução
útil para melhorar a eficácia do treino (Clemente et al., 2019), uma vez que
estimulam a tomada de decisão e aspetos fisiológicos, físicos e técnicos
(Sarmento et al., 2018). Além disso, este tipo de tarefa permite analisar como
os jogadores gerem as suas relações espaciotemporais com os colegas de equipa e
os oponentes, aquando da emergência de padrões de jogo em diferentes níveis de
rendimento (Travassos et al., 2013).</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A manipulação de variáveis</span><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">como o número de jogadores (Aguiar & Botelho, 2013),
a dimensão do campo (Casamichana & Castellano, 2010), a presença de
guarda-redes (Hulka et al., 2016), a inclusão de “jokers” (Sanchez-Sanchez et
al., 2017), o número de contactos permitidos por jogador (Dellal et al., 2011),
o resultado do jogo (Lorenzo-Martínez et al., 2020) e a duração da recuperação
entre repetições (Köklü et al., 2015) pode influenciar as respostas
fisiológicas (i.e., frequência cardíaca, FC; consumo de oxigénio; níveis de
lactato sanguíneo; perceção subjetiva de esforço, PSE) durante os jogos
reduzidos (Branquinho et al., 2021a). Por exemplo, a redução da dimensão do
campo, ou o aumento do número de jogadores, podem conduzir a uma maior
intensidade da tarefa e aumentar a exigência fisiológicas sobre os jogadores
(Aguiar & Botelho, 2013; Casamichana & Castellano, 2010).</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Mais concretamente, a manipulação do tempo de recuperação
também pode afetar as respostas fisiológicas dos jogadores, com períodos de
recuperação mais curtos a induzir um aumento da fadiga e a diminuição do
desempenho (Branquinho et al., 2020a). Aliás, a modificação deste fator pode
ser globalmente caracterizada como contínua, onde o exercício é realizado sem
pausas ou intervalos, ou fracionada, onde o exercício é repetido com períodos
de descanso entre cada jogo (Branquinho et al., 2020b). No entanto, apesar da
importância da duração da recuperação entre jogos reduzidos, pouca atenção tem
sido dada ao impacto de diferentes períodos de recuperação nas cargas externa e
interna ocasionadas nos futebolistas no decurso de jogos reduzidos (Branquinho
et al., 2021b; Köklü et al., 2015).</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Branquinho et al. (2021b) avaliaram o impacto de
diferentes tempos de recuperação durante jogos reduzidos 5v5 com guarda-redes
(Gr). Os autores verificaram que tempos de recuperação curtos (30s) resultaram
numa carga externa significativamente mais elevada em jogadores
semiprofissionais, comparativamente a tempos de recuperação mais longos. Foram
observados resultados semelhantes para a carga interna, com valores mais
elevados em jogos reduzidos com tempos de recuperação mais curtos entre repetições.
No entanto, McLean et al. (2016) não encontraram diferenças nas medidas de
carga externa entre tempos de recuperação de 30s e 120s em futebolistas profissionais.
Estes autores mostraram, sim, diferenças significativas na FC, com valores mais
elevados nos intervalos de 30s, em relação aos de 120s. Estas evidências sugerem
que períodos curtos de recuperação podem resultar numa carga interna mais
pronunciada.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Até à data, os autores sustentam que os efeitos da
duração da recuperação entre jogos reduzidos com Gr apenas foram investigados
numa ocasião (Branquinho et al., 2021b). Em virtude desta escassez de pesquisas,
é necessária mais produção científica para determinar a duração de recuperação
ideal no desempenho subsequente em jogos reduzidos. Assim, o objetivo do estudo
passou por analisar o impacto de diferentes períodos de recuperação entre
repetições de jogos reduzidos 4v4 com Gr em variáveis de carga externa e
interna (Branquinho et al., 2021b; McLean et al., 2016). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Métodos<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Participantes</span></i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">:</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">16 jogadores semiprofissionais do género masculino
(idade: 24.8 ± 6.8 anos; estatura: 179.1 ± 6.1 cm; massa corporal: 74.6 ± 7.5
kg), de duas equipas militantes na 3.ª divisão espanhola. No global, os
participantes tinham 19.4 ± 4.0 anos de treino sistemático no futebol e
cumpriam um regime de treino com 4 sessões semanais, de 90 minutos e 1 jogo
oficial ao fim de semana.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Procedimentos</span></i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: os
jogadores participaram em 3 sessões de treino de jogos reduzidos com diferentes
períodos de recuperação entre eles: sessão 1 (recuperação longa, 4-min), sessão
2 (recuperação média, 2-min) e sessão 3 (recuperação curta, 1-min). Cada sessão
consistiu em jogos reduzidos Gr+4v4+Gr, com 4 repetições de 4 minutos cada,
após um aquecimento estandardizado de 20-min. O protocolo experimental foi
realizado no decurso do período competitivo, com mais de 72 horas antes ou depois
do último jogo e com um intervalo mínimo de 48 horas entre as sessões. Todas as
sessões decorreram às 21:00 em relvado artificial, num campo de 30x25m (94 m<sup>2</sup>/jogador,
excluindo os Gr; figura 2) e sem chuva. Os jogadores foram distribuídos em
equipas equilibradas, compostas por defesas, médios e avançados, não se
alterando ao longo da experiência. Os participantes estavam a par das regras dos
jogos, que incluíam o recomeço a partir do Gr e a ausência da regra do fora de
jogo. Os jogos reduzidos foram realizados com encorajamento do treinador e do
preparador físico.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdCcUvlWEoQs_XX4FFNDkpSRdLi0QM87lu42pbyZ3J3SEzWnugrIfvbNlMQlGstrbr16BzZ2y6iMl0eUB_SRFkIIavlzDSdTkCkDdfLmkDZ2UHsXvoqFxZNlhtJ1jFDHe-FBnejLW00DC1skCPRZXpWLk9NMmRT6yLZUF16e5U7Pj32n5EaWmfGw/s2343/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2047%20-%20novembro%202023%20(2).jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1224" data-original-width="2343" height="334" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdCcUvlWEoQs_XX4FFNDkpSRdLi0QM87lu42pbyZ3J3SEzWnugrIfvbNlMQlGstrbr16BzZ2y6iMl0eUB_SRFkIIavlzDSdTkCkDdfLmkDZ2UHsXvoqFxZNlhtJ1jFDHe-FBnejLW00DC1skCPRZXpWLk9NMmRT6yLZUF16e5U7Pj32n5EaWmfGw/w640-h334/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2047%20-%20novembro%202023%20(2).jpg" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 2.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Formato de jogo reduzido proposto no estudo: Gr+4v4+Gr
(30x25m) (imagem não publicada pelos autores).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Recolha dos dados</span></i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: os
dados inerentes à carga externa dos jogadores durante os jogos reduzidos foram
recolhidos mediante um dispositivo portátil de GPS de 10 Hz (Playertek,
Catapult Innovations, Melbourne, Austrália). As variáveis de corrida obtidas do
GPS foram a distância total percorrida (m) e a distância percorrida (m) em 4
níveis diferentes de velocidade (Lorenzo-Martínez et al., 2020): corrida de
baixa intensidade (0–6.9 km/h), corrida de média intensidade (7.0–12.9 km/h),
corrida de alta intensidade (13.0–17.9 km/h) e sprint (≥18.0 km/h). Foram ainda
obtidos o número total de acelerações e desacelerações (Akenhead et al., 2013)
e outras medidas globais de carga, como o <i>power score</i> (w/kg; baseado nos
níveis de velocidade alcançados e nas taxas de aceleração ao longo da sessão), a
carga individual (baseada na taxa instantânea de mudança das medidas triaxiais
do acelerómetro; Bredt et al., 2020), rácio esforço:repouso (representa a
percentagem do tempo que um jogador corre acima de 5.4 km/h) e a potência
metabólica elevada (traduz o número de esforços que excedem os 20 w/kg). A
carga interna dos jogadores foi quantificada através da escala de Foster de 0 a
10, de forma a registar o esforço percebido imediatamente após cada repetição
de jogo reduzido (Foster et al., 2001). Cada jogador avaliou o seu esforço
individualmente. Todos os participantes estavam familiarizados com a escala de PSE,
pois já a haviam utilizado em treino.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Análise estatística</span></i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">:
todas as análises estatísticas foram realizadas através do software estatístico
<i>R</i>, versão 4.2.1 (R Core Team, 2020).<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Os resultados foram apresentados como médias e desvios-padrão. Os
efeitos dos diferentes tempos de recuperação entre jogos reduzidos nas
variáveis de carga externa foram comparados através de um modelo linear misto,
utilizando o pacote R “lme4” (Bates et al., 2015). A identidade do jogador foi
modelada como efeito aleatório. O quadrado eta parcial foi calculado como uma
medida de dimensão do efeito, de acordo com os seguintes valores de corte:
pequeno (≥ 0.01), médio (≥ 0.059) e grande (≥ 0.138) (Cohen, 1988). Além disso,
após a verificação das assunções de homogeneidade e normalidade, foi realizada
uma comparação de pares através do teste de Bonferroni. Para comparações de
pares significativas, foram calculadas as dimensões de efeito, utilizando os
critérios de Cohen (1988): trivial (<i>d</i> < 0.2), pequeno (0.2 ≤ <i>d</i>
< 0.5), médio (0.5 ≤ <i>d</i> < 0.8) e grande (<i>d</i> > 0.8). A
homogeneidade das variâncias foi examinada usando o teste de Levene. Para todas
as análises, o nível de significância foi estabelecido em <i>p</i> < 0.05.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Principais resultados<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A tabela 1 exibe a estatística descritiva das variáveis
de carga externa e interna consideradas no estudo, enfatizando, também, as
diferenças significativas entre os jogos reduzidos com diferentes períodos de
recuperação.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Tabela 1.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">
Diferenças nas variáveis de carga externa e de carga interna dos jogadores, em
função da duração dos períodos de recuperação entre os jogos reduzidos (média ±
desvio-padrão) (adaptado de de Dios-Álvarez et al., 2023).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOMhKhuheKm4f3PpLl1UzuLiKRD_7EiL4SCsP68SEYiKFZmurjpfuSFveo6MRK06oY1cjq5ztObI-Z9BTdnbjXlGyWS3JvlNOat_xe8okjf4fMrb3UCJ_udzsctXp87bCjLyg8362IHVSR05N3vGYx-sjQSYkMzRA__6NRB6-xuY-LXkkTC9HMaw/s2016/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2047%20-%20novembro%202023%20(3).png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="883" data-original-width="2016" height="280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOMhKhuheKm4f3PpLl1UzuLiKRD_7EiL4SCsP68SEYiKFZmurjpfuSFveo6MRK06oY1cjq5ztObI-Z9BTdnbjXlGyWS3JvlNOat_xe8okjf4fMrb3UCJ_udzsctXp87bCjLyg8362IHVSR05N3vGYx-sjQSYkMzRA__6NRB6-xuY-LXkkTC9HMaw/w640-h280/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2047%20-%20novembro%202023%20(3).png" width="640" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Legenda:</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> JR
1-min: jogos reduzidos com períodos de recuperação de 1 minuto; JR 2-min: jogos
reduzidos com períodos de recuperação de 2 minutos; JR 4-min: jogos reduzidos
com períodos de recuperação de 4 minutos. ^ Diferença significativa entre JR
1-min e JR 2-min. # Diferença significativa entre JR 1-min e JR 4-min.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -0.55pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><b><i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Carga externa<o:p></o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os resultados mostraram um decréscimo significativo do
número total de acelerações nos jogos reduzidos com 1-min de pausa,
comparativamente aos jogos reduzidos com 2-min de pausa (dimensão de efeito
média) e com 4-min de pausa (dimensão de efeito grande). De modo idêntico,
também houve um decréscimo significativo do número total de desacelerações nos
jogos reduzidos com períodos de recuperação mais curtos (1-min), em relação aos
períodos de recuperação de 2-min (dimensão de efeito média) e de 4-min
(dimensão de efeito grande). Contudo, entre os diversos períodos de
recuperação, não foram identificadas diferenças significativas para a distância
total percorrida, para as distâncias percorridas em diferentes níveis de intensidade,
para as medidas de potência metabólica e para o rácio esforço-repouso.</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">No caso dos jogos reduzidos com 1-min de recuperação, os
valores médios foram ligeiramente mais elevados nas distâncias percorridas a
andar e em alta intensidade. Nas situações jogadas com períodos de recuperação
de 2-min, as médias foram ligeiramente mais elevadas nas seguintes variáveis:
distância total, distâncias percorridas em intensidades baixa e moderada, carga
individual e rácio esforço-repouso. A velocidade máxima atingida e o <i>power
score</i> foram, no cômputo geral, similares.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -0.55pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><b><i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Carga interna<o:p></o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os jogos reduzidos com
períodos de recuperação de 2-min demonstraram valores médios significativamente
mais elevados que os jogos com 1-min de recuperação (dimensão de efeito
grande).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Aplicações práticas<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os resultados obtidos
permitiram formular 4 sugestões práticas passíveis de serem implementadas por
treinadores de futebol em contexto de treino:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo3; tab-stops: 21.3pt 49.65pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">1.<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span></b><u><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Jogos reduzidos para treinar em regime de força
específica</span></u><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: indiretamente, os resultados comprovam
que jogos reduzidos com um número de jogadores (≤ 5 elementos) e áreas de jogo
individuais mais reduzidos (< 100 m<sup>2</sup>/jogador) são indicados para
trabalhar em regime de força específica, já que exigem, predominantemente, mais
esforços explosivos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 21.3pt 49.65pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo3; tab-stops: 21.3pt 49.65pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">2.<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span></b><u><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Intervalo ótimo de recuperação para ações explosivas</span></u><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: os treinadores devem propor períodos de recuperação
mais longos (i.e., em torno dos 4-min) entre repetições de jogos reduzidos para
aumentar a capacidade dos jogadores em executar ações explosivas de alta intensidade,
como acelerações e desacelerações. Períodos mais longos favorecem a ressíntese
de fosfocreatina, um fator crucial para a produção de energia em atividades
intermitentes e, especialmente, para ações de alta intensidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 21.3pt 49.65pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo3; tab-stops: 21.3pt 49.65pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">3.<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span></b><u><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Intervalos curtos de
recuperação em jogos reduzidos</span></u><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: a
redução do período de recuperação para intervalos curtos (1-min) tem um efeito
negativo na performance física. Em termos gerais, períodos de pausa muito
curtos resultam em menores distâncias percorridas em intensidades moderadas e numa
performance neuromuscular menos conseguida.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-add-space: auto; tab-stops: 21.3pt 49.65pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo3; tab-stops: 21.3pt 49.65pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">4.<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span></b><u><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Tomar em consideração
os objetivos específicos para a sessão de treino</span></u><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: quando a performance física objetivada nos jogos
reduzidos implica mais atividades curtas de alta intensidade, os treinadores
devem optar por períodos de recuperação mais longos (3 ou 4-min); contudo, quando
a intenção passa por alcançar distâncias totais e de alta intensidade mais
elevadas, um período de recuperação mais curto (2-min) parece ser apropriado. A
escolha da duração da recuperação deve estar alinhada com os objetivos
específicos da sessão de treino.<b><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Conclusão<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Este estudo destaca a importância da gestão do tempo de
recuperação durante jogos reduzidos para melhorar as cargas externa e interna de
jogadores de futebol. Os resultados indicam que futebolistas semiprofissionais
tendem a executar mais acelerações e desacelerações quando os períodos de
recuperação entre jogos reduzidos são mais longos (4-min). Para além disso, e
quiçá paradoxalmente, a redução do tempo de recuperação entre repetições induziu
valores mais baixos no esforço percebido pelos jogadores, em particular nas
pausas de 1-min.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">P.S.:<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l1 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">1-<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As ideias que constam neste texto foram originalmente
escritas pelos autores do artigo e, presentemente, traduzidas para a língua
portuguesa;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l1 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">2-<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Para melhor compreender as ideias acima referidas,
recomenda-se a leitura integral do artigo em questão;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l1 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">3-<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As citações efetuadas nesta rúbrica foram utilizadas pelos
autores do artigo, podendo o leitor encontrar as devidas referências na versão
original publicada na revista <i>Journal of Human Kinetics</i>.</span></p><p></p>Carlos Humberto Almeidahttp://www.blogger.com/profile/09636379308994650864noreply@blogger.com08550 Monchique, Portugal37.3179879 -8.55617069.0077540638211531 -43.7124206 65.628221736178844 26.6000794tag:blogger.com,1999:blog-21248517.post-73235561221377163562023-10-29T18:27:00.001+00:002023-10-29T18:27:16.825+00:00Artigo do mês #46 – outubro 2023 | Evolução técnica e tática das sequências ofensivas na LaLiga (2008–2021). É o futebol espanhol agora mais associativo?<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Nota prévia</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: O artigo
científico alvo da presente síntese foi selecionado em função dos seguintes
critérios: (<b>1</b>) publicado numa revista científica internacional com
revisão de pares; (<b>2</b>) publicado no último trimestre; (<b>3</b>)
associado a um tema que considere pertinente no âmbito das Ciências do
Desporto.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span lang="ES" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: ES;">- 46 -<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="ES" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: ES;">Autores<a name="_Hlk100579888">: </a></span></b><a name="_Hlk148977554"><span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"><span lang="ES" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: ES;">González-Rodenas, J., Moreno-Pérez, V., López-Del Campo,
R., Resta, R., & Del Coso, J.<o:p></o:p></span></span></a></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"></span><span style="mso-bookmark: _Hlk148977554;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">País:</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Espanha<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Data de publicação: </span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">6-outubro-2023<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Título:</span></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Technical and tactical
evolution of the offensive team sequences in LaLiga between 2008 and 2021. Is
Spanish football now a more associative game?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Referência:</span></b><span lang="EN-GB"> </span><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">González-Rodenas,
J., Moreno-Pérez, V., López-Del Campo, R., Resta, R., & Del Coso, J. (2023).</span><span lang="EN-GB"> </span><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Technical and tactical evolution of the
offensive team sequences in LaLiga between 2008 and 2021. Is Spanish football
now a more associative game? <i>Biology of Sport, 40</i>(2), 105–113. https://doi.org/10.5114/biolsport.2024.131818<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgawhiwE3Zxx72tj-hkIt6bAyhFdmhVJqF-WA4wK_3HB1BNjSKr6EyKjuu8h4DtVMB1cc-8FHrH_xTjiCQog48tNXOI2TeCpXCWOtcCdwLp6nFZkksoakXsXXSt14piHhF7Weo2OQddKHkvA3s2nULYP4TCkIlC-H0yieEg001sedxgoJ6cZXsaow/s1432/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2046%20-%20outubro%202023%20(1).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="592" data-original-width="1432" height="264" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgawhiwE3Zxx72tj-hkIt6bAyhFdmhVJqF-WA4wK_3HB1BNjSKr6EyKjuu8h4DtVMB1cc-8FHrH_xTjiCQog48tNXOI2TeCpXCWOtcCdwLp6nFZkksoakXsXXSt14piHhF7Weo2OQddKHkvA3s2nULYP4TCkIlC-H0yieEg001sedxgoJ6cZXsaow/w640-h264/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2046%20-%20outubro%202023%20(1).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 1.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Informações editoriais do artigo do mês 46 – outubro de
2023.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Apresentação do problema<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Nos últimos anos, a análise da performance no futebol
evoluiu imenso, sobretudo devido ao uso de dispositivos GPS e de sistemas de
rastreamento com múltiplas câmaras, o que possibilita uma recolha extensa de
dados praticamente em tempo real (Link et al., 2016; Sarmento et al., 2018). Os
desenvolvimentos tecnológicos têm permitido a análise cada vez mais precisa de
aspetos técnicos, táticos, físicos e psicológicos do desempenho dos jogadores
(Rein & Memmert, 2016). Algumas das análises efetuadas têm-se focado na
evolução de competições profissionais de futebol em toda a Europa, incluindo a <i>LaLiga</i>
espanhola (Lago-Peñas et al., 2022; Errekagorri et al., 2022), a <i>Premier
League</i> inglesa (Barnes et al., 2014; Bradley et al., 2016), a <i>Bundesliga</i>
alemã (Konefal et al., 2019) e a <i>UEFA Champions League</i> (Yi et al.,
2020). Independentemente de diferenças entre os estudos, mostrou-se que
indicadores de desempenho, como a distância percorrida em alta velocidade, o
número de sprints e o número de passes têm aumentado, enquanto a distância
total percorrida, o número de remates, cruzamentos, desarmes e alívios diminuíram
progressivamente ao longo das temporadas. Em síntese, estas evidências sugerem
que as equipas das ligas de futebol europeias estão atualmente a exibir um
estilo de jogo mais orientado para a posse de bola, com esforços físicos mais
intensos.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Apesar das contribuições significativas dos estudos
supramencionados, o foco recaiu predominantemente em parâmetros técnicos e
físicos individuais, negligenciando os indicadores de performance coletivos,
que são cruciais para entender a performance competitiva. Dada a necessidade de
explorar parâmetros mais dinâmicos, interativos e representativos do futebol (Mackenzie
& Cushion, 2013), a análise das sequências ofensivas das equipas fornece uma
perspetiva global sobre o modo como os jogadores se ligam coletivamente para
elaborar um ataque. Isso inclui o número de passes por sequência, a velocidade
de progressão e o resultado da sequência, possibilitando captar o comportamento
técnico e tático da equipa em posse de bola (Aranda et al., 2019). Embora ainda
persista a discussão entre investigadores sobre o tipo de sequências de passe
(curtas ou longas) que gera maior eficácia ofensiva (Reep & Benjamin, 1968;
Hughes & Franks, 2005), esta análise tem vindo a expandir-se, incluindo
técnicas como a análise de rede (Clemente et al., 2020) e dados posicionais (Malqui
et al., 2019), para que se possa obter uma compreensão mais profunda acerca das
interações coletivas no futebol.</span><span style="color: red; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Contudo, apesar da constante evolução na última década
dos métodos de treino (Sarmento et al., 2018b, 2018c), dos dispositivos táticos
(González-Rodenas et al., 2023) e dos métodos de análise de jogo (Sarmento et
al., 2018a, Forcher et al., 2022), que resultaram numa literatura científica mais
abrangente e mais orientada para o que se faz no terreno, as evidências em
torno da forma como o jogo de futebol tem evoluído ao longo dos anos ainda são
limitadas. Portanto, parece necessário e interessante explorar como é que as
sequências ofensivas das equipas estão a evoluir em termos técnicos e táticos,
a fim de investigar os efeitos dos métodos de treino e de jogo. Neste âmbito, a
avaliação da fase ofensiva pode detetar as variáveis técnicas e táticas chave,
relacionadas com a velocidade de circulação da bola, a duração e o número de
ações técnicas (e.g., passes), bem como a localização da posse de bola e os
movimentos dos jogadores, e que são essenciais para avaliar os estilos de jogo
(Hewitt et al., 2016) e alcançar o sucesso no futebol (Oliva-Lozano et al.,
2023).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Posto isto, o objetivo desta investigação foi estudar a
evolução técnica e tática das sequências ofensivas das equipas de futebol da <i>LaLiga</i>
espanhola numa perspetiva longitudinal, desde as temporadas 2008/09 até
2020/21.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Métodos<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Amostra</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">:</span><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">consistiu em 4940
observações de jogos de 38 equipas profissionais de futebol da <i>LaLiga</i>,
abrangendo um período de 13 temporadas, de 2008/09 a 2020/21. Resultou, no
total, em 9880 conjuntos de dados de sequências ofensivas (2 conjuntos por
jogo), executados pelas equipas em competição. Todos os dados foram recolhidos
com a autorização da <i>LaLiga</i>, em conformidade com as respetivas diretrizes
éticas e garantindo o anonimato dos jogadores.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Procedimentos</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: as características
técnicas e táticas de cada sequência ofensiva foram recolhidas através do
sistema <i>Mediacoach</i>, que utiliza informação proveniente da <i>OPTA
Sportsdata</i>. Todas as sequências coletivas produzidas em cada jogo da <i>LaLiga</i>
foram automaticamente gravadas e analisadas pelo sistema. Em termos
operacionais, uma sequência ofensiva é definida por uma passagem de jogo em que
a posse de bola pertence a uma equipa, finalizando com ações defensivas
adversárias, paragens naturais do jogo (e.g., bolas fora ou faltas) ou um
remate. Para cada sequência ofensiva, foi analisado um total de 12 variáveis
técnicas e táticas passíveis de descrever as características gerais da
sequência coletiva, a performance na ação de passe e a performance ofensiva
(ver Tabela 1).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Tabela 1.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">
Descrição e definição das variáveis técnicas e táticas avaliadas no presente
estudo (adaptado de González-Rodenas et al., 2023).</span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr8RCm1IzGPk9jSDGki7rBb8BJjTgpmp3MS7mNpHRzwehhUbVGbf0KHA3vPU1Z56ub-C2CGUa70x1ytcGIRniFT5VllHSHvVgaWFOh-JcvLYmFtK71NXwxsuM1Qxe-1daBu_fECCCPeRXcJwSgTrSvdPftovWehCAXiMiLcsMNic506YG1Fs_TwQ/s1345/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2046%20-%20outubro%202023%20(2).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1264" data-original-width="1345" height="602" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr8RCm1IzGPk9jSDGki7rBb8BJjTgpmp3MS7mNpHRzwehhUbVGbf0KHA3vPU1Z56ub-C2CGUa70x1ytcGIRniFT5VllHSHvVgaWFOh-JcvLYmFtK71NXwxsuM1Qxe-1daBu_fECCCPeRXcJwSgTrSvdPftovWehCAXiMiLcsMNic506YG1Fs_TwQ/w640-h602/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2046%20-%20outubro%202023%20(2).png" width="640" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Análise estatística</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">:</span><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">os dados foram
transferidos do <i>Mediacoach</i> para uma folha de dados de <i>Microsoft Excel</i>.
Todas as análises estatísticas foram realizadas no software <i>IBM SPSS
Statistics</i>, v. 27.0. Devido à estrutura hierárquica do desempenho das equipas
no futebol (cada equipa tem o seu próprio estilo de jogo), um modelo misto
multinível foi usado para agrupar o desempenho coletivo (nível 2) em equipas
(nível 1). Com esta organização dos dados, foi calculado um modelo linear
generalizado para explorar o efeito longitudinal da época (efeito fixo) nas
variáveis técnicas e táticas, considerando o efeito de cada equipa (efeito
aleatório). Foram ainda incluídas variáveis contextuais, como o local do jogo
(casa vs. fora), resultado do jogo (vitória vs. empate vs. derrota), ranking do
adversário em quartis (primeiro, segundo, terceiro e quarto) e ranking da equipa
em quartis. A dimensão de efeito foi avaliada com base na estatística de Cohen
F<sup>2</sup>, com os seguintes valores de corte: < 0.02, trivial; >
0.02, pequena; > 0.15, média; > 0.35, grande (Cohen, 1992). As
comparações entre médias estimadas foram realizadas com o teste de Fisher para
diferenças mínimas significativas. O nível de significância foi estabelecido em
<i>p</i> < 0,05.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Principais resultados<o:p></o:p></span></b></p><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span><span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: -0.55pt;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal;">
</span></span><b style="text-indent: -0.55pt;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Características
gerais das sequências ofensivas</span></i></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A Figura 2 mostra a evolução longitudinal do número,
largura, comprimento e duração das sequências ofensivas por jogo.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8B3OtVDoPPbWNGNd7K08gLZRxkB7e1L4XIQ2LeRJiuxqvML3V8x02tKFTK4XahhVcMYJwQ6wTIF9AYJaekQB_GGBr3h8aw0K8xU9VjKI7c6nLTjSXrULje8TdfOKy_UIsv7WKtENi-0DD4l082qIL64TvQ0k5H-qoXD0VskI-9UVWHz8EhuZ4yw/s1278/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2046%20-%20outubro%202023%20(3).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1041" data-original-width="1278" height="522" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8B3OtVDoPPbWNGNd7K08gLZRxkB7e1L4XIQ2LeRJiuxqvML3V8x02tKFTK4XahhVcMYJwQ6wTIF9AYJaekQB_GGBr3h8aw0K8xU9VjKI7c6nLTjSXrULje8TdfOKy_UIsv7WKtENi-0DD4l082qIL64TvQ0k5H-qoXD0VskI-9UVWHz8EhuZ4yw/w640-h522/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2046%20-%20outubro%202023%20(3).png" width="640" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 2.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Médias preditas e intervalos de confiança a 95% para as
variáveis “número de sequências” (<i>sequences</i>), “largura da sequência” (<i>sequence
width</i>), “comprimento da sequência” (<i>sequence length</i>) e “duração da
sequência” (<i>sequence time</i>) na <i>LaLiga</i> de 2008/09 a 2020/21, de
acordo com o modelo linear generalizado misto. *Significativamente diferente da
temporada 2008/2009 (teste de Fisher para diferenças mínimas significativas; <i>p</i>
< 0,05) (adaptado de González-Rodenas et al., 2023).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Em comparação com a época 2008/09, o número de sequências
ofensivas começou a decrescer na época 2016/17 e obteve os valores mais baixos
nas últimas 5 temporadas investigadas. A largura das sequências ofensivas
permaneceu estável ao longo das épocas, com valores médios a rondar os 34
metros. O comprimento das sequências exibiu uma tendência decrescente a partir
da época 2014/15. Por sua vez, a duração média das sequências ofensivas demonstrou
uma tendência crescente, particularmente, de 2014/15 em diante, quando o tempo
médio das sequências ofensivas aumentou de 6,4 segundos para 8,3 (+33,3%).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -.55pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Performance relativa
à ação de passe<o:p></o:p></span></i></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A Figura 3 mostra que o
número total de passes (+18,7%), a precisão do passe (+6,8%) e o número de
passes por sequência ofensiva (+34,4%) registaram uma tendência constante de
incremento ao longo das épocas examinadas. Por seu turno, a velocidade de
progressão direta evidenciou uma tendência decrescente, especialmente da época
2013/14 em diante.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirKjKlDss7KyG8N7YY8s_IrlyaA8rxB4QmSh1hyphenhyphen6HRZxbjOwLrOTbL7ntC4-wVOYsA5mHIJQHBz0fW-ZLqgg894nj2kh1GdJ5iNUuX4caQgM_7rgropmq-mHTNPXLEquSyBnQ_YN5cqkDCqRaa8ldrDMtES3qk2Fc5NDBOO5Lj3WOs6DCrLSEz3w/s1180/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2046%20-%20outubro%202023%20(4).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="991" data-original-width="1180" height="538" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirKjKlDss7KyG8N7YY8s_IrlyaA8rxB4QmSh1hyphenhyphen6HRZxbjOwLrOTbL7ntC4-wVOYsA5mHIJQHBz0fW-ZLqgg894nj2kh1GdJ5iNUuX4caQgM_7rgropmq-mHTNPXLEquSyBnQ_YN5cqkDCqRaa8ldrDMtES3qk2Fc5NDBOO5Lj3WOs6DCrLSEz3w/w640-h538/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2046%20-%20outubro%202023%20(4).png" width="640" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 3.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Médias preditas e intervalos de confiança a 95% para as
variáveis “número de passes” (<i>passes</i>), “precisão do passe” (<i>passing
accuracy</i>), “passes por sequência” (<i>passes per sequence</i>) e “velocidade
de progressão direta da sequência” (<i>direct speed</i>) na <i>LaLiga</i> de
2008/09 a 2020/21, de acordo com o modelo linear generalizado misto.
*Significativamente diferente da temporada 2008/2009 (teste de Fisher para
diferenças mínimas significativas; <i>p</i> < 0,05) (adaptado de González-Rodenas
et al., 2023).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -.55pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Performance ofensiva<o:p></o:p></span></i></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O número de passes chave
diminuiu significativamente a partir de 2014/15, enquanto o número de bolas
(passes) penetrantes começou a decrescer significativamente a partir da época
2011/12. O número de sequências finalizadas no terço ofensivo apresentou um
decréscimo gradual. Além disso, o número de sequências finalizadas com um
remate também manifestou uma tendência decrescente, com diferenças
significativas entre a época de referência (2008/09) e todas as épocas após
2011/12.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1LSq0J6HKWnSr6fRa5eQvyD4DhaTCJBiLUHjfhhx4zEn73GqBV2ZMQQ3G0Sx6pzR-7k6IO2TvVwyb8QeZZZOfna06zXKQ59OyPsbl7_uR0NbfmNQTq2qUOvYVmVB_jEWTHcK-GjRylnIo5HnDrRRsivrsy1PXsBuK-RTyFwKLDPjRC7ea73mX8g/s1309/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2046%20-%20outubro%202023%20(5).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="985" data-original-width="1309" height="482" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1LSq0J6HKWnSr6fRa5eQvyD4DhaTCJBiLUHjfhhx4zEn73GqBV2ZMQQ3G0Sx6pzR-7k6IO2TvVwyb8QeZZZOfna06zXKQ59OyPsbl7_uR0NbfmNQTq2qUOvYVmVB_jEWTHcK-GjRylnIo5HnDrRRsivrsy1PXsBuK-RTyFwKLDPjRC7ea73mX8g/w640-h482/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2046%20-%20outubro%202023%20(5).png" width="640" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 4.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Médias preditas e intervalos de confiança a 95% para as
variáveis “passes chave” (<i>key passes</i>), “bolas penetrantes” (<i>through
balls</i>), “sequências finalizadas no terço ofensivo” (<i>sequences that end
in the attacking third</i>) e “sequências finalizadas com um remate” (<i>sequences
that end in a shot</i>) na <i>LaLiga</i> de 2008/09 a 2020/21, de acordo com o
modelo linear generalizado misto. *Significativamente diferente da temporada
2008/2009 (teste de Fisher para diferenças mínimas significativas; <i>p</i>
< 0,05) (adaptado de González-Rodenas et al., 2023).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Aplicações práticas<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Com base nos resultados
apresentados, foram extraídas 3 sugestões fundamentais para os treinadores
implementarem nas suas abordagens práticas ao treino e ao jogo:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo3; tab-stops: 21.3pt 49.65pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;">1.<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></b><u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Adaptação estratégico-tática</span></u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: os treinadores devem fomentar um estilo de jogo mais
associativo nas suas equipas. Esse intento envolve a criação de sequências de
passes mais longas, permitindo controlar o jogo de forma mais eficaz por meio
do aumento da frequência e da precisão dos passes. Do ponto de vista
tático-técnico, implica a realização de mais passes à largura do campo e,
inclusivamente, passes para trás, levando a um controlo mais refinado da posse
de bola e do ritmo de jogo. A ausência de “vertigem ofensiva” (i.e., chegar
muito rapidamente à baliza adversária) possibilita que as equipas explorem os
momentos mais oportunos do processo ofensivo para desequilibrar a organização
defensiva adversária e finalizar o ataque, sem comprometer a organização
defensiva da própria equipa.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 21.3pt 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo3; tab-stops: 21.3pt 49.65pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;">2.<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></b><!--[endif]--><u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Organização defensiva</span></u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: um maior jogo associativo terá certamente a ver com o
modo como as equipas se organizam em processo defensivo. Assim, os treinadores
devem considerar fortalecer a organização defensiva das suas equipas, aumentando
a pressão sobre a bola e linhas de passe envolventes. Esta opção estratégico-tática,
quando bem executada, tende a reduzir as chances que as equipas adversárias têm
de penetrar nos diversos setores, forçando-os a depender de combinações de
passe mais elaboradas para ultrapassar o bloco defensivo. Em suma, com um bloco
compacto e pressionante, as equipas são capazes de limitar as ocasiões de
transição defesa-ataque em profundidade dos adversários, reduzindo as oportunidades
que criam para rematar à baliza.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoListParagraphCxSpMiddle"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo3; tab-stops: 21.3pt 49.65pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;">3.<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></b><u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Otimização do desempenho
físico</span></u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: uma organização ofensiva mais
efetiva pode potencialmente rentabilizar os esforços físicos dos jogadores e atenuar
o gasto energético durante os jogos. A construção de processos ofensivos mais
organizados salvaguarda a condição física dos jogadores, proporcionando que
conservem energia para a execução de ações mais intensas quando é necessário,
aspeto que reflete uma nova característica do futebol moderno – integrar a
gestão física na preparação das nuances estratégico-táticas a implementar.<b><o:p></o:p></b></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Conclusão<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As evidências do estudo demonstram que as equipas de
futebol da <i>LaLiga</i> evoluíram técnica e taticamente para um estilo de jogo
mais associativo e combinativo, incluindo sequências de passe mais longas,
tanto em duração, como em quantidade. Esta evolução também acarretou a
diminuição da velocidade de progressão direta no sentido da baliza oponente e a
redução do número de bolas penetrantes, passes chave e remates.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Numa perspetiva estratégico-tática, parece que as equipas
profissionais estão a evoluir para um estilo de jogo mais associativo, com
menos verticalidade e penetração ofensiva. Ainda assim, os técnicos não devem
apenas treinar os jogadores para serem precisos nas ações de passe inerentes à
manutenção da posse de bola, já que é essencial que estes adquiram competências
específicas de drible, finta ou passe para desorganizar a defesa contrária.
Além disso, uma vez que o número de passes penetrantes, passes chave e remates
tem decrescido nos últimos anos, possuir jogadores com estes atributos pode ser
vital para formar planteis bem-sucedidos. O conhecimento providenciado por este
estudo desafia treinadores e analistas a refletir sobre o atual desenvolvimento
técnico, tático e estratégico do jogo de futebol.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">P.S.:<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l1 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;">1-<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As ideias que constam neste texto foram originalmente
escritas pelos autores do artigo e, presentemente, traduzidas para a língua
portuguesa;<o:p></o:p></span></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l1 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;">2-<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Para melhor compreender as ideias acima referidas,
recomenda-se a leitura integral do artigo em questão;<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">
</span></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l1 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;">3-<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As citações efetuadas nesta rúbrica foram utilizadas pelos
autores do artigo, podendo o leitor encontrar as devidas referências na versão
original publicada na revista <i>Biology of Sport</i>.</span></p>Carlos Humberto Almeidahttp://www.blogger.com/profile/09636379308994650864noreply@blogger.com08550 Monchique, Portugal37.3179879 -8.55617069.0077540638211531 -43.7124206 65.628221736178844 26.6000794tag:blogger.com,1999:blog-21248517.post-53189152978333006782023-09-30T13:36:00.000+01:002023-09-30T13:36:00.168+01:00Artigo do mês #45 – setembro 2023 | O papel-chave do contexto nos desportos coletivos: O valor das atividades jogadas na conceção da prática no futebol<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Nota prévia</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: O artigo
científico alvo da presente síntese foi selecionado em função dos seguintes
critérios: (<b>1</b>) publicado numa revista científica internacional com
revisão de pares; (<b>2</b>) publicado no último trimestre; (<b>3</b>)
associado a um tema que considere pertinente no âmbito das Ciências do
Desporto.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">- 45 -<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Autores<a name="_Hlk100579888">: </a></span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Petiot, G. H.,
Vitulano, M., & Davids, K.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">País:</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Canadá<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Data de publicação: </span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">1-agosto-2023<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Título:</span></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> The key role of context in
team sports training: The value of played-form activities in practice designs
for soccer<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Referência:</span></b> <span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Petiot, G. H., Vitulano, M., & Davids, K. (2023).</span> <span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">The key role of context in
team sports training: The value of played-form activities in practice designs
for soccer. <i>International Journal of Sports Science & Coaching</i>, 1–13.
Advance online publication. https://doi.org/10.1177/17479541231191077<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggQq1mRmPS72P4BTYj-aXmHnjLNCU46E4cIyp3K5R6kLEGDrXGlSbdtKw2JcA-oydDpzpUqYaKOmJstRE0qdQdoKLkLUZQXqa9vcmbRQqHbq5h23QN9kUUCHcPeHn-tQPfOioHrDUOPbqGM8t3ijyrv-i_HkNUTcPZdPa7S88E2iuVP-2-fZXkgA/s1359/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2045%20-%20setembro%202023%20(1).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="474" data-original-width="1359" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggQq1mRmPS72P4BTYj-aXmHnjLNCU46E4cIyp3K5R6kLEGDrXGlSbdtKw2JcA-oydDpzpUqYaKOmJstRE0qdQdoKLkLUZQXqa9vcmbRQqHbq5h23QN9kUUCHcPeHn-tQPfOioHrDUOPbqGM8t3ijyrv-i_HkNUTcPZdPa7S88E2iuVP-2-fZXkgA/w640-h224/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2045%20-%20setembro%202023%20(1).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 1.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Informações editoriais do artigo do mês 45 – setembro de
2023.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Apresentação do problema<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O treino por meio de atividades em forma de jogo (i.e.,
atividades jogadas) tem sido amplamente discutido no âmbito dos desportos
coletivos, como o futebol, sendo também cada vez mais recomendado pelas
entidades que tutelam a modalidade para todas as idades e níveis de prática (Woods
et al., 2020; Ribeiro et al., 2021). As evidências sugerem que conceber estritamente
exercícios com base em análises de desempenho não é suficiente para melhorar as
performances individuais e coletivas (Herold et al., 2022). A prática composta
por diversas variantes do jogo formal, conhecida como “prática em forma de
jogo”, é essencial para aumentar a adaptabilidade e a transferibilidade das
ações específicas, principalmente do treino para a competição (Araújo &
Davids, 2011; Causer & Ford, 2014).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Este tipo de atividades engloba os jogos reduzidos e condicionados,
nos quais a oposição constitui um elemento nuclear da prática. As atividades
jogadas contêm elementos, características e propriedades informacionais do jogo
formal, mas podem ser configuradas para dar respostas mais concretas ao
desenvolvimento do praticante, à preparação para o desempenho competitivo e à
organização coletiva (i.e., da equipa) (Machado et al., 2019). Por isso, são situações
práticas recomendadas pela literatura científica, tanto para o desenvolvimento
como para o rendimento, mediante a promoção de oportunidades de ações (i.e., <i>affordances</i>)
relevantes e motivantes para os praticantes (Petiot et al., 2021; Sannicandro
& Raiola, 2021).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Como é insinuado pela expressão “o contexto é tudo”, o
contexto no qual os praticantes estão inseridos é uma variável determinante a equacionar.
As atividades em forma de jogo simulam precisamente as propriedades do jogo
competitivo em cenários arranjados para proporcionar as oportunidades de ação
ou as sequências de jogo desejadas. Os jogadores são desafiados a envolver-se
em comportamentos percetivos, tomadas de decisão, resolução de problemas e
coadaptação posicional (Petiot et al., 2021), pelo que a prática em forma de
jogo pode ser equacionada como uma abordagem poderosa para o desenvolvimento do
jogador, se convenientemente adaptada às suas necessidades. Esta abordagem
baseia-se numa estrutura teórica aplicada aos desportos coletivos, que se
centra na interação entre o indivíduo e o envolvimento: a perspetiva da Dinâmica
Ecológica (Araújo et al., 2006). O seu racional liga-se visceralmente aos
fundamentos da Abordagem Baseada nos Constrangimentos, já que os seus conceitos
e os seus princípios também promovem a manipulação de parâmetros contextuais e
da tarefa (Ometto et al., 2018). Em última instância, esta estrutura teórica
encoraja os treinadores e os outros profissionais do treino a trabalhar com os
jogadores em jogos ou atividades contextualizadas, por forma que as habilidades
específicas e o desenvolvimento da perícia possam sair enriquecidos (Button et
al., 2020; Woods et al., 2020).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As atividades em forma de jogo têm sido enquadradas na
literatura associada à matriz ecológica como parte integrante de um <i>continuum</i>
no desenvolvimento de jogadores e no treino para a obtenção de rendimento no
futebol (Ribeiro et al., 2021). Os vários formatos podem ser diferenciados num espectro
proposto de tarefas práticas, que vão desde atividades com enfoque técnico até às
situações de jogo formal. Porém, a produção científica acerca de como integrar
as diversas atividades jogadas num <i>continuum</i> de desenvolvimento é
atualmente limitada. É necessário ter diretrizes claras sobre como as tarefas
de jogo podem ser combinadas e organizadas no planeamento das sessões de treino
de futebol, bem como podem ser ajustadas no terreno por meio de adaptações-chave.
Neste sentido, o propósito desta revisão narrativa foi tripartido: (a)
considerar os formatos típicos de atividades em forma de jogo, frequentemente
organizadas como jogos contextualizados, que podem ser utilizados em sessões de
treino de futebol; (b) analisar a sua finalidade e os principais parâmetros a
partir da perspetiva da Dinâmica Ecológica; e (c) enfatizar como e por que
podem ser úteis para os jogadores, treinadores e staff de apoio.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O contexto como um enquadramento<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O contexto tem sido proposto como essencial para dotar os
comportamentos humanos em geral (Juarrero, 2023), e os inerentes à obtenção de
resultados desportivos (Jones et al., 2023), de coerência e significado. Esta
noção é particularmente importante nos processos de aprendizagem,
desenvolvimento e preparação para a performance nos desportos coletivos, uma
vez que o contexto molda as cognições, as perceções e as ações dos jogadores
face a uma multiplicidade de oportunidades de ações (Gibson, 1979) e
constrangimentos (Pinder et al., 2011). Em jogo, os futebolistas precisam ser
capazes de ler e atuar em diferentes contextos de desempenho e adaptar as suas
ações para alcançar as suas intenções táticas (e.g., intercetar um passe entre
oponentes, criar uma oportunidade de remate, driblar os adversários em espaços
apertados ou evitar que um remate contrário entre na sua baliza). Na perspetiva
ecológica, um contexto de prática bem estruturado é aquele que recria as
informações disponíveis num contexto competitivo e que os praticantes podem
efetivamente explorar. Esta abordagem à prática implica que os treinadores sejam
designers de contextos de aprendizagem/treino (Button et al., 2020) e
facilitadores de cenários dinâmicos de oportunidades de ação que os jogadores
exploram na construção de uma forma de jogar.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Portanto, o contexto funciona como um background vital
para enquadrar as ações dos principais intervenientes no jogo. Neste âmbito, a
Pedagogia Não Linear sustenta que, além do contexto, a representatividade da
tarefa é outro aspeto basilar para a prática e para a aquisição de habilidades,
especialmente no que respeita à conceção de jogos modificados (Chow et al., 2021).
Os contextos são moldados para que certas ações possam ocorrer em sessões de
treino, ou no decurso de programas de treino (i.e., microciclos), em função de
temáticas designadas pelos treinadores (Davids et al., 2013; Davids, 2014). Por
exemplo, o jogo pode ser contextualizado para guiar as intenções dos jogadores associadas
a situações de “contra-ataque com entrada no terço ofensivo, após recuperações
de bola perto da própria baliza”. A representatividade das atividades em forma
de jogo pode ser alcançada quando a paisagem de oportunidades de ação enfatiza
o tema escolhido, ou mais precisamente quando essas <i>affordances</i> determinam
que as habilidades relevantes sejam executadas de forma repetida e, sobretudo,
quando ocorre a transferência dessas ações-alvo para situações de jogo não condicionadas
(i.e., jogos competitivos) (Chow et al., 2021; Renshaw et al., 2022).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Enquadrar o contexto requer a articulação da natureza da prática
em forma de jogo com a temática a ela atribuída para que a aprendizagem ou o
rendimento se manifestem. Quando as atividades são projetadas para um tema
específico, a configuração e as características da tarefa não só devem permanecer
fiéis à natureza do jogo proposto, mas também devem proporcionar aos jogadores
oportunidades para atingirem os objetivos definidos, ponderando as necessidades
de cada indivíduo e da equipa (Nunes, 2021).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -.55pt;"></p><ul><li><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Configuração das
atividades</span></i></b></li></ul><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os contextos de jogo podem ser intencionalmente
modificados ou manipulados para proporcionar as oportunidades que os jogadores
necessitam para adaptar os seus comportamentos tático-técnicos. A estrutura e a
organização das atividades de jogo podem ser modificadas sem remover os
objetivos básicos do jogo: superar a oposição para marcar golo ou impedir que a
oposição marque. A existência de oposição e de balizas/alvos/portas (Headrick
et al., 2012) é inegociável para que a prática de jogo mantenha um elevado grau
de representatividade. Há outros constrangimentos da tarefa que são igualmente
importantes: a organização estrutural, a dimensão e a forma da área de jogo e o
número de participantes envolvidos. Contudo, algumas atividades são planeadas em
função da seleção de alguns destes parâmetros, como os jogos de posse, i.e.,
sem balizas/alvos para finalizar. A conceção de um contexto de prática depende
da conjugação destes parâmetros-chave. Apesar de haver um número vasto de
possibilidades, a importância da representatividade da tarefa não deve ser
descurada.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Em geral, há falta de documentos internacionais suscetíveis
de orientar as equipas técnicas que optem por trabalhar com abordagens pedagógicas
baseadas no jogo. Sem um consenso prático sobre o uso de atividades jogadas na
prática, as metodologias de treino praticamente permanecem sob a
responsabilidade de cada treinador ou de cada clube.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As atividades em forma de jogo são porções enquadradas do
jogo formal que estimulam as respostas motoras pretendidas, contrariamente às
ações individuais que emergem em contextos de jogo não condicionados e que, por
esse motivo, podem ser divergentes (Farias et al., 2018; Mesquita et al., 2012).
Os treinadores podem guiar as intenções dos jogadores através da simulação das
características de um jogo formal em situações de jogo reduzidas, com uma
baliza de cada lado e com constrangimentos simples. As atividades que replicam
o jogo podem ainda diferir da sua estrutura original, com modificações na forma
da área de jogo e na localização das balizas ou dos alvos (e.g., áreas
hexagonais ou “meeinhos” ou “rondos”, com alvos nas extremidades). Estas
configurações têm o condão de direcionar as ações pretendidas para dentro e
para fora, ou ao redor de uma zona propícia para finalizar/pontuar (ver figura
2).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUx51bkOTHB4eA23oshzUrr0j1muVusfyoxWpzoUYAxM2FUDRoIxbgVLfNHMjmgG-Xx9onBRYzEUQaGfwbBJ8R6pSOY8oB-SQOr_kXcoJmWkGov8sbGopaSPcddI1-mQCYJhUIq_-N1FsO27OMICWdZMMtXsuw3vc1P_Z_yrifLbdsRPxdyWZ7dA/s1332/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2045%20-%20setembro%202023%20(2).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="442" data-original-width="1332" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUx51bkOTHB4eA23oshzUrr0j1muVusfyoxWpzoUYAxM2FUDRoIxbgVLfNHMjmgG-Xx9onBRYzEUQaGfwbBJ8R6pSOY8oB-SQOr_kXcoJmWkGov8sbGopaSPcddI1-mQCYJhUIq_-N1FsO27OMICWdZMMtXsuw3vc1P_Z_yrifLbdsRPxdyWZ7dA/w640-h212/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2045%20-%20setembro%202023%20(2).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 2.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Comparação de formatos espaciais com diferentes direções
sugeridas para as ações pretendidas (adaptado de Petiot et al., 2023).<o:p></o:p></span></p><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Por um lado, jogos em campos com formas distintas podem
ampliar o espectro de ações e comportamentos específicos e apoiar a exploração
de soluções práticas, precisamente porque não estão adstritas à estrutura espacial
original. Por outro lado, os formatos cêntricos e circulares divergem tanto do formato
original do jogo que podem afastar os jogadores da organização coletiva
pretendida – designadamente, na preparação para a competição –, devido ao facto
de não serem tão representativos. Deste modo, este tipo de estruturas espaciais
deve ser utilizado de maneira coerente, como uma etapa no processo de
descoberta de ações inovadoras (para jogadores em formação), e não como um meio
de preparação antes de um compromisso competitivo iminente.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -.55pt;"></p><ul><li><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Tempo e espaço</span></i></b></li></ul><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Em contextos de treino, as circunstâncias desafiantes derivam
essencialmente de restrições de tempo e espaço, tanto para tomar decisões e
executar ações, como para resolver problemas situacionais com número díspar de
jogadores. As dimensões do espaço de jogo e o número de participantes
envolvidos são constrangimentos da tarefa que afetam o tempo e o espaço disponíveis
(Ric et al., 2016), pelo que devem ser rigorosamente calculados para que as
distâncias interpessoais proporcionadas convidem os jogadores a solucionar os
problemas idealizados pela equipa técnica (Praça et al., 2021; Silva et al., 2016).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O tempo e o espaço projetados para um formato de jogo fazem
com que as oportunidades de ação disponíveis variem. Em situações de jogo mais
reduzidas, os jogadores têm menos tempo e espaço para executar ações adquiridas
(i.e., que fazem habitualmente), o que pode dificultar a autoeficácia, por
exemplo, na manutenção da posse de bola. O desafio pode determinar uma redução
no envolvimento direto com a bola, de modo a evitar ser desarmado ou a cometer
erros que causem a perda da posse de bola. Por sua vez, espaços de maiores
dimensões tendem a estimular mais movimentos sem bola (Almeida et al., 2013).
As atividades devem, então, ser estruturadas para provocar intencionalidade nos
comportamentos, reconhecendo que a eficácia no jogo requer tempo para a
adaptação e para a sintonização a novos ritmos de movimento e a novas particularidades
espaciais, antes propriamente de se atingir os resultados desejados. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -.55pt;"></p><ul><li><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Gerindo a complexidade
e a dificuldade dos contextos de prática</span></i></b></li></ul><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A complexidade e a
dificuldade dos contextos de prática são parâmetros significativos para os
jogadores em termos de experiência, tomada de decisão e preparação para a competição.
Na prática, estes conceitos devem ser ajustados de acordo com a experiência e o
nível de habilidade dos jogadores (Petiot et al., 2021). A complexidade é
representada pela qualidade e pela quantidade de informação disponível,
resultante da configuração da tarefa. Situações mais complexas também podem
levar os jogadores a pensar mais e decidir menos (Masters & Maxwell, 2004),
inibindo a sua capacidade de autorregulação e o fluxo de desempenho (Morris et
al., 2020). Em suma, a complexidade da tarefa está relacionada com o número de
possibilidades de ação e de oponentes presentes na situação de jogo.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A dificuldade da tarefa
decorre da limitação do número de oportunidades de ação disponíveis. Em geral,
uma maior dificuldade traz desafios que resultam em mais insucessos, nomeadamente
em jogadores e equipas inexperientes. Enquanto jogadores experientes conseguem
criar mais soluções mesmo quando há menos possibilidades, jogadores menos
experientes precisam de mais tempo e espaço para criar oportunidades de ação. Ora,
uma situação complexa não deve ser descrita como difícil, uma vez que os dois
conceitos refletem características diferentes, como é evidenciado pela forma
como são calculados (Travassos, 2014; para mais detalhes, ver texto <b><a href="https://linhadepasse.blogspot.com/2020/11/consideracoes-sobre-o-treino-nos.html" target="_blank">aqui</a></b>). Por
exemplo, a inclusão de jogadores neutros (“jokers”) em jogos reduzidos pode
contribuir para o desenvolvimento de jovens praticantes com níveis de
habilidade mais baixos, pois aumenta a complexidade, devido à presença de mais
jogadores (e informação) e, concomitantemente, diminui a dificuldade, tornando disponíveis
mais oportunidades de ação.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Formatos e
características-chave das atividades em forma de jogo<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O fluxo do ato de jogar no
contexto da temática variará sempre de acordo com a configuração escolhida para
a atividade. Uma atividade de jogo bem concebida consegue relevar o contexto e
a o ato de jogar no desenvolvimento dos indivíduos envolvidos. Há muitas
apresentações possíveis de contextos de jogo e de paisagens de oportunidades de
ação. Os formatos atuam como configurações e arranjos predefinidos, sequenciados
de forma coerente, tendo em conta: (a) forma e tamanho da área de jogo (Clemente,
2016); (b) tipo e localização das balizas/alvos (Sarmento et al., 2018); (c) localização
do campo na qual a situação de jogo é organizada. A combinação destes
parâmetros gera contextos de desempenho distintos, nos quais a aprendizagem e o
treino podem ocorrer eficazmente. Devido à sua escala crescente, os formatos expostos
delineiam um <i>continuum</i> de 5 categorias de atividades, retratando
configurações predefinidas. Segundo a perspetiva ecológica aplicada à
construção da prática, os formatos são classificados em função das
possibilidades de ação que proporcionam (Ribeiro et al., 2021; Woods et al.,
2020) e pelo respetivo grau de representatividade da tarefa.</span><span style="color: red; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Conforme exposto na tabela
1, as <b>formas jogadas abertas</b> implicam sequências curtas de jogo, que
podem ser mais ou menos dinâmicas (i.e., defensores ativos ou passivos), pressupondo
a resolução de problemas táticos básicos, com tomadas de decisão simples; os <b>jogos
reduzidos e condicionados</b> são pequenos jogos com diferentes configurações,
por vezes em espaços desproporcionais, e uma organização menos representativa
comparativamente ao jogo formal; os <b>jogos analíticos</b> representam formas de
jogo delimitadas para isolar uma subfase específica do jogo, localizadas em
zonas específicas do campo; os <b>jogos condicionados</b> são jogos
proporcionais, com configurações semelhantes ao jogo formal, embora possam
conter constrangimentos adicionais não encontrados em competição (e.g.,
obrigatoriedade de executar um número mínimo de passes para entrar no terço
ofensivo); o <b>jogo completo</b> corresponde ao jogo original praticado em
contexto de treino, contendo as regras formais do futebol (e.g., lei do fora de
jogo). <span style="color: red;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="color: red; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Tabela 1.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> <i>Continuum </i>dos formatos, do menos para o mais
específico em relação ao jogo (adaptado de Petiot et al., 2023) (p.f., clique para ampliar).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_SVDctEGsJ2_23-aQoQdmOU2x1n2G-2l2UkP-xu8samC3_4VEKMCMMGSUGEQfUO-nKkcsEkXiuObbYOrMDPxVIWpf0MluB5I00iF0sar10M-UEiogwEVflMc0curtFpzuv0LkImDlydpTVK7j5LPT-q86s61V_wdLn_RWBEttqSSUDHpLiqlK0w/s2046/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2045%20-%20setembro%202023%20(3).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="778" data-original-width="2046" height="248" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_SVDctEGsJ2_23-aQoQdmOU2x1n2G-2l2UkP-xu8samC3_4VEKMCMMGSUGEQfUO-nKkcsEkXiuObbYOrMDPxVIWpf0MluB5I00iF0sar10M-UEiogwEVflMc0curtFpzuv0LkImDlydpTVK7j5LPT-q86s61V_wdLn_RWBEttqSSUDHpLiqlK0w/w651-h248/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2045%20-%20setembro%202023%20(3).png" width="651" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As formas jogadas
estabelecem situações mais simples de jogo, oferecendo menos possibilidades de
ação e uma banda mais estreita de busca e exploração de soluções táticas. Esta
banda de exploração tática aumenta nos jogos reduzidos e condicionados, o que
enfatiza o limitado potencial tático presente em situações de jogo 1v1. De
facto, os jogos reduzidos e condicionados propõem um leque mais diversificado
de oportunidades de ação porque são mais adaptáveis a formas, configurações e
organizações divergentes. À medida que os formatos avançam no <i>continuum</i>,
os jogos condicionados continuam a enquadrar oportunidades de ação específicas,
em contraste com o realismo proporcionado pelo jogo completo, pois suscitam informações
contextuais importantes referentes ao tema definido para a sessão ou para o microciclo.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A representatividade das
situações criadas nas atividades, a partir dos jogos analíticos em diante,
direciona as intenções e a organização coletiva, restringindo,
consequentemente, a gama de ações e responsabilidades passíveis de promover a
adequação a um contexto circunscrito no campo. Havendo intenções mais
direcionadas numa atividade significa que haverá menos oportunidades de ação
divergentes a explorar pelos praticantes, uma vez que estas <i>affordances </i>são
limitadas pelas intenções táticas a perseguir na tarefa. Assim, os formatos e
as configurações possíveis resultam em diferentes implicações para a prática, mesmo
que se rejam pela máxima de repetir (a resolução de um problema contextual) sem
repetir (a mesma técnica) (Bernstein, 1967; Eskov et al., 2017). Em concordância
com os referenciais dos cursos específicos para treinadores, os diferentes
propósitos dos formatos constituem uma mensagem importante que os técnicos
devem reter para contextualizar a prática e enfatizar as implicações de cada
configuração.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As atividades configuradas
devem, portanto, ser planeadas de forma flexível ao longo de uma sessão de treino,
com cada tarefa a contribuir gradualmente para a concretização dos objetivos
específicos definidos para a sessão. Por exemplo, para praticar os princípios
contenção e cobertura defensiva, podem ser usadas algumas ou todas as
atividades que constam na figura 3. A sequência delineada corresponde a uma
sessão tipicamente composta por quatro atividades, organizadas sequencialmente.
<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgD0XTqVqD3Sa2eiZ9EIvV_0Yh5yKFQBFPus-MJLxGcZxYFhsIys7H84tXoaDooO4qAA23wnqD1yTFQ7ZC0kbHNSniM7MM_bOVjTnK6m9LAk2r4H6m893PPcMv2m2Dws13U_LIBKuVsc-261cqZt_Y_FeJrxfXIqA4aHb8jKwZMH4T60XdfUel2Bw/s1320/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2045%20-%20setembro%202023%20(4).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1078" data-original-width="1320" height="522" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgD0XTqVqD3Sa2eiZ9EIvV_0Yh5yKFQBFPus-MJLxGcZxYFhsIys7H84tXoaDooO4qAA23wnqD1yTFQ7ZC0kbHNSniM7MM_bOVjTnK6m9LAk2r4H6m893PPcMv2m2Dws13U_LIBKuVsc-261cqZt_Y_FeJrxfXIqA4aHb8jKwZMH4T60XdfUel2Bw/w640-h522/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2045%20-%20setembro%202023%20(4).png" width="640" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 3.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Exemplos de atividades em forma de jogo utilizadas para
treinar ações e princípios defensivos em situações 4v4 (adaptado de Petiot et
al., 2023).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Implicações práticas<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os treinadores devem
explorar um vasto espectro de recursos para enriquecer o seu conhecimento sobre
o uso, o impacto e as implicações das atividades em formato de jogo. As ideias
apresentadas neste artigo foram cuidadosamente elaboradas com o objetivo de
esclarecer as vantagens e os desafios associados à implementação de atividades jogadas,
proporcionando evidências e referências para capacitar os treinadores a
utilizá-las de maneira lógica e coerente.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Para que os treinadores
possam transformar um diagnóstico em atividades em forma de jogo, devem seguir
o que é sugerido na figura 4. Recomenda-se que comecem a partir do jogo
completo do respetivo escalão etário (e.g., 5v5, 7v7, 9v9 e 11v11), <o:p></o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-align: left;">“desmembrando-o” em frações mais reduzidas.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdRJtEY7-i5Lwo-mvY_OWn6Ui_TzQKLutj3IyJFlIxDRH6Pd2ntd0Sq4Z2f_1RinKHtg4ulBWND6ewXyLRRkwKX0Aq1LDu4wjVJ7JAVJfmJufMJhrEa5dRRCmLOHlx6h5WReIl-asbVX6TTBpyXph0U6P1-5wMfby11debr-HQJllmIgoWpSqasg/s1544/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2045%20-%20setembro%202023%20(5).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="546" data-original-width="1544" height="226" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdRJtEY7-i5Lwo-mvY_OWn6Ui_TzQKLutj3IyJFlIxDRH6Pd2ntd0Sq4Z2f_1RinKHtg4ulBWND6ewXyLRRkwKX0Aq1LDu4wjVJ7JAVJfmJufMJhrEa5dRRCmLOHlx6h5WReIl-asbVX6TTBpyXph0U6P1-5wMfby11debr-HQJllmIgoWpSqasg/w640-h226/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2045%20-%20setembro%202023%20(5).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 4.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Comparação dos processos de conceber e praticar
atividades em forma de jogo (adaptado de Petiot et al., 2023).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A atividade em forma de
jogo permite que os treinadores enquadrem as ações ou as sequências específicas
esperadas em competição, estando adstritas a um tema que favorece o <i>transfer
</i>para os contextos de desempenho. O contexto inerente à formulação do tema orienta
a conceção dos diferentes formatos reduzidos de jogo. Os temas, os formatos e os
parâmetros da atividade refletem as informações com as quais os treinadores
podem trabalhar para criar exercícios a partir do zero.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Qualquer configuração de
atividade em forma de jogo tem uma influência clara e direta nas possibilidades
que emergem em campo e fornece, até certo ponto, contextos significativos para
os jogadores, na medida em que as ações se tornam transferíveis para contextos
não condicionados de jogo. Portanto, os formatos incorporam graus de
complexidade, dificuldade, especificidade e integridade, em função do arranjo dos
diferentes parâmetros da tarefa. Conforme é possível verificar na tabela 2, a
mensagem que convém reter é que os formatos devem manipulados e orientados para
cumprir o seu propósito por meio das possibilidades de ação que providenciam
aos praticantes.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Tabela 2.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Propósitos dos diferentes formatos e as suas implicações
em termos de processo de treino (adaptado de Petiot et al., 2023) (p. f., clique para ampliar).</span><span style="color: red; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="color: red; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzAtPvNglcy8IB7j0hQD_-aVHL3qSu8v31oxf1KAh9_fD8LcWvupy2d2J-ayLGcHFu_ucnYNo6ZEvUgqAst4toTrLYvHWw93wg6OSBUdbvURAb4JKvEA6QpvDUjesMMWTYEmgsNfZKI6ZByyjnbsGqbOgKLtEtAxRaAO3sK5Kcjr0hBsLebs3XcQ/s2034/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2045%20-%20setembro%202023%20(6).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="740" data-original-width="2034" height="232" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzAtPvNglcy8IB7j0hQD_-aVHL3qSu8v31oxf1KAh9_fD8LcWvupy2d2J-ayLGcHFu_ucnYNo6ZEvUgqAst4toTrLYvHWw93wg6OSBUdbvURAb4JKvEA6QpvDUjesMMWTYEmgsNfZKI6ZByyjnbsGqbOgKLtEtAxRaAO3sK5Kcjr0hBsLebs3XcQ/w640-h232/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2045%20-%20setembro%202023%20(6).png" width="640" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Ao nível da “prática do treinador”,
destacamos que os próprios são responsáveis por experimentar e manipular as
tarefas incorporadas no <i>continuum</i> proposto de atividades em forma de
jogo. Estes processos envolvem a leitura do jogo, a manipulação dos parâmetros-chave
e a intervenção em cada atividade concebida para um grupo específico de
jogadores. A vantagem que decorre de se avançar com um quadro abrangente e
flexível de formatos, como é este <i>continuum</i>, é poder navegar entre
contextos, cada qual com características e oportunidades de ação diferenciadas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Conclusão<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Este artigo propõe um <i>continuum</i> de formatos de
atividades de jogo, que variam em especificidade, complexidade e
representatividade para atender às necessidades de jogadores com diferentes
níveis de prática. Cada atividade em forma de jogo oferece oportunidades de
ação para diferentes níveis de desempenho, com estruturas, parâmetros e regras
variáveis e personalizáveis. Este instrumento constitui uma contribuição
científica valiosa para o treino desportivo, com potencial para ser incluído em
currículos nacionais e internacionais inerentes ao desenvolvimento de jovens jogadores
e à preparação para a performance em competição.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">P.S.:<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l1 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;">1-<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As ideias que constam neste texto foram originalmente
escritas pelos autores do artigo e, presentemente, traduzidas para a língua
portuguesa;<o:p></o:p></span></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l1 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;">2-<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Para melhor compreender as ideias acima referidas,
recomenda-se a leitura integral do artigo em questão;<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">
</span></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l1 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;">3-<span style="font-family: "Times New Roman"; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As citações efetuadas nesta rúbrica foram utilizadas pelos
autores do artigo, podendo o leitor encontrar as devidas referências na versão
original publicada na revista <i>International Journal of Sports Science &
Coaching</i>.</span></p>Carlos Humberto Almeidahttp://www.blogger.com/profile/09636379308994650864noreply@blogger.com08550 Monchique, Portugal37.3179879 -8.55617069.0077540638211531 -43.7124206 65.628221736178844 26.6000794tag:blogger.com,1999:blog-21248517.post-48496120738860062172023-08-28T13:47:00.000+01:002023-08-28T13:47:43.978+01:00Artigo do mês #44 – agosto 2023 | Tempo útil de jogo influencia os parâmetros técnico-táticos e físicos no futebol<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Nota prévia</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: O artigo
científico alvo da presente síntese foi selecionado em função dos seguintes
critérios: (<b>1</b>) publicado numa revista científica internacional com
revisão de pares; (<b>2</b>) publicado no último trimestre; (<b>3</b>)
associado a um tema que considere pertinente no âmbito das Ciências do
Desporto.</span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">- 44 -<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Autores<a name="_Hlk100579888">: </a></span></b><span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Tojo, Ó., Spyrou, K.,
Teixeira, J., Pereira, P., & Ribeiro, J.<o:p></o:p></span></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">País:</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Portugal<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Data de publicação: </span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">8-agosto-2023<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Título:</span></b><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> <a name="_Hlk106996253">Effective
playing time affects technical-tactical and physical parameters in football<o:p></o:p></a></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk106996253;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Referência:</span></b><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Tojo, Ó., Spyrou, K., Teixeira, J., Pereira, P., & Ribeiro,
J. (2023).</span><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Effective
playing time affects technical-tactical and physical parameters in football. <i>Frontiers
in Sports and Active Living, 5</i></span><span lang="EN-GB">, </span><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">1229595.
https://doi.org/</span><span lang="EN-GB"> </span><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">10.3389/fspor.2023.1229595<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLrABaCjOWGAjdYNIKTVQvbqzbumYt34ZlfElkCkpEAIXHjpnk6YOY4yypvPRnp88THoGKF-KaFcJ5nhg6qcuHWPt1FGuXQhTInz1yZYrTT9ii_pxbufYeMcf_zxJaNvbo-2WOU3RDPBegE8iPmESaliC2-dCSjI3NQpMhAIJ4dQHCJHXIkTr90Q/s1396/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2044%20-%20agosto%202023%20(1).png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="727" data-original-width="1396" height="334" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLrABaCjOWGAjdYNIKTVQvbqzbumYt34ZlfElkCkpEAIXHjpnk6YOY4yypvPRnp88THoGKF-KaFcJ5nhg6qcuHWPt1FGuXQhTInz1yZYrTT9ii_pxbufYeMcf_zxJaNvbo-2WOU3RDPBegE8iPmESaliC2-dCSjI3NQpMhAIJ4dQHCJHXIkTr90Q/w640-h334/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2044%20-%20agosto%202023%20(1).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 1.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Informações editoriais do artigo do mês 44 – agosto de
2023.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Apresentação do problema<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O jogo de futebol tem sido descrito como um sistema
altamente dinâmico, complexo, auto-organizado, instável e imprevisível, no qual
os treinadores e os jogadores tentam manter a estabilidade das suas
organizações ofensiva e defensiva, enquanto procuram desorganizar a estrutura
adversária (Davids et al., 2013; Garganta, 2009). Contudo, há uma série de
fatores contextuais, como a localização do jogo, o ranking das equipas, o nível
de prática, o resultado corrente do jogo e os estilos de jogo, que pode
influenciar os comportamentos individuais e coletivos (Eccles et al., 2009;
Gómez et al., 2013; Sarmento et al., 2014), exigindo uma adaptação constante dos
jogadores a essas mudanças e que se reflete nas ações técnico-táticas
executadas e nos padrões que emergem em competição (Vilar et al., 2012).</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As interrupções no futebol são uma característica do jogo
e contribuem para que a sua natureza prime pela intermitência (Siegle & Lames,
2012; Zhao & Liu, 2022). Recentemente, o tempo efetivo (ou útil) de jogo
tem sido discutido com preocupação pelos diversos agentes envolvidos no futebol
(Altmann et al., 2023; Rey et al., 2022), já que, embora os jogos oficiais durem
mais de 90 minutos, as várias interrupções (i.e., substituições, faltas,
lesões, golos e bolas fora de jogo), podem afetar negativamente o tempo útil de
jogo (Linke et al., 2018). Por exemplo, foi evidenciado que o tempo efetivo de
jogo na liga portuguesa foi em média ~49 minutos do tempo total de jogo (i.e.,
90 minutos), o que é consistentemente mais baixo comparativamente a outras
ligas europeias (i.e., Alemanha, Espanha, França, Inglaterra e Itália) e à <i>UEFA
Champions League</i> (Portugal Football Observatory, 2022; ver figura 2). O
tempo útil de jogo também foi equacionado numa outra investigação (Castellano
et al., 2022). Ao distinguir as duas principais fases do jogo (ou seja, com e
sem a posse de bola), e normalizando a distância total para metros por minuto
(m/min), estes investigadores constataram que as equipas correm mais sem posse de
bola, e o tempo efetivo de jogo e a quantidade de posse de bola influenciaram o
desempenho de corrida dos jogadores.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYQ5PQbzhksqD7EAn1Q57iTyAcs_FmD8qv6DKbvUiTlOuQ-jpCzg115gY_3tfhgf7KswOEGMuI4D9ifd4mSgnJ7Qq1eaPEcl5JuiZJDeTJqBVXCI8tBRfnifeOOcJiD99i14mgSKs_3o00cAVxes3L9KaLUeDsBaUH3ckj6veHawHulVPXz7fOIw/s667/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2044%20-%20agosto%202023%20(2).png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="502" data-original-width="667" height="482" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYQ5PQbzhksqD7EAn1Q57iTyAcs_FmD8qv6DKbvUiTlOuQ-jpCzg115gY_3tfhgf7KswOEGMuI4D9ifd4mSgnJ7Qq1eaPEcl5JuiZJDeTJqBVXCI8tBRfnifeOOcJiD99i14mgSKs_3o00cAVxes3L9KaLUeDsBaUH3ckj6veHawHulVPXz7fOIw/w640-h482/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2044%20-%20agosto%202023%20(2).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 2.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Tempo útil de jogo no contexto europeu – Portugal e a
Europa (fonte: </span><span lang="EN-GB"><a href="https://portugalfootballobservatory.fpf.pt/"><span face=""Arial",sans-serif" lang="PT" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">https://portugalfootballobservatory.fpf.pt</span></a></span><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">; imagem não publicada pelos autores). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">No que diz respeito às exigências físicas, jogadores
profissionais a atuar na <i>Bundesliga</i> alemã percorreram em média 10% mais
de distância total, realizaram 13% mais acelerações e sprintaram 7% a 10% menos
em partidas oficiais com um tempo útil de jogo longo (>65 minutos), em
comparação com um tempo útil mais curto (<50 minutos) (Altmann et al., 2023).
Além disso, jogadores profissionais do <i>Championship</i>, em Inglaterra,
apresentaram menores exigências físicas, comparando o jogo completo e o período
apenas com a bola em jogo (Mernagh et al., 2021). O tempo útil de jogo foi
ainda ponderado em função de várias variáveis contextuais, como o nível da
equipa, o resultado corrente e a localização do jogo. A distância total
aumentou em jogos caseiros, quando a equipa estava em desvantagem no marcador e
quando defrontou adversários mais fortes (Castellano et al., 2011). No entanto,
é necessária mais investigação sobre os efeitos do tempo efetivo de jogo em
parâmetros físicos e técnico-táticos no jogo de futebol.</span><span face="Arial, sans-serif" style="color: red; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O futsal e o basquetebol são desportos coletivos que são
uma referência relativamente ao tempo útil de jogo, uma vez que o tempo é
parado quando a bola está fora. Esta pode ser uma alteração interessante para o
futebol que, como foi referido, é particularmente sensível a diversas variáveis
contextuais. Portanto, este estudo teve como objetivo explorar as diferenças causadas
por duas condições de jogo – (1) 45 minutos de jogo sem interrupção do cronómetro
quando a bola estava fora (T45) e (2) 30 minutos de jogo com paragem do
cronómetro sempre que a bola estava fora (T30) – em variáveis relacionadas com
o tempo de jogo (i.e., tempo total, efetivo e interrompido), parâmetros
técnico-táticos (posse de bola e remates à baliza), métricas de carga externa e
outros eventos do jogo (i.e., assistência médica, pontapés de baliza, cantos, lançamentos
laterais, pontapés de saída e faltas). Os autores colocaram a hipótese de que o
protocolo T30 apresentaria valores mais altos nas variáveis relacionadas ao
tempo, nos parâmetros técnico-táticos e nas métricas de carga externa, em
comparação com o T45.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Métodos<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Desenho experimental</span></i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: foram
recolhidos dados de 6 jogos particulares (“amigáveis”). Os jogos foram
aleatoriamente divididos em uma parte de 45 minutos (T45: 45 minutos de jogo
sem paragem do cronómetro com a bola fora), ou uma parte de 30 minutos efetivos
(T30: o cronómetro foi parado sempre que a bola não estava em jogo). Neste
estudo foi analisado um total de 6 partes em cada condição experimentar (T45 e
T30). Os jogos foram geridos por árbitros oficiais (i.e., 1 árbitro e 2
assistentes), porém, com um responsável externo para cronometrar o tempo de
jogo. Entre cada parte houve um intervalo de 15 minutos. Os jogos foram
realizados no final da época 2021/2022.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Participantes</span></i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: participaram
na experiência 179 jogadores de futebol amadores do género masculino, altamente
treinados (idade: 27.9 <span style="color: black;">9 ± 5.1 anos), provenientes de
12 equipas a competir nas 4.ª e 5.ª divisões de Portugal. Todos os jogadores
tinham mais de 18 anos e treinavam 3–4 vezes por semana, com um jogo oficial.
Os guarda-redes foram excluídos do estudo devido às diferentes exigências
físicas e técnico-táticas inerentes à respetiva posição. Os participantes
assinaram o consentimento informado e o estudo foi aprovado pelo Comité de
Ética da Portugal Football School.</span></span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span face=""Arial",sans-serif" style="color: black; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Procedimentos</span></i><span face=""Arial",sans-serif" style="color: black; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: os jogos foram gravados com uma câmara
digital de 35-megapixeis (Canon XA15Hd, Japão), colocada acima do terreno de
jogo para filmá-lo integralmente ao longo dos períodos considerados. Os jogos
foram analisados e codificados através do software LongoMatch (Barcelona,
Espanha), utilizando 3 categorias de variáveis: (1) a relacionada com o tempo, (2)
os eventos relacionados com as paragens do jogo e (3) variáveis técnico-táticas
ofensivas (Tabela 1).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: black; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="color: black; font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Tabela 1.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="color: black; font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Variáveis do estudo, em função de cada categoria: tempo, eventos de jogo
associados às paragens e variáveis técnico-táticas ofensivas (Tojo et al.,
2023).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzo9qfOHBmGZ4WgoP2RsYUr0G_AMUiYAr8o19NvrJ47m_MKyR7j3Agquyq1nrYVQjKk2LFr1gnH1jKwJIbnMKVdolXGXt4cBEx0Hc9H1JtTQzareSDBjZO4kxzczDaLQBHWbxwbaPpYHAuZBeYYDwQUys_LH2ulLSzmKD5AV8xHHcnw1AcmojMlQ/s1353/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2044%20-%20agosto%202023%20(3).png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="782" data-original-width="1353" height="370" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzo9qfOHBmGZ4WgoP2RsYUr0G_AMUiYAr8o19NvrJ47m_MKyR7j3Agquyq1nrYVQjKk2LFr1gnH1jKwJIbnMKVdolXGXt4cBEx0Hc9H1JtTQzareSDBjZO4kxzczDaLQBHWbxwbaPpYHAuZBeYYDwQUys_LH2ulLSzmKD5AV8xHHcnw1AcmojMlQ/w640-h370/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2044%20-%20agosto%202023%20(3).png" width="640" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: black; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os jogadores usaram unidades de GPS (APEX,
STATSports, Irlanda do Norte), com uma frequência amostral de 10 Hz. Contudo,
só foram incluídos os dados dos jogadores que disputaram as partidas por
completo. As métricas de carga externa incluíram as distâncias total, em
corrida de velocidade moderada (14.4–19.8 km/h), em corrida de alta velocidade (19.8–25.2
km/h), em sprint (>25.2 km/h), as atividades em alta velocidade (distância
percorrida em velocidade alta e sprint), o número de sprints, o número de
acelerações (>3 m/s<sup>2</sup>) e o número de desacelerações (<−3 m/s<sup>2</sup>)
(Gualtieri et al., 2023; Rago et al., 2019).</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Análise estatística</span></i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: foi
utilizado o pacote estatístico jamovi (versão 2.3; https://www.jamovi.org) para
o efeito. A estatística descritiva consistiu na apresentação da média e do
desvio-padrão para todas as variáveis. Para averiguar as diferenças entre as
condições T45 e T30 nas variáveis de carga externa foi utilizado o modelo
linear misto, tendo em consideração medidas individuais repetidas. De modo a
analisar as diferenças</span><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">entre as ações e o tempo médio de paragem, entre as
condições T45 e T30, foi empregue um modelo linear geral. Recorreu-se ao teste
de proporção para uma amostra para comparar as variáveis técnico-táticas
ofensivas entre as duas condições experimentais. As dimensões de efeito inerentes
ao <i>d</i> de Cohen foram interpretadas da seguinte forma: <0.2 = trivial;
0.2 = pequeno; 0.5 = moderado; 0.8 = grande (Cohen, 1988). O nível de significância
estabelecido foi de 5% (<i>p</i> ≤ 0.05).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Principais resultados<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 35.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -14.15pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Variáveis
relacionadas com o tempo<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A condição T30 apresentou valores
significativamente mais elevados no tempo total (49:30 vs. 45:00; efeito
grande), tempo efetivo (28:70 vs. 26:80; efeito moderado) e tempo parado (20:60
vs. 18:20; efeito pequeno), comparativamente à condição T45.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 35.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -14.15pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Eventos relacionados
com as paragens do jogo<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A única variável que
registou diferenças significativas entre T30 e T45 foi o pontapé de baliza, com
valores mais elevados na condição T30 (00:46 vs. 00:30; efeito grande). Porém,
embora para as outras variáveis não tenham sido evidenciadas diferenças
estatisticamente significativas, os valores médios das paragens para
assistência médica e para substituições foram mais elevados na condição T30: 01:32
vs. 00:59 (efeito moderado) e 01:50 vs. 00:22 (efeito grande).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 35.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -14.15pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Variáveis
técnico-táticas ofensivas<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Mais uma vez, foi na
condição T30 (vs. T45) que foram detetados valores significativamente mais
elevados, no caso, na posse de bola total (<i>n</i> = 703, 54.4% vs. <i>n</i> =
590, 45.6%) e na posse de bola no terço ofensivo (<i>n</i> = 276, 55.3% vs. <i>n</i>
= 223, 44.7%). No que respeita à posse dentro da área de penálti e aos números
de remates à baliza dentro e fora da área de penálti, não houve diferenças
significativas entre as duas condições experimentais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 35.45pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -14.15pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Variáveis de carga
externa<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Relativamente à condição
T45, na T30 os jogadores percorreram significativamente maiores distâncias
totais (4899 vs. 4481m; efeito moderado), em corrida de velocidade moderada (607
vs. 557m; efeito pequeno), em corrida de alta velocidade (202 vs. 170m; efeito
pequeno) e em atividades de alta velocidade (284 vs. 245m; efeito pequeno). Os
números médios de acelerações (27 vs. 24; efeito pequeno) e de desacelerações (31
vs. 28; efeito pequeno) também foram significativamente mais elevados na
condição T30.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Aplicações práticas<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Acima de tudo, este estudo indica que as entidades que
tutelam o futebol internacional devem considerar seriamente a possibilidade de
se cronometrar o tempo da bola em jogo no futebol, tal como sucede no futsal.
Aumentar o tempo útil de jogo tem consequências nas exigências físicas e nas
ações técnico-táticas que são executadas em competição. Em particular, há a
destacar o aumento do número de atividades técnico-táticas no terço ofensivo do
campo e o aumento da carga externa, sobretudo, da distância total percorrida e do
número de ações em alta velocidade (> 19.8 km/h), de acelerações e de
desacelerações.</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Na perspetiva dos adeptos e dos fãs de futebol, parar o
cronometro quando a bola está fora parece ser uma estratégia que aumenta o
interesse do jogo. Além de proporcionar a disputa do jogo pelo jogo durante
mais tempo, tende a reduzir substancialmente situações indesejadas (e
eticamente condenáveis), como é, por exemplo, a simulação de lesões. Esta
medida poderá ser especialmente indicada para ligas com reduzido tempo útil de
jogo, como são principais ligas portuguesas (Liga Portugal Betclic e Liga
Portugal 2 SABSEG), com valores médios de tempo efetivo a rondar os 50%.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Conclusão<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Comparando com o protocolo sem parar o cronómetro quando
a bola está fora (T45), a condição T30 (com paragens do cronómetro quando a
bola está fora) revelou tempos total, útil e parado mais longos. Os jogadores
tiveram significativamente mais posse de bola e ações no terço ofensivo do
campo, percorrendo maiores distâncias total, a velocidade moderada, a
velocidade alta e registando-se mais acelerações e desacelerações. As
evidências sugerem que o tempo útil de jogo pode influenciar substancialmente as
componentes técnico-tática e física do jogo de futebol. Por isso, as
organizações internacionais que tutelam o futebol devem ponderar a
implementação do tempo cronometrado nos jogos, pois parece trazer mais
benefícios do que desvantagens no que se refere ao interesse da modalidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">P.S.:<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">1-<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As ideias que constam neste texto foram originalmente
escritas pelos autores do artigo e, presentemente, traduzidas para a língua
portuguesa;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">2-<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Para melhor compreender as ideias acima referidas,
recomenda-se a leitura integral do artigo em questão;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">3-<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As citações efetuadas nesta rúbrica foram utilizadas pelos
autores do artigo, podendo o leitor encontrar as devidas referências na versão
original publicada na revista <i>Frontiers in Sports and Active Living</i>.</span></p><p></p>Carlos Humberto Almeidahttp://www.blogger.com/profile/09636379308994650864noreply@blogger.com08550 Monchique, Portugal37.3179879 -8.55617069.0077540638211531 -43.7124206 65.628221736178844 26.6000794tag:blogger.com,1999:blog-21248517.post-1655146006454789792023-08-17T11:32:00.001+01:002023-08-17T11:32:41.406+01:00German Journal of Exercise and Sport Research (2023) | Desempenho defensivo no futebol de elite: Uma revisão sistemática<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O dia de hoje, 17</span><span style="font-size: 12pt;"> de
agosto de 2023, encerra um trabalho desenvolvido ao longo de vários anos. No
âmbito do seu projeto de doutoramento, o <a href="https://diariodomister.wordpress.com/" target="_blank">Rui Freitas</a> liderou uma abrangente revisão
sistemática sobre o desempenho defensivo no futebol de elite (figura 1) – uma
temática que muito me apraz –, e que, na prática, resultou na segunda
publicação derivada da sua tese, sob a orientação da Professora Anna Volossovitch
(CIPER, Faculdade de Motricidade Humana, SpertLab, Universidade de Lisboa). Além
da minha modesta colaboração, contamos também com a contribuição da Professora
Veronica Vleck (CIPER, Faculdade de Motricidade Humana, BIOLAD, Universidade de
Lisboa).</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaP8XALewyugrU4R9nv6ZOvQdarOOcSyY07fJa7mqObFmOAhIXgJ9MPtbiaIxzTkE3SkwXd7R-LoFNgafbmMBmmZGbrGUvLGZivy28DpKlJe1K7vCOk6ixlHGJNw0ANkfhtYWf9Egxlx8HXIfU-v-6tYQVP5suf2COrQ44tDjnYUtNOHzMThXJaQ/s1392/German%20Journal%20of%20Exercise%20and%20Sport%20Reseach%20(2023)%201.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="496" data-original-width="1392" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaP8XALewyugrU4R9nv6ZOvQdarOOcSyY07fJa7mqObFmOAhIXgJ9MPtbiaIxzTkE3SkwXd7R-LoFNgafbmMBmmZGbrGUvLGZivy28DpKlJe1K7vCOk6ixlHGJNw0ANkfhtYWf9Egxlx8HXIfU-v-6tYQVP5suf2COrQ44tDjnYUtNOHzMThXJaQ/w640-h228/German%20Journal%20of%20Exercise%20and%20Sport%20Reseach%20(2023)%201.png" width="640" /></a></span></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><a name="_Hlk143117650"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 10pt; line-height: 150%;">Figura
1.</span></b></a><span style="mso-bookmark: _Hlk143117650;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 10pt; line-height: 150%;"> </span></span><span style="mso-bookmark: _Hlk143117650;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Informações
editoriais da revisão sistemática publicada no <i>German Journal of Exercise
and Sport Research</i>.<o:p></o:p></span></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk143117650;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Em primeira instância, seria injusto não enaltecer a perseverança,
a determinação e a ética de trabalho incansável do Rui – irrepreensível na
condução e na gestão de todo um processo que de acessível pouco ou nada teve. Para
compreender o esforço subjacente a este artigo, seria necessário vivenciar cada
etapa do estudo, cada submissão, cada revisão, cada troca de informação entre os
autores. Tamanha dedicação merece, sem dúvida, ser celebrada!</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Em segundo lugar, saliento que não se trata de uma
revisão sistemática qualquer. Não estou com isto a procurar ser pretensioso.
Apesar de ser um dos coautores, seria injusto assumir que tive a mesma cota
parte de responsabilidade no produto final que o Rui ou a Professora Anna. Não há
comparação! Contudo, julgo-me apto a reconhecer quando há algo de extraordinário
numa peça de cariz científico. Em particular, esta revisão sistemática incluiu
119 estudos, publicados entre 2010 e 2023, envolvendo 20 competições de futebol,
tanto nacionais quanto internacionais. Pode-se imaginar quantas revisões
sistemáticas incluem 119 estudos ou mais?</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">E, para responder à
incontornável objeção de que “quantidade não é sinónimo de qualidade”, convido-vos
a ler o artigo na íntegra. </span><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Como referem os britânicos, <i>there
is a lot of food for thought</i>. </span><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Que o <i>abstract
</i>possa servir como aperitivo (Figura 2).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgryGqbSXF1EwfunG_SQDkyVZfrNFUcXml5hxb1Yzh65a4VNZSXU2Uq5V-YL9iCImP802EshY1ISbpRZNDkI8GbVmW1ilCzqWEM3z9PXTyurYrX2MV9cvYwr4Acejt63V2L6vx4m_KO7DOCaeWBVOCow_DYUGvUDs6MHpGeTG8q0lWCkbVwIdXmWg/s1067/German%20Journal%20of%20Exercise%20and%20Sport%20Reseach%20(2023)%202.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="894" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgryGqbSXF1EwfunG_SQDkyVZfrNFUcXml5hxb1Yzh65a4VNZSXU2Uq5V-YL9iCImP802EshY1ISbpRZNDkI8GbVmW1ilCzqWEM3z9PXTyurYrX2MV9cvYwr4Acejt63V2L6vx4m_KO7DOCaeWBVOCow_DYUGvUDs6MHpGeTG8q0lWCkbVwIdXmWg/w536-h640/German%20Journal%20of%20Exercise%20and%20Sport%20Reseach%20(2023)%202.png" width="536" /></a></span></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 2.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> <i>Abstract</i>
da revisão sistemática publicada no <i>German Journal of Exercise and Sport
Research</i>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">No final do dia, um pouco mais de conhecimento não ocupa
espaço e pode ajudar a tornar a prática no terreno mais eficaz. Espero que seja
útil!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Reference<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 35.45pt; text-align: justify; text-indent: -35.45pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Freitas, R., Volossovitch, A., Almeida, C. H., &
Vleck, V. (2023). </span><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Elite-level defensive performance in
football: a systematic review</span><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">. <i>German
Journal of Exercise and Sport Research</i>, 1–13. </span><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Advance online publication. <a href="https://doi.org/10.1007/s12662-023-00900-y">https://doi.org/10.1007/s12662-023-00900-y</a><o:p></o:p></span></p>Carlos Humberto Almeidahttp://www.blogger.com/profile/09636379308994650864noreply@blogger.com08550 Monchique, Portugal37.3179879 -8.55617069.0077540638211531 -43.7124206 65.628221736178844 26.6000794tag:blogger.com,1999:blog-21248517.post-28788155927996235642023-07-28T19:14:00.001+01:002023-07-28T19:14:00.143+01:00Artigo do mês #43 – julho 2023 | Adaptabilidade funcional no estilo de jogo: Uma determinante chave da performance no futebol competitivo<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Nota prévia</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: O artigo
científico alvo da presente síntese foi selecionado em função dos seguintes
critérios: (<b>1</b>) publicado numa revista científica internacional com
revisão de pares; (<b>2</b>) publicado no último trimestre; (<b>3</b>)
associado a um tema que considere pertinente no âmbito das Ciências do
Desporto.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">- 43 -<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Autores<a name="_Hlk100579888">: </a></span></b><span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">He, Q., Araújo, D., Davids,
K., Kee, Y. H. & Komar, J.<o:p></o:p></span></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">País:</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Singapura<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Data de publicação: </span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">30-maio-2023<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Título:</span></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> <a name="_Hlk106996253">Functional
adaptability in playing style: A key determinant of competitive football performance<o:p></o:p></a></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk106996253;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Referência:</span></b><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">He, Q., Araújo, D., Davids, K., Kee, Y. H. & Komar,
J. (2023).</span><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Functional
adaptability in playing style: A key determinant of competitive football
performance. </span><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Adaptative Behavior</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">, 1–14. Advance online publication. https://doi.org/10.1177/10597123231178942<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhC_S182M77Xa2zn1FLGNcJGXJGaMVCpqZlMRHMrKaVvNK6O84Sxhb-Os_sYBm0lZpBCCrwKk2I12TNJePuhiRet4eA6sobVLVK4xEm9Be7hWGArhlIepD34CdbKyRyO5dgcuYOzKQAJKdV1HaQ1BNt69SRK7f5FwZrsyxDb26-ZgdVG5SkGOTEtg/s1355/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2043%20-%20julho%202023%20(1).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="465" data-original-width="1355" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhC_S182M77Xa2zn1FLGNcJGXJGaMVCpqZlMRHMrKaVvNK6O84Sxhb-Os_sYBm0lZpBCCrwKk2I12TNJePuhiRet4eA6sobVLVK4xEm9Be7hWGArhlIepD34CdbKyRyO5dgcuYOzKQAJKdV1HaQ1BNt69SRK7f5FwZrsyxDb26-ZgdVG5SkGOTEtg/w640-h220/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2043%20-%20julho%202023%20(1).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 1.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Informações editoriais do artigo do mês 43 – julho de
2023.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Apresentação do problema<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">No futebol de competição, as equipas têm de adaptar, rápida
e continuamente, os seus comportamentos táticos coletivos para responder de
forma eficaz aos constrangimentos contextuais em constante mutação, como as
opções estratégico-táticas adversárias, o resultado do jogo, a localização do
jogo ou o tempo em falta para o término da partida (Gómez et al., 2018; Lago,
2009; Lago-Ballesteros et al., 2012). Estes comportamentos táticos que emergem
no decurso das cerca de 120 sequências ofensivas em cada jogo (Tenga et al.,
2010a) e ao longo de 34–38 semanas competitivas em cada época são
frequentemente descritos como estilos de jogo da equipa, ou os “padrões de jogo
característicos demonstrados pela equipa durante os jogos (…) regularmente
repetidos em contextos situacionais específicos” (Hewitt et al., 2016).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Segundo a abordagem da dinâmica ecológica, as equipas são
vistas como sistemas coletivos complexos que (re)organizam os seus
comportamentos táticos através de interações e trocas de informação contínuas com
o contexto de desempenho (Vilar et al., 2012). Assim, descrever uma equipa em
função de um único estilo de jogo (e.g., contra-ataque ou ataque posicional)
pouco contribui para compreender as características de uma equipa de alto
nível. Para o efeito, o recurso a indicadores de resultado (i.e., vitória ou
derrota no jogo) e de performance em jogo (e.g., remates realizados, golos) pode
revelar uma associação estreita com a capacidade das equipas em explorar
efetivamente os constrangimentos ambientais e da tarefa em permanente mudança durante
o jogo competitivo. Uma associação positiva sugere a produção de uma resposta
coletiva funcional (Seifert et al., 2016). Esta capacidade de gerar e executar
um vasto conjunto de comportamentos funcionais e orientados para o objetivo em
diferentes contextos tem sido identificada como uma imagem de marca da perícia
no desporto, sendo amplamente referida como “flexibilidade comportamental”
(Johnson, 1961; Ranganathan et al., 2020), embora seja conceptualmente
conhecida como <i>system degeneracy</i> (Seifert et al., 2016) (figura 2).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEif8OKDBu3DacN_F7WZwwxgeobA8MYyDWQi1imt5Ge1uTye7tmo0G4qYFr7KSje3XHiQNlCfLN9dRqIk8Ngke6tPQhbXOas1UEqOzplBt0fmyaJ6zjhgbK5l3KShL0aWeuJCoAp7CjFoTlE-4PY8Wna_X1ufu8P0xjF2hVPRK76Jpe_QxNM7MRTZw/s2400/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2043%20-%20julho%202023%20(2).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1800" data-original-width="2400" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEif8OKDBu3DacN_F7WZwwxgeobA8MYyDWQi1imt5Ge1uTye7tmo0G4qYFr7KSje3XHiQNlCfLN9dRqIk8Ngke6tPQhbXOas1UEqOzplBt0fmyaJ6zjhgbK5l3KShL0aWeuJCoAp7CjFoTlE-4PY8Wna_X1ufu8P0xjF2hVPRK76Jpe_QxNM7MRTZw/w640-h480/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2043%20-%20julho%202023%20(2).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 2.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> O dispositivo tático é uma componente (estrutural)
inerente à adoção de diversos estilos de jogo, mas que emergem, essencialmente,
através da modificação de nuances comportamentais. O alemão Julian Nagelsmann é
um caso de reconhecido sucesso na implementação da flexibilidade no estilo de
jogo (fonte: https://theathletic.com/4344068/2023/03/25/julian-nagelsmann-future-club-tottenham-psg-real-madrid-chelsea/; imagem não publicada pelos autores).
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Porém, sob dinâmicas competitivas específicas, os
jogadores peritos necessitam de gravitar em direção à “reatividade
comportamental”, ou seja, são acionadas determinadas tendências coordenativas
para responder a alterações específicas nos constrangimentos ambientais e da
tarefa. Pelo contrário, os <i>experts</i> também podem exibir comportamentos de
imposição em certas situações, que se caracterizam pela propensão para impor um
conjunto predeterminado de ações estratégico-táticas, independentemente do
desenrolar das circunstâncias situacionais. Importa entender que as interações
comportamentais de um perito não são completamente reativas, nem completamente
impostas, pois o comportamento intencional é orientado pela deteção de
informação para atingir o(s) objetivo(s) proposto(s). Ainda assim, no futebol,
talvez devido a limitações técnico-táticas dos jogadores ou da filosofia dos
treinadores, as equipas aplicam muitas vezes estratégias que impõem certos
estilos de jogo, desconsiderando as dinâmicas de jogo em curso (Cordes et al.,
2012).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Neste estudo, as respostas comportamentais das equipas (i.e.,
ações realizadas no jogo) são consideradas como um reflexo do estilo de jogo, surgindo
a partir das adaptações (ou falhas de adaptação) que ocorrem ao longo do evento
competitivo. O termo adaptabilidade do estilo de jogo é, portanto, utilizado
para coletivamente descrever a flexibilidade, a reatividade e a imposição dos
comportamentos táticos da equipa em resposta às diferentes dinâmicas
competitivas que ocorrem ao longo da temporada. Para expandir o conhecimento
existente nesta área, em que o foco tem sido colocado na análise das adaptações
no estilo de jogo em cada partida, o presente estudo examinou a adaptabilidade das
equipas no decurso de uma época (i.e., adaptabilidade funcional entre jogos),
bem como a sua relação com diversos indicadores de performance. A questão de
pesquisa foi: <i>Qual é a associação entre a adaptabilidade do estilo de jogo
da equipa (i.e., flexibilidade, reatividade e imposição do estilo de jogo) e os
indicadores de performance em jogo numa época competitiva</i>? Os autores
adiantaram duas hipóteses: (1) equipas que apresentam maior flexibilidade no
estilo de jogo ao longo da época alcançam melhores resultados nos indicadores
de performance em jogo; (2) uma maior tendência tática de imposição ou
reatividade nos estilos de jogo está negativamente associada aos indicadores de
performance analisados.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><a name="_Hlk59809855"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Métodos<o:p></o:p></span></b></a></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Amostra</span></i></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: para determinar o
estilo de jogo das equipas em cada partida, foram recolhidos dados de todos os
jogos disputados nas principais ligas masculinas europeias (Premier League
inglesa, LaLiga espanhola, Serie A italiana, Bundesliga alemã e Ligue 1
francesa), entre as épocas 2014/2015 e 2019/2020. Os dados foram recolhidos do
website Whoscored (</span></span><a href="http://www.whoscored.com/"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">www.whoscored.com</span></span></a><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">), que previamente
retira os dados da empresa Opta Sports. A base de dados incluiu 31 ações de
jogo pertencentes a 3 categorias distintas que especificam 3 fases fundamentais
do jogo (Wade, 1988): ataque (e.g., remates a partir de contra-ataque/ataque
rápido, remates a partir de esquemas táticos/bola paradas), defesa (e.g.,
interceções, alívios, cruzamentos bloqueados na zona defensiva) e posse (e.g., toques
na bola, passes no terço defensivo, passes penetrantes). Devido à falta de
homogeneidade na variância das ações de jogo na base de dados, as
características de cada variável foram <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>dimensionadas
para a variância unitária. Os algoritmos de aprendizagem de máquina (<i>machine
learning</i>) podem não funcionar de forma ideal quando os dados não apresentam
uma distribuição normal (<span style="color: black;">Pedregosa et al., 2011).</span></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><i><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Análise de cluster</span></i></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: a análise de cluster (ou de agrupamento) utilizou
uma abordagem não supervisionada de <i>machine learning</i>.</span></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Esta
abordagem agrupa pontos de dados semelhantes, resultando na formação de
diferentes grupos que, no caso, representam os diferentes estilos de jogo das
equipas.</span></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O algoritmo do Modelo de Mistura Gaussiano
Expectation-Maximization (GMM) foi usado na análise de agrupamento. O número de
clusters (k) para o GMM deve ser introduzido na construção do modelo. No
entanto, como o número total de clusters (ou seja, estilos de jogo) não é
conhecido, foi necessário um processo de seleção de modelo para obter um k
estatisticamente “ótimo”. Para isso, a análise de cluster foi realizada 14
vezes, com diferentes valores de k a variar entre 2 e 15. O valor “ótimo” de k
foi determinado pelo modelo com melhor ajustamento aos dados, avaliado através
dos critérios de informação de Akaike (AIC) e Bayesiano (BIC) (Huang et al.,
2017).</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><i><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Adaptabilidade do estilo de jogo</span></i></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">:</span></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">as
equipas foram agrupadas em diferentes estilos de jogo para determinar os
respetivos níveis de flexibilidade, reatividade e imposição em cada jogo. A
adaptabilidade dos estilos de jogo das equipas foi examinada por cada
temporada, de modo a minimizar a influência de perturbações externas e internas
(e.g., constituição do plantel ou mudança de equipa técnica). O coeficiente de
não similaridade (<i>coefficient of unalikeability</i> – COA), que mede a
variância para variáveis categóricas (Kader & Perry, 2007), foi utilizado
para calcular a flexibilidade, reatividade e imposição do estilo de jogo. O COA
gera um coeficiente numa escala de 0 (todas as observações são idênticas) a 1
(todas as observações são diferentes).</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><ul><li style="text-align: justify;"><span style="text-indent: -18pt;"><u><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Flexibilidade</span></u></span><span style="text-indent: -18pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">: para
determinar a flexibilidade do estilo de jogo da equipa, calculou-se o COA de
todos os estilos de jogo utilizados ao longo da temporada. Um valor de COA mais
próximo de 1 indica que a equipa utiliza uma maior variedade de estilos de jogo
ao longo da época. Na computação da flexibilidade, os pares de estilos de jogo
referem-se ao estilo de jogo utilizado pela equipa em comparação com o de outra
semana (e.g., estilo de jogo da semana 1 vs. semana 2; estilo de jogo da semana
1 vs. semana 3).</span></span></li></ul><div style="text-align: justify; text-indent: -24px;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></div><ul><li style="text-align: justify;"><span style="text-indent: -18pt;"><u><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Reatividade</span></u></span><span style="text-indent: -18pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">:</span></span><span style="text-indent: -18pt;"> </span><span style="text-indent: -18pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">de forma
a obter a reatividade do estilo de jogo da equipa, calculou-se o COA dos
estilos de jogo utilizados em relação a cada estilo de jogo dos oponentes ao
longo da temporada. A reatividade foi obtida invertendo o valor do COA (1 – COA).
A reatividade geral do estilo de jogo da equipa foi calculada como a soma das
pontuações ponderadas de reatividade. Portanto, um valor mais próximo de 1
indica uma maior reatividade nos estilos de jogo utilizados contra cada estilo
de jogo da oposição (ou seja, maior consistência nas respostas do estilo de
jogo ao enfrentar um estilo de jogo específico). Na computação da reatividade,
os pares de estilos de jogo referem-se aos estilos de jogo da equipa utilizados
ao enfrentar um certo estilo de jogo da equipa adversária (e.g., assumindo que
o estilo de jogo A foi enfrentado nas semanas 1, 3 e 7: estilo de jogo da semana
1 vs. semana 3; estilo de jogo da semana 1 vs. semana 7).</span></span></li></ul><div style="text-align: justify; text-indent: -24px;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></div><ul><li style="text-align: justify;"><span style="text-indent: -18pt;"><u><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Imposição</span></u></span><span style="text-indent: -18pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">: a imposição
do estilo de jogo das equipas foi determinada através do cálculo do COA dos
estilos de jogo enfrentados pela equipa ao longo da temporada aquando do
recurso a um dado estilo de jogo. Um valor mais próximo de 1 indicou maior
imposição nos estilos de jogo utilizados contra cada estilo de jogo dos
oponentes (ou seja, a equipa recorre a um estilo de jogo predefinido, mesmo ao
enfrentar uma grande diversidade de estilos de jogo adversários). Na computação
da imposição, foram considerados os pares dos estilos de jogo usados pelo
adversário face a um dado estilo de jogo da equipa (e.g., assumindo que o
estilo de jogo A foi usado nas semanas 1, 3 e 7: estilo de jogo da oposição da semana
1 vs. semana 3; estilo de jogo da oposição da semana 1 vs. semana 7).</span></span></li></ul><div style="text-align: justify; text-indent: -24px;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></div><ul><li style="text-align: justify;"><span style="text-indent: -18pt;"><u><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Indicadores
de performance em jogo</span></u></span><span style="text-indent: -18pt;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">: recorreu-se a 4 eventos de jogo como
indicadores de desempenho: (1) remates executados na área de penálti do
adversário; (2) remates permitidos na própria área de penálti; (3) golos
marcados; (4) golos sofridos. Estes indicadores foram normalizados pelo número
de jogos disputados na época e foram selecionados porque representam eventos
críticos no futebol. Além disso, o número de vitórias em cada temporada também
foi usado como um indicador de desempenho, uma vez que reflete o sucesso geral
da equipa.</span></span></li></ul><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Análise estatística</span></i></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: o Coeficiente de Correlação
de Spearman foi utilizado para calcular a associação entre a flexibilidade,
reatividade e imposição do estilo de jogo e os 4 indicadores de desempenho em jogo.
O nível de significância foi definido em 0.05 e as dimensões de efeito do Coeficiente
de Correlação foram categorizadas como fracas (<0.3), moderadas (0.3–0.6) e
fortes (>0.6) (Lipsey & Wilson, 1993). O pré-processamento dos dados e a
análise de cluster foram realizados mediante a biblioteca scikit-learn (versão
0.24.2), enquanto o cálculo dos Coeficientes de Correlação de Spearman foram
executados através do módulo SciPy-stats (versão 1.6.3), tudo isto dentro do
ambiente Python (versão 3.8).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Principais resultados<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -14.15pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Agrupamento dos
estilos de jogo<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os valores de AIC e BIC
foram mais reduzidos no modelo com k = 12 clusters, o que indica que as ações
de jogo permitiram diferenciar 12 estilos de jogo no modelo com melhor
ajustamento ao conjunto de dados. Assim, as ações executadas em jogo possibilitaram
identificar os seguintes estilos de jogo (<i>clusters</i>): <b>1</b> – “Posse
elevada, alta pressão”; <b>2</b> – “Equipa equilibrada, ataque através de bolas
paradas”; <b>3</b> – “Alta pressão, foco na criação de oportunidades de golo”; <b>4</b>
– “equipa equilibrada”; <b>5</b> – “equipa equilibrada, defender para
contra-atacar”; <b>6</b> – “estratégia defensiva, com posse diminuta”; <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><b>7</b> – “jogo direto”; <b>8</b> –
“contra-ataque”; <b>9</b> – “dominante na posse, preponderância ofensiva”; <b>10</b>
– “foco na posse, construção de jogo”; <b>11</b> – “equipa equilibrada, foco no
jogo corrido e na bola parada”; <b>12</b> – “bolas paradas ofensivas”. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -14.15pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Adaptabilidade dos
estilos de jogo e indicadores de performance<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A flexibilidade do estilo
de jogo teve uma correlação positiva e significativa com o número de vitórias,
embora com uma dimensão de efeito pequena. Foram ainda evidenciadas correlações
moderadamente positivas (e significativas) entre a flexibilidade do estilo de
jogo e o número de golos marcados e o número de remates executados na área de
penálti. Ao invés, a flexibilidade do estilo de jogo estabeleceu correlações negativas,
de pequena dimensão, com o número de golos sofridos e o número de remates
permitidos na área de penálti (figura 3).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgj9AFeQvC3UzNK1Tu9Di7hv7QkJF7QfnXFiZxiYXOEuee-iNuOWaB_iTQsBW_6gyKx9NLfDN7l0sH9_s7HxB4qW6xI9yK23bEMsjVMLiT1M9Z9ahCNAOCrKckE4aeEzBo8tFInzwBjgINvgpwTmoe07HX07bJpgAHQmzS-D9yNflN6_WEQFygmzg/s1078/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2043%20-%20julho%202023%20(3).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="616" data-original-width="1078" height="366" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgj9AFeQvC3UzNK1Tu9Di7hv7QkJF7QfnXFiZxiYXOEuee-iNuOWaB_iTQsBW_6gyKx9NLfDN7l0sH9_s7HxB4qW6xI9yK23bEMsjVMLiT1M9Z9ahCNAOCrKckE4aeEzBo8tFInzwBjgINvgpwTmoe07HX07bJpgAHQmzS-D9yNflN6_WEQFygmzg/w640-h366/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2043%20-%20julho%202023%20(3).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><a name="_Hlk139019388"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 3.
</span></b></a><span style="mso-bookmark: _Hlk139019388;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Relação
entre a adaptabilidade do estilo de jogo e indicadores de performance em jogo.
Legenda: <i>Flexibility</i>: flexibilidade; <i>Imposition</i>: imposição; <i>Reactivity</i>:
reatividade; <i>Wins</i>: vitórias; <i>Goals scored</i>: golos marcados; <i>Goals
conceded</i>: golos sofridos; <i>Shots in penalty box</i>: remates na área de
penálti; <i>Shots conceded in penalty box</i>: remates permitidos na área de
penálti (He et al., 2023).<b><o:p></o:p></b></span></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk139019388;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Em relação à imposição do
estilo de jogo, os resultados demonstraram o seguinte: (1) correlações
negativas de pequena dimensão com o número de vitórias e de golos marcados (<i>p</i>
< 0.001 e <i>p</i> < 0.01, respetivamente), e (2) correlações positivas e
significativas, de pequena dimensão, com o número de golos concedidos e o
número de remates permitidos no interior da própria área de penálti. A
reatividade do estilo de jogo demonstrou correlação negativa e significativa,
de pequena dimensão, com o número de vitórias e com o número de golos
concretizados. Houve, também, uma correlação negativa moderada com o número de
remates realizados na área de penálti adversária. Pelo contrário, foram
identificadas correlações moderadamente positivas, ainda que significado
estatístico (<i>p</i> < 0.001), com os números de golos concedidos e remates
permitidos na própria área de penálti.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Em suma, a flexibilidade
do estilo de jogo esteve positivamente associada aos indicadores de performance
ofensivos e defensivos. Em sentido inverso, a imposição e a reatividade do
estilo de jogo estiveram negativamente associados com os indicadores de
performance em jogo suprarreferidos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Aplicações práticas<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O estudo sugere que as equipas com maior flexibilidade no
estilo de jogo, ou seja, que apresentam uma ampla variedade de estilos durante
a temporada, tendem a vencer mais jogos e registam melhores indicadores de
desempenho ofensivo e defensivo. Assim, os treinadores devem preparar a suas
equipas para gerar respostas diversificadas ao nível do estilo de jogo, pois a
velocidade e a variedade com que mudam de estilo tornam as ações dos jogadores e
o movimento da bola mais imprevisíveis, o que proporciona uma vantagem tática face
ao comportamento da equipa adversária.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Além disso, as equipas capazes de exibir uma ampla gama
de estilos de jogo são mais difíceis de analisar e de se preparar, devido à
incerteza que advém dos estilos de jogo que poderão utilizar ou se alterarão
(ou não) – e quando? – durante uma partida. Ao defrontar equipas altamente
flexíveis, os treinadores precisam de trabalhar as suas equipas para enfrentar inúmeros
estilos de jogo, o que restringe o tempo disponível para preparar convenientemente
a equipa para responder de forma eficaz a uma ou outra forma de jogar. No
entanto, apesar de todas estas vantagens inerentes à flexibilidade do estilo de
jogo, na prática não é tão simples fomentar esta flexibilidade
estratégico-tática. Tal requer tempo para treinar formas distintas de jogar,
para que cada jogador compreenda os detalhes de cada estilo e reconheça as
oportunidades contextuais que norteiam a tomada de decisão (i.e., quando e para
que estilo de jogo mudar?).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Embora a associação entre flexibilidade dos estilos de
jogo e os indicadores de desempenho tenha sido significativa, as dimensões de
efeito variaram de pequena e moderada. Portanto, é crucial reconhecer a
natureza altamente dinâmica e em constante mudança do futebol, e ter cautela para
não empolar o papel da flexibilidade no estilo de jogo. De facto, o desempenho competitivo
é o produto de vários fatores que transcendem a capacidade das equipas em
modificarem o modo como atuam.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os resultados deste estudo também sugerem que abordagens
predominantemente impositivas (independente da dinâmica evolutiva do jogo) ou
reativas (dependente ou seguindo a dinâmica evolutiva do jogo) são prejudiciais
para a obtenção de sucesso em competição. Porém, o estudo contempla a
possibilidade de se registarem indicadores efetivos de desempenho como
consequência da capacidade individual e coletiva em alternar funcionalmente estilos
impositivos e reativos de jogo. Por exemplo, sabe-se que equipas de elite beneficiam
ao impor um estilo de posse dominante frente a equipas mais fracas (Bloomfield
et al., 2005; Fernandez-Navarro et al., 2019). Em outros contextos, como quando
o resultado no marcador é favorável, reagir ao aumento da preponderância
ofensiva dos oponentes, recuando no terreno para, a seguir, lançar
contra-ataque ou ataques rápidos tem sido associado a melhores indicadores de
desempenho (Lago, 2009; Lago-Peñas & Dellal, 2010). Os treinadores devem estimular,
através de situações de jogo representativas nas sessões de treino, a
capacidade dos jogadores em alternar funcionalmente entre estilos de jogo
impositivos e reativos, manipulando, clínica e pontualmente, os
constrangimentos da tarefa e ambientais emergentes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Conclusão<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O presente estudo sugere que a adaptabilidade funcional nos
estilos de jogo exibidos está significativamente associada aos indicadores de
desempenho em competição. Verificou-se uma associação positiva entre a
capacidade das equipas em variarem os seus estilos de jogo ao longo da
temporada e o desempenho coletivo. Especificamente, equipas suscetíveis de apresentar
uma ampla variedade de respostas de estilo de jogo tendem a exibir indicadores
de desempenho ofensivo e defensivo mais bem-sucedidos, e, em última instância, vencem
mais partidas. Por outro lado, as evidências indicam que abordagens
predominantemente impositivas ou reativas comprometem o desempenho coletivo e a
obtenção de sucesso em competição. Apesar de os resultados do estudo apontarem direções
promissoras para investigações futuras, é imperativo não sobrestimar o papel da
flexibilidade no estilo de jogo na melhoria da performance individual e
coletivo através do processo de treino. Afinal, o sucesso competitivo resulta
da interação complexa de um número quase ilimitado de fatores.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">P.S.:<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">1-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As ideias que constam neste texto foram originalmente
escritas pelos autores do artigo e, presentemente, traduzidas para a língua
portuguesa;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">2-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Para melhor compreender as ideias acima referidas,
recomenda-se a leitura integral do artigo em questão;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">3-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As citações efetuadas nesta rúbrica foram utilizadas pelos
autores do artigo, podendo o leitor encontrar as devidas referências na versão
original publicada na revista <i>Adaptative Behavior</i>.<o:p></o:p></span></p>Carlos Humberto Almeidahttp://www.blogger.com/profile/09636379308994650864noreply@blogger.com08550 Monchique, Portugal37.3179879 -8.55617069.0077540638211531 -43.7124206 65.628221736178844 26.6000794tag:blogger.com,1999:blog-21248517.post-76001224458169238312023-06-30T20:54:00.001+01:002023-06-30T20:54:07.405+01:00Artigo do mês #42 – junho 2023 | Comparação da carga de treino entre formatos reduzidos, médios e grandes de jogo no futebol profissional<p style="text-align: justify;"><b style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Nota prévia</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-align: justify;">: O artigo
científico alvo da presente síntese foi selecionado em função dos seguintes
critérios: (<b>1</b>) publicado numa revista científica internacional com
revisão de pares; (<b>2</b>) publicado no último trimestre; (<b>3</b>)
associado a um tema que considere pertinente no âmbito das Ciências do
Desporto.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-align: justify;"> </span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">- 42 -<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Autores<a name="_Hlk100579888">: </a></span></b><span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Beato, M., Vicens-Bordas,
J., Peña, J., & Costin, A. J.<o:p></o:p></span></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">País:</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Inglaterra<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Data de publicação: </span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">5-maio-2023<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Título:</span></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> <a name="_Hlk106996253">Training
load comparison between small, medium, and large-sided games in professional football<o:p></o:p></a></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk106996253;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Referência:</span></b><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Beato, M., Vicens-Bordas, J., Peña, J., & Costin, A.
J. (2023). </span><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Training load comparison between small, medium,
and large-sided games in professional football. <i>Frontiers in Sports and
Active Living, 5</i>, 1165242. https://doi.org/10.3389/fspor.2023.1165242<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjp-xmT6W5zhPV9HAX13tHOVewg7ydnjXpqzJCrfTIFWLH-cfAiXRSLE7vWG_-TN-VR_hYwjW1dnbxFa9W2AVt4T-S4HN8K2uSwqAvN4EZkse1KUcpXG2JjQgJF21wHElp31te7hdO6tSFuZwSQMqW6T3jyxIGdxFEtoIUyrQdwU0l-SQbGHXhsMg/s1389/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2042%20-%20junho%202023%20(1).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="647" data-original-width="1389" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjp-xmT6W5zhPV9HAX13tHOVewg7ydnjXpqzJCrfTIFWLH-cfAiXRSLE7vWG_-TN-VR_hYwjW1dnbxFa9W2AVt4T-S4HN8K2uSwqAvN4EZkse1KUcpXG2JjQgJF21wHElp31te7hdO6tSFuZwSQMqW6T3jyxIGdxFEtoIUyrQdwU0l-SQbGHXhsMg/w640-h298/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2042%20-%20junho%202023%20(1).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 1.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Informações editoriais do artigo do mês 42 – junho de
2023.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Apresentação do problema<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O treino de futebol tem como intento desenvolver a
capacidade física e as competências táticas e técnicas dos jogadores para que
possam render nos jogos formais (Bradley et al., 2013). Nos últimos anos, as
atividades de jogo – que têm sido categorizados em reduzidas (<i>small-sided
games</i>; SSG), médias (<i>medium-sided games</i>; MSG) e grandes (<i>large-sided
games</i>; LSG) – são frequentemente propostas pelos treinadores para melhorar as
capacidades e as competências suprarreferidas (Gualtieri et al., 2023). Do
ponto de vista da condição física, os jogos reduzidos podem melhorar as potências
aeróbia e anaeróbia, e as capacidades de aceleração e desaceleração (Kelly et
a., 2013; Moran et al., 2019). Ainda assim, estes meios de treino não são
propícios para replicar as exigências de sprint e de corrida de alta velocidade
observadas em competição (Dello Iacono et al., 2023; Hill-Haas et al., 2011).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Numa perspetiva de gestão do treino, estudos prévios
mostraram que as atividades de jogo podem ser manipuladas através da alteração das
dimensões do espaço de modo a obter diferentes áreas relativas por jogador (Christopher
et al., 2016; Hill-Haas et al., 2011). Por exemplo, a corrida de alta
velocidade aumenta em jogos com áreas relativas por jogador mais elevadas, embora
sejam proporcionadas mais acelerações e desacelerações em jogos com áreas
relativas por jogador mais reduzidas (Beato et al., 2021; Riboli et al., 2020;
Silva et al., 2022). No futebol, no decurso de um microciclo semanal de treino são
selecionados jogos específicos para cada dia, de maneira a fornecer aos
jogadores o estímulo físico desejado (Buchheit et al., 2018; Paul & Nassis,
2015).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os formatos reduzidos de jogo incluem o 2v2, o 3v3 e o
4v4, os formatos médios o 5v5, o 6v6 e o 7v7, e os formatos grandes o 8v8, o
9v9 e o 10v10 (Dello Iacono et al., 2023). Não obstante haver um vasto corpo de
investigação sobre as múltiplas valências dos jogos reduzidos, sabe-se que as
exigências de aceleração e de desaceleração, bem como as distâncias de sprint e
de corrida de alta velocidade, variam bastante entre os estudos (Silva et al., 2022).
No entanto, a informação disponível proveniente da análise detalhada de jogos
em formatos reduzidos (i.e., 2v2) até formatos maiores (i.e., 10v10), no seio
de uma equipa de futebol, é praticamente inexistente. Por sua vez, também é
conhecido que a posição dos jogadores influencia as exigências de carga externa
em jogos oficiais (Bush et al., 2015). As posições exteriores induzem maiores
distâncias de corrida de alta velocidade que as registadas para defesas
centrais e pontas de lança. As posições centrais tendem a requerer um maior
número de acelerações e desacelerações relativamente às posições periféricas
(Bangsbo et al., 2006). Este também pode ser o caso em situações de jogo
reduzido, mas ainda não está claro que jogos potenciam as exigências físicas próprias
de cada posição de jogo.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A quantificação da carga de treino é usualmente obtida
através de medidas da carga interna (e.g., frequência cardíaca – FC; perceção
subjetiva de esforço – PSE) e da carga externa (e.g., distâncias, velocidades,
acelerações/desacelerações) (Anderson et al., 2016; Gualtieri et al., 2020). Em
particular, enquanto a avaliação da PSE é barata, fácil de executar e está
positivamente correlacionada com parâmetros fisiológicos, como a FC e o lactato
sanguíneo (Impellizzeri et al., 2004), as medidas da carga externa são captadas
por sistemas de navegação global por satélite e são ainda fiáveis para caracterizar
o esforço produzido em treino e em competição (Beato et al., 2018; Kelly et
al., 2020). Uma vez que a diferença das cargas interna e externa entre os diversos
formatos de jogo, tal como os efeitos da posição de jogo nesses parâmetros, não
estão bem definidos, é necessário recolher mais dados sobre o assunto. Assim,
em primeira instância, o propósito do estudo visou verificar se (1) os
parâmetros de carga interna e externa foram distintos entre os diversos
formatos de jogo (SSG, MSG e LSG) e (2) a posição de jogo afetou esses mesmos
parâmetros. Em última instância, os autores procuraram clarificar se a carga
interna e a carga externa diferiram entre os tipos de jogo (de 2v2 a 10v10)
disputados por jogadores profissionais de futebol do género masculino.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Métodos<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Participantes</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: 25 jogadores
profissionais (idade: 27 ± 9 anos; massa corporal: 78 ± 14 kg) pertencentes ao
mesmo clube na época 2022/2023. Os critérios de inclusão passaram por não haver
doenças ou lesões que impedissem os jogadores de participar no treino e em
competição. Os dados dos guarda-redes foram excluídos da análise, pelo que só
foram considerados os dados dos jogadores de campo. O tamanho da amostra foi
estimado através de <i>G*power</i> para uma ANOVA de uma via com efeito fixo,
que indicou que seria necessário um total de 159 pontos de observação para
detetar um efeito pequeno, com uma potência de 80% e um nível alfa de 5%. A
amostra do estudo incluiu 780 pontos de observação individuais, com uma
potência real acima de 95%, o que permitiu reduzir a probabilidade de erros
tipo II (falsos negativos).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Design experimental</span></i><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: os jogos foram categorizados em 3 formatos:
reduzido (SSG: 2v2, 3v3 e 4v4; <i>n</i> = 145), médio (MSG: 5v5, 6v6 e 7v7; <i>n</i>
= 431) e grande (LSG: 8v8 e 10v10; <i>n</i> = 204). As dimensões dos diversos
jogos foram arbitrariamente classificadas em pequenas (<99 m<sup>2</sup>/jogador),
médias (de 100 a 199 m<sup>2</sup>/jogador), grandes (de 200 a 289 m<sup>2</sup>/jogador)
e dimensões regulares (>290 m<sup>2</sup>/jogador), que corresponde ao
tamanho do campo mínimo permitido pela FIFA (100x64m) para um jogo oficial de
Futebol de 11 a nível profissional. Neste estudo, o campo utilizado media
108x72m, o equivalente a 353.4 m<sup>2</sup>/jogador (incluindo guarda-redes). A
tabela 1 especifica as características dos jogos propostos nas sessões de
treino, incluindo balizas e guarda-redes. Foram colocadas bolas à volta do
campo para assegurar reposições rápida da bola em jogo. Os treinadores puderam encorajar
os seus jogadores para aumentar a intensidade do esforço. Apenas os dados dos jogadores
que concluíram os exercícios foram incluídos na análise subsequente. Os jogadores
foram distribuídos por 5 categorias em função da posição de jogo: defesas centrais
(<i>center backs</i> – CD); defesas laterais (<i>fullbacks</i> – FB); médios-centro
(<i>center midfielders</i> – CM); médios ofensivos (<i>attacking midfielders</i>
– AM); pontas de lança (<i>strikers</i> – ST). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Tabela 1.</span></b><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Características dos jogos em função da relação numérica, da área relativa
por jogador e das dimensões espaciais.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRY81MhRUE27n4k8Ita5lpsYaQnjgq5pvpebWh80D8egwbthjy72w6mg64nJVFQ_pdv4hWcZxRRim6zVTNXeJa0ReFexyTDDA4-Sei1AIZRV-bFJwVc18XKXt7EptvpojiT-5G9wnRANfskSC9QbvA4G23GoAxapDrkfEUtw2yn7f8D488PMvq6w/s1343/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2042%20-%20junho%202023%20(2).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="437" data-original-width="1343" height="208" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRY81MhRUE27n4k8Ita5lpsYaQnjgq5pvpebWh80D8egwbthjy72w6mg64nJVFQ_pdv4hWcZxRRim6zVTNXeJa0ReFexyTDDA4-Sei1AIZRV-bFJwVc18XKXt7EptvpojiT-5G9wnRANfskSC9QbvA4G23GoAxapDrkfEUtw2yn7f8D488PMvq6w/w640-h208/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2042%20-%20junho%202023%20(2).png" width="640" /></a></div><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Variáveis de carga interna e externa</span></i><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: a carga interna dos jogadores foi expressa
em unidades arbitrárias, sendo obtida através de uma escala previamente
validada: <i>Borg CR10</i> (escala adaptada de Borg de 1 a 10). Cada jogador
comunicou a sua perceção subjetiva de esforço imediatamente após o término de
cada jogo. Os dados de carga externa foram recolhidos através de unidades Apex da
STATSports, a uma frequência de 10 Hz. Esta tecnologia de sistema de navegação
global por satélite (i.e., sistemas de posição global e GLONASS) recorre a
múltiplos sistemas de rastreamento por satélite para obter informação
posicional precisa e fiável (Beato et al., 2018). As métricas de carga externa
foram quantificadas e reportadas em frequências por minuto, considerando
eventuais diferenças no tempo de exposição dos jogadores nos jogos. As variáveis
registadas foram a distância percorrida (m/min), a distância em corrida de alta
velocidade (>19.8 km/h), a distância em sprint (>25.2 km/h) e o número de acelerações de alta intensidade (>3 m/s<sup>2</sup>) e de desacelerações
(<−3 m/s<sup>2</sup>) (Beato et al., 2021).</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Análise estatística</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: as
estatísticas descritivas foram indicadas como médias ± desvios-padrão. O teste Shapiro-Wilk
foi usado para verificar a assunção de normalidade dos dados. Inicialmente, foi
aplicado um modelo linear misto, com o método Satterthwaite (estimação dos
graus de liberdade com base nos resultados analíticos), para avaliar se
existiram diferenças entre os formatos (SSG, MSG e LSG; efeitos fixos) e as
posições dos jogadores (efeitos fixos) para as diversas variáveis dependentes.
Os jogadores foram inseridos como efeitos aleatórios. Na segunda análise, foi
calculado um novo modelo linear misto para os diversos jogos (de 2v2 a 10v10;
efeitos fixos), com os jogadores como efeitos aleatórios. Em presença de
diferenças significativas, foi ainda executada uma estimação de médias
marginais (contrastes) com a correção de Holm para comparações múltiplas. Os intervalos
de confiança a 95% estimados foram indicados em caixas de bigodes (e.g.,
figuras 2 e 3). As dimensões de efeito foram calculadas a partir do valor do
teste estatístico (<i>t</i>) e dos graus de liberdade (df) dos contrastes, e
interpretados segundo o princípio do <i>d</i> de Cohen: trivial < 0.2, pequena
0.2–0.6, moderada 0.6– 1.2, grande 1.2–2.0 e muito grande > 2.0 (Hopkins et
al., 2009). O nível de significância foi de 5% (p < 0.05) para todos os
testes e as análises estatísticas foram realizadas no JASP (JASP v. 0.16.13.,
Amsterdão, Países Baixos).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Principais resultados<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -.55pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Perceção subjetiva de
esforço</span></u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> (PSE): a análise estatística revelou
diferenças significativas entre os formatos de jogo, mas não entre as posições de
jogo. Em particular, os formatos grandes e reduzidos induziram maiores cargas
internas que os formatos médios de jogo (dimensões de efeito grande). O valor
mais elevado foi registado no jogo reduzido 2v2 (PSE = 7.4),
comparativamente aos jogos médios 5v5 (PSE = 6.3), 6v6 (PSE = 4.8) e 7v7
(PSE = 6.1), mas sem diferença significativa para o jogo grande 10v10
(PSE = 7.3).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -.55pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Distância percorrida</span></u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: a distância percorrida por minuto foi superior nos
formatos grandes de jogo, sendo o 8v8 e o 10v10 as situações mais exigentes
neste domínio. Para termos uma noção mais concreta, a distância percorrida por
minuto foi mais elevada no 10v10 (111.4 m/min), cerca do dobro do observado no
2v2 (56.1 m/min). Por sua vez, os formatos médios de jogo proporcionaram que os
jogadores percorressem distâncias mais elevadas (101.3 m/min) em relação aos
jogos mais reduzidos (65.6 m/min). A posição de jogo não afetou a distância
percorrida pelos jogadores.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -.55pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Distância percorrida
em corrida de alta velocidade</span></u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: os
formatos grandes de jogo 8v8 e 10v10 foram os que mais exigiram em termos de
distância percorrida acima dos 19.8 Km/h, com valores médios de 5.5 m/min e 3.3
m/min, respetivamente, o que foi significativamente diferente do constatado
para qualquer formato reduzido de jogo. Os defesas laterais e os pontas de
lança percorreram distâncias em corrida de alta velocidade (4.1 m/min e 4.0
m/min, respetivamente) significativamente superiores aos defesas centrais (1.9
m/min) nos diversos formatos de jogo. A diferença entre pontas de lança e
médios-centro (2.2 m/min) também foi significativa (figura 2).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoh67U4LwCRpflO8oJDhpPE1Iom58nLDzt8brE1v52Q2WL510oaok4oejDuCjyhDI16K2SJ_PN452M07DTfjSW9C_fJCIWyIsSqvDzzx18A8Ox7W3eICMWY2zFECCy227Tqx8dskm-Pao7FGMBsS8oynALTuRa0PLGvqYz74MtKkcD5wj2SvQDiA/s1285/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2042%20-%20junho%202023%20(3).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1008" data-original-width="1285" height="502" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoh67U4LwCRpflO8oJDhpPE1Iom58nLDzt8brE1v52Q2WL510oaok4oejDuCjyhDI16K2SJ_PN452M07DTfjSW9C_fJCIWyIsSqvDzzx18A8Ox7W3eICMWY2zFECCy227Tqx8dskm-Pao7FGMBsS8oynALTuRa0PLGvqYz74MtKkcD5wj2SvQDiA/w640-h502/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2042%20-%20junho%202023%20(3).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><a name="_Hlk139019388"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 2.
</span></b></a><span style="mso-bookmark: _Hlk139019388;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Comparação
da distância percorrida em alta velocidade entre formatos (SSG – <i>small-sided
games</i>; MSG – <i>medium-sided games</i>; LSG – <i>large-sided games</i>) e
posições de jogo (CD – <i>central defender</i>; FB – <i>fullback</i>; CM – <i>central
midfielder</i>; AM – <i>attacking midfielder</i>; ST – <i>striker</i>) (Beato
et al., 2023).<b><o:p></o:p></b></span></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk139019388;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -.55pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Distância percorrida
em sprint</span></u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: os formatos grandes de jogo são, na
generalidade, mais apropriados para a ocorrência de sprints e dificilmente tal
acontecesse nos formatos mais reduzidos. No estudo, praticamente só foram
encontrados valores de corrida em sprint nos formatos grandes (0.9 m/min), ao
invés do verificado nos formatos médios e reduzidos de jogo (0.1 m/min). O
10v10 foi o único formato que fomentou intensidades médias superiores a 1
m/min. A posição de jogo influenciou a distância percorrida em sprint. Os
defesas laterais (0.7 m/min) superaram os médios ofensivos, os defesas centrais
e os médios-centro, mas obtiveram valores comparáveis aos pontas de lança (0.5
m/min) (figura 3).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZCm_TEsPq8LG51-xB312JfVgK3P-kNH9-Kq5QmTsW1dgjUtkVybDPwkfPj8eHdSVJxXPIMhByq0xgVFwCSc1gPLqw2JtEcyPphnKqrZGBtbaBuQutfpTzW_Kn_7VeVQOFyJOWFkKW_sIAkVAH3ihWP8wxZKam7GdV6LIpf3QH_RdJaEymBp1edQ/s1274/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2042%20-%20junho%202023%20(4).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="979" data-original-width="1274" height="492" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZCm_TEsPq8LG51-xB312JfVgK3P-kNH9-Kq5QmTsW1dgjUtkVybDPwkfPj8eHdSVJxXPIMhByq0xgVFwCSc1gPLqw2JtEcyPphnKqrZGBtbaBuQutfpTzW_Kn_7VeVQOFyJOWFkKW_sIAkVAH3ihWP8wxZKam7GdV6LIpf3QH_RdJaEymBp1edQ/w640-h492/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2042%20-%20junho%202023%20(4).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 3. </span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Comparação da distância percorrida em sprint entre
formatos (SSG – <i>small-sided games</i>; MSG – <i>medium-sided games</i>; LSG
– <i>large-sided games</i>) e posições de jogo (CD – <i>central defender</i>;
FB – <i>fullback</i>; CM – <i>central midfielder</i>; AM – <i>attacking
midfielder</i>; ST – <i>striker</i>) (Beato et al., 2023).<b><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -.55pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Acelerações</span></u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: o número de acelerações foi significativamente superior
nos formatos médios de jogo, em comparação quer com os formatos grandes
(dimensão de efeito grande), quer com os formatos reduzidos de jogo (dimensão
de efeito pequena). Os jogos médios 5v5 e 6v6 foram os que mais incitaram a
capacidade de aceleração. Por outro lado, o número de acelerações não diferiu
entre as diferentes posições de jogo. Independentemente do seu papel na equipa,
os jogadores experienciaram exigências mecânicas idênticas ao nível da
aceleração.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: -.55pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Desacelerações</span></u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: a tendência foi similar à verificada para as
acelerações – os formatos médios de jogo proporcionaram um número
significativamente mais elevado de desacelerações do que os formatos grandes
(dimensão de efeito grande) e os formatos reduzidos de jogo (dimensão de efeito
moderada). Uma vez mais, os jogos 5v5 e 6v6 foram os que mais propiciaram
desacelerações intensas (“travagens”). Nesta variável de carga externa, os
pontas de lança efetuaram significativamente mais desacelerações (1.8 m/min) que os defesas centrais (1.5 m/min) e os defesas laterais (1.6 m/min).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="color: #2b2a2a; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Minion Pro";"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Aplicações práticas<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os profissionais do treino são incentivados a utilizar escalas
de perceção subjetiva de esforço (PSE), pois trata-se de um instrumento barato
e de fácil utilização para avaliar e controlar a carga percebida em situações de
jogo. Contudo, não é possível saber se as diferenças verificadas se devem ao
aumento da distância percorrida ou do número de acelerações executadas pelos
jogadores. O mais indicado é recorrer a parâmetros de carga interna e externa
para obter uma caracterização adequada das exigências suscitadas pelos
diferentes formatos de jogo. Convém também relembrar que a PSE não é uma medida
pura de intensidade e é afetada pela duração da atividade. Os treinadores devem
equacionar este fator ao comparar formatos de jogo com durações distintas. De
qualquer modo, para aumentar o esforço percebido pelos jogadores, os técnicos
devem estruturar atividades de jogo muito reduzidas (e.g., 2v2) ou, ao invés, similares
à situação de jogo formal (e.g., 10v10).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Para alcançar distâncias decentes em corrida de alta
velocidade ou em sprint, é absolutamente necessário estruturar jogos em espaços
grandes (>200 m<sup>2</sup>/jogador) ou com dimensões próximas das
regulamentadas para o jogo oficial (>290 m<sup>2</sup>/jogador). Caso o
microciclo seja maioritariamente composto por formatos reduzidos e médios de
jogo, é muito provável que os jogadores profissionais precisem de exercícios
complementares de corrida (e.g., treino intervalado de sprint linear ou
curvilíneo) para cobrir as distâncias de sprint consideradas ótimas para
competir e prevenir o aparecimento de lesões musculares.</span><span style="color: red; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Além disso, muito embora os jogos que simulam ou replicam
as relações numéricas e as dimensões regulamentares – neste estudo, o 10v10 com
353.4 m<sup>2</sup>/jogador – constituam um potente estímulo para o
desenvolvimento da capacidade física dos jogadores, podem não ser suficientes
para que se atinja a dose mínima indicada para produzir adaptações satisfatórias
para os jogos competitivos. Saliente-se que o 10v10 foi o único jogo que
fomentou o desenvolvimento de ações de sprint em situação contextualizada, mas seria
necessário propor outro tipo de exercício para atingir a preparação ideal.</span><span style="color: red; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Ao contrário do que é frequentemente aceite entre os
treinadores de futebol, os formatos mais reduzidos de jogo (i.e., 2v2, 3v3 e
4v4) não parecem ser os melhores para sobrecarregar os jogadores no que a
acelerações e a desacelerações diz respeito. Os formatos médios de jogo (5v5 e
6v6; 67–140 m<sup>2</sup>/jogador) são mais indicados e possibilitam ainda que
se desenvolvam comportamentos tático-técnicos em contextos dotados de maior
dificuldade e complexidade.</span><span style="color: red; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os treinadores podem recorrer a diversos formatos de
jogo para estimular os seus jogadores, em função da sua posição e do seu papel
na equipa. A perceção subjetiva de esforço e a distância percorrida não foram influenciadas
pelas posições dos jogadores, porém, as distâncias percorridas em corrida de
alta velocidade e em sprint, bem como o número de desacelerações, foram. Estes
resultados são interessantes, mas, por exemplo, em termos de desacelerações, a
magnitude das diferenças observadas foi bastante reduzida. Caso os treinadores,
os preparadores físicos e os analistas de desempenho pretendam otimizar a
preparação de cada jogador, face às missões táticas que é suposto que cumpram
em competição, devem ter estas evidências em consideração no design de
jogos para incorporar no microciclo de treino.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Conclusão<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O estudo mostrou que ps parâmetros da carga interna (i.e.,
PSE) e de carga externa (e.g., acelerações e distância percorrida em sprint)
diferiram entre os formatos de jogo propostos (reduzidos, médios e grandes) a
jogadores profissionais de futebol. Alguns formatos foram mais propícios para
estimular determinadas variáveis da carga física imposta aos participantes: (1)
a distância percorrida por minuto foi maior nos formatos grandes, comparando
com os formatos reduzidos e médios de jogo; (2) a distância em sprint foi
superior nos formatos grandes em relação aos formatos mais reduzidos; (3) o
número de acelerações e desacelerações foi mais elevado nos formatos médios (vs.
formatos reduzidos e grandes). Adicionalmente, algumas variáveis da carga
externa (e.g., distância em corrida de alta velocidade e desacelerações) foram
sensíveis às posições dos jogadores. Por exemplo, as distâncias percorridas em
corrida de alta velocidade e em sprint foram superiores nos pontas de lança
relativamente aos defesas laterais e aos defesas centrais. Os treinadores devem
estar cientes das exigências de carga interna e de carga externa dos jogos que propõem
aos seus jogadores, bem como saber se as suas posições de jogo afetam (ou não)
esses parâmetros de carga, pois essa informação é crítica para um planeamento apropriado
da carga de treino. Finalmente, a análise dos parâmetros de carga dos diversos
formatos de jogo propostos (de 2v2 a 10v10) revelou que (1) a situação mais
exigente para a distância percorrida por minuto foi o 8v8; (2) o 10v10 foi a
atividade que determinou maiores distâncias em corrida de alta intensidade e em
sprint; (3) o 5v5 e o 6v6 foram os jogos mais propícios para provocar acelerações
e desacelerações. Na prática, estes resultados podem auxiliar os treinadores a
ponderar e selecionar jogos mais apropriados para incorporar num dado microciclo de
treino.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">P.S.:<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">1-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As ideias que constam neste texto foram originalmente
escritas pelos autores do artigo e, presentemente, traduzidas para a língua
portuguesa;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">2-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Para melhor compreender as ideias acima referidas,
recomenda-se a leitura integral do artigo em questão;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">3-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As citações efetuadas nesta rúbrica foram utilizadas pelos
autores do artigo, podendo o leitor encontrar as devidas referências na versão
original publicada na revista <i>Frontiers in Sports and Active Living</i>.</span></p><p></p>Carlos Humberto Almeidahttp://www.blogger.com/profile/09636379308994650864noreply@blogger.com08550 Monchique, Portugal37.3179879 -8.55617069.0077540638211531 -43.7124206 65.628221736178844 26.6000794tag:blogger.com,1999:blog-21248517.post-20078206150625964972023-06-08T17:32:00.001+01:002023-06-09T08:17:41.545+01:00Complementaridade dos princípios da “especificidade” e da “representatividade” no treino de futebol: Resolução de duas situações-problema<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A
Licenciatura em Ciências do Desporto do Instituto Superior Manuel Teixeira
Gomes (ISMAT) encontra-se a dinamizar, entre 5 e 10 de junho de 2023, a <b>Semana
de Desporto do ISMAT 2022/2023</b>. Hoje – 8 de junho – foi o dia subordinado
ao Treino Desportivo. De manhã, a direção do curso e os alunos do 3.º Ano
organizaram o Workshop “O treino no futebol moderno”, no qual fui um dos preletores.
Antecipadamente, agradeço à organização pelo convite, aos participantes pela atenção
disponibilizada num feriado e com tempo chuvoso e aos meus colegas Paulo Paixão
e Paulo Duarte, pela partilha de experiências e de conhecimento (figura 1).
Seguidamente, exponho o conteúdo que redigi na preparação da sessão
teórico-prática efetuada. Torço para que seja de alguma forma útil para todos
os interessados na matéria.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4K2pDPfaoTfMyaOZBVNYqfHB6ackJerv2_O812aIL-RqZAsSZBzHyZoMYRqvztfLOuzB_pN5qvqTD1Dhh_A4GX_XTCZB0qkfYmXFdLwuV-Wl8V8O6dxgMX78M8698Uiq1twC_Kd_QUZ16WDlAWS8ZcpiqvSnXIyefpeS150t_yXLM516q2l8/s1339/Figura%201.%20Semana%20de%20Desporto%20do%20ISMAT%20(8-jun-2023).png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: arial;"><img border="0" data-original-height="1339" data-original-width="1336" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4K2pDPfaoTfMyaOZBVNYqfHB6ackJerv2_O812aIL-RqZAsSZBzHyZoMYRqvztfLOuzB_pN5qvqTD1Dhh_A4GX_XTCZB0qkfYmXFdLwuV-Wl8V8O6dxgMX78M8698Uiq1twC_Kd_QUZ16WDlAWS8ZcpiqvSnXIyefpeS150t_yXLM516q2l8/w638-h640/Figura%201.%20Semana%20de%20Desporto%20do%20ISMAT%20(8-jun-2023).png" width="638" /></span></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: arial;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%;">Figura 1.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%;"> Cartaz do 4.º dia da Semana
de Desporto do ISMAT, dedicado ao Treino Desportivo.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Introdução<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Há
alguns anos, o conceituado treinador português José Mourinho referiu que não
acreditava nos “treinos de conjunto” (i.e., situações de 11 versus 11 em campo
inteiro, ~100x65m), uma vez que se trata de tarefas de treino generalistas, que
pouco ou nada têm de específico, já que não permitem exacerbar os princípios
(ou subprincípios) do modelo de jogo a desenvolver </span><!--[if supportFields]><span
style='font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Arial",sans-serif'><span
style='mso-element:field-begin'></span><span
style='mso-spacerun:yes'> </span>ADDIN ZOTERO_ITEM CSL_CITATION
{"citationID":"Gauk0YnP","properties":{"formattedCitation":"(Oliveira
et al., 2006)","plainCitation":"(Oliveira et al.,
2006)","noteIndex":0},"citationItems":[{"id":51,"uris":["http://zotero.org/users/10670196/items/WBXALDST"],"itemData":{"id":51,"type":"book","event-place":"Lisboa","number-of-pages":"248","publisher":"Gradiva","publisher-place":"Lisboa","title":"Mourinho:
Porquê tantas
vitórias?","author":[{"family":"Oliveira","given":"Bruno"},{"family":"Amieiro","given":"Nuno"},{"family":"Resende","given":"Nuno"},{"family":"Barreto","given":"Ricardo"}],"issued":{"date-parts":[["2006"]]}}}],"schema":"https://github.com/citation-style-language/schema/raw/master/csl-citation.json"}
<span style='mso-element:field-separator'></span></span><![endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">(Oliveira et al., 2006)</span><!--[if supportFields]><span
style='font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Arial",sans-serif'><span
style='mso-element:field-end'></span></span><![endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">. Embora a observação
seja legítima e admissível, considerar que um “treino de conjunto” não
constitui uma tarefa específica é bastante arrojado e, sobretudo, contradiz o
pensamento sistemático empregue pelos professores Carlos Queiroz e Jorge
Castelo nas suas propostas para classificar os exercícios de treino no futebol </span><!--[if supportFields]><span
style='font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Arial",sans-serif'><span
style='mso-element:field-begin'></span><span
style='mso-spacerun:yes'> </span>ADDIN ZOTERO_ITEM CSL_CITATION
{"citationID":"55EAFF2M","properties":{"formattedCitation":"(Castelo,
2004; Queiroz, 1986)","plainCitation":"(Castelo, 2004;
Queiroz,
1986)","noteIndex":0},"citationItems":[{"id":53,"uris":["http://zotero.org/users/10670196/items/GCWAJU9Z"],"itemData":{"id":53,"type":"book","edition":"1.ª
Ed.","publisher":"Federação Portuguesa de
Futebol","title":"Estrutura e organização dos exercícios de
treino em
futebol","author":[{"family":"Queiroz","given":"Carlos"}],"issued":{"date-parts":[["1986"]]}}},{"id":24,"uris":["http://zotero.org/users/10670196/items/L3H546NS"],"itemData":{"id":24,"type":"book","event-place":"Cruz
Quebrada","language":"Portuguesa","publisher":"FMH
Edições","publisher-place":"Cruz
Quebrada","title":"Futebol - A organização dinâmica do
jogo","author":[{"family":"Castelo","given":"Jorge"}],"issued":{"date-parts":[["2004"]]}}}],"schema":"https://github.com/citation-style-language/schema/raw/master/csl-citation.json"}
<span style='mso-element:field-separator'></span></span><![endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">(Castelo, 2004; Queiroz, 1986)</span><!--[if supportFields]><span
style='font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Arial",sans-serif'><span
style='mso-element:field-end'></span></span><![endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Em
primeira instância, importa clarificar o princípio da “especificidade”. Depois,
há um outro princípio, proveniente da abordagem da Pedagogia Não Linear, que
nos poderá ajudar a desmistificar a noção avançada por Mourinho a propósito dos
“treinos de conjunto”; refiro-me ao princípio da “representatividade da tarefa”
</span><!--[if supportFields]><span style='font-size:12.0pt;line-height:150%;
font-family:"Arial",sans-serif'><span style='mso-element:field-begin'></span><span
style='mso-spacerun:yes'> </span>ADDIN ZOTERO_ITEM CSL_CITATION
{"citationID":"y28lIWUU","properties":{"formattedCitation":"(Chow,
2013; Deuker et al., 2023)","plainCitation":"(Chow, 2013;
Deuker et al.,
2023)","noteIndex":0},"citationItems":[{"id":54,"uris":["http://zotero.org/users/10670196/items/GHBW93TG"],"itemData":{"id":54,"type":"article-journal","abstract":"This
article provides a brief overview of the framework of nonlinear pedagogy and
evidence emanating from motor learning literature that underpins a nonlinear
pedagogical approach. In addition, challenges for nonlinear pedagogy and a
discussion on how nonlinear pedagogy support the work of physical education
(PE) teachers will be shared. Evidence from the increasing volume of work on
nonlinear learning from motor learning literature is used to suggest how
acquisition of movement skills is supported by nonlinearity. The emergence of
goal-directed behaviors is a consequence of the performer, environmental, and
task constraints. With a nonlinear pedagogy approach, the focus is on the
individual learner where opportunities for meaningful actions can be learnt.
Design principles based on representativeness, focus of attention, functional
variability, manipulation of constraints, and ensuring relevant
information-movement couplings can be delivered via pedagogical channels of
instructions, practices, and feedback to the learners. Importantly, this focus
on the individual sets the foundation for a developing nonlinear pedagogy
framework to enhance teaching in PE although the challenges are
non-trivial.","container-title":"Quest","DOI":"10.1080/00336297.2013.807746","ISSN":"0033-6297","issue":"4","note":"publisher:
Routledge\n_eprint:
https://doi.org/10.1080/00336297.2013.807746","page":"469-484","source":"Taylor
and Francis+NEJM","title":"Nonlinear learning underpinning
pedagogy: Evidence, challenges, and
implications","title-short":"Nonlinear Learning
Underpinning
Pedagogy","volume":"65","author":[{"family":"Chow","given":"Jia
Yi"}],"issued":{"date-parts":[["2013",10,1]]}}},{"id":56,"uris":["http://zotero.org/users/10670196/items/C7MFMUNI"],"itemData":{"id":56,"type":"article-journal","container-title":"International
Journal of Sports Science &
Coaching","DOI":"10.1177/174795412311727","title":"“Train
as you play”: Improving effectiveness of training in youth soccer
players","author":[{"family":"Deuker","given":"Albert"},{"family":"Braunstein","given":"Bjoern"},{"family":"Chow","given":"Jia<span
style='mso-spacerun:yes'> </span>Yi"},{"family":"Fichtl","given":"Maximilian"},{"family":"Kim","given":"Hyoek"},{"family":"Körner","given":"Swen"},{"family":"Rein","given":"Robert"}],"issued":{"date-parts":[["2023"]]}}}],"schema":"https://github.com/citation-style-language/schema/raw/master/csl-citation.json"}
<span style='mso-element:field-separator'></span></span><![endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">(Chow, 2013; Deuker et al., 2023)</span><!--[if supportFields]><span
style='font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Arial",sans-serif'><span
style='mso-element:field-end'></span></span><![endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">. Que princípios são
estes? São sinónimos?</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Comecemos
pela segunda questão: não são sinónimos, embora sejam muitas vezes confundidos
nos meandros do treino desportivo. Em última análise, uma má interpretação semântica
pode acarretar consequências negativas na estruturação da atividade prática. A
“especificidade” é um princípio do treino desportivo que sustenta que um exercício
deve, estrutural e funcionalmente, suscitar de modo integrado fatores técnicos,
táticos, físicos e psicossociais do desporto em questão </span><!--[if supportFields]><span
style='font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Arial",sans-serif'><span
style='mso-element:field-begin'></span><span
style='mso-spacerun:yes'> </span>ADDIN ZOTERO_ITEM CSL_CITATION
{"citationID":"1LlirSY5","properties":{"formattedCitation":"(Gray,
n.d.; Kasper, 2019)","plainCitation":"(Gray, n.d.; Kasper,
2019)","noteIndex":0},"citationItems":[{"id":63,"uris":["http://zotero.org/users/10670196/items/S848HDJZ"],"itemData":{"id":63,"type":"broadcast","collection-title":"The
Perception & Action
Podcast","dimensions":"00:28:14","language":"English","number":"426","title":"On
specificity, representative design and whether the game is always the best
teacher","URL":"https://perceptionaction.com/426/","author":[{"family":"Gray","given":"Rob"}],"accessed":{"date-parts":[["2023",5,3]]}}},{"id":57,"uris":["http://zotero.org/users/10670196/items/QTZ5I38B"],"itemData":{"id":57,"type":"article-journal","abstract":"An
abstract is unavailable.","container-title":"Current Sports
Medicine
Reports","DOI":"10.1249/JSR.0000000000000576","ISSN":"1537-8918","issue":"4","language":"en-US","page":"95","source":"journals.lww.com","title":"Sports
Training Principles","volume":"18","author":[{"family":"Kasper","given":"Korey"}],"issued":{"date-parts":[["2019",4]]}}}],"schema":"https://github.com/citation-style-language/schema/raw/master/csl-citation.json"}
<span style='mso-element:field-separator'></span></span><![endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">(Gray, n.d.; Kasper, 2019)</span><!--[if supportFields]><span
style='font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Arial",sans-serif'><span
style='mso-element:field-end'></span></span><![endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">. Isso significa que os
exercícios propostos na sessão de treino devem solicitar as ações e os sistemas
energéticos habitualmente estimulados em situação de jogo formal. Por seu
turno, a “representatividade da tarefa” é um princípio da Pedagogia Não Linear que
recomenda que os treinadores criem contextos de aprendizagem/treino nos quais os
aprendizes/jogadores exploram oportunidades de ação (<i>affordances</i>) e
procuram soluções de movimento esperados num dado contexto de desempenho, como,
por exemplo, no jogo </span><!--[if supportFields]><span style='font-size:12.0pt;
line-height:150%;font-family:"Arial",sans-serif'><span style='mso-element:field-begin'></span><span
style='mso-spacerun:yes'> </span>ADDIN ZOTERO_ITEM CSL_CITATION
{"citationID":"QOAAAcbr","properties":{"formattedCitation":"(Chow,
2013; Deuker et al., 2023; Gray, n.d.)","plainCitation":"(Chow,
2013; Deuker et al., 2023; Gray,
n.d.)","noteIndex":0},"citationItems":[{"id":54,"uris":["http://zotero.org/users/10670196/items/GHBW93TG"],"itemData":{"id":54,"type":"article-journal","abstract":"This
article provides a brief overview of the framework of nonlinear pedagogy and
evidence emanating from motor learning literature that underpins a nonlinear
pedagogical approach. In addition, challenges for nonlinear pedagogy and a
discussion on how nonlinear pedagogy support the work of physical education
(PE) teachers will be shared. Evidence from the increasing volume of work on
nonlinear learning from motor learning literature is used to suggest how
acquisition of movement skills is supported by nonlinearity. The emergence of
goal-directed behaviors is a consequence of the performer, environmental, and
task constraints. With a nonlinear pedagogy approach, the focus is on the
individual learner where opportunities for meaningful actions can be learnt.
Design principles based on representativeness, focus of attention, functional
variability, manipulation of constraints, and ensuring relevant
information-movement couplings can be delivered via pedagogical channels of
instructions, practices, and feedback to the learners. Importantly, this focus
on the individual sets the foundation for a developing nonlinear pedagogy
framework to enhance teaching in PE although the challenges are
non-trivial.","container-title":"Quest","DOI":"10.1080/00336297.2013.807746","ISSN":"0033-6297","issue":"4","note":"publisher:
Routledge\n_eprint:
https://doi.org/10.1080/00336297.2013.807746","page":"469-484","source":"Taylor
and Francis+NEJM","title":"Nonlinear learning underpinning
pedagogy: Evidence, challenges, and implications","title-short":"Nonlinear
Learning Underpinning Pedagogy","volume":"65","author":[{"family":"Chow","given":"Jia
Yi"}],"issued":{"date-parts":[["2013",10,1]]}}},{"id":56,"uris":["http://zotero.org/users/10670196/items/C7MFMUNI"],"itemData":{"id":56,"type":"article-journal","container-title":"International
Journal of Sports Science &
Coaching","DOI":"10.1177/174795412311727","title":"“Train
as you play”: Improving effectiveness of training in youth soccer
players","author":[{"family":"Deuker","given":"Albert"},{"family":"Braunstein","given":"Bjoern"},{"family":"Chow","given":"Jia<span
style='mso-spacerun:yes'>
</span>Yi"},{"family":"Fichtl","given":"Maximilian"},{"family":"Kim","given":"Hyoek"},{"family":"Körner","given":"Swen"},{"family":"Rein","given":"Robert"}],"issued":{"date-parts":[["2023"]]}}},{"id":63,"uris":["http://zotero.org/users/10670196/items/S848HDJZ"],"itemData":{"id":63,"type":"broadcast","collection-title":"The
Perception & Action
Podcast","dimensions":"00:28:14","language":"English","number":"426","title":"On
specificity, representative design and whether the game is always the best
teacher","URL":"https://perceptionaction.com/426/","author":[{"family":"Gray","given":"Rob"}],"accessed":{"date-parts":[["2023",5,3]]}}}],"schema":"https://github.com/citation-style-language/schema/raw/master/csl-citation.json"}
<span style='mso-element:field-separator'></span></span><![endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">(Chow, 2013; Deuker et al., 2023; Gray, n.d.)</span><!--[if supportFields]><span
style='font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Arial",sans-serif'><span
style='mso-element:field-end'></span></span><![endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A
tabela 1 sintetiza, do ponto de vista didático, os conceitos dos princípios da “especificidade
e da “representatividade”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%;">Tabela
1.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%;">
Clarificação conceptual dos princípios da “especificidade” e da
“representatividade na tarefa” aplicados ao treino no futebol moderno.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjylHBljT1CiKxAEgERwiTdQtd7ld1b9gyn3jEKuHwri0utZDnrAho27Yqy1JbQqbm-bmHhueHpurCIL4zBmh_1ptlkqIuMLnKdopy1B7XdVzxdBaGyMYVLcW3KC5sg0RfjhRoUb8xoMzWbuFvCPq9J2DYS9_qccikkdnTQ3mrfwxyEIuhIFzg/s1343/Tabela%201.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: arial;"><img border="0" data-original-height="399" data-original-width="1343" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjylHBljT1CiKxAEgERwiTdQtd7ld1b9gyn3jEKuHwri0utZDnrAho27Yqy1JbQqbm-bmHhueHpurCIL4zBmh_1ptlkqIuMLnKdopy1B7XdVzxdBaGyMYVLcW3KC5sg0RfjhRoUb8xoMzWbuFvCPq9J2DYS9_qccikkdnTQ3mrfwxyEIuhIFzg/w661-h196/Tabela%201.png" width="661" /></span></a></div><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">De
acordo com estas definições, um “treino de conjunto” é um exercício específico,
pois apresenta um grau de semelhança tremendo com o jogo formal. No entanto, se
recordarmos a constatação de Mourinho, entendemos que pode não recriar
características-chave passíveis de ser encontradas num determinado contexto de
desempenho ou de aprendizagem. Portanto, um exercício com elevado grau de “especificidade”
não é necessariamente o mais representativo.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">O
principal objetivo desta sessão teórico-prática é explicar como é que estes
princípios podem ser ponderados, de forma a estabelecer uma relação de complementaridade
entre eles no design e na gestão de tarefas práticas, tomando em consideração
as exigências do treino no futebol contemporâneo. Para o efeito, serão propostas
duas situações-problema fictícias, mas que pretendem reproduzir alguns problemas
com que os treinadores se deparam ao longo da época desportiva, incluindo a
conceção do processo de treino a partir da avaliação que é feita após compromissos
competitivos. Atualmente, as evidências científicas apontam claramente num
sentido: exercícios altamente específicos e representativos facilitam a
transferência de comportamentos e de competências do treino para o contexto de
desempenho, independentemente da idade e do nível de prática </span><!--[if supportFields]><span
style='font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Arial",sans-serif'><span
style='mso-element:field-begin'></span><span
style='mso-spacerun:yes'> </span>ADDIN ZOTERO_ITEM CSL_CITATION
{"citationID":"2yrXFI8R","properties":{"formattedCitation":"(Davids
et al., 2013; Deuker et al., 2023; Pr\\uc0\\u225{}xedes et al.,
2018)","plainCitation":"(Davids et al., 2013; Deuker et
al., 2023; Práxedes et al.,
2018)","noteIndex":0},"citationItems":[{"id":56,"uris":["http://zotero.org/users/10670196/items/C7MFMUNI"],"itemData":{"id":56,"type":"article-journal","container-title":"International
Journal of Sports Science &
Coaching","DOI":"10.1177/174795412311727","title":"“Train
as you play”: Improving effectiveness of training in youth soccer
players","author":[{"family":"Deuker","given":"Albert"},{"family":"Braunstein","given":"Bjoern"},{"family":"Chow","given":"Jia<span
style='mso-spacerun:yes'>
</span>Yi"},{"family":"Fichtl","given":"Maximilian"},{"family":"Kim","given":"Hyoek"},{"family":"Körner","given":"Swen"},{"family":"Rein","given":"Robert"}],"issued":{"date-parts":[["2023"]]}}},{"id":64,"uris":["http://zotero.org/users/10670196/items/XLDL4Q3J"],"itemData":{"id":64,"type":"article-journal","abstract":"This
article summarizes research from an ecological dynamics program of work on team
sports exemplifying how small-sided and conditioned games (SSCG) can enhance
skill acquisition and decision-making processes during training. The data
highlighted show how constraints of different SSCG can facilitate emergence of
continuous interpersonal coordination tendencies during practice to benefit
team game players.","container-title":"Exercise and Sport
Sciences
Reviews","DOI":"10.1097/JES.0b013e318292f3ec","ISSN":"0091-6331","issue":"3","language":"en-US","page":"154","source":"journals.lww.com","title":"How
small-sided and conditioned games enhance acquisition of movement and
decision-making
skills","volume":"41","author":[{"family":"Davids","given":"Keith"},{"family":"Araújo","given":"Duarte"},{"family":"Correia","given":"Vanda"},{"family":"Vilar","given":"Luís"}],"issued":{"date-parts":[["2013",7]]}}},{"id":69,"uris":["http://zotero.org/users/10670196/items/8MZV76DP"],"itemData":{"id":69,"type":"article-journal","abstract":"The
aim of this study was to analyze the effect of a teaching program, based on
Non-Linear Pedagogy, on decision-making and performance in youth soccer players
as a function of the type of play action. Our participants were 19 players from
the U12 age category. The teaching program, which was based on the application
of modified games characterized by a numerical superiority in attack, was used
for 14 training sessions. This program was conducted in two phases
(preparation-for-intervention and intervention). Decision-making and execution
for pass and dribbling actions were evaluated through the Game Performance
Evaluation Tool. The results showed significant differences in favour of the
experimental group in decision-making (p < .000) and the execution of passes
(p = .003) after the intervention. However, such differences were not found for
dribbling (decision-making, p = .402 and execution, p = .143). These findings
demonstrate the effectiveness of this type of program for teaching actions with
a high tactical component, such as the pass, and a different approach must be
considered in actions with a high technical component, such as dribbling. It is
necessary to continue developing studies in this line to clarify these
issues.","container-title":"Journal of Human
Kinetics","DOI":"10.1515/hukin-2017-0169","ISSN":"1640-5544","journalAbbreviation":"J
Hum Kinet","note":"PMID: 29922390\nPMCID:
PMC6006529","page":"185-198","source":"PubMed
Central","title":"The impact of nonlinear pedagogy on
decision-making and execution in uouth soccer players according to game
actions","volume":"62","author":[{"family":"Práxedes","given":"Alba"},{"family":"Del
Villar","given":"Fernando"},{"family":"Pizarro","given":"David"},{"family":"Moreno","given":"Alberto"}],"issued":{"date-parts":[["2018",6,13]]}}}],"schema":"https://github.com/citation-style-language/schema/raw/master/csl-citation.json"}
<span style='mso-element:field-separator'></span></span><![endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">(Davids et al., 2013; Deuker et al., 2023;
Práxedes et al., 2018)</span><!--[if supportFields]><span
style='font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Arial",sans-serif'><span
style='mso-element:field-end'></span></span><![endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Situação-problema
n.º 1<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%;">1.1.
Contexto situacional<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Uma
equipa Sub-19 ascendeu à II Divisão Nacional e entrou recentemente no período
competitivo, perdendo o primeiro jogo da fase regular por 3-0 na condição de
visitante. A equipa técnica registou como prioridade melhorar a etapa de
construção a partir do guarda-redes, pois, no jogo anterior, os jogadores
recorreram muitas vezes a passes longos e perderam invariavelmente os duelos
aéreos e as segundas bolas daí resultantes. Adicionalmente, as avaliações
individual e coletiva realizadas na pré-época deram garantias para a aplicação
de um método de jogo posicional, embora a confiança dos jogadores esteja algo
abalada. Assim, para a primeira sessão do microciclo seguinte, foram definidos
dois objetivos: (<b>1</b>) desenvolver a etapa de construção, a partir de
pontapé de baliza, em condições de pressão defensiva adversária em posições avançadas,
sendo de antever que a equipa oponente jogue em 1-4-2-3-1; (<b>2</b>) fomentar
a confiança dos jogadores na circulação de bola, a fim de encontrarem espaços
livres para progredir em direção às zonas intermédias do terreno de jogo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 125%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 125%;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 125%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 125%;">1.2.
Exercício de treino<o:p></o:p></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBOl5F4lOGg4L3dYNHc9cYMY95QS9l8UkaKsjKsyarXCOSIC6S95R1LiC4LM6kyyBxG5f6NqRI3bxfaKm3385CUYVg3khZm4D9PJ5z_XNsP56B28kF6FicPkYrLp7NkN785GaFTPpOhO96hK6YPz0-0DNyzuQTwvlsrbVHxsUCY5lV1V6E234/s2358/JRC%20Gr+5v4%20(40x65m)%20Org.%20Ofensiva%20(pontap%C3%A9s%20de%20baliza).jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: arial;"><img border="0" data-original-height="1246" data-original-width="2358" height="338" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBOl5F4lOGg4L3dYNHc9cYMY95QS9l8UkaKsjKsyarXCOSIC6S95R1LiC4LM6kyyBxG5f6NqRI3bxfaKm3385CUYVg3khZm4D9PJ5z_XNsP56B28kF6FicPkYrLp7NkN785GaFTPpOhO96hK6YPz0-0DNyzuQTwvlsrbVHxsUCY5lV1V6E234/w640-h338/JRC%20Gr+5v4%20(40x65m)%20Org.%20Ofensiva%20(pontap%C3%A9s%20de%20baliza).jpg" width="640" /></span></a></b></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 10pt; line-height: 150%;"></span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: arial;"><b style="font-size: 10pt;"><span style="font-size: 10pt; line-height: 150%;">Figura 2.</span></b><span style="font-size: 10pt; line-height: 150%;"> Representação esquemática do
jogo reduzido/condicionado Gr+5v4, que visa a resolução das lacunas
identificadas na situação-problema n.º 1.</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><u>Características
estruturais</u></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><ul><li style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b style="text-indent: -18pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Relação
numérica</span></b><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">: Gr+5v4, i.e. 1 guarda-redes + 2 defesas laterais (2 e 5),
2 defesas centrais (3 e 4) e 1 médio defensivo (6) azuis Versus 1 avançado (9),
2 médios ala (7 e 11) e 1 médio ofensivo (10) brancos.</span></span></li><li style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b style="text-indent: -18pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Espaço</span></b><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">: 40 x
65 m (260 m<sup>2</sup> por jogador)</span></span></li><li style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b style="text-indent: -18pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Duração</span></b><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">: 2 x
6’ (1’ recuperação passiva)</span></span></li><li style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b style="text-indent: -18pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Regras/condições</span></b><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">: (<b>1</b>)
equipa <u>azul</u> finaliza numa das 3 mini balizas colocadas na zona
intermédia (40m); (<b>2</b>) se a equipa <u>azul</u> circular a bola pelos 3
corredores de jogo, o golo numa das mini balizas vale a dobrar; (<b>3</b>)
equipa <u>branca</u>, em inferioridade, tem de pressionar para recuperar a bola
e, após fazê-lo, deve finalizar, no máximo, em 15 segundos; (<b>4</b>) quando
há infração, a bola sai do terreno de jogo ou o tempo limite para finalizar é
excedido, o jogo reinicia pela equipa azul através de pontapé de baliza.</span><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></b></span></li></ul><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><u>Critério
de êxito</u></span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">:<b> </b>Em cada 6 minutos de exercício, a equipa <u>azul</u>
deve introduzir a bola nas mini balizas, no mínimo, 4 vezes.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><u>Planeamento</u></span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">: (<b>1</b>)
sessão de treino – incluir na Parte Fundamental, imediatamente após a Parte
Preparatória; (<b>2</b>) microciclo – incluir na sessão de segunda-feira, tendo
jogo oficial ao sábado (-5 dias).<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><u>Materiais</u></span></b><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">:</span>
<span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">1
baliza Fut11; 3 mini balizas; sinalizadores; 5 coletes azuis; 13 bolas T5.</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-GB;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%;">1.3.
Análise do exercício de treino: Aplicação dos princípios da “especificidade” e
da “representatividade da tarefa”<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Tendo
em consideração as lacunas identificadas em competição urge, por um lado,
encorajar comportamentos exploratórios e soluções de movimento associados à
etapa de construção de jogo, em particular, a partir de zonas mais defensivas e
envolvendo o guarda-redes. Por outro lado, é crucial estimular a confiança dos
jogadores na relação com a bola e na criação de sinergias com os companheiros
de equipa que jogam nas imediações.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Uma
vez que o recurso ao passe longo se revelou infrutífero e desajustado em função
das características dos jogadores, a tarefa proposta visa fomentar a adoção do
método de jogo posicional, sem, contudo, prescrever ou instruir soluções <i>a
priori</i>. A superioridade numérica da equipa azul permite que surjam
oportunidades de ação suficientes para a obtenção de sucesso no exercício, o
que concorre para a melhoria da confiança dos jogadores na circulação de bola
em zonas mais recuadas do campo.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O
princípio da “especificidade” ficou salvaguardado pela estrutura sugerida, que
inclui todos os elementos que dão forma ao jogo de futebol: espaço, tempo,
bola, cooperação, oposição, direcionalidade (baliza(s) para atacar e para
defender), resultado e finalidades estratégico-táticas. A “representatividade
da tarefa” foi equacionada articulando os comportamentos pretendidos com a
estrutura e os princípios preconizados no modelo de jogo da equipa (e.g.,
1-4-3-3, privilegiando o método posicional, com atração da equipa adversária a
um corredor lateral para gerar espaço de progressão noutro corredor de jogo),
mas também inserindo a presumível zona pressionante adversária num dispositivo
tático 1-4-2-3-1. Caso haja mais particularidades conhecidas dos oponentes
(e.g., médio-ala esquerdo, n.º 11, menos diligente nos comportamentos defensivos
de pressão), podemos acrescentar condicionantes para incentivar a criação de
espaço de progressão pelo corredor direito (i.e., golo na mini baliza direita duplica
a pontuação vigente).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Situação-problema
n.º 2<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%;">2.1.
Contexto situacional<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Numa
fase adiantada do período competitivo, a equipa Sub-19 disputa a fase de
manutenção da II Divisão Nacional e encontra-se confortável do ponto de vista
pontual. Na próxima jornada vai defrontar, fora, uma equipa adversária que está
com mais um ponto na tabela classificativa. Os oponentes também jogam
usualmente num 1-4-3-3, mas privilegiam ações mais verticais, sendo
contundentes nos métodos de ataque rápido e contra-ataque. A preocupação da
equipa técnica fixa-se nos momentos de transição defensiva, pois tem havido
alguma passividade na reação à perda da bola, quer para pressionar os
adversários no centro de jogo, quer para recuperar posições e garantir o
equilíbrio defensivo. Os objetivos para a segunda sessão do microciclo (quarta-feira)
passam por: (<b>1</b>) melhorar a reação à perda da posse de bola, pressionando
os jogadores contrários longe da própria baliza e evitando a progressão rápida
no espaço; (<b>2</b>) potenciar comportamentos de recuperação defensiva para manter
a última linha intacta e organizada aquando da invasão do terço defensivo por
parte dos adversários.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%;">2.2.
Exercício de treino</span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEPpWcpg1sDp24-CvtybCs1_naPGnBLy9eHfGU-AP7ItW0YxnvbBc0gnjW3bo6Z6GBK1LcCmd6qRKCv6_7nzqArLOG-4pdiKfcRs5QBZtA481nTJM37tTnK5BytMqSGWM3vW-8dKWIK6Tm6iElqQc8qSftvhoB988biwKKL2QUfmY89Zh7beE/s2358/JRC%20Gr+8v8+Gr%20(60x65m)%202%20setores.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: arial;"><img border="0" data-original-height="1352" data-original-width="2358" height="366" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEPpWcpg1sDp24-CvtybCs1_naPGnBLy9eHfGU-AP7ItW0YxnvbBc0gnjW3bo6Z6GBK1LcCmd6qRKCv6_7nzqArLOG-4pdiKfcRs5QBZtA481nTJM37tTnK5BytMqSGWM3vW-8dKWIK6Tm6iElqQc8qSftvhoB988biwKKL2QUfmY89Zh7beE/w640-h366/JRC%20Gr+8v8+Gr%20(60x65m)%202%20setores.jpg" width="640" /></span></a></b></div><p></p><div class="WordSection1"><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: arial;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%;">Figura 3.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%;"> Representação esquemática do
jogo reduzido/condicionado Gr+8v8+Gr, concebido para resolver os problemas
referidos na situação-problema n.º 2.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><u>Características
estruturais</u></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><ul><li style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b style="text-indent: -18pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Relação
numérica</span></b><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">: Gr+8v8+Gr, i.e. 1 guarda-redes (1) + 2 defesas laterais
(2 e 5), 2 defesas centrais (3 e 4), 1 médio ofensivo (8), 2 extremos (7 e 11)
e 1 ponta de lança (9) azuis Versus 1 ponta de lança (9), 2 extremos (7 e 11),
1 médio ofensivo (10), 2 defesas centrais (3 e 4) e 2 defesas laterais (2 e 5)
brancos.</span></span></li><li style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b style="text-indent: -18pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Espaço</span></b><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">: 60 x
65 m (217,7 m<sup>2</sup> por jogador)</span></span></li><li style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b style="text-indent: -18pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Duração</span></b><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">: 2 x
10’ (2’ recuperação passiva)</span></span></li><li style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b style="text-indent: -18pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Regras/condições</span></b><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: -18pt;">: (<b>1</b>)
Gr, laterais e centrais jogam apenas no setor defensivo, e médio ofensivo,
extremos e ponta de lança jogam só no setor ofensivo; (<b>2</b>) em posse de
bola, 1 defesa pode entrar no setor ofensivo para criar superioridade numérica;
(<b>3</b>) os jogadores do setor ofensivo podem entrar no espaço intermédio
(2m) para receber a bola e virar sem pressão; (<b>4</b>) golo sofrido com o
setor defensivo desorganizado vale a dobrar.</span> </span></li></ul><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><u>Critérios
de êxito</u></span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">:<b> </b>(<b>1</b>) a cada 5 recuperações de bola, duas
devem ocorrer no meio-campo ofensivo; (<b>2</b>) no máximo, cada equipa sofre 1
golo com o quarteto defensivo (re)organizado.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><u>Planeamento</u></span></b><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">: (<b>1</b>)
sessão de treino – incluir na Parte Fundamental; (<b>2</b>) microciclo – incluir
na sessão de quarta-feira, tendo jogo oficial ao sábado (-3 dias).</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><u>Materiais</u></span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">:</span>
<span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">2
balizas Fut11; sinalizadores; 8 coletes azuis; 13 bolas T5.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-GB;"> </span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%;">2.3.
Análise do exercício de treino: Aplicação dos princípios da “especificidade” e
da “representatividade da tarefa”<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">De
maneira a estimular comportamentos céleres e adequados nos momentos de
transição defensiva, foi elaborado um jogo reduzido/condicionado dividido em
dois meios-campos. As condicionantes estruturais propostas visaram dar resposta
aos dois objetivos supramencionados. No meio-campo ofensivo, a intenção é evitar
a rápida progressão dos oponentes mediante uma forte pressão sobre o portador
da bola e espaço envolvente (centro de jogo), por forma a “fechar” as linhas de
passe mais próximas. No meio-campo defensivo, o objetivo é encorajar uma
recuperação defensiva célere e uma reorganização eficaz do quarteto defensivo.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Em
posse de bola, um dos elementos do setor defensivo deve avançar para o
meio-campo ofensivo para criar superioridade numérica (5v4+Gr). Esta condição
não visa exclusivamente o sucesso do processo ofensivo, mas sim estimular a
recuperação posicional, a reorganização coletiva e a forte reação à perda da
bola. Se a superioridade numérica ditar fases ofensivas longas (ataque
posicional), podemos introduzir um tempo limite para as equipas finalizarem o
processo ofensivo (e.g., 15 segundos).</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">A
estrutura do exercício inclui todos os elementos do jogo formal, o que dota a situação
de elevada “especificidade”. No sentido de aumentar o nível de
“representatividade da tarefa”, procurou-se preservar algumas dinâmicas
setoriais e intersectoriais, em 1-4-3-3, que constam no modelo de jogo, em
particular, para o momento da transição defensiva. Como é expectável que a
equipa oponente também jogue no mesmo dispositivo tático, foram propostas as
mesmas relações numéricas nos dois meios-campos. A possibilidade de a equipa
atacante explorar a superioridade numérica no meio-campo ofensivo permite
replicar a verticalidade identificada como ponto forte no jogo ofensivo adversário.
Além disso, a tarefa assegura que o <i>continuum</i> de fases e momentos de jogo
ocorra de forma cíclica, proporcionando que os jogadores produzam processos de
coadaptação em permanência. Não convém ignorar que os imponderáveis e a
aleatoriedade também têm o seu papel no jogo de futebol </span><!--[if supportFields]><span
style='font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Arial",sans-serif'><span
style='mso-element:field-begin'></span><span
style='mso-spacerun:yes'> </span>ADDIN ZOTERO_ITEM CSL_CITATION
{"citationID":"xrPn0WiD","properties":{"formattedCitation":"(Wunderlich
et al., 2021)","plainCitation":"(Wunderlich et al.,
2021)","noteIndex":0},"citationItems":[{"id":72,"uris":["http://zotero.org/users/10670196/items/X25XDI2K"],"itemData":{"id":72,"type":"article-journal","abstract":"Performance
analysis in football predominantly focuses on systematic contributions to success,
thus neglecting the role of randomness. The present paper pursues a direct
approach to quantify and analyse randomness in football by identifying random
influences in the goal scoring process. The dataset includes all matches from
the seasons 12/13 to 18/19 of the English Premier League, adding up to a total
of 7,263 goals, that were checked for the occurrence of six variables of random
influence. Additionally, the influence of nine situational var</span><span
lang=EN-GB style='font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Arial",sans-serif;
mso-ansi-language:EN-GB'>iables was investigated. Results show that randomness was
present for almost 50% of all goals. Moreover, it was demonstrated that the
proportion of random goals decreased over the seven seasons (p < .001), is
more pronounced for weaker teams (p < .05) as well as if the current
scoreline is a draw (p < .05) and depends on the match situation (open play,
freekick, corner, penalty). An improved understanding of randomness in football
has important implications for both researchers and practitioners. Performance
analysts should acknowledge randomness as a crucial factor to distinguish
clearly between performance and success. Coaches could even consider the
conscious creation of uncontrollable situations as a possible tactic to provoke
random influences on goal scoring.","container-title":"Journal
of Sports Sciences","DOI":"10.1080/02640414.2021.1930685","ISSN":"0264-0414","issue":"20","note":"publisher:
Routledge\n_eprint: https://doi.org/10.1080/02640414.2021.1930685\nPMID:
34024249","page":"2322-2337","source":"Taylor
and Francis+NEJM","title":"The influence of randomness on
goals in football decreases over time. An empirical analysis of randomness
involved in goal scoring in the English Premier
League","volume":"39","author":[{"family":"Wunderlich","given":"Fabian"},{"family":"Seck","given":"Alessandro"},{"family":"Memmert","given":"Daniel"}],"issued":{"date-parts":[["2021",10,18]]}}}],"schema":"https://github.com/citation-style-language/schema/raw/master/csl-citation.json"}
</span><span style='font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Arial",sans-serif'><span
style='mso-element:field-separator'></span></span><![endif]--><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-GB; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">(Wunderlich et al., 2021)</span><!--[if supportFields]><span
style='font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Arial",sans-serif'><span
style='mso-element:field-end'></span></span><![endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-family: arial; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-GB;">Referências<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoBibliography" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><!--[if supportFields]><span style='font-size:12.0pt;
line-height:150%;font-family:"Arial",sans-serif'><span style='mso-element:field-begin'></span></span><span
lang=EN-GB style='font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Arial",sans-serif;
mso-ansi-language:EN-GB'><span style='mso-spacerun:yes'> </span>ADDIN
ZOTERO_BIBL
{"uncited":[],"omitted":[],"custom":[]}
CSL_BIBLIOGRAPHY </span><span style='font-size:12.0pt;line-height:150%;
font-family:"Arial",sans-serif'><span style='mso-element:field-separator'></span></span><![endif]--><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-GB; mso-font-kerning: 0pt;">Castelo, J. (2004). <i>Futebol—A
organização dinâmica do jogo</i>. FMH Edições.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoBibliography" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-GB; mso-font-kerning: 0pt;">Chow,
J. Y. (2013). Nonlinear learning underpinning pedagogy: Evidence, challenges,
and implications. <i>Quest</i>, <i>65</i>(4), 469–484.
https://doi.org/10.1080/00336297.2013.807746<o:p></o:p></span></p><p class="MsoBibliography" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-GB; mso-font-kerning: 0pt;">Davids,
K., Araújo, D., Correia, V., & Vilar, L. (2013). How small-sided and
conditioned games enhance acquisition of movement and decision-making skills. <i>Exercise
and Sport Sciences Reviews</i>, <i>41</i>(3), 154.
https://doi.org/10.1097/JES.0b013e318292f3ec<o:p></o:p></span></p><p class="MsoBibliography" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-GB; mso-font-kerning: 0pt;">Deuker,
A., Braunstein, B., Chow, J. Y., Fichtl, M., Kim, H., Körner, S., & Rein,
R. (2023). “Train as you play”: Improving effectiveness of training in youth
soccer players. <i>International Journal of Sports Science & Coaching</i>.
https://doi.org/10.1177/174795412311727<o:p></o:p></span></p><p class="MsoBibliography" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-GB; mso-font-kerning: 0pt;">Gray,
R. (n.d.). <i>On specificity, representative design and whether the game is always
the best teacher</i> (No. 426). Retrieved 3 May 2023, from
https://perceptionaction.com/426/<o:p></o:p></span></p><p class="MsoBibliography" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-GB; mso-font-kerning: 0pt;">Kasper,
K. (2019). Sports Training Principles. <i>Current Sports Medicine Reports</i>, <i>18</i>(4),
95. https://doi.org/10.1249/JSR.0000000000000576<o:p></o:p></span></p><p class="MsoBibliography" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-GB; mso-font-kerning: 0pt;">Oliveira,
B., Amieiro, N., Resende, N., & Barreto, R. (2006). <i>Mourinho: Porquê
tantas vitórias?</i> Gradiva.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoBibliography" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-GB; mso-font-kerning: 0pt;">Práxedes,
A., Del Villar, F., Pizarro, D., & Moreno, A. (2018). The impact of
nonlinear pedagogy on decision-making and execution in uouth soccer players
according to game actions. <i>Journal of Human Kinetics</i>, <i>62</i>,
185–198. https://doi.org/10.1515/hukin-2017-0169<o:p></o:p></span></p><p class="MsoBibliography" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-GB; mso-font-kerning: 0pt;">Queiroz,
C. (1986). </span><i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-font-kerning: 0pt;">Estrutura e organização dos exercícios
de treino em futebol</span></i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-font-kerning: 0pt;"> (1.<sup>a</sup> Ed.).
Federação Portuguesa de Futebol.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%;">
<!--[if supportFields]><span style='font-size:12.0pt;line-height:107%;
font-family:"Arial",sans-serif;mso-fareast-font-family:Calibri;mso-fareast-theme-font:
minor-latin;mso-ansi-language:PT;mso-fareast-language:EN-US;mso-bidi-language:
AR-SA'><span style='mso-element:field-end'></span></span><![endif]--></span></p><p class="MsoBibliography" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-font-kerning: 0pt;">Wunderlich, F., Seck, A., &
Memmert, D. (2021). </span><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-GB; mso-font-kerning: 0pt;">The influence of randomness on goals in football decreases over time. An
empirical analysis of randomness involved in goal scoring in the English
Premier League. </span><i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-font-kerning: 0pt;">Journal of Sports Sciences</span></i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-font-kerning: 0pt;">, <i>39</i>(20), 2322–2337.
https://doi.org/10.1080/02640414.2021.1930685</span></span></p><p class="MsoBibliography" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-font-kerning: 0pt;"><br /></span></p><p class="MsoBibliography" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-family: arial; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-font-kerning: 0pt;"><b>Nota final</b>: Descarregar ficheiro original <b><a href="https://www.researchgate.net/publication/371388056_Complementaridade_dos_principios_da_especificidade_e_da_representatividade_no_treino_de_futebol_Resolucao_de_duas_situacoes-problema" target="_blank">aqui</a></b>. Almeida, C. H. (2023, 8 de junho). <i>Complementaridade dos princípios da "especificidade" e da "representatividade" no treino de futebol: Resolução de duas situações-problema</i> [Workshop]. Semana de Desporto do ISMAT, Portimão. DOI: 10.13140/RG.2.2.17184.56329/1</span></p></div><p></p>Carlos Humberto Almeidahttp://www.blogger.com/profile/09636379308994650864noreply@blogger.com08500 Portimão, Portugal37.13617 -8.53769268.8259361638211544 -43.6939426 65.446403836178845 26.6185574tag:blogger.com,1999:blog-21248517.post-37206609621042504672023-05-29T21:21:00.000+01:002023-05-29T21:21:28.174+01:00Artigo do mês #41 – maio 2023 | “Treina como jogas”: Melhorar a eficácia do treino com jovens praticantes de futebol<p style="text-align: justify;"> <b style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Nota prévia</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-align: justify;">: O artigo
científico alvo da presente síntese foi selecionado em função dos seguintes
critérios: (<b>1</b>) publicado numa revista científica internacional com
revisão de pares; (<b>2</b>) publicado no último trimestre; (<b>3</b>)
associado a um tema que considere pertinente no âmbito das Ciências do
Desporto.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">- 41 -<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Autores<a name="_Hlk100579888">:</a></span></b><span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Deuker, A.,
Braunstein, B., Chow, J. Y., Fichtl, M., Kim, H., Körner, S., & Rein, R.<o:p></o:p></span></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">País:</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Alemanha<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Data de publicação: </span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">11-maio-2023<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Título:</span></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> <a name="_Hlk106996253">“Train
as you play”: Improving effectiveness of training in youth soccer players<o:p></o:p></a></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk106996253;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Referência:</span></b><span lang="EN-GB"> </span><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Deuker,
A., Braunstein, B., Chow, J. Y., Fichtl, M., Kim, H., Körner, S., & Rein,
R. (2023). “Train as you play”: Improving effectiveness of training in youth
soccer players. <i>International Journal of Sports Science & Coaching</i>, 1–10.
Advanced online publication. https://doi.org/10.1177/17479541231172702</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNFaCdh_xKw2hZYPCDtSMaOIVb1_gnjkmXiYRiG0XRXRZk_x5z9e_ttpnSRtE8qS81N1O8L7JDZsuKBRuRTJQViZIGHYu2YSGiSoItv26Wc6psenCDOR0Qd97RTxm_ET6uxfntIve_Q-udDHdwX5w2jw_60a_5S2-T2uJn5R-0Tcogcskcg5w/s1370/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2041%20-%20maio%202023%20(1).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="454" data-original-width="1370" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNFaCdh_xKw2hZYPCDtSMaOIVb1_gnjkmXiYRiG0XRXRZk_x5z9e_ttpnSRtE8qS81N1O8L7JDZsuKBRuRTJQViZIGHYu2YSGiSoItv26Wc6psenCDOR0Qd97RTxm_ET6uxfntIve_Q-udDHdwX5w2jw_60a_5S2-T2uJn5R-0Tcogcskcg5w/w640-h212/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2041%20-%20maio%202023%20(1).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 1.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Informações editoriais do artigo do mês 41 – maio de 2023.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Apresentação do problema<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A perspetiva tradicional da
aquisição de habilidades no desporto sustenta que é necessária uma prática
deliberada extensa para que se alcance a perícia na execução de uma habilidade
específica (Ericsson, 1993). A investigação no âmbito da Psicologia Cognitiva
apoia a noção de que, em treino, os programas motores de reduzida complexidade
devem ser, primeiramente, otimizados e automatizados e, subsequentemente,
associados a tarefas de movimento mais complexas, tais como as que ocorrem em
situações jogadas (Davids et al., 1994). O professor/instrutor é a figura
autoritária que detém o conhecimento absoluto sobre as soluções de movimento
ideais e que são prescritas aos aprendizes por meio de instrução e feedback (Woods
et al., 2000). Na generalidade, os jogadores passam, inicialmente, por uma fase
de prática descontextualizada repetida para adquirir ações técnicas e só depois
aplicam essas técnicas em jogo, visando o desenvolvimento da destreza e da
tomada de decisão. O problema é que, numa sessão de treino, apenas são habitualmente
dedicados os últimos 10/15 minutos a atividades contextualizadas (Memmert et
al., 2010).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Pedagogia Não Linear<o:p></o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Ao invés, a Pedagogia Não
Linear é uma abordagem pedagógica, suportada pela Dinâmica Ecológica (Duarte et
al., 2009), que estimula a aprendizagem através da exploração e da adaptação
individualizada de soluções de movimento (Chow et al., 2011, 2016; Davids et
al., 2021). Os aprendizes são encarados como sistemas dinâmicos não lineares
cujo comportamento resulta da interação constante entre o organismo e o seu
ambiente. Segundo esta abordagem, as soluções de movimento emergem de processos
de auto-organização, tendo em consideração 5 princípios fundamentais (Correia
et al., 2012):<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Princípio da
variabilidade adaptativa</span></u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: os sistemas
biológicos exploram o contexto de aprendizagem e adaptam o seu comportamento em função dos constrangimentos com que se deparam;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">· </span></span><u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Princípio da
manipulação de constrangimentos</span></u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: os
treinadores manipulam os constrangimentos da tarefa, de modo a orientar (guiar)
as ações dos aprendizes numa determinada direção;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Princípio do design
representativo</span></u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: os treinadores criam
contextos de aprendizagem nos quais os jogadores procuram soluções de movimento
e exploram oportunidades de ação (<i>affordances</i>) presentes num contexto
específico de desempenho;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Princípio da
definição de objetivos</span></u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: os treinadores
guiam os jogadores numa “paisagem” de oportunidades de ação, sem prescrever as
soluções de movimento que o indivíduo deve explicitamente adquirir;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Princípio da
simplificação da tarefa</span></u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: esta estrutura
teórica pressupõe a conceção de jogos competitivos representativos (e.g., jogos
reduzidos/condicionados), em vez de atividades práticas descontextualizadas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Embora esta abordagem
ecológica para a aquisição de habilidades tenha ganhado alguma força na
literatura científica do desporto, a sua adoção em contextos práticos para
substituir programas de treino mais tradicionais permanece um pouco
negligenciada (Williams et al., 2017). Um dos tipos de atividades que parece
adequar-se mais aos propósitos da Pedagogia Não Linear é o <i>jogo
reduzido/condicionado</i>. Na atualidade, estas atividades são frequentemente
introduzidas em programas de treino, ainda que, no <i>continuum</i> da
aquisição de habilidades, não pareçam substituir a quantidade substancial de
ensaios repetidos do movimento presente em exercícios analíticos (Chow et al.,
2019; Ribeiro et al., 2021).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Em termos de intervenção científica,
Práxedes et al. (2018) investigaram os efeitos da aplicação de uma abordagem de
Pedagogia Não Linear, através de jogos modificados, na promoção de ações
ofensivas em jogadores de futsal Sub-16. Um grupo cumpriu 14 sessões de treino
de jogos de futsal modificados, enquanto o grupo de controlo foi instruído
mediante uma metodologia de desenvolvimento técnico. Após as 14 semanas de
intervenção, os resultados mostraram que, contrastando com o grupo de treino
técnico, o grupo da Pedagogia Não Linear melhorou significativamente na tomada
de decisão e na performance de passe, evidenciando a existência de vantagens na
implementação de atividades de treino representativas, em testes protocolares
jogados (Almeida et al., 2013; Práxedes et al., 2018).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Testes de futebol<o:p></o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">No estudo supramencionado,
Práxedes et al. (2018) utilizaram um teste protocolar em jogo, porém, os
procedimentos de testagem no futebol infantojuvenil são geralmente baseados em
ambientes fechados, com poucos graus de liberdade comportamental (Pinder et
al., 2011; Russell et al., 2010). Os defensores da posição tradicional argumentam
que os testes “jogados” examinam a componente da tomada de decisão, em vez da
componente técnica e pura do movimento (Russell et al., 2010; Vilar et al., 2010).
Os proponentes da Dinâmica Ecológica alegam, por sua vez, que a avaliação da
aprendizagem deve ocorrer em contextos de desempenho representativos (Brunswick,
1956). A maioria dos testes aplicados nos desportos coletivos tem uma “validade
ecológica” um tanto dúbia, pois as condições de treino decompostas
(fragmentadas) raramente representam a relação aprendiz/jogador–ambiente/contexto
(Pinder et al., 2011). Portanto, na ausência de um contexto de aprendizagem
representativo, ainda não se sabe até que ponto a Pedagia Não Linear pode ser
eficaz na avaliação exclusiva da aquisição/desenvolvimento de habilidades
técnicas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">“Treinas como jogas”<o:p></o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Uma sessão de treino
tradicional alterna sequências de prática deliberada com atividades jogadas (Côté
et al., 2012). Esta abordagem linear requer que os jogadores cumpram exercícios
técnicos antes de aplicar e aprimorar ações específicas contextualizadas, como acontece
nos jogos reduzidos/condicionados. Ao contrário desta perspetiva, o presente
estudo visou investigar se esta sequência típica de conteúdos pode ser
substituída por jogos concebidos através dos princípios-chave da Pedagogia Não
Linear (Correia et al., 2012). Será que a repetição, por si só, tem um papel
crucial no processo de aprendizagem? Especificamente, os autores examinaram até que o ponto a prática descontextualizada é fundamental para a
aquisição de habilidades técnicas no futebol infantojuvenil. A novidade do
estudo prende-se com a análise comparativa de duas abordagens distintas num
teste protocolar não representativo, o que não é comum neste tipo de
intervenções no domínio da Dinâmica Ecológica.</span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><a name="_Hlk59809855"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Métodos<o:p></o:p></span></b></a></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Design</span></i></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: tratou-se de um
estudo experimental no terreno, com 1 grupo de controlo (CONTROL) e 2 grupos de
intervenção (“jogo”/PLAY e “exercício”/PRACTICE) que executaram, de forma
estandardizada, testes analíticos de passe, drible e sprint com mudança de
direção. As sessões de testes ocorreram antes da intervenção (“Pré”), após a
intervenção (“Pós”) e 5 semanas depois da intervenção (“Retenção”). Os encarregados
de educação forneceram, através de documento escrito, consentimento informado
para a participação dos seus educandos no estudo.</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Participantes</span></i></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: 40 crianças
praticantes de futebol (idade: 10 ± 1 ano; estatura: 146 ± 6 cm; massa
corporal: 39 ± 9 kg) pertencentes a um clube amador alemão. Este clube tem 4
equipas na categoria Sub-11, sendo que os melhores jogadores competem pela
primeira equipa na divisão regional mais alta, enquanto a segunda e a terceira
equipas, que apresentam um nível de prática idêntico, competem numa divisão
abaixo. Como os 12 jogadores da primeira equipa têm um nível de prática mais
elevado e treinam separados das outras 3 equipas, acabaram por constituir o
grupo de controlo. Os restantes 28 jogadores da segunda e terceira equipas
foram aleatoriamente distribuídos pelos grupos de intervenção: “jogo” (<i>n</i>
= 14) e “exercício” (<i>n</i> = 14).</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><i><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Instrumentos e materiais</span></i></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: as crianças foram submetidas a testes
padronizados de passe, drible e sprint com mudança de direção indicados pela
Federação Alemã de Futebol (DFB) (Höner et al., 2015). No teste de passe
(figura 2), as crianças tinham de executar 12 passes o mais rápido possível,
sendo o tempo para completar a tarefa medido através de cronómetro. Nas tarefas
de drible e sprint com mudança de direção, as crianças tinham de completar o
slalom o mais rápido possível (figura 3). Em cada teste, o melhor resultado de
duas tentativas foi posteriormente utilizado na análise estatística. Os testes
(Pré, Pós e Retenção) foram realizados de forma padronizada, ou seja, em relva
artificial, entre as 17:00 e as 19:00 e sem chuva. Durante o período de
intervenção, todas as sessões de treino foram gravadas com uma GoPro Hero6
Black<sup>®</sup> (GoPro, California, USA), com o objetivo de calcular o número
de passes executados por grupo e a média de passes executados por participante.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1Ppy0r-zK5bwoe5zxId_c1LBmUUCrRbnU0nQPcTDl24f3G3VZdmLtVb_tFOk5L6KBCr5F5YyY5GgdbcA3EYmsW5PWeKJ7ibzAs8NYWLHxbo-z7Y6kJJi4VGht6mxExLAFWPHVUmlpAcFC4E5HyXSwd_DDzwdd7eYJ3ISmkn2wCyjJz5q2taI/s560/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2041%20-%20maio%202023%20(2).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="465" data-original-width="560" height="333" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1Ppy0r-zK5bwoe5zxId_c1LBmUUCrRbnU0nQPcTDl24f3G3VZdmLtVb_tFOk5L6KBCr5F5YyY5GgdbcA3EYmsW5PWeKJ7ibzAs8NYWLHxbo-z7Y6kJJi4VGht6mxExLAFWPHVUmlpAcFC4E5HyXSwd_DDzwdd7eYJ3ISmkn2wCyjJz5q2taI/w400-h333/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2041%20-%20maio%202023%20(2).png" width="400" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><a name="_Hlk135995511"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 2.</span></b></a></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="mso-bookmark: _Hlk135995511;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Representação esquemática do teste de passe da DFB. Os
jogadores têm de executar, o mais rapidamente possível, 12 passes consecutivos contra
paredes opostas. A bola tem de ser jogada no espaço central com, no mínimo, 2
toques sobre a bola antes de cada passe. O tempo é contabilizado a partir do
primeiro toque na bola. DFB: Deutscher Fußball-Bund (Federação Alemã de
Futebol) (Deuker et al., 2023).<o:p></o:p></span></span></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk135995511;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtsZ32HMQGT2S8dNBhiWdvegKCl0eHNGu61YjpkNohhyYFESXNrGTPyLrXEsdBP06iiu9I0juDCpgy60CcAD9M1-fImH4HKbWJ_ex2kQhBDCEaqQeN2Hx5DduwvjZwbUMBsMEV6EA2NsgemXLBXt9UVoWxC3aKoBcLhDVwNmSu2n9DsZWXH_0/s1024/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2041%20-%20maio%202023%20(3).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="461" data-original-width="1024" height="288" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtsZ32HMQGT2S8dNBhiWdvegKCl0eHNGu61YjpkNohhyYFESXNrGTPyLrXEsdBP06iiu9I0juDCpgy60CcAD9M1-fImH4HKbWJ_ex2kQhBDCEaqQeN2Hx5DduwvjZwbUMBsMEV6EA2NsgemXLBXt9UVoWxC3aKoBcLhDVwNmSu2n9DsZWXH_0/w640-h288/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2041%20-%20maio%202023%20(3).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 3.</span></b></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Representação esquemática dos testes de drible e sprint
com mudança de direção da DFB. Os jogadores iniciam a condução de bola/corrida
sem qualquer sinalética e têm de cumprir o percurso o mais rápido possível. O
tempo é contabilizado a partir da entrada no slalom (Deuker et al., 2023).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><i><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Procedimentos</span></i></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: o grupo de controlo prosseguiu com a sua
rotina de treino habitual com o seu treinador (grau UEFA B). Os grupos “jogo” e
“exercício” cumpriram o mesmo volume de treino durante as 5 semanas de
intervenção (média por participante: 7 ± 1 sessões). A intervenção ocorreu nos
primeiros 30 minutos da sessão de treino, sendo as sessões supervisionadas por
2 treinadores de futebol (graus UEFA A e UEFA B) e por 2 investigadores para aferirem
se as abordagens pedagógicas estavam a ser criteriosamente aplicadas. Após o
período de intervenção inicial (“jogo” vs. “exercício”), os participantes
regressaram às respetivas equipas para concluir as sessões de treino com os
seus treinadores (graus UEFA C). A intervenção através de “exercício” consistiu
em tarefas analíticas de passe aplicadas segundo as recomendações da abordagem
de Prática Deliberada propostas Ericsson (2008; 2020): (a) instruções
explícitas sobre o melhor método para completar a tarefa; (b) existência de um
objetivo de desempenho, com feedbacks formativos concedidos após cada
tentativa; (c) o treinador organiza a sequência de tarefas de treino e decide
quando é que os jogadores devem transitar para exercícios mais complexos e
desafiantes. Os exercícios foram retirados do manual de exercícios da Federação
Alemã de Futebol sugeridos para o escalão Sub-11 (DFB – Deutscher Fußball-Bund,
2017; figura 4).</span></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR014waUKLWphQGUwtPZx8-uLAvRAl-Jj2lXFthJ8ynsEec4u1LL5GZH6PNh51Gfjm7uTJL91HmbaEJDIkd3gluAApkbLEa3N_nym5ptgrJZ4BRzTJ3Gt78W7k59MrceNb5_BNSNIaSduWmTBw_A2Pbl0GSbePHafCo6wkAI1c4LX_xYWY98g/s1036/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2041%20-%20maio%202023%20(4).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="357" data-original-width="1036" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR014waUKLWphQGUwtPZx8-uLAvRAl-Jj2lXFthJ8ynsEec4u1LL5GZH6PNh51Gfjm7uTJL91HmbaEJDIkd3gluAApkbLEa3N_nym5ptgrJZ4BRzTJ3Gt78W7k59MrceNb5_BNSNIaSduWmTBw_A2Pbl0GSbePHafCo6wkAI1c4LX_xYWY98g/w640-h220/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2041%20-%20maio%202023%20(4).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 4.</span></b></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Exercícios-exemplo aplicados ao grupo de intervenção
“exercício” e retirados da Federação Alemã de Futebol (DFB) para o futebol
infantojuvenil. Exercício 1: os jogadores devem passar e correr no longo do percurso
definido. Exercício 2: a partir do exercício 1 adiciona-se uma competição de
passe (Deuker et al., 2023).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A
intervenção “jogo” adotou os princípios-chave da Pedagogia Não Linear. O design
da prática consistiu em jogos reduzidos/condicionados, pressupondo a
manipulação de uma série de constrangimentos (Almeida et al., 2013; Correia et
al., 2019; Davids et al., 2013). Os diversos objetivos práticos e a manipulação
de constrangimentos foram combinados no decurso do período de intervenção de 5
semanas, ainda que as instruções fornecidas tenham permanecido inalteradas
(e.g., “ultrapassar os adversários através de penetração, por cima ou pelas
alas”; “manter a posse de bola coletivamente, evitando que os adversários
reconquistem a bola”).</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Análise estatística</span></i></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: foi considerado um
desenho experimental de 3 grupos (controlo, “jogo” e “exercício”) x 3 sessões
de teste (Pré, Pós e Retenção) para identificar eventuais diferenças entre os 3
grupos experimentais nos 3 testes técnicos propostos. Como o tamanho dos grupos
diferiu (controlo: 12; “jogo”: 14; “exercício” 14), foi calculado um modelo
linear misto. O grupo e o período de teste foram modelados como efeitos fixos,
e os participantes foram adicionados como fator de efeito aleatório. As
assunções para a aplicabilidade desta técnica estatística foram todas previamente
analisadas. Em caso de existência de efeitos principais ou de interações
significativas, foram corridos múltiplos testes <i>post hoc</i> com ajustamento
de Tukey (Rosenthal et al., 2000). A dimensão de efeito foi calculada para cada
comparação de pares mediante o <i>d</i> de Cohen (Westfall et al., 2020) e
interpretada de acordo com os valores de corte 0.2 (pequena), 0.5 (média) e 0.8
(grande) (Cohen, 2013). O nível de significância estatística foi estabelecido
em <i>p</i> ≤ 0.05, com um intervalo de confiança de 95%. Todas as análises
estatísticas foram realizadas com o software RStudio (1.2.5001).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Principais resultados<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A figura 5 mostra as caixas
de bigodes com o desenvolvimento da performance de passe ao longo das sessões
de teste para os diferentes grupos de participantes. Conforme é possível
observar, o tempo necessário para completar os 12 passes permaneceu constante
no grupo de controlo (CONTROL). Do período Pré para o período Pós-intervenção,
ambos os grupos intervencionados melhoraram o desempenho técnico no teste de
passe, com uma redução significativa do tempo de execução dos 12 passes (“jogo”/PLAY:
dimensão de efeito média; “exercício”/PRACTICE: dimensão de efeito grande). No
teste de Retenção, apenas o grupo “jogo” manteve as melhorias obtidas no
período Pós, enquanto no grupo “exercício” houve um retrocesso da performance no sentido do nível apurado no período Pré-intervenção.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCbfUlMh3WEgB9Sjq_LpdPyQFNaC9S2NxlsAE5buEW0LvGupv4H8X-vRwLE-ORXJPdlzBtz81NDV_O-m7m14THrUH_g-XeR4VA2AdBo8fkcsEhDXW9azJs1MIu508NcKqyS0niUu-FDxmmPOP4wgnXHcZyOrcpdJ3k7Yvm-xSNdgxhNm9BgHE/s944/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2041%20-%20maio%202023%20(5).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="636" data-original-width="944" height="432" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCbfUlMh3WEgB9Sjq_LpdPyQFNaC9S2NxlsAE5buEW0LvGupv4H8X-vRwLE-ORXJPdlzBtz81NDV_O-m7m14THrUH_g-XeR4VA2AdBo8fkcsEhDXW9azJs1MIu508NcKqyS0niUu-FDxmmPOP4wgnXHcZyOrcpdJ3k7Yvm-xSNdgxhNm9BgHE/w640-h432/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2041%20-%20maio%202023%20(5).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 5. </span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Caixas de bigodes do teste de passe nos períodos Pré, Pós
e Retenção para os 3 grupos de participantes (controlo/CONTROL, “jogo”/PLAY e
“exercício”/PRACTICE). Tempo para completar 12 passes em segundos [s].
*Diferenças significativas comparando com o teste pré-intervenção, <i>p</i> ≤ 0.05.
**Diferenças significativas comparando com o teste pré-intervenção, p ≤ 0.01.
***Diferenças significativas comparando com o teste pré-intervenção, <i>p</i> ≤
0.001.<b><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Durante as 5 semanas de intervenção,
os participantes do grupo “jogo” executaram menos de metade do número de passes
realizado pelos participantes do grupo “exercício” (354 ± 66 vs. 777 ± 172,
respetivamente). Os resultados adquirem uma expressão ainda mais admirável ao percebermos
que o grupo “jogo”, mesmo executando significativamente menos passes nas
sessões de treino específicas, obteve melhorias equiparadas ao grupo
“exercício” no teste Pós-intervenção. Adicionalmente, os progressos do grupo
“jogo” revelaram-se mais duradouros, uma vez que os seus elementos foram
capazes de manter o nível de desempenho no teste de Retenção, 5 semanas depois do
teste Pós.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="color: #2b2a2a; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">No teste de
drible, os desempenhos permaneceram constantes nos 3 grupos, porém, o grupo de
controlo exibiu melhores resultados comparativamente aos grupos de intervenção
“jogo” (dimensão de efeito grande) e “exercício” (dimensão de efeito média). No
teste de sprint com mudança de direção, a tendência de resultados foi similar,
ou seja, só se verificou um efeito significativo entre grupos, não havendo
qualquer interação significativa entre o tipo de intervenção (controlo, “jogo”
e “exercício”) e a sessão de avaliação (Pré, Pós e Retenção). Por outras
palavras, o grupo de controlo foi significativamente mais rápido no slalom sem
bola que o grupo “jogo” (dimensão de efeito média), no entanto, a performance
no sprint com mudança de direção não evoluiu substancialmente em nenhum dos
grupos ao longo do tempo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="color: #2b2a2a; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Minion Pro";"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Aplicações práticas<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os testes para avaliar a aquisição de competências no
futebol infantojuvenil devem ser representativos da modalidade, ou seja, devem
ser passíveis de reproduzir as invariantes que dão forma à lógica interna do
jogo. Sabendo que em inúmeras ocasiões as crianças e os jovens são avaliados em
contextos analíticos não representativos, neste estudo foram comparadas duas
abordagens distintas de intervenção (Pedagogia Não Linear vs. Prática Deliberada),
recorrendo, precisamente, a tarefas descontextualizadas de passe, drible e
sprint com mudança de direção para aferir a dinâmica aquisitiva de habilidades.
<i>A priori</i>, esta opção metodológica favorecia o grupo “exercício”, o que
tornou ainda mais surpreendentes as evidências obtidas.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Mais importante do que a quantidade de ações repetidas é
a natureza das ações executadas em consonância com o contexto de aprendizagem
proporcionado aos praticantes. Embora o grupo “exercício” tenha executado 2,4
vezes mais ações de passe do que o grupo “jogo”, em contextos situacionais
similares aos testes realizados (analíticos/não representativos), o grupo
“jogo” obteve ganhos comparáveis no teste Pós-intervenção e superou os
resultados do grupo “exercício” no teste de Retenção. As evidências questionam o
papel da Prática Deliberada no processo de aquisição de habilidades técnicas no
futebol, ou seja, a necessidade de repetir exaustivamente comportamentos considerados
ideais antes da aprendizagem do jogo através do próprio jogo.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Recomenda-se que a manipulação de constrangimentos da
tarefa em atividades jogadas seja bem ponderada, tendo em consideração as
características dos praticantes, do grupo e dos objetivos previamente
definidos. O design da tarefa e a seleção dos constrangimentos devem permitir
que os praticantes explorem e usem oportunidades de ações, descobrindo e
aplicando soluções de movimento funcionais suscetíveis de ocorrer em contextos
típicos de desempenho (princípio da representatividade da tarefa). Neste
sentido, o grupo “jogo” demonstrou maior adaptabilidade, já que os seus
elementos demonstraram elevados níveis de desempenho num teste que carecia de
representatividade e de especificidade em relação às tarefas de aprendizagem
que cumpriram no período de intervenção. Por um lado, os jogos/reduzidos
condicionados proporcionam altos níveis de coadaptação e de variabilidade da
prática; por outro lado, as condições de teste com poucos graus de liberdade
podem ter sido menos exigentes para o grupo “jogo” face às tarefas efetuadas durante
a intervenção experimental.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As evidências suportam a eficácia da Dinâmica Ecológica
no processo de treino de futebol, quer ao nível da especificidade, quer ao
nível do <i>transfer</i> geral de habilidades. Além da dimensão técnica,
estudos prévios também expuseram os benefícios de utilizar os princípios-chave
da Pedagogia Não Linear na aprendizagem e no desenvolvimento de comportamentos
táticos (Davids et al., 2013; Práxedes et al., 2018).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Conclusão<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">No treino de futebol, tem sido tradição colocar o foco inicial
na prática repetida de ações, com poucos graus de liberdade comportamental, para
adquirir de habilidades técnicas antes de aplicar esses padrões de movimento
em situações de jogo dinâmicas. A evidência mais sonante deste estudo indica
que uma habilidade técnica pode ser aprendida/desenvolvida de modo mais efetivo
através de treino não linear, ao invés do usual treino técnico isolado
(analítico). Para além disso, o estudo também sugere que, no processo de
aquisição de habilidades, proporcionar um contexto dinâmico de elevada
variabilidade é mais importante que a oportunidade de repetir os mesmos padrões
de movimento em tarefas “fechadas”.
Consequentemente, parece existir diversas vantagens decorrentes da aplicação da
Pedagogia Não Linear na aquisição de habilidades específicas do futebol, pelo
que os treinadores são encorajados a elaborar tarefas práticas que
possibilitem que os aprendizes “treinem como jogam”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">P.S.:<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">1-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As ideias que constam neste texto foram originalmente
escritas pelos autores do artigo e, presentemente, traduzidas para a língua
portuguesa;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">2-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Para melhor compreender as ideias acima referidas,
recomenda-se a leitura integral do artigo em questão;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">3-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As citações efetuadas nesta rúbrica foram utilizadas pelos
autores do artigo, podendo o leitor encontrar as devidas referências na versão
original publicada na revista <i>International Journal of Sports Science &
Coaching</i>.<o:p></o:p></span></p>Carlos Humberto Almeidahttp://www.blogger.com/profile/09636379308994650864noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21248517.post-66329819941620502812023-05-19T17:54:00.000+01:002023-05-19T17:54:08.193+01:00Aniversários: 17.º do blogue Linha de Passe e 10.º de “namoro” com a minha Patrícia<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Dezoito
de maio de dois mil e vinte e três. Um dia de ocasião e de recordatória. Em
2006, criei o blogue Linha de Passe (figura 1), quase como um instrumento de catarse para os
meus pensamentos e desejos, para as minhas dúvidas, crises e vivências. Em 2013, o dia que
mudou o estado solitário da minha existência para uma conjuntura inicial a dois e, atualmente, a cinco. É uma data especial, que poderia ter sido
comemorada a preceito, mas não foi.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinXtUeiTdZgVTbhQfvbdheUaRiIKs8s1nI1oafhiu--ZhzDx-upUYvR6hZRA7bdO15DTykU_TBrU5aekRC1HBZxQN3XuqmqRioQWayQQc6gcw_GAu4hBirNjawRWJ1KSoAApHWgVSd9Uqk9H6GTYrlg0I0nic8ghYDGdzCr4-Nop28gvjoXLw/s2000/17.%C2%BA%20Anivers%C3%A1rio%20Blogue%20Linha%20de%20Passe.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1294" data-original-width="2000" height="259" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinXtUeiTdZgVTbhQfvbdheUaRiIKs8s1nI1oafhiu--ZhzDx-upUYvR6hZRA7bdO15DTykU_TBrU5aekRC1HBZxQN3XuqmqRioQWayQQc6gcw_GAu4hBirNjawRWJ1KSoAApHWgVSd9Uqk9H6GTYrlg0I0nic8ghYDGdzCr4-Nop28gvjoXLw/w400-h259/17.%C2%BA%20Anivers%C3%A1rio%20Blogue%20Linha%20de%20Passe.png" width="400" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Figura 1.</span></b><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 150%;"> </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">17.º aniversário do blogue Linha de Passe e,
bem mais importante, uma década de "namoro" com a minha esposa.<b><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Foi,
sim, um daqueles dias avessos, em que o contrário se funde com o que deveria
ser a direção certa. Talvez advenha de um estado de espírito inquieto, um pouco à
deriva com o sentido que a vida tomou. O tempo passa e as ideias e os projetos multiplicam-se
a uma escala inversamente proporcional às possibilidades que tenho para concretizá-los.
Uma existência repleta de afazeres, alguns insignificantes, que pouco ou nada acrescentam.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Regresso
ao início: análise da situação e definição de prioridades. O que importa mesmo?
É aqui que tudo se edifica ou que tudo desmorona. É aqui que podemos começar a
primar pela diferença: a felicidade em permanente construção.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Parabéns
e obrigado, meu amor!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Feliz
aniversário, Linha de Passe!<o:p></o:p></span></p>Carlos Humberto Almeidahttp://www.blogger.com/profile/09636379308994650864noreply@blogger.com08550 Monchique, Portugal37.3179879 -8.55617069.0077540638211531 -43.7124206 65.628221736178844 26.6000794tag:blogger.com,1999:blog-21248517.post-83718090195653436872023-04-28T21:24:00.000+01:002023-04-28T21:24:30.626+01:00Artigo do mês #40 – abril 2023 | Como é que as variáveis situacionais afetam a perceção subjetiva de esforço de jovens futebolistas de elite?<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Nota prévia</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: O artigo
científico alvo da presente síntese foi selecionado em função dos seguintes
critérios: (<b>1</b>) publicado numa revista científica internacional com
revisão de pares; (<b>2</b>) publicado no último trimestre; (<b>3</b>)
associado a um tema que considere pertinente no âmbito das Ciências do
Desporto.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">- 40 -<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Autores<a name="_Hlk100579888">:</a></span></b><span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> <a name="_Hlk133440801">Marqués-Jiménez</a>, D., Sampaio, J., Calleja-González,
J., & Echeazarra, I.<o:p></o:p></span></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">País:</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Espanha<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Data de publicação: </span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">21-março-2023<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Título:</span></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> <a name="_Hlk106996253">A
random forest approach to explore how situational variables affect perceived
exertion of elite youth soccer players<o:p></o:p></a></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk106996253;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Referência:</span></b><span lang="EN-GB"> </span><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Marqués-Jiménez,
D., Sampaio, J., Calleja-González, J., & Echeazarra, I. (2023). A random
forest approach to explore how situational variables affect perceived exertion
of elite youth soccer players. <i>Psychology of Sport & Exercise, 67</i>, 102429.
https://doi.org/10.1016/j.psychsport.2023.102429</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkXPTf3gL2OyBqGYnF-iJdJZuekew08v6FoS3pqwGfLwslbjKXzQU8rn_XcmzLFITRV8KURXTDE9P854kAqPePWs8LBQ7U-uNpAOS6FOms1bfTjdZswNyEK0X6qAYxDLFPfOnJnSTeh3QOm0VKiLRyWdqUgwE8FNU2CP677K74xjsHekhqxHA/s1476/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2040%20-%20abril%202023%20(1).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="534" data-original-width="1476" height="232" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkXPTf3gL2OyBqGYnF-iJdJZuekew08v6FoS3pqwGfLwslbjKXzQU8rn_XcmzLFITRV8KURXTDE9P854kAqPePWs8LBQ7U-uNpAOS6FOms1bfTjdZswNyEK0X6qAYxDLFPfOnJnSTeh3QOm0VKiLRyWdqUgwE8FNU2CP677K74xjsHekhqxHA/w640-h232/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2040%20-%20abril%202023%20(1).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Figura 1.</span></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;"> </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Informações editoriais do artigo do mês 40 – abril de 2023.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Apresentação do problema<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As cargas interna e externa
têm sido extensivamente analisadas em contextos de treino e de competição
(Impellizzeri et al., 2019). Designadamente no futebol, medir e avaliar a carga
interna suscitada pelo jogo, em particular a Perceção Subjetiva de Esforço
(PSE), ajuda a associar, de forma precisa, as atividades realizadas em competição
com a capacidade física individual, o que permite compreender a dose-resposta
normalmente induzida pelos jogos competitivos (Weston, 2013). Apesar de se
basear numa avaliação subjetiva, os métodos relativos à PSE têm sido amplamente
adotados para quantificar a carga interna no futebol (Rago et al., 2020).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O esforço percebido é a
sensação de quão pesada e extenuante é uma tarefa física (Borg, 1998). A PSE é
gerada centralmente por sinais cerebrais de descarga do corolário que, entre
outras particularidades, permitem que os seres vivos distingam os sinais
autoproduzidos dos sinais externos e podem ser uma causa de influência indireta
para que o organismo permaneça ativo numa determinada tarefa (de Morree et al.,
2012). Além disso, a PSE integra ainda sinais neurais aferentes de diferentes
entradas no sistema nervoso central (e.g., músculos esqueléticos, coração,
pulmões). Contudo, estas determinantes fisiológicas e neurais não explicam
totalmente a variação da PSE (Morgan, 1973), uma vez que há fatores
sociológicos, ambientais e individuais (e.g., género, idade, nível de condição
física e experiência) que também podem influir (Haddad et al., 2017).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Até à data, a investigação
tem sugerido que os jogadores altamente treinados apenas utilizam uma porção do
seu potencial físico devido a variantes contextuais (e.g., plano
estratégico-tático, clima, expectativas próprias) (Waldron & Highton,
2014). Este aspeto pode explicar o porquê de a PSE pós-jogo poder ser afetada
por variáveis situacionais (Barrett et al., 2018; Brito et al., 2016). Por
exemplo, em jogos oficiais, Barrett et al. (2018) encontraram diferenças
posicionais em diferentes valências da PSE (esforço respiratório, esforço
muscular do membro inferior e esforço técnico) e um esforço técnico percebido
mais elevado contra adversários mais fortes. Ainda assim, o conhecimento
existente sobre como as variáveis situacionais interagem e influenciam a PSE em
jogos de futebol é limitado. Adicionalmente, também vale a pena aprofundar o
conhecimento acerca de como o esforço percebido pelos jogadores varia de um
jogo para o outro.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Na atualidade, as
abordagens que utilizaram algoritmos de “machine learning” [aprendizagem de
máquina] no futebol têm-se focado na relação entre a PSE e diferentes métricas
das cargas interna e externa, produzidas por jogadores seniores em sessões de
treino ou em jogos (Geurkink et al., 2019; Jaspers et al., 2018; Rossi et al.,
2019); apesar disso, as variáveis situacionais não foram equacionadas nesses
trabalhos. O objetivo do presente estudo foi explorar o modo como as variáveis
situacionais afetam a PSE de jovens jogadores de futebol após jogos oficiais
(figura 2). Trata-se do primeiro estudo exploratório a examinar a importância
de variáveis situacionais na variação da PSE de jovens futebolistas após jogos
competitivos, utilizando para o efeito algoritmos de “machine learning”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnxQ1X2FOMxRM5FTjxs90U0F1lqFxIqoV_9y6ZcP46b0IVKH25pZ6isWOXJHV3KH_n_H9zuNtqd50QLrrPG8DpX04enjQBZ3roMixRSIgyzeq7bmwNtJkqeszPwMCgLxlfMQH-O-Ec3lkdYqNLE2phvqDi4MuTSoFBRqLYTcP-FNKdBzlG7cg/s665/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2040%20-%20abril%202023%20(2).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="511" data-original-width="665" height="492" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnxQ1X2FOMxRM5FTjxs90U0F1lqFxIqoV_9y6ZcP46b0IVKH25pZ6isWOXJHV3KH_n_H9zuNtqd50QLrrPG8DpX04enjQBZ3roMixRSIgyzeq7bmwNtJkqeszPwMCgLxlfMQH-O-Ec3lkdYqNLE2phvqDi4MuTSoFBRqLYTcP-FNKdBzlG7cg/w640-h492/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2040%20-%20abril%202023%20(2).jpg" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 2.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Jogo do escalão de “Cadetes” (Sub-15) em Espanha (imagem
não publicada pelos autores; fonte: www.granadaenjuego.com).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><a name="_Hlk59809855"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Métodos<o:p></o:p></span></b></a></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Design</span></i></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: o estudo foi
realizado em condições não experimentais. O staff técnico e os participantes
não receberam qualquer instrução dos investigadores. Antes da recolha dos
dados, os encarregados de educação dos jovens jogadores preencheram por escrito
o consentimento informado para a participação no estudo. O anonimato dos
participantes foi assegurado em todas as etapas da investigação.</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Participantes</span></i></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: 35 jovens jogadores
de futebol (idade: 14.33 ± 0.86 anos; estatura: 173.49 ± 6.16 cm; massa
corporal: 63.44 ± 5.98 kg) pertencentes a duas equipas diferentes de um clube
profissional. Os jogadores treinavam 4 vezes por semana e tinham 1 jogo por
semana. Os jogadores foram agrupados em 5 posições distintas: defesa central
(CD – <i>central defender</i>; <i>n</i> = 190); defesa lateral (FB – <i>full-back</i>;
<i>n</i> = 72); médio-centro (CM – <i>central midfielder</i>; <i>n</i> = 180); médios-ala
(WM – <i>wide midfielder</i>; <i>n</i> = 133); avançado (AT – <i>attacker</i>; <i>n</i>
= 212). Os guarda-redes não foram incluídos no estudo.</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><i><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Procedimentos</span></i></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: a recolha de dados ocorreu quando ambas as
equipas competiam na divisão mais alta da respetiva categoria (Sub-15), no
decurso de duas épocas consecutivas (2016/2017 e 2017/2018), incluindo um total
de 60 jogos oficiais (30 por equipa). Os dados foram fornecidos pelas equipas
técnicas, que adotaram procedimentos similares ao longo das duas épocas: os
jogadores classificaram a sua perceção de esforço (PSE) 10 minutos após o
jogo, recorrendo à escala modificada de Borg (CR-10; Borg, 1998). A escala
varia entre 0 (repouso) e 10 (esforço máximo), estando associada a descritores
verbais (figura 3). Os jogadores responderam, individualmente, à questão “Quão
extenuante foi o jogo?” e já se encontravam familiarizados com o modo de
utilização da escala. Os valores de PSE foram incluídos na análise estatística somente se os participantes tivessem atuado na mesma posição em todo o jogo. A análise
final englobou um total de 787 observações individuais.</span></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnF4Cx_DitQjoRhSwQtUHG6nVVmGRM0GJnih-s-EZDnlXHNqVZEFWIm5jk0a4TY68X2cNmievqE5Vs4gCHaB7-PypEA8eOn2TA18yMJ2p867XawybL-0rOg4l9RT4fu-ajoKGtq62qH77DXPPaEgCT8pK73FkW4lZ82QykIh00s8spZNzYecA/s630/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2040%20-%20abril%202023%20(3).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="542" data-original-width="630" height="275" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnF4Cx_DitQjoRhSwQtUHG6nVVmGRM0GJnih-s-EZDnlXHNqVZEFWIm5jk0a4TY68X2cNmievqE5Vs4gCHaB7-PypEA8eOn2TA18yMJ2p867XawybL-0rOg4l9RT4fu-ajoKGtq62qH77DXPPaEgCT8pK73FkW4lZ82QykIh00s8spZNzYecA/w320-h275/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2040%20-%20abril%202023%20(3).png" width="320" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 3.</span></b></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Escala de Borg modificada CR-10 (Borg, 1998; imagem não
publicada pelos autores).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><i><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Variáveis situacionais</span></i></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: as variáveis situacionais que atuaram como
fatores preditivos da PSE foram: estatuto do jogador (titular; substituto),
posição de jogo (defesa central, defesa lateral, médio-centro, médio-ala e avançado),
localização do jogo (casa; fora), resultado do jogo (vitória; empate; derrota),
marcador final (vantagem de 2 ou mais golos; vantagem de 1 golo; empatado; desvantagem
de 1 golo; desvantagem de 2 ou mais golos) e qualidade da oposição. A qualidade
da oposição foi calculada com base na classificação final de cada liga, através
do método de clusters <i>k-means</i>, pressupondo a definição de 3 grupos
distintos. Tendo em consideração que foram analisadas duas épocas, este
procedimento resultou na identificação de 9 equipas de alto nível
(classificadas nas 4 ou 5 primeiras posições), 10 equipas de nível médio
(classificadas entre o 5.º e 9.º lugar, ou entre o 6.º e o 10.º lugar) e 13
equipas de nível baixo (classificadas nas 7 ou 6 últimas posições). Ambas as
equipas venceram um total de 34 jogos, empatando 14 e perdendo 12. A análise de
cluster revelou tratar-se de equipas de alto nível (3.º e 5.º lugares). Em cada
partida, o tempo de jogo dos jogadores também foi registado como variável
independente.</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Análise estatística</span></i></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: a importância das
variáveis situacionais sobre a PSE foi averiguada através de Regressão de
Floresta Aleatória. O modelo mais ajustado incluiu a identidade do jogador, o seu
estatuto, o seu tempo de jogo, a sua posição, a localização da partida, o resultado
do jogo, o marcador final e a qualidade da oposição como variáveis preditivas.
Após apurada a importância de cada variável no modelo, foram criados 2 modelos
em função do estatuto do jogador (titular e substituto), englobando as seguintes
variáveis: posição, localização da partida, resultado do jogo, marcador final e
qualidade da oposição. A variabilidade da PSE em cada variável situacional, em
função do estatuto do jogador, foi identificada através de modelos lineares
mistos, incorporando as variáveis situacionais como fatores fixos e a
identidade do jogador como fator aleatório. Perante a obtenção de efeitos
principais significativos, foram ainda corridas comparações de pares com o
ajustamento de Bonferroni. O nível de significância definido foi de 5% (<i>p</i>
< 0.05).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Principais resultados<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O modelo de floresta
aleatória explicou 52% da variância da PSE dos jovens jogadores após os jogos oficiais.
Na globalidade, as variáveis que mais afetaram a PSE dos participantes foram o
tempo de jogo, o estatuto e a identidade do jogador. Ao diferenciar jogadores
titulares e substitutos, a precisão do modelo baixou. Para os titulares, as
variáveis que mais influenciaram a PSE foram a qualidade da oposição, o
resultado do jogo e o marcador final; contudo, para os substitutos, o modelo revelou um único
preditor forte: marcador final (figura 4).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDxxKnMjyigjwehUCviVMWogQSt2X3RxBviw3ZVcWQLyWWmr1CYM7Of05Xt9RHuCPYHL3_AXaFARX4yngVHw0WmQd30WZmWCWpH-kPAagMqHAnfwGji7ijemobNrw1s3D7boz6FlCkIxpBDDFQbaST1oCUKdrnr9SEmjHZHX5nk5TdVi1ODQQ/s961/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2040%20-%20abril%202023%20(4).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="711" data-original-width="961" height="474" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDxxKnMjyigjwehUCviVMWogQSt2X3RxBviw3ZVcWQLyWWmr1CYM7Of05Xt9RHuCPYHL3_AXaFARX4yngVHw0WmQd30WZmWCWpH-kPAagMqHAnfwGji7ijemobNrw1s3D7boz6FlCkIxpBDDFQbaST1oCUKdrnr9SEmjHZHX5nk5TdVi1ODQQ/w640-h474/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2040%20-%20abril%202023%20(4).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 4.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Variáveis passíveis de influenciar a Perceção Subjetiva
de Esforço (PSE) de jovens jogadores após jogos oficiais, ordenadas segundo o
Decréscimo Médio de Precisão experienciado no modelo com todas as métricas
permutadas. Painel superior: todos os jogadores. Painel intermédio: titulares.
Painel inferior: substitutos (Marqués-Jiménez et al., 2023).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span><span style="color: red; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-align: justify;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os modelos lineares mistos
revelaram que o resultado do jogo e o marcador final manifestaram efeitos
principais significativos tanto para titulares, como para substitutos, no
entanto, o efeito da qualidade da oposição foi apenas significativo nos
jogadores titulares. As comparações de pares de Bonferroni especificaram as
diferenças dos valores médios da PSE para os titulares e para os substitutos. Os
titulares manifestaram uma PSE mais alta contra equipas mais fortes e depois de
uma derrota por 2 ou mais golos de diferença. Por sua vez, os suplentes
utilizados (substitutos) reportaram sensações de esforço mais elevadas na
sequência de uma derrota comparativamente a uma vitória, e após uma derrota por
2 ou mais golos de diferença em comparação com uma vitória por 2 ou mais golos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="color: #2b2a2a; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Minion Pro";"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Aplicações práticas<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os resultados desta investigação permitem que os
profissionais do treino saibam como é que as variáveis situacionais interagem e
afetam a PSE de jovens futebolistas após jogos oficiais, contribuindo para que a prescrição
e a adaptação do conteúdo e da carga de treino sejam mais ajustadas após
eventos competitivos.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O tempo de jogo e o estatuto do jogador foram os fatores
que mais influenciaram a PSE dos jovens jogadores. Estes dados confirmam que o
volume é a componente mais relevante na perceção que os jogadores reportam do esforço
realizado. Por norma, os titulares acumulam mais tempo de jogo e mais carga
física que os suplentes utilizados. Tendo em atenção que valores elevados de algumas métricas de carga externa predizem os valores de PSE, é
fundamental que, no decurso do microciclo semanal, os jogadores,
independentemente do seu estatuto em competição, sejam sujeitos a tarefas que
exijam ações repetidas de alta intensidade. Contudo, a identidade do jogador
também constituiu um forte preditor da PSE, pelo que é essencial equacionar a
variabilidade individual na interpretação das escalas do esforço percebido.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A qualidade da oposição, o resultado do jogo, o marcador
final e a interação <i>qualidade da oposição x marcador final</i> foram
preditores significativos da PSE dos titulares. Contra equipas mais fortes, as
equipas tendem a ter menos posse de bola e a percorrer maiores distâncias em
alta intensidade, além de que os técnicos tendem a fazer substituições mais tarde
(Gómez et al., 2016). Por outro lado, o resultado no marcador altera as
exigências competitivas, pois as equipas em desvantagem, na tentativa de reduzir/atenuar
a diferença de golos, tendem a realizar mais atividades sem bola de alta intensidade,
de forma a pressionar a equipa oponente, a recuperar a bola mais cedo,
aumentando ainda o tempo em posse e o número de situações de ataque. Estas
particularidades devem ser acauteladas no processo de treino, já que só assim é
possível rentabilizar a performance individual e coletiva face a cenários
competitivos distintos. Por exemplo, se a equipa técnica antecipar uma entrada
muito forte da equipa adversária, dotada de mais qualidade, pode manipular as
circunstâncias situacionais nas sessões de treino para que a equipa fique mais bem
preparada para (re)agir em contexto de jogo.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">No caso dos jogadores substitutos, a PSE apenas foi
influenciada pelo resultado do jogo e pelo marcador final. Regra geral, as
substituições processam-se na segunda parte dos jogos, designadamente no
período entre os 60 minutos e o apito final, o que significa que estes
jogadores usufruem de pouco tempo para poderem alterar o rumo dos
acontecimentos. Os jogadores entram numa fase de pré-fadiga dos titulares, ou
quando são adotadas diferentes estratégias no que ao ritmo de jogo diz
respeito, pelo que têm de ser capazes de dar uma resposta pronta às elevadas
exigências tático-técnicas, físicas e psicossociais da partida. De qualquer
maneira, o principal fator que motiva um treinador para efetuar uma ou mais
substituições é o resultado corrente do jogo. Comparativamente a situações de
vantagem ou igualdade no marcador, os treinadores realizam substituições mais
cedo em contextos de desvantagem e, adicionalmente, os jogadores atingem mais
frequentemente a sua capacidade física máxima quando estão a perder (Algroy et
al., 2021; Castellano et al., 2011; Lago et al., 2010). Deste modo, em contexto
de treino, as atividades jogadas podem ser manipuladas de forma que os
presumíveis substitutos possam ser mais eficazes quando entram nos jogos
oficiais. Supondo que temos um plantel de Iniciados (Sub-15) com 20 elementos
(2 guarda-redes + 18 jogadores de campo) e que iremos defrontar uma equipa mais
forte na próxima jornada, é possível propor um jogo reduzido/condicionado
Gr+7v8+Gr, em meio-campo de Futebol de 11 (50x60m; 176,5 m<sup>2</sup>/jogador),
em que a equipa em superioridade numérica começa o exercício a perder por 2-0
(Figura 5).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6JYYjxQV97JQx12Gvv1QY1XCAhhetePyzAREDdDM-ZsnmYnF4lXZq3nZWB3fF9gS9DwbB91IyLjTJ0_dvJAicLpnyEpI5WsSyUB8oYvFhkjW6be-BWaUilhAdRkf0csN3SZ9WssQelIDj5CI2KD_YEhzKJp7PF01N--9ql5sL7zyWZXo7jW0/s2300/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2040%20-%20abril%202023%20(5).jpg.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1498" data-original-width="2300" height="416" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6JYYjxQV97JQx12Gvv1QY1XCAhhetePyzAREDdDM-ZsnmYnF4lXZq3nZWB3fF9gS9DwbB91IyLjTJ0_dvJAicLpnyEpI5WsSyUB8oYvFhkjW6be-BWaUilhAdRkf0csN3SZ9WssQelIDj5CI2KD_YEhzKJp7PF01N--9ql5sL7zyWZXo7jW0/w640-h416/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2040%20-%20abril%202023%20(5).jpg.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 5.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Jogo reduzido/condicionado Gr+7v8+Gr (50x60m), manipulando
o marcador do jogo e permitindo substituições para a equipa em superioridade
numérica (imagem não publicada pelos autores).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Considerando que esta tarefa tem a duração de 20
minutos, se, aos 10 minutos, a equipa em superioridade numérica permanecer em
desvantagem no marcador, entram os 3 jogadores suplentes (entretanto, em
tarefas de desenvolvimento técnico-físico), com o objetivo de reverter o
marcador. Se, porventura, nos primeiros 10 minutos, a equipa empatar ou alcançar
a reviravolta, permite-se duas substituições na equipa em inferioridade
numérica e iguala-se a relação numérica (Gr+8v8+Gr).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Convém entender que a perceção de esforço não é apenas
ditada pela discrepância ou pelo equilíbrio entre o feedback sensorial previsto
e o real, mas também por outros fatores psicofisiológicos complexos (e.g.,
concentração hormonal, nível de substrato energético, personalidade, estados
psicológicos, motivação, consciência, memória ou experiências prévias,
condições climáticas, espetadores, etc.). A PSE também é influenciada pela
sensação psicofisiológica dominante, não traduzindo, por vezes, os stresses
bioquímico e mecânico provocados pelo esforço. Por este motivo, conhecer a
perceção de bem-estar antes do jogo é muito útil para atenuar o “ruído”
induzido por variáveis de confusão, como a sensação psicofisiológica dominante.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Conclusão<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O tempo de jogo, o estatuto e a identidade do jogador
foram os preditores mais fortes da PSE dos jovens futebolistas. Além disso, o
resultado do jogo e o marcador final tiveram um efeito significativo na PSE dos
titulares e dos substitutos, ainda que o efeito principal da qualidade da
oposição somente se tenha feito sentir nos titulares. Estes resultados permitem
que os treinadores e os outros profissionais do treino compreendam como é que
as variáveis situacionais interagem e afetam a PSE após jogos oficiais. Com
este tipo de conhecimento, é possível neutralizar alguns efeitos negativos do
treino por via de uma conceção e de uma adaptação mais cuidadas dos conteúdos propostos
e da carga induzida nos jogadores. A monitorização da carga de treino é
essencial no futebol juvenil, não apenas para permitir que os jogadores
alcancem altos níveis de desempenho, mas também para preservar a sua saúde a longo prazo e prevenir o abandono precoce. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">P.S.:<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">1-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As ideias que constam neste texto foram originalmente
escritas pelos autores do artigo e, presentemente, traduzidas para a língua
portuguesa;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">2-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Para melhor compreender as ideias acima referidas,
recomenda-se a leitura integral do artigo em questão;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">3-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As citações efetuadas nesta rúbrica foram utilizadas pelos
autores do artigo, podendo o leitor encontrar as devidas referências na versão
original publicada na revista <i>Psychology of Sport & Exercise</i>.<o:p></o:p></span></p>Carlos Humberto Almeidahttp://www.blogger.com/profile/09636379308994650864noreply@blogger.com08550 Monchique, Portugal37.3179879 -8.55617069.0077540638211531 -43.7124206 65.628221736178844 26.6000794tag:blogger.com,1999:blog-21248517.post-88401106823034569242023-04-16T21:44:00.004+01:002023-04-17T11:21:19.016+01:00O Brighton de De Zerbi, segundo Pep Guardiola: a melhor equipa em ataque posicional do futebol mundial <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Há dois dias, Josep (Pep) Guardiola, treinador do Manchester
City FC, foi taxativo ao referir que a melhor equipa do futebol mundial a jogar
em ataque posicional é o Brighton & Hove Albion FC, de Roberto De Zerbi (figura
1).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiu5Pspzt--U2PJ5ILO7fUjAmoPGXSZtivazBm__EFj5qGlcD2SiRaBViYWYVlRUyZc6-21jeIU5spQEbvRKlPJLMdiZsNbzky7imWvu2HN6pT7mM4VaC8L6VlVmkLEwNM8eDp70YFhaHqSd0OzVRl_BH5vx8fuIsmO7zihsstoVrOEmGxpan8/s1600/Brighton%20de%20Roberto%20De%20Zerbi%20(football365).jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiu5Pspzt--U2PJ5ILO7fUjAmoPGXSZtivazBm__EFj5qGlcD2SiRaBViYWYVlRUyZc6-21jeIU5spQEbvRKlPJLMdiZsNbzky7imWvu2HN6pT7mM4VaC8L6VlVmkLEwNM8eDp70YFhaHqSd0OzVRl_BH5vx8fuIsmO7zihsstoVrOEmGxpan8/w640-h360/Brighton%20de%20Roberto%20De%20Zerbi%20(football365).jpg" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 1.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Roberto De Zerbi, atual treinador do Brighton & Hove
Albion FC, 7.º classificado da FA Premier League (fonte: football365.com).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O catalão esclareceu que, no presente, não há melhor equipa
a levar a bola controlada do setor mais recuado até ao quarto mais ofensivo do
campo. Quem acompanha a Premier League e, em particular, o Brighton, sabe que é
um conjunto perfeitamente identificado com as ideias do seu treinador: o
portador da bola tem de ser capaz de provocar o adversário direto; no centro de
jogo, dois ou três jogadores têm de conseguir atrair a pressão defensiva oponente,
de modo a libertar espaço para que um jogador mais bem posicionado dê sequência
à progressão da bola no terreno de jogo. De facto, na linha de raciocínio de De
Zerbi, um posicionamento coletivo criterioso e mobilidade ao nível do centro de
jogo, através da dinâmica do terceiro homem, são aspetos indispensáveis para desconstruir
ou perturbar a organização defensiva adversária. Atrair, criar (espaço) e
explorar.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Este jogo de provocação ou de atração, por assim dizer,
não se esgota, porém, na opção de jogar curto em permanência. Coloquemo-nos no papel
de treinador adversário: como é que podemos condicionar uma construção de jogo curta
a partir do setor defensivo? Se formos presunçosos, achando que temos jogadores
mais fortes que o Brighton, provavelmente encontraremos motivos para recorrer defensivamente
a referências individuais, abandonando o método zonal. Foi precisamente o que
aconteceu no início do último jogo em Stamford Bridge, entre o Chelsea e o
Brighton, com vitória por 2-1 para os visitantes. O clip seguinte mostra os
instantes iniciais da partida mais interessantes do ponto de vista
estratégico-tático.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dyfwfuOgGsun9i-jbXS73w44hlJGC-WEL04JwTDfJKhMoVUTNwPLAyY40OeLP4Xp_VzayIWO5Bf4Fk' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: left;"> </span></div><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O Brighton manifestou cedo a intenção de sair curto a
partir do guarda-redes e dos centrais, chamando até si a pressão do Chelsea. O
Chelsea optou por condicionar individualmente as saídas curtas do Brighton,
sendo que um dos atacantes – no caso, Conor Gallagher – procurava apertar o
guarda-redes forasteiro e, simultaneamente, fechar a linha de passe para o central
do seu lado. Ao fazê-lo, permitiu que o Brighton buscasse, como terceiro homem,
esse mesmo central (Veltman), já solto para progredir (figura 2).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirAVExAPgih5bPsw-xqcMYhzKWvPv4z3Q6_QwienYyvcCcfoJZs6j4VD6oh5vt0UPvFfQjsaI5c131CuF6JBLoDBL9ASwxDlnKb1nxb3PRZMDpOvMajy8xUL7eGz2YS9odvxhQ1p2Z2KuIKz0uAoRQFlLpP0hU3Nb8_JjejDLIuv_nefuFHCg/s1551/01.%20Chelsea%200%20x%200%20Brighton%20(Fig.%202).jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="823" data-original-width="1551" height="340" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirAVExAPgih5bPsw-xqcMYhzKWvPv4z3Q6_QwienYyvcCcfoJZs6j4VD6oh5vt0UPvFfQjsaI5c131CuF6JBLoDBL9ASwxDlnKb1nxb3PRZMDpOvMajy8xUL7eGz2YS9odvxhQ1p2Z2KuIKz0uAoRQFlLpP0hU3Nb8_JjejDLIuv_nefuFHCg/w640-h340/01.%20Chelsea%200%20x%200%20Brighton%20(Fig.%202).jpg" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 2.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Saída curta do Brighton face à pressão alta do Chelsea,
organizada segundo referências individuais. Com dois passes, o central Veltman
ficou de frente para a baliza adversária e com espaço para progressão.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Apesar de a bola se ter perdido pela linha lateral, os <i>Seagulls</i>
compreenderam as intenções defensivas dos <i>Blue</i> e na jogada seguinte abordaram,
deliberadamente, o processo ofensivo de outra maneira: se nos vão pressionar alto
com referências individuais, podemos explorar o espaço existente no setor mais recuado do adversário. A figura 3 mostra o guardião espanhol Robert Sánchez a temporizar,
pisando a bola. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxYVBmCWO0eTVYAB0O_IoY6YLMP9t1TLlq-syq1iK8DagbkqpT-9LQ8q7LOH_BKiKNGH37UqNU3urk-KF1xXWhAW_P1W3EBZOvlfL200mV6lfdKZOXUMNczY1LqvRXeMoMG9t-qQLdqPW-Y9-mPHb_eKkVh3M_s9xzZ8CCDFnARP8wGZ22XIQ/s1541/01.%20Chelsea%200%20x%200%20Brighton%20(Fig.%203).jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="814" data-original-width="1541" height="338" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxYVBmCWO0eTVYAB0O_IoY6YLMP9t1TLlq-syq1iK8DagbkqpT-9LQ8q7LOH_BKiKNGH37UqNU3urk-KF1xXWhAW_P1W3EBZOvlfL200mV6lfdKZOXUMNczY1LqvRXeMoMG9t-qQLdqPW-Y9-mPHb_eKkVh3M_s9xzZ8CCDFnARP8wGZ22XIQ/w640-h338/01.%20Chelsea%200%20x%200%20Brighton%20(Fig.%203).jpg" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><a name="_Hlk132560934"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 3.
</span></b></a><span style="mso-bookmark: _Hlk132560934;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A
ação de pisar a bola de Sánchez<b> </b>surge como convite para que a pressão
defensiva do Chelsea seja ativada.<o:p></o:p></span></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk132560934;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Na realidade, ele não estava apenas a convidar a pressão
adversária, mas também a ler o espaço disponível no setor ofensivo da sua
equipa (figura 4). Assim que Gallagher aproxima para pressionar, o guarda-redes
já sabe a quem deve endossar a bola (Kaoru Mitoma).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHq2cSFPIInB_j-yIYT5Ap0bGVwoHrNz_Hg_llj5BXdSQzbwlnROikfuaYsZThtVJYEOKFNtYV2Bwo1i5P7Bncd6HfDMLBx0oIjYc8_b001HslEuf9vY0N0WFxVyLbo0b_flyj0z8UDeHkKe5ULCyKqms4kfIa7LY9e592K-KFyiDo5bpSpHE/s1515/01.%20Chelsea%200%20x%200%20Brighton%20(Fig.%204).jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="827" data-original-width="1515" height="350" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHq2cSFPIInB_j-yIYT5Ap0bGVwoHrNz_Hg_llj5BXdSQzbwlnROikfuaYsZThtVJYEOKFNtYV2Bwo1i5P7Bncd6HfDMLBx0oIjYc8_b001HslEuf9vY0N0WFxVyLbo0b_flyj0z8UDeHkKe5ULCyKqms4kfIa7LY9e592K-KFyiDo5bpSpHE/w640-h350/01.%20Chelsea%200%20x%200%20Brighton%20(Fig.%204).jpg" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 4</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">. Sánchez descobre o espaço disponível e o companheiro de
equipa mais bem posicionado para receber a bola (Mitoma). O passe longo permitiu
ultrapassar as linhas ofensiva e intermédia do Chelsea.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O japonês recebeu a bola e progrediu pelo corredor
esquerdo, aparecendo em apoio, vindo de trás, o lateral equatoriano Pervis
Estupiñán. Na figura 5, repare-se no potencial ofensivo da jogada do Brighton
na chegada à zona de criação de situações de finalização. A superioridade
numérica no corredor lateral iria concretizar-se por meio de uma combinação
tática direta (<i>overlap</i>).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg17deBjUh1k7rV3CGkgy0V4MSPNAaDkMW_3DS_KcGqmDNJfs97LnCaX1c75bFs2X5GsD5FNTGrhoYd5dbptQkBPcFVQRoZfE8hJ1iThSPQ2z2bimuP0liCiVXLfadUCvBkJxrW76tP7k6IBH2cfr37UTahl8oJzQLj_EWDrSX7GAFdNXSE3mw/s1469/01.%20Chelsea%200%20x%200%20Brighton%20(Fig.%205).jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="818" data-original-width="1469" height="356" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg17deBjUh1k7rV3CGkgy0V4MSPNAaDkMW_3DS_KcGqmDNJfs97LnCaX1c75bFs2X5GsD5FNTGrhoYd5dbptQkBPcFVQRoZfE8hJ1iThSPQ2z2bimuP0liCiVXLfadUCvBkJxrW76tP7k6IBH2cfr37UTahl8oJzQLj_EWDrSX7GAFdNXSE3mw/w640-h356/01.%20Chelsea%200%20x%200%20Brighton%20(Fig.%205).jpg" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 5. </span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Superioridade numérica no corredor lateral esquerdo e possível
situação de 4v4+Gr na chegada à área de penálti do Chelsea.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Não havendo vantagem numérica na área de penálti, havia,
no entanto, uma situação de vantagem espacial que foi percebida e aproveitada.
O passe saiu e Mac Allister não inaugurou o marcador por centímetros (figura 6).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTMMouNTrcYIMpwsk_1Rk-JXAzlgygRMLSzwmfGW-AxQzR6wBnBlkWBPFlG19ogJWQqbYq3yRpAzrHWU0Ghu5NpnV8l_WfMMk8teU6VHkPHTpT_XqLLn1IDK3MlBJ3FCN0WGNLFMsPTLmn__bz5AAfTAYi2Fv2MF4TiuS9cSLr2-OeHTpd1DA/s1520/01.%20Chelsea%200%20x%200%20Brighton%20(Fig.%206).jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="826" data-original-width="1520" height="348" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTMMouNTrcYIMpwsk_1Rk-JXAzlgygRMLSzwmfGW-AxQzR6wBnBlkWBPFlG19ogJWQqbYq3yRpAzrHWU0Ghu5NpnV8l_WfMMk8teU6VHkPHTpT_XqLLn1IDK3MlBJ3FCN0WGNLFMsPTLmn__bz5AAfTAYi2Fv2MF4TiuS9cSLr2-OeHTpd1DA/w640-h348/01.%20Chelsea%200%20x%200%20Brighton%20(Fig.%206).jpg" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 6.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Vantagem espacial explorada pelo Brighton e a
finalização de Mac Allister saiu à malha lateral exterior da baliza.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O que importa extrair desta análise é que os jogadores do
Brighton, embora sigam um estilo de jogo claro e com processos muito bem
definidos, sabem interpretar o contexto e adaptar os seus comportamentos às
oportunidades de ação que são mais vantajosas para a equipa. Dominar e aplicar princípios
de jogo flexíveis fomenta a variabilidade e a eficácia coletiva e é isso que torna
esta equipa de De Zerbi um exemplo do que é atacar com inteligência e astúcia
no futebol moderno. A adoção de um estilo de jogo não implica que se siga
apenas uma via (i.e., os mesmos comportamentos) para chegar ao sucesso, pelo contrário.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Roberto De Zerbi já tinha as suas equipas a praticar um
futebol ofensivo distinto no Sassuolo e no Shakhtar Donetsk. Independentemente do
que possa vir a fazer no Brighton, ou do rumo que a sua carreira possa vir a tomar, parece-me
inequívoco que o italiano é um dos técnicos do futebol de elite com ideias mais
criativas e arrojadas. <o:p></o:p></span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; text-align: left;">Estou curioso sobre o que poderá fazer quando tiver ao seu dispor outros
argumentos em matéria de qualidade individual. O futuro o dirá…</span></p>Carlos Humberto Almeidahttp://www.blogger.com/profile/09636379308994650864noreply@blogger.com08550 Monchique, Portugal37.3179879 -8.55617069.0077540638211531 -43.7124206 65.628221736178844 26.6000794tag:blogger.com,1999:blog-21248517.post-48297367177697940902023-03-31T10:48:00.000+01:002023-03-31T10:48:25.776+01:00Artigo do mês #39 – março 2023 | Em que contextos táticos é que os futebolistas sprintam? Evidências de uma equipa da Premier League inglesa<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Nota prévia</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: O artigo
científico alvo da presente síntese foi selecionado em função dos seguintes
critérios: (<b>1</b>) publicado numa revista científica internacional com
revisão de pares; (<b>2</b>) publicado no último trimestre; (<b>3</b>)
associado a um tema que considere pertinente no âmbito das Ciências do
Desporto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">- 39 -<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Autores<a name="_Hlk100579888">:</a></span></b><span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Caldbeck, P., & Dos’Santos,
T.<o:p></o:p></span></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">País:</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Inglaterra<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Data de publicação: </span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">27-fevereiro-2023<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Título:</span></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> <a name="_Hlk106996253">How
do soccer players sprint from a tactical context? Observations of an English
Premier League soccer team<o:p></o:p></a></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk106996253;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Referência:</span></b><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Caldbeck, P., & Dos’Santos, T. (2023). </span><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">How
do soccer players sprint from a tactical context? Observations of an English
Premier League soccer team. <i>Journal of Sports Sciences</i>, 1–12. Advanced
online publication. https://doi.org/10.1080/02640414.2023.2183605<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_kaRy63fT3kguiC-XBIDPL-H46PJFDEGzlG4gccchjMho3L7NVz7H1QuExgtf6cEc_s9WhP7BI_6342uNeG4DHaNE_KLltc3IMKEDboDSiUCy7iU6Ns5HnI6W1-YQxiYzeFy2b6l3leelmXTdksAilm0Ze5gPUgRzydcwLxBWbvVTFnQ9QhQ/s1666/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2039%20-%20mar%C3%A7o%202023%20(1).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="718" data-original-width="1666" height="276" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_kaRy63fT3kguiC-XBIDPL-H46PJFDEGzlG4gccchjMho3L7NVz7H1QuExgtf6cEc_s9WhP7BI_6342uNeG4DHaNE_KLltc3IMKEDboDSiUCy7iU6Ns5HnI6W1-YQxiYzeFy2b6l3leelmXTdksAilm0Ze5gPUgRzydcwLxBWbvVTFnQ9QhQ/w640-h276/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2039%20-%20mar%C3%A7o%202023%20(1).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 1.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Informações editoriais do artigo do mês 39 – março de
2023.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Apresentação do problema<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As ações de sprint (≥7.0 m/s ou ≥25.2 km/h) detêm especial
importância no futebol (Sweeting et al., 2017), estando associadas a momentos
decisivos do jogo, como, por exemplo, à marcação de golo, à assistência para
golo e a comportamentos defensivos de risco (Faude et al., 2012; Martínez
Hernández et al., 2022). Para além do seu papel ao nível da performance, o
sprint também surge frequentemente associado a lesões musculares nos
isquiotibiais <i>(hamstrings</i>), acarretando inúmeras implicações negativas
para a equipa e para o clube (i.e., prejuízo financeiro, período de
reabilitação e risco de recidiva) (Schuermans et al., 2017). A verdade é que as
distâncias percorridas em sprint têm vindo a aumentar em jogos da <i>Premier
League</i> inglesa (Barnes et al., 2014; Bush et al., 2015) e é expectável que assim
continue na próxima década (Nassis et al., 2020). Por estes motivos, é fundamental
que a condição física dos jogadores seja monitorizada e convenientemente
preparada, de forma a poderem tolerar as crescentes exigências mecânicas do
sprint.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A monitorização da frequência e da distância percorrida
em sprint constitui uma tarefa crucial para a otimização do processo de treino
de futebol, sobretudo no que se refere à prescrição da carga e do volume
(Kalkhoven et al., 2021); apesar disso, ainda não há muita informação
relacionada com as exigências situacionais e com o contexto tático em que ocorrem
as ações de sprint em jogo. Por outras palavras, o conhecimento sobre o
“porquê” de se realizarem sprints no jogo de futebol é limitado. Uma compreensão
mais detalhada da frequência de sprints, em função dos múltiplos contextos
táticos, providenciará uma representação mais válida e credível das demandas
físicas provocadas pelo jogo competitivo. Este intento permite que os
profissionais do treino sejam capazes de aumentar a especificidade da prática,
criando métodos de treino da agilidade, exercícios físico-táticos (i.e.,
atividades físicas com propósitos táticos; Bradley et al., 2018) ou situações
de jogo mais bem contextualizados no que ao sprint e à velocidade em jogo diz
respeito.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSD-_qRmm9WoWvX_X9B1weyyToBkmB9rLUP5A_5OaM1SDKW90OwrtIbqP-g3DSEmMT6b_9PyL6S_iCn5RcHYtylzoYTZKVv9bPSHyFoGrqfEGLwmU-PBU2-qWd-NyNYpvVN7XdyyozzHV2DrqOBBE8nwRGjVQ41QXfX_9qAh7SS57eCAYEshM/s1200/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2039%20-%20mar%C3%A7o%202023%20(2).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1200" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSD-_qRmm9WoWvX_X9B1weyyToBkmB9rLUP5A_5OaM1SDKW90OwrtIbqP-g3DSEmMT6b_9PyL6S_iCn5RcHYtylzoYTZKVv9bPSHyFoGrqfEGLwmU-PBU2-qWd-NyNYpvVN7XdyyozzHV2DrqOBBE8nwRGjVQ41QXfX_9qAh7SS57eCAYEshM/w640-h480/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2039%20-%20mar%C3%A7o%202023%20(2).jpg" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 2.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Erling Haaland numa ação de sprint, ainda no Borussia
Dortmund (imagem não publicada pelos autores; fonte: ntv.de).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O acoplamento
perceção-ação é o resultado de uma interação entre o jogador e o seu
envolvimento (Dos’Santos et al., 2022; Seifert et al., 2016). Para que a
agilidade e a velocidade possam ser melhoradas, como parte de um programa de
treino a longo prazo, os jogadores devem realizar exercícios e tarefas
inseridos num contexto específico e representativo do jogo e, designadamente, num determinado cenário tático. A prática deve facilitar a “repetição sem
repetição”, sendo a aprendizagem alcançada por meio da exploração e da
resolução de problemas num envolvimento propício para a manifestação de ações
específicas que requeiram agilidade e velocidade (Dos'Santos et al., 2022;
Jeffreys et al., 2018). O <i>transfer</i> de comportamentos e capacidades do
treino para a competição apenas pode ser potenciado se, por um lado,
compreendermos os contextos físico-táticos em que ocorrem em competição e, por
outro lado, conseguirmos recriá-los nas sessões de treino.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Recentemente, os investigadores têm procurado caracterizar
os contextos físico-táticos nos quais ocorrem as corridas de alta intensidade
(i.e., ≥5.5 m/s) no futebol (Ju et al., 2021; Ju, Doran, et al., 2022). Embora
nem todas as ações sejam necessariamente um sprint, estes investigadores
facultaram uma boa perspetiva do “porquê” de ocorrerem corridas de alta velocidade
no decurso de um jogo de futebol. Por exemplo, quando em posse de bola, sabe-se
que o contexto tático em que ocorrem os esforços de corrida varia em função da
posição de jogo (Ade et al., 2016; Ju et al., 2021; Ju, Doran, et al., 2022): (<b>1</b>)
os defesas centrais procuram, predominantemente, progredir rapidamente no
terreno de jogo (i.e., subir a linha defensiva); (<b>2</b>) os defesas laterais
e os médios-ala executam mais ações de alta velocidade ao longo do corredor
lateral; (<b>3</b>) os médios-centro e os avançados realizam, tipicamente,
ações de condução ou de rotura no corredor central (Ade et al., 2016).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Posto isto, ao examinar os aspetos físico-táticos dos
esforços de sprint em jogo, é razoável assumir que existam diferenças entre
posições específicas. Esta possibilidade pode ter implicações consideráveis, já
que o sprint, pela sua natureza, está a ser cada vez mais ligado ao resultado
do jogo no futebol profissional (Faude et al., 2012; Martínez Hernández et al.,
2022). O estudo destas ações pode ajudar a contextualizar, física e
taticamente, a prática em treino, contribuindo para o aumento da performance em
momentos importantes do jogo, como pode ajudar no desenvolvimento de planos
de retorno à prática no processo de reabilitação de lesões (Buckthorpe, 2021;
Taberner et al., 2019). O objetivo do estudo passou por quantificar e contextualizar,
em termos táticos e situacionais, as ações de sprint de uma equipa da <i>Premier
League</i> inglesa em situação de jogo, no intuito de se reunir informação mais
específica sobre o “porquê” de se efetuarem sprints em jogo no futebol profissional.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Métodos<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Amostra</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: 10
jogos analisados de uma equipa da <i>Premier League</i> inglesa, na época
2017/2018. Metade dos jogos foram disputados em casa (5) e a outra metade na
condição de visitante (5), englobando um total de 9 equipas adversárias e 21
jogadores analisados. Os resultados dos jogos foram 3 vitórias, 4 empates e 3
derrotas. Nestas partidas, a equipa observada utilizou o dispositivo tático
4-5-1 em 5 ocasiões, o 4-4-2 em 3 e o 5-3-2 em duas. Foram registados 901
episódios de sprint, sendo avaliados, em média, 12.8 ± 0.4 jogadores por jogo.
Apenas os jogadores de campo cumpriram esforços de sprint e os elementos que
não cumpriram a totalidade dos jogos também foram incluídos na análise, i.e.,
substitutos e substituídos, pelo que foram analisados todos os esforços de
sprint executados nos 10 jogos da amostra.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Procedimentos</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: o
sprint foi classificado com uma atividade de corrida que atinja um valor igual
ou superior (≥) a 7.0 m/s (Barnes et al., 2014). Para classificar os episódios
de sprint, o vídeo oficial da partida foi obtido a partir do sistema online da <i>Premier
League</i> inglesa (DVMS; Premier League, UK), um portal com todas as filmagens
dos jogos desenvolvido pela Hudl (Hudl; USA). Baseando-se nas imagens em bruto
de jogos, foram obtidas as coordenadas das atividades locomotoras dos jogadores
através das fontes oficiais da <i>Premier League</i>, Tracab (Chyron Hego,
USA). Posteriormente, os dados brutos foram processados e filtrados através de
um sistema de gestão de carga para gerar dados velocidade-tempo (OpenField,
Catapult Sports, Aus.). A partir deste ponto, foram anotados os instantes de
início e final de cada esforço classificado como sprint, tendo como referência
o cronómetro do jogo. Os investigadores recorreram a múltiplos ângulos para
avaliar as ações de sprint: (<b>1</b>) perspetiva tática (visão alta, com uma
perspetiva aberta do campo); (<b>2</b>) perspetiva alta à retaguarda (ângulo
alto, atrás de uma das balizas); (<b>3</b>) transmissão televisiva. O ângulo
principal de análise do estudo foi a perspetiva tática. A análise primária
focou-se em todos os jogadores, mas foi ainda conduzida uma análise adicional
considerando as diversas posições de jogo através de dois métodos: (<b>1</b>) categorização
de 5 posições (defesas centrais; CB; defesas laterais, FB; médios-centro, CM; médios-ala,
WM; avançados-centro, CF); (<b>2</b>) agrupamento de posições de acordo com a
localização do campo: central (CB, CM e CF) e lateral (FB e WM).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Classificação do contexto tático do sprint</span></i><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: para classificar as ações de sprint foi
utilizado um sistema previamente validado – o sistema de classificação do
contexto tático do sprint no futebol [</span><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Football
Sprint Tactical Context Classification System</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">
(STC)] (Caldbeck, 2020). Este sistema permite que os registos de vídeo sejam,
sistemática e qualitativamente, analisados, de modo a classificar o contexto
tático do sprint em função da fase/momento do jogo (i.e., fases de organização
ofensiva e organização defensiva e momentos de transição ofensiva e transição
defensiva) e da consequência tática (i.e., o contexto exato de cada ação de
sprint, quer em posse de bola, quer sem a posse da bola) (ver tabela 1).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Tabela 1.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Especificação
das categorias e da descrição das respetivas ações do sistema de classificação do
contexto tático do sprint no futebol (adaptado de Caldbeck & Dos’Santos, 2023).<o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh77qEInmFhaBNLnAruKH__omXPXe-IXvEL-uV7w95mKjqHRSYGY0x434Im6g1LE8xhrzWYK2-r8DKyaA1fRtGJOSoJr_aT_5K-6JMealXeg23uoWUIFZUUUMt85ExX561qDC-ecUifaEUbt3c2mFZUioCFkL6HPgs8t2uNcz6CL_UoIZcFIAQ/s1386/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2039%20-%20mar%C3%A7o%202023%20(3).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1386" data-original-width="1372" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh77qEInmFhaBNLnAruKH__omXPXe-IXvEL-uV7w95mKjqHRSYGY0x434Im6g1LE8xhrzWYK2-r8DKyaA1fRtGJOSoJr_aT_5K-6JMealXeg23uoWUIFZUUUMt85ExX561qDC-ecUifaEUbt3c2mFZUioCFkL6HPgs8t2uNcz6CL_UoIZcFIAQ/w634-h640/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2039%20-%20mar%C3%A7o%202023%20(3).png" width="634" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Fiabilidade</span></i><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">: foram
apuradas as fiabilidades intra e interobservador na utilização do sistema. O
primeiro autor foi o principal responsável pela análise dos sprints, contando
com alguns anos de experiência no âmbito das Ciências do Desporto. A
fiabilidade intraobservador foi excelente (<i>k</i> = 0.97), após reavaliados
97 sprints com 7 dias de diferença entre a primeira e a segunda observação. A
fiabilidade interobservador foi verificada após a avaliação de 66 sprints por
um outro observador, também ele um investigador experiente nesta área de
intervenção, sendo obtido um valor excelente (<i>k</i> = 0.97).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">
</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Análise estatística</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: os
dados recolhidos de cada sprint foram registados numa folha Excel (Microsoft
Corporation, USA) e, depois, processados no software SPSS, v. 26.0 (SPSS,
Chicago, USA). O processamento incluiu o cálculo das médias de cada ação, por
jogo, estando os sprints agrupados por posições de jogo e grupos posicionais.
Após a verificação da normalidade dos dados, mediante o teste Shapiro-Wilk, correram-se
análises de variância de uma via (<i>one-way ANOVA</i>) para determinar as
diferenças estatísticas entre médias dos sprints para cada “fase/momento do
jogo” e para cada “consequência tática”. As comparações entre pares de categorias
foram executadas através do teste <i>post hoc</i> Tukey HSD. O nível de
significância foi estabelecido em <i>p</i> ≤ 0.05 e a dimensão de efeito foi
observada através do <i>d</i> de Cohen, de acordo com as seguintes magnitudes: trivial
(<0.20), pequena (0.20–0.59), moderada (0.6–1.19), grande (1.20–1.99) e muito
grande (>2.0) (Hopkins, 2002). Por fim, a proporção de sprints classificados
segundo o sistema utilizado foi calculada para os grupos posicionais e agrupada
entre as diversas posições.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Principais resultados<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Fase/momento de jogo<o:p></o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A maioria dos sprints
ocorreu na fase de organização defensiva, seguindo-se nos momentos de transição
ofensiva e transição defensiva (ver figura 3). A frequência de sprints na fase
de organização ofensiva foi significativamente mais baixa relativamente à fase
de organização defensiva e aos dois momentos de transição (dimensão de efeito
pequena).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4wFIXWkFd7R3tXZpwXjH82YTdYOyrHs5SwD5NQgfa9zXLuYHY3tSet3VM0ReVNvTrvymw2Um1BPjvkCfadldaufS1uohiqa-C6ezwaoeXFGPESo9bNXfx4CjsMSOeuW-cxRAq7QhCxphUpmdTKSk8tKHe_jDpP9B7WrBfc2VQcL6hoo_M7R4/s1384/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2039%20-%20mar%C3%A7o%202023%20(4).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1384" data-original-width="1172" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4wFIXWkFd7R3tXZpwXjH82YTdYOyrHs5SwD5NQgfa9zXLuYHY3tSet3VM0ReVNvTrvymw2Um1BPjvkCfadldaufS1uohiqa-C6ezwaoeXFGPESo9bNXfx4CjsMSOeuW-cxRAq7QhCxphUpmdTKSk8tKHe_jDpP9B7WrBfc2VQcL6hoo_M7R4/w542-h640/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2039%20-%20mar%C3%A7o%202023%20(4).jpg" width="542" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 3.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> <a name="_Hlk128082227">Ações de sprint, por
fase/momento de jogo, observadas nos jogos de uma equipa da <i>Premier League</i>.
Painel A: Percentagem média de sprints realizados por fase/momento de jogo.
Painel B: Média e desvio-padrão de sprints completados por fase/momento de jogo
(Caldbeck & Dos’Santos, 2023).<o:p></o:p></a></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk128082227;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Consequência tática<o:p></o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">De todas as categorias, o
maior número de sprints ocorreu no contexto tático de “encurtar/pressionar”.
Esta ação ocorreu significativamente mais vezes que todas as demais
consequências táticas, à exceção da segunda ação mais frequente: “cobertura”
(figura 4). O contexto tático menos frequente foi a “interceção” e cerca de 60%
dos esforços de sprint foram executados quando a equipa não estava em posse da
bola. As categorias mais observadas em processo defensivo (i.e., sem a posse de
bola) foram: “encurtar/pressionar”, “cobertura”, “corrida de recuperação”,
“bola no corredor” e “acompanhar o adversário” (cada uma entre os 14 e os 28%).
Em processo ofensivo (i.e., em posse de bola), as categorias mais frequentes
foram: “penetração na área de penálti”, “progressão no terreno de jogo”,
“corrida no corredor”, “corrida para o espaço atrás da linha defensiva” e
“corrida com bola” (cada uma entre os 11 e os 25%).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2ynyRAKBuWIlPHe-nh77DAb0pMJ0NRc3gzJX2HsHwd8pSJnXAwi9iDA3Wc6vI3Utef56hcnzMTntVChOm1Oy6h_ZriuyIDPs1a9OY-pXhUnrEvm1_w-8T5Emp2mZ1RW8wgj8kltiEjtfO4B0VXxyxematOfk1HWlUOQOlE_WyPODXn4SRTcw/s1174/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2039%20-%20mar%C3%A7o%202023%20(5).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="594" data-original-width="1174" height="324" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2ynyRAKBuWIlPHe-nh77DAb0pMJ0NRc3gzJX2HsHwd8pSJnXAwi9iDA3Wc6vI3Utef56hcnzMTntVChOm1Oy6h_ZriuyIDPs1a9OY-pXhUnrEvm1_w-8T5Emp2mZ1RW8wgj8kltiEjtfO4B0VXxyxematOfk1HWlUOQOlE_WyPODXn4SRTcw/w640-h324/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2039%20-%20mar%C3%A7o%202023%20(5).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 4.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Média e desvio-padrão do número de sprints executados em
jogo, em função da consequência tática, quer em posse de bola, quer sem a posse
de bola. Categorias em posse de bola: Penetração na área de penálti; “Overlap”;
Progressão no terreno de jogo; Corrida no corredor; Corrida para o espaço atrás
da linha defensiva/penetração; Movimento interior; Movimento no corredor
central; Corrida com bola; Outros. Categorias sem a posse da bola: Encurtar/pressionar;
Interceção; Cobertura; Corrida de recuperação; Bola por cima; Bola no corredor;
Acompanhar o adversário; Outros (Caldbeck & Dos’Santos, 2023). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Comparando o contexto tático do sprint entre posições<o:p></o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span><b style="font-size: 12pt;"><i><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Comparação entre posições
por fase/momento de jogo</span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As maiores proporções de sprints para os médios-ala (37%)
e para os avançados-centro (52%) foram registadas durante o momento de
transição ofensiva. No caso dos defesas laterais e centrais, a maioria dos
sprints foi observada na fase de organização defensiva (34% e 54%,
respetivamente). Os médios-centro completaram a maioria dos sprints no momento
de transição defensiva (45%). À exceção dos defesas centrais, os jogadores das
outras posições executaram mais sprints nos momentos de transição. No que
respeita ao agrupamento posicional por localização do campo, o grosso dos
esforços de sprint foi observado na fase de organização defensiva (central:
39%; lateral: 33%).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Comparação entre posições
por consequência tática<o:p></o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Sem a posse de bola, os principais contextos táticos dos
sprints dos defesas centrais foram “bola no corredor” e “cobertura”,
totalizando 61% do total de sprints efetuados. Os defesas laterais realizaram
sprints de uma forma bastante diversificada, com proporções semelhantes entre
as diferentes ações de sprints (3–14%). Os médios-ala realizaram mais sprints a
“encurtar/pressionar” (21%), 3 vezes mais que em “cobertura” ou a “acompanhar o
adversário” (7% cada). A ação de sprint mais comum dos médios-centro e dos
avançados-centro foi em “cobertura” (31%) e a “encurtar/pressionar” (23%),
respetivamente.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Em posse de bola, os defesas centrais e os médios-centro
pouco sprintaram. Apenas 19% dos sprints dos médios-centro ocorreram em
processo ofensivo. Os médios-ala e os avançados-centro foram os que mais
sprintaram em posse de bola: 58% e 70% do total de ações de sprint,
respetivamente. Os médios-ala sprintaram predominantemente para “correr no
corredor” (16%) e “correr com a bola” (11%), enquanto os avançados-centro
sprintaram essencialmente para “correr no corredor (23%), “correr para o espaço
atrás da linha defensiva” (18%) e “mover-se no corredor central” (10%).</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os jogadores do corredor central sprintaram quase o dobro
das vezes em “cobertura”, comparativamente aos alas (20% vs. 9%). Outra
diferença evidente foi que os jogadores do corredor central sprintaram mais
frequentemente em contexto de “bola no corredor” (11% vs. 7%). Em posse de
bola, os jogadores do corredor central sprintaram menos vezes que os jogadores
do corredor lateral. Os jogadores mais periféricos realizaram mais sprints que
os jogadores interiores em “overlap” (+8%), “corrida com bola” (+6%) e “corrida
no corredor lateral” (+4%). As únicas duas ações em que as posições centrais
suplantaram as posições laterais no que refere a sprints foram “correr para o
espaço atrás da linha defensiva” (+3%) e “movimento no corredor central” (+3%).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="color: #2b2a2a; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Minion Pro";"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Aplicações práticas<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os resultados do estudo sugerem que cerca de 33% dos
esforços de sprint ocorrem na fase de organização defensiva. Não deixa de ser
curioso que as consequências táticas mais predominantes na ação de sprint sejam
o encurtamento/pressão e a cobertura. Mesmo com um bloco compacto e
equilibrado, pode-se esperar que os jogadores realizem sprints para fechar
espaços de progressão para a equipa adversária ou linhas de passe que
comprometam a integridade do método defensivo adotado para proteger a baliza de
ameaças.</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Do ponto de vista ofensivo, o momento de transição
ofensiva sobressaiu em termos de frequência de sprints. É precisamente nestes
instantes que as equipas que recuperam a posse de bola podem explorar eventuais
desequilíbrios defensivos existentes na equipa oponente. Posto isto, não é
admirar que a “corrida no corredor”, a “corrida para o espaço atrás da linha
defensiva”, a “corrida com bola” e a “penetração na área de penálti” tenham
sido as categorias mais comuns em posse. Na conceção de exercícios ou de situações
mais representativas, estes resultados podem servir para promover uma espécie
de “engenharia reversa”, de modo que as ações suprarreferidas sejam de facto contextualmente
trabalhadas (i.e., conhecimento situacional, perceção visual, estratégia de
movimento, ritmo, etc.) e passíveis de promover a transferência para a situação
competitiva.</span><span style="color: red; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">No que se refere ao contexto tático em que os sprints
ocorrem, houve diferenças inequívocas entre as diversas posições de jogo.
Assim, no desenvolvimento da velocidade geral ou específica, é fundamental
atender às necessidades particulares de cada posição, tendo em consideração as
características dos jogadores e os princípios subjacentes ao modelo de jogo da
equipa. De maneira a incrementar a validade ecológica e o ritmo de jogo em
situações contextualizadas, ou a fomentar o <i>transfer</i> de exercícios
analíticos de sprint, os treinadores devem ponderar aos seguintes pontos:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os defesas laterais tendem
a cumprir mais sprints na fase de organização defensiva, mas também o fazem
para atacar (34%), o que evidencia a importância da progressão dos laterais
pelos respetivos corredores no futebol moderno;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os defesas centrais
raramente sprintaram no momento de transição ofensiva e na fase de organização
ofensiva; contudo, pela especificidade das posições mais recuadas e pela
natureza dos esforços de sprint efetuados, recomenda-se que os laterais e os
centrais formem grupos de trabalho separados e cumpram programas de treino de
velocidade distintos;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os médios-ala e os avançados-centro apresentaram
características contextuais semelhantes na ação de sprint, com a maioria dos
esforços a ocorrem nos momentos de transição ofensiva, seguindo-se a fase de
organização defensiva. Este tipo de ações justifica-se, por um lado, pela
possibilidade de apanhar os adversários desposicionados, o que permite romper a
respetiva organização defensiva de forma mais eficaz; por outo lado, os
esforços de pressão de alta intensidade dos jogadores mais adiantados têm-se
relevado essenciais para que as equipas sejam bem-sucedidas na fase defensiva
ao nível da elite;</span><span style="mso-ansi-language: PT;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Encurtar espaço/pressionar são ações fulcrais dos
jogadores do corredor central e dos jogadores mais avançados na fase de
organização defensiva (ver figura 5), enquanto a “corrida no corredor” e a “corrida
para o espaço atrás da linha defensiva” são os esforços que produzem mais
impacto ofensivo no resultado do jogo.</span><span style="mso-ansi-language: PT;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span><span style="font-size: 10pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfI16d-30qSLMGpg_EYITSUlmiBwe7krltJotc_MbJRb8bUzjbEBoVlPytqknQlrvVedVpvkp4yc3hhfk0qhUWeaLVu0iveghmV64Q8XHuNkI2v0fqI9oZDs8G_5m4opAGWRsnIyUwwwIFLiCZC7A28YnVWm9S5J7CnpodX8F0fNk6zkOfAcE/s2358/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2039%20-%20mar%C3%A7o%202023%20(6).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1286" data-original-width="2358" height="350" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfI16d-30qSLMGpg_EYITSUlmiBwe7krltJotc_MbJRb8bUzjbEBoVlPytqknQlrvVedVpvkp4yc3hhfk0qhUWeaLVu0iveghmV64Q8XHuNkI2v0fqI9oZDs8G_5m4opAGWRsnIyUwwwIFLiCZC7A28YnVWm9S5J7CnpodX8F0fNk6zkOfAcE/w640-h350/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2039%20-%20mar%C3%A7o%202023%20(6).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 5.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Possível exercício para trabalhar ações contextualizadas
de sprint para o(s) avançado(s)-centro: (<b>1</b>) durante uma circulação de
bola pelo setor defensivo adversário, o avançado-centro sprinta para encurtar/pressionar
o defesa central e, depois, o defesa lateral; (<b>2</b>) na recuperação da posse
de bola, o médio interior n.º 8 coloca a bola em profundidade para que o
avançado explore o espaço atrás da linha defensiva e encare o guarda-redes para
marcar golo (imagem não publicada pelos autores).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Um melhor entendimento dos contextos táticos em que os
sprints surgem faz com que os profissionais do clube possam aumentar a
especificidade de programas de reabilitação e da avaliação da performance em
sprint. Por consequência, será possível cumprir com mais rigor o propósito de
expor progressivamente o jogador a reabilitar aos estímulos e aos padrões de
movimento com que se depara no treino quotidiano e no jogo competitivo.
Falamos, por exemplo, de passar de exercícios gerais e lineares de sprint para
situações mais específicas e associadas a determinados contextos táticos, com
ou sem bola, mas nas quais a carga cognitiva e a solicitação fisiológica vão
gradualmente aumentando. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Conclusão<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Em primeira instância, este estudo evidenciou que os sprints
realizados por jogadores de uma equipa da <i>Premier League</i> ocorreram em função
de múltiplas circunstâncias táticas e durante as duas fases e os dois momentos
de jogo, havendo diferenças notórias entre as posições de jogo. O trabalho
consistiu numa primeira tentativa para contextualizar taticamente a emergência
do sprint em situação de jogo competitivo no futebol profissional de elite,
sendo que os (novos) resultados apurados podem ter implicações relevantes para
a preparação física dos jogadores no futuro. Uma compreensão mais detalhada das
exigências do jogo contemporâneo dá azo a que a periodização e o design de
tarefas de treino sejam mais específicos e ecologicamente válidos para cada uma
das posições de jogo. Em última instância, os treinadores e os outros profissionais
(e.g., fisioterapeutas, médicos, preparadores físicos, etc.) podem não apenas potenciar o <i>transfer</i> de ações de alta intensidade do treino para o
contexto de desempenho, como também preparar o retorno à prática após
lesão com mais eficácia e minúcia. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">P.S.:<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">1-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As ideias que constam neste texto foram originalmente
escritas pelos autores do artigo e, presentemente, traduzidas para a língua
portuguesa;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">2-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Para melhor compreender as ideias acima referidas,
recomenda-se a leitura integral do artigo em questão;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">3-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As citações efetuadas nesta rúbrica foram utilizadas pelos
autores do artigo, podendo o leitor encontrar as devidas referências na versão
original publicada na revista <i>Journal of Sports Sciences</i>.</span></p><p></p>Carlos Humberto Almeidahttp://www.blogger.com/profile/09636379308994650864noreply@blogger.com08550 Monchique, Portugal37.3179879 -8.556170621.861864252235716 -26.1342956 52.774111547764278 9.0219544tag:blogger.com,1999:blog-21248517.post-71024644356474819502023-02-24T22:42:00.000+00:002023-02-24T22:42:47.866+00:00Artigo do mês #38 – fevereiro 2023 | Aquecimento para o Campeonato do Mundo de 2022 no Catar: A evolução da marcação do golo nos últimos 14 Campeonatos do Mundo da FIFA (1966–2018)<p style="text-align: justify;"><b style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Nota prévia</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-align: justify;">: O artigo
científico alvo da presente síntese foi selecionado em função dos seguintes
critérios: (<b>1</b>) publicado numa revista científica internacional com
revisão de pares; (<b>2</b>) publicado no último trimestre; (<b>3</b>)
associado a um tema que considere pertinente no âmbito das Ciências do
Desporto.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">- 38 -<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Autores<a name="_Hlk100579888">:</a></span></b><span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> <a name="_Hlk127870619">Mićović</a>, B., Leontijević, B., Dopsaj, M., Janković,
A., Milanović, Z., & Garcia Ramos, A.<o:p></o:p></span></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">País:</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Sérvia<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Data de publicação: </span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">4-janeiro-2023<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Título:</span></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> <a name="_Hlk106996253">The
Qatar 2022 World Cup warm-up: Football goal-scoring evolution in the last 14
FIFA World Cups (1966–2018)<o:p></o:p></a></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk106996253;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Referência:</span></b><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Mićović, B., Leontijević, B., Dopsaj, M., Janković, A.,
Milanović, Z., & Garcia Ramos, A. (2023). </span><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">The
Qatar 2022 World Cup warm-up: Football goal-scoring evolution in the last 14
FIFA World Cups (1966–2018). </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Frontiers in
Psychology, 13, 954876. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2023.954876</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkdIdUGQ8tOsAFi_NXcGEIMrWlCCATkH8FGz0Nad8mCtJN4o_m1QopOjYWy82XoBl5Ed_h1ILAEJRbSDd-Zqg5o4i1uAt_hdcidkg1-o8VaNg72h1XTx_VDntUKBdtb8FbnIURu3ppNP7QEakWRAEdqPZ43nodgz4c_A4nxGKQJzg_n_Ow6Us/s1368/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2038%20-%20fevereiro%202023%20(1).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="711" data-original-width="1368" height="332" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkdIdUGQ8tOsAFi_NXcGEIMrWlCCATkH8FGz0Nad8mCtJN4o_m1QopOjYWy82XoBl5Ed_h1ILAEJRbSDd-Zqg5o4i1uAt_hdcidkg1-o8VaNg72h1XTx_VDntUKBdtb8FbnIURu3ppNP7QEakWRAEdqPZ43nodgz4c_A4nxGKQJzg_n_Ow6Us/w640-h332/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2038%20-%20fevereiro%202023%20(1).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 1.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Informações editoriais do artigo do mês 38 – fevereiro
de 2023.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Apresentação do problema<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">No futebol, a performance é determinada por uma interação
complexa de fatores técnicos, táticos, físicos e mentais (Drust et al., 2007).
Deste modo, é necessário examinar os comportamentos competitivos em detalhe
para extrair informação relevante sobre a performance individual (jogadores) ou
coletiva (equipas). Para este efeito, a metodologia observacional permite
recolher dados de múltiplas variáveis que interagem em contextos competitivos
(Anguera & Hérnandez-Mendo, 2015), constituindo, também, uma ferramenta
flexível, já que os profissionais podem adaptar os procedimentos de recolha de
informação às suas necessidades (Ortega-Toro et al., 2019).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O golo, sendo o elemento crucial para determinar o
resultado de um jogo de futebol, tem sido um dos aspetos mais investigados no
âmbito da análise do jogo (Armatas & Yiannakos, 2010; Vergonis et al.,
2019; Wallace & Norton, 2014). No entanto, além de a maioria dos estudos se
limitar a uma competição específica, tanto a nível nacional, como a nível
internacional (e.g., Cebi et al., 2016; Kubayi, 2020), há poucos dados sobre
como o futebol jogado tem evoluído ao longo de várias décadas. Sabe-se que a
evolução do futebol tem resultado em alterações nas exigências físicas,
técnicas e táticas do jogo. Por exemplo, entre as finais dos Campeonatos do
Mundo da FIFA de 1966 e 2010, foi observada uma redução do espaço efetivo de
jogo e aumentos significativos da velocidade da bola e do número de passes
executados por minuto (15% e 35%, respetivamente) (Wallace & Norton, 2014).
As questões que ora se colocam é se, e como, todas estas mudanças têm afetado
as ações de concretização do golo nas últimas décadas, em particular, a
marcação de golos em fases finais de Campeonatos do Mundo, uma prova-chave para
compreender como o futebol evolui.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O olhar sobre algumas das investigações mais recentes
sobre a marcação do golo em campeonatos profissionais permitiu concluir o
seguinte:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">75,9% dos golos na <i>UEFA
Champions League</i> 2016/2017 foram marcados de bola corrida (González-Ródenas
et al., 2021);<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">20–30% dos golos são
concretizados através de bola parada (Armatas & Yiannakos, 2010; Njororai,
2013; González-Ródenas et al., 2019);<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">63,9%, 23,1% e 13% dos
golos foram marcados a partir de posses de bola iniciadas nos terços ofensivo,
intermédio e defensivo do campo, respetivamente (Vergonis et al., 2019);<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">50,5% dos golos foram
marcados após 2 ou menos passes, 19% dos golos após 3–4 passes e 31,1% na
sequência de 5 ou mais passes (Kubayi, 2020);<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">69,9% das ações de golo
surgiram depois de passes curtos (<30 metros) (Kubayi, 2020);<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As ações que originaram
golo resultaram de comportamentos coletivos em 51,6% das ocasiões, enquanto
10,5% das ações de finalização foram construídas através de jogadas individuais
(figura 2) (González-Ródenas et al., 2021). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjd3Hx1a-FG3ie_3sV8zn5vg4RgMPznwzyX0_CWJVkLZk7Owe2uooZgdirPBVPu06ZlgctCAwmoiXN-yvPZZh1cq3-M4vTPrk-4ZJQKMsHx_UzRaCyDm_QJm8kyZZyY5rK6SH1yqkLUfB8inlpJhXzIJhoGAiMo8907y1HqexU5Ke6xfpPME5E/s600/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2038%20-%20fevereiro%202023%20(2).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="347" data-original-width="600" height="370" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjd3Hx1a-FG3ie_3sV8zn5vg4RgMPznwzyX0_CWJVkLZk7Owe2uooZgdirPBVPu06ZlgctCAwmoiXN-yvPZZh1cq3-M4vTPrk-4ZJQKMsHx_UzRaCyDm_QJm8kyZZyY5rK6SH1yqkLUfB8inlpJhXzIJhoGAiMo8907y1HqexU5Ke6xfpPME5E/w640-h370/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2038%20-%20fevereiro%202023%20(2).jpg" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 2.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Golo de Diego Maradona após jogada individual, diante da
Inglaterra, nos quartos-de-final do Mundial do México, em 1986 (imagem não
publicada pelos autores; créditos: © Action Images).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Até à data, raros foram os
estudos que analisaram a marcação do golo em múltiplos Campeonatos do Mundo da
FIFA consecutivos; porém, entre outros aspetos, é sabido que a maioria dos
golos se marca no período entre os 76 minutos e o final da partida (Armatas et
al., 2007; Leite, 2013; Kubayi & Toriola, 2019). Do ponto de vista
tático-técnico, Kubayi e Toriola (2019) examinaram, também, o modo como foram
concretizados os golos em 5 Campeonatos do Mundo consecutivos (1998–2014).
Estes autores apuraram, por exemplo, que a maior parte dos golos foram
concretizados dentro da área de penálti (53,6%), seguido de dentro da área de
baliza (23,8%). Contudo, no cômputo geral, há uma escassez gritante de análises
longitudinais que permitam, por um lado, estabelecer perspetivas paralelas
entre diferentes períodos da história do futebol e, por outro lado, compreender
como as ações determinantes das situações de golo têm evoluído no decurso dessa
mesma história.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Portanto, o objetivo do estudo consistiu em identificar
padrões das ações ofensivas que originaram golos em 14 Campeonatos do Mundo da
FIFA consecutivos (1966–2018), incluindo a análise do período do golo e das
ações técnicas e dos aspetos táticos prévios à sua concretização. Os autores colocaram
a hipótese de que o período e as zonas do golo, bem como as características
individuais dos jogadores, se alterariam ao longo da história dos Mundiais de
futebol.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Métodos<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Amostra</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: 1881
golos marcados em 732 partidas disputadas em 14 Campeonatos do Mundo da FIFA
consecutivos, entre 1966 e 2018. Os golos marcados nos desempates através de
pontapés de penálti não foram incluídos.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Procedimentos de recolha de dados</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: todos os registos de vídeo para a análise foram obtidos
no website <span style="color: black;">https://footballia.net. Os clips de cada
golo foram analisados através do software iMovie, de forma independente, por 4 observadores
experientes (3 doutorados em Ciências do Desporto e 1 doutorando, com, pelo
menos, 7 anos de experiência como analistas de futebol). Os tempos de jogo
aquando da marcação dos golos foram retirados do sítio oficial da FIFA (https://www.fifa.com).
Na tabela 1 constam as definições operacionais propostas para o estudo.</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Tabela 1.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">
Definições operacionais e categorias das variáveis dependentes analisadas no
estudo (adaptado de Mićović et al., 2023).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh95u_98qAr82x1tiD56OTR2TWjoL126VQ6DpvHmTDWghjphR8oFsFkShHSJcdNP5q-QMLHj7to3UgBDP8J7kGERCJM5q2QmWW_-0Wcyd9U0fpFMKVf87htpD_ideR1su0-bRQsQHZ39YWV2AmKXJq6Fp3qo3xlBi_6J-oW4Dz2Ar2_iXJtVl4/s1351/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2038%20-%20fevereiro%202023%20(3).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="787" data-original-width="1351" height="372" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh95u_98qAr82x1tiD56OTR2TWjoL126VQ6DpvHmTDWghjphR8oFsFkShHSJcdNP5q-QMLHj7to3UgBDP8J7kGERCJM5q2QmWW_-0Wcyd9U0fpFMKVf87htpD_ideR1su0-bRQsQHZ39YWV2AmKXJq6Fp3qo3xlBi_6J-oW4Dz2Ar2_iXJtVl4/w640-h372/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2038%20-%20fevereiro%202023%20(3).jpg" width="640" /></a></div><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Fiabilidade</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: todas
as variáveis foram testadas para verificar a fiabilidade intra e
interobservador. Foram aleatoriamente analisados 244 dos 1881 golos (13%) que
compuseram a amostra. Os valores de Kappa de Cohen para a testagem
intraobservador variaram entre 0.82 (marcação de golo de bola corrida) e 1.00 (ação
que origina o golo), o que demonstra um elevado nível de acordo para todas as
variáveis de performance. Foi, ainda, calculado o Coeficiente de Correlação
Intraclasse (ICC) para avaliar a fiabilidade interobservador, revelando,
também, valores muito elevados (ICC = 0.966, com intervalo de confiança de 95%
entre 0.933 e 1.00).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Análise estatística</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: todas
as variáveis foram inseridas numa folha do Microsoft Excel<sup>®</sup> para o
Mac 2011 e, posteriormente, as análises foram realizadas com o software IBM<sup>®</sup>
SPSS Statistics (v. 19.0). Os autores recorreram ao teste do Qui-quadrado para
identificar diferenças significativas na frequência/timing dos golos marcados e
calcularam os valores de <i>Cramer’s V</i> para apurar as respetivas dimensões
de efeito, em função dos seguintes valores de corte (pequeno = 0.10; médio =
0.30; grande = 0.50; Cohen, 1988). No intuito de examinar a tendência de
alterações nas variáveis investigadas, em função da edição do Campeonato do
Mundo (variável independente), foi empregue uma análise de regressão linear. O
nível de significância foi definido em 5% (<i>p</i> ≤ 0.05).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Principais resultados<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A média mais alta de golos
por jogo foi registada no Mundial de 1970, no México (2,97), enquanto o inverso
foi observado no Mundial de 1990, em Itália (2,21). Marcaram-se mais golos nas
segundas partes dos jogos (56,3%), sendo que, nas primeiras partes e nos
prolongamentos, as percentagens situaram-se nos 41,1% e nos 2,6%,
respetivamente.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A distribuição de golos
pelos períodos de 15-min dos jogos não diferiu significativamente ao longo do
tempo, i.e., em função das diversas edições do Campeonato do Mundo da FIFA. Na
generalidade, foram concretizados mais tentos no último período do tempo regulamentar
(76–90’+; 22,7%). Quanto à distribuição das zonas de marcação de golo, também
não foi verificada a existência de diferenças significativas relativamente às
diversas edições da prova. Foram marcados mais golos na área de penálti (54,7%),
seguindo-se a área de baliza (21,3%), fora da área de penálti (15,6%) e da
marca de grande penalidade (8,9%).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As variáveis “ação que origina
o golo” e a “parte do corpo usada para marcar golo” obtiveram associações
significativas com a edição do Campeonato do Mundo da FIFA, mas com dimensões
de efeito pequenas. Se, por um lado, a finalização a 1 toque foi dominante na
concretização do golo (62,5%), comparativamente a 2 toques (19,2%) e mais de 2 toques
(18,3%), por outro lado, a evolução do jogo tem ditado um aumento significativo
da finalização ao primeiro toque, com o respetivo decréscimo do número de
finalizações após 2 ou mais toques sobre a bola. No que respeita à parte do
corpo utilizada para finalizar, a maioria das ações foi executada com o membro
inferior direito (51,6%), seguida do membro inferior esquerdo (28%), do
cabeceamento (17,8%) e de autogolo (2,6%). Contudo, tem-se verificado um
decréscimo da utilização do membro inferior direito e um aumento do recurso ao
membro inferior esquerdo e, sobretudo, à ação de cabeceamento. A variação do
número de autogolos foi errática, mas aumentou bruscamente no último Mundial da
amostra: Rússia 2018.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Em golos de bola corrida, o
fator tempo não produziu diferenças significativas no tipo da penúltima ação
executada previamente ao golo, quer em circunstâncias coletivas (tipo de
passe), quer em ações estritamente individuais. Em contextos de jogada dinâmica,
55,8% dos golos foram concretizados após passe de um companheiro de equipa e
44,2% como resultado de jogadas individuais. O grosso dos golos obtidos através
de ações coletivas adveio de passes de rotura (46,6%), seguindo-se de
cruzamentos (39,1%) e de passes recuados (14,3%). Nas ações individuais que
originaram golo, destacou-se a categoria “recolha de bola perdida” (39,7%),
comparando com “remate de longe” (33,4%), “drible” (19,6%) e “condução de
bola” (7,3%).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Um total de 70,5% dos
golos foram obtidos através de jogada corrida, contrastando com os 29,5% de
golos marcados em situações fixas do jogo (bolas paradas). A análise de
regressão linear demonstrou uma influência significativa do fator tempo (i.e.,
sucessão dos 14 Mundiais analisados) nos diferentes tipos de jogada (figura 3) e
na penúltima ação prévia ao golo (figura 4). No período entre 1966 e 2018, por
cada Campeonato do Mundo da FIFA, a frequência de golos marcados através de
bola parada aumentou 0,27% e os golos obtidos após jogadas coletivas sofreu um
incremento de 0,28%. Ao invés, a preponderância de golos de bola corrida e de
golos criados através de jogadas individuais tem vindo a diminuir progressivamente.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6MoRS44lsBmHIWgEr-Fvbq8h7c27xnNeqQssZ6UYLdhzOqJseFtbtHMgR_1nZXEtK_hMKoYISjMv_o_aNdQRYq79-26hmUYFClKfOqL6IGyBUVKQ3pK4lOptl08jcvktCfZKJaqTRrz_J-bDGy4hiTD4vkHei-bQcpn0AfaxZhJQzdmDFBmc/s1064/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2038%20-%20fevereiro%202023%20(4).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="630" data-original-width="1064" height="378" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6MoRS44lsBmHIWgEr-Fvbq8h7c27xnNeqQssZ6UYLdhzOqJseFtbtHMgR_1nZXEtK_hMKoYISjMv_o_aNdQRYq79-26hmUYFClKfOqL6IGyBUVKQ3pK4lOptl08jcvktCfZKJaqTRrz_J-bDGy4hiTD4vkHei-bQcpn0AfaxZhJQzdmDFBmc/w640-h378/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2038%20-%20fevereiro%202023%20(4).jpg" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 3.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> <a name="_Hlk128082227">Análise de regressão da
frequência de golos marcados através dos diferentes tipos de jogada (bola
corrida – cinzento vs. bola parada – preto), ao longo dos 14 Mundiais
analisados (Mićović et al., 2023).</a><o:p></o:p></span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYvXnT34aLY5EjLqUIxonfFoBsBUkRrg3Ka2zP06SxceSt_EJqcoAxQ4_C7ZyUiLtBe5_7eyXTYJjODe0xXadB43MGUVTUIhpXT5js3q5U0umOj96CPQVFRE1yjVWwzbv-VdvLxAxUBIeNjGM5S0QIn12K7d2j1z1Palmi3IdAMlC_iD8fQuQ/s1059/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2038%20-%20fevereiro%202023%20(5).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="628" data-original-width="1059" height="380" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYvXnT34aLY5EjLqUIxonfFoBsBUkRrg3Ka2zP06SxceSt_EJqcoAxQ4_C7ZyUiLtBe5_7eyXTYJjODe0xXadB43MGUVTUIhpXT5js3q5U0umOj96CPQVFRE1yjVWwzbv-VdvLxAxUBIeNjGM5S0QIn12K7d2j1z1Palmi3IdAMlC_iD8fQuQ/w640-h380/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2038%20-%20fevereiro%202023%20(5).jpg" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 4.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Análise de regressão da frequência do tipo da penúltima
ação prévia ao golo (ação coletiva – cinzento vs. ação individual – preto), ao
longo dos 14 Mundiais analisados (Mićović et al., 2023).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="color: #2b2a2a; font-size: 9.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Minion Pro";"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Aplicações práticas<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O estudo reforça que a maioria dos golos no futebol de
elite são marcados no último período do tempo regulamentar, ou seja, entre o
76.º minuto e o final do jogo. É um período marcado pela acumulação de fadiga
física e mental, o que tende a ocasionar mais erros tático-técnicos. Por outro
lado, é, também, uma fase do jogo em que as equipas tendem a adotar estratégias
mais arriscadas, sobretudo, se as circunstâncias associadas ao resultado forem
desfavoráveis. É, por isso, fundamental que o processo de treino considere o
trabalho tático-técnico em contextos de fadiga acumulada e vise a otimização de
estratégias (ofensivas e defensivas) eficazes, tanto na persecução do golo,
como na manutenção do equilíbrio defensivo.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os resultados indicam que a parte do corpo mais
frequentemente utilizada nas ações de finalização para golo (i.e., membro
inferior direito) nos Campeonatos do Mundo da FIFA tem vindo a perder preponderância.
Desde as etapas de formação de base, recomenda-se que os praticantes pratiquem
sistematicamente métodos de treino associados à finalização, mas nos quais a
variabilidade e a diversidade de ações surjam ampliadas (utilização dos 2
membros inferiores, cabeceamentos, área de penálti, área de baliza, fora da
área, etc.). Além disso, a frequência dos golos concretizados através de
penálti tem vindo a aumentar, ao que não estará alheio a introdução do <i>Video
Assistant Referee</i> (VAR). As grandes penalidades são treináveis e não são um
mero resultado do acaso, pelo que, no planeamento do microciclo semanal, deve
ser dedicado algum tempo para refinar a eficácia dos jogadores de campo e dos
guarda-redes nestes eventos específicos do jogo.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Por força da diminuição progressiva do espaço efetivo de
jogo, como consequência de organizações defensivas mais coordenadas e
dinâmicas, não é estranho que a finalização ao primeiro toque tenha vindo a
adquirir importância ao longo da história dos Mundiais de futebol. Não há tempo
para 1 ou 2 toques a mais! Na conceção de tarefas de treino, este aspeto é
vital: o tempo que os atacantes dispõem para finalizar é muito limitado. Assim,
contextualizar o espaço e as características da oposição nas tarefas propostas
pode ser determinante para encorajar a antecipação, a prontidão e a precisão
dos jogadores nas ações de remate ou de cabeceamento.</span><span style="color: red; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O acréscimo da relevância de ações coletivas prévias à
marcação de golo surge na mesma linha de raciocínio do ponto anterior. A
crescente qualidade defensiva das equipas, com a redução do espaço
intersetorial e uma maior concentração de jogadores no corredor da bola,
implica que as ações individuais sejam anuladas mais frequentemente. O recurso
a passes de rotura para quebrar linhas defensivas adiantadas é, neste âmbito,
um tipo de ação coletiva sugestivo para criar situações de finalização no
futebol de elite. Do ponto de vista individual, embora o drible seja uma ação atrativa
e muito apreciada pelos espetadores, os dados não indicaram ser um
comportamento determinante para a obtenção de um número substancial de golos na
competição. De qualquer modo, a capacidade de ultrapassar adversários diretos e
de perturbar organizações defensivas compactas deve ser valorizada e
incentivada no processo de treino, em particular, desde tenra idade.</span><span style="color: red; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A quantidade de golos através de esquemas táticos (bolas
paradas) tem vindo a aumentar na história recente dos Mundiais de futebol, ao
invés do que sucede com os golos obtidos através de jogada corrida. A título ilustrativo,
no Mundial 2018 cerca de 40% dos golos foram obtidos de bola parada. As perguntas
que se impõem são: será que a composição dos microciclos das seleções
nacionais, nas semanas prévias ao Campeonato do Mundo, está ajustada a esta
tendência evolutiva do jogo? Quanto tempo é (ou deve ser) dedicado a aprimorar pontapés
de canto, pontapés-livres, lançamentos laterais e penáltis ofensivos? As
respostas a estas questões constituem, por si só, a aplicação prática.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Conclusão<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Este estudo evidenciou que algumas das variáveis
analisadas demonstraram consistência ao longo dos Campeonatos do Mundo da FIFA
disputados entre 1966 e 2018: “período do jogo” (marcaram-se mais golos no
último período do tempo regulamentar: 76–90’+), “zona de concretização do golo”
(mais golos dentro da área de penálti) e “ação que originou golo” (mais golos
marcados ao primeiro toque). As características individuais essenciais para alcançar
o golo nos Mundiais também permaneceram constantes e incluíram a recolha de bola
perdida e o remate de longe.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Por sua vez, os resultados do estudo revelaram que as
alterações nas dimensões física, tática e técnica, ao longo do tempo, causaram
uma modificação nas determinantes comportamentais associadas às situações de
concretização de golo, em particular, no “tipo de jogada” e na “penúltima ação”.
Nos 14 Mundiais examinados, comprovou-se a existência de uma tendência
crescente de golos marcados através de bolas paradas e de ações ofensivas
coletivas. O acréscimo da qualidade defensiva das equipas, com uma redução
significativa da área de jogo efetiva dos oponentes, pode explicar em parte as
tendências evolutivas assinaladas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">P.S.:<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;">1-<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As ideias que constam neste texto foram originalmente
escritas pelos autores do artigo e, presentemente, traduzidas para a língua
portuguesa;<o:p></o:p></span></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;">2-<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Para melhor compreender as ideias acima referidas,
recomenda-se a leitura integral do artigo em questão;</span></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"></span></p><p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;">3-<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As citações efetuadas nesta rúbrica foram utilizadas pelos
autores do artigo, podendo o leitor encontrar as devidas referências na versão
original publicada na revista <i>Frontiers in Psychology</i>.</span></p>Carlos Humberto Almeidahttp://www.blogger.com/profile/09636379308994650864noreply@blogger.com08550 Monchique, Portugal37.3179879 -8.55617069.0077540638211531 -43.7124206 65.628221736178844 26.6000794tag:blogger.com,1999:blog-21248517.post-65933859764231060552023-01-31T11:55:00.007+00:002023-01-31T12:04:13.122+00:00Artigo do mês #37 – janeiro 2023 | Planear o microciclo no futebol de elite: descansar ou não descansar?<p style="text-align: justify;"><b style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Nota prévia</span></b><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; text-align: justify;">: O artigo
científico alvo da presente síntese foi selecionado em função dos seguintes
critérios: (<b>1</b>) publicado numa revista científica internacional com
revisão de pares; (<b>2</b>) publicado no último trimestre; (<b>3</b>)
associado a um tema que considere pertinente no âmbito das Ciências do
Desporto.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">- 37 -<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Autores<a name="_Hlk100579888">:</a></span></b><span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Buchheit, M., Settembre, M., Hader,
K., & McHugh, D.<o:p></o:p></span></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">País:</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> França<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Data de publicação: </span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">3-janeiro-2023<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Título:</span></b><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> <a name="_Hlk106996253"></a><span style="mso-bookmark: _Hlk106996253;">Planning the microcycle
in elite football: To rest or not to rest?</span><span style="mso-bookmark: _Hlk106996253;"><o:p></o:p></span></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk106996253;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Referência:</span></b><span lang="EN-GB"> </span><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Buchheit,
M., Settembre, M., Hader, K., & McHugh, D. (2023). Planning the microcycle
in elite football: To rest or not to rest? <i>International Journal of Sports
Physiology and Performance</i>, 1–7. Advanced online publication. https://doi.org/10.1123/ijspp.2022-0146<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiE-zo5yTlgK6zebDE6fd4myjj1HA3QvwhQ1g0xL9pDo8iBH_mFCBp0O6sw9zHUNRnVPt9ZxpSm94IvC5tU5ksP5qiQ1Fu9-WNkJXbZScKfAohCHs9z-4Mx0lxjGFreJKB49J_JoPeDpHTS1byS6kgxL5rHumJe6gULHrDEGZt0QRAPYEunFz4/s1514/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2037%20-%20janeiro%202023%20(1).png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="337" data-original-width="1514" height="142" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiE-zo5yTlgK6zebDE6fd4myjj1HA3QvwhQ1g0xL9pDo8iBH_mFCBp0O6sw9zHUNRnVPt9ZxpSm94IvC5tU5ksP5qiQ1Fu9-WNkJXbZScKfAohCHs9z-4Mx0lxjGFreJKB49J_JoPeDpHTS1byS6kgxL5rHumJe6gULHrDEGZt0QRAPYEunFz4/w640-h142/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2037%20-%20janeiro%202023%20(1).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 1.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Informações editoriais do artigo do mês 37 – janeiro de
2023.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Apresentação do problema<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O planeamento do microciclo no futebol de elite é uma
tarefa complexa (Buchheit et al., 2021). Embora já haja alguns dados
informativos sobre a prática de planear no futebol (e.g., Chena et al., 2021;
Clemente et al., 2019; Mateus et al., 2016), estes são, geralmente, (1)
quantitativos e representativos de um único clube ou (2) limitados a
orientações metodológicas, tais como as inicialmente desenvolvidas por R.
Verheijen e, posteriormente, pelo FC Barcelona (Tarragó et al., 2019).</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Mais recentemente, e no intuito de melhor se perceber o
racional por detrás da seleção dos conteúdos a desenvolver e do planeamento
efetuado, Buchheit et al. (2021) aplicaram um questionário a 100 profissionais
a trabalhar no futebol de elite. A maioria dos respondentes confirmaram que a
preocupação de equilibrar o trabalho e a recuperação de um dia para o seguinte,
no decurso do microciclo, era (muito provavelmente) necessária para promover a
saúde e otimizar o desempenho. Apesar disso, ainda não se sabe se fazer descansar
completamente os jogadores por 1 ou 2 dias afeta a taxa de lesões no mesmo
microciclo, incluindo o jogo competitivo seguinte. A questão de qual o melhor
dia para dar folga, ou mesmo se compensa dar folga no microciclo (figura 2), é
um aspeto que não foi investigado cientificamente, não obstante a sua enorme
importância em termos da recuperação, da compensação e da dinâmica psicossocial
da equipa (Buchheit et al., 2021; Buchheit, 2017).</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUDn6YNyuNPPThy4YqNXVDrXu4NNwRKIm6_xSL5LIJFDoG6447R0aLpEmhqeeSnCUVonXk7O-xXwetGvgadGKuElppt1sVjgJjyjQc5O9njWlMZTzOV6-T6BHw6CTVXewx3140MC5Y15XQ3k2h94YqS6BUtYYt_MPWJIMrz1cm5hGTdpZFhe0/s2262/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2037%20-%20janeiro%202023%20(2).png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1138" data-original-width="2262" height="322" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUDn6YNyuNPPThy4YqNXVDrXu4NNwRKIm6_xSL5LIJFDoG6447R0aLpEmhqeeSnCUVonXk7O-xXwetGvgadGKuElppt1sVjgJjyjQc5O9njWlMZTzOV6-T6BHw6CTVXewx3140MC5Y15XQ3k2h94YqS6BUtYYt_MPWJIMrz1cm5hGTdpZFhe0/w640-h322/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2037%20-%20janeiro%202023%20(2).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 2.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Na gestão do risco de lesão, é importante programar dias
de folga num microciclo de treino no futebol profissional? (imagem não
publicada pelos autores)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">De modo a produzir novas evidências sobre esta matéria,
os autores examinaram a associação entre o planeamento dos dias de folga e a
taxa de lesões, recorrendo a dados retrospetivos de 18 equipas de elite que
disputaram ligas de topo, como a <i>Premier League</i> (Inglaterra), <i>Serie A</i>
(Itália), <i>Bundesliga</i> (Alemanha), <i>Premiership</i> (Escócia), <i>Major
League Soccer</i> (E. U. A.) e <i>Eredivisie</i> (Países Baixos). Além disso,
também foi averiguado o timing dos dias de folga em microciclos de diferentes
extensões (de 3 a 8 dias) e, depois, a influência do fluxo prévio de jogos nas
associações suprarreferidas. Ainda que o desenho deste estudo observacional não
permita o estabelecimento de relações causais, decerto que as informações
obtidas poderão ajudar os treinadores e a equipa técnica a otimizar o
planeamento dos seus microciclos, em função do contexto no qual estão
inseridos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><a name="_Hlk59809855"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Métodos<o:p></o:p></span></b></a></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Amostra</span></i></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: os dados foram
extraídos de 18 equipas pertencentes às ligas de topo de Inglaterra (<i>Premier
League</i>), Itália (<i>Serie A</i>), Alemanha (Bundesliga), Escócia (<i>Premiership</i>),
E. U. A. (<i>Major League Soccer</i>) e Países Baixos (<i>Eredivisie</i>),
entre janeiro de 2018 e dezembro de 2021. A amostra final incluiu um total de
56 épocas (a mesma equipa pode ter contribuído com dados de mais do que uma
época), 1578 jogadores, 2865 lesões, 2859 jogos domésticos e 12939 sessões de
treino diárias.</span></span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Recolha
de dados</span></i></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: os detalhes acerca das características dos jogadores, da
participação em treinos e jogos e das lesões ocorridas foram retiradas de uma
base de dados online (i.e., Kitman Labs platform Dublin, Irlanda)
frequentemente usada pelos clubes de futebol envolvidos no estudo. O staff
médico das equipas introduz este tipo de informação na plataforma, como parte
da sua rotina de gestão diária, incluindo variáveis como datas, tipo e
severidade da lesão. A severidade da lesão foi apurada em função dos dias de
treino/competição perdidos. A exposição ao treino e à competição (e.g., duração
e dados de GPS) foi igualmente inserida na plataforma. Os procedimentos foram
rigorosamente os mesmos para todos os clubes.</span></span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Preparação
dos dados</span></i></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: a extensão dos microciclos foi definida pelo número de
dias entre dois jogos competitivos, iniciando no dia após o primeiro jogo e
terminando com o jogo seguinte. Um microciclo de 3 dias (<i>3-d turnaround</i>)
implica, por exemplo, jogar num domingo e, posteriormente, na quarta-feira
seguinte. Considerando um total de 1871 microciclos, os mais curtos envolveram
3 dias e os mais longos 8 dias. Os microciclos com 3 dias foram, também,
considerados como congestionados. Assumiu-se como “dia de folga” um dia sem
jogo, em que, para os 15 principais jogadores da equipa (i.e., os mais
utilizados no decurso dessa época), não foi registada na plataforma qualquer exposição
a atividades de treino. Os padrões de distribuição dos dias de folga foram
analisados para cada microciclo. Os dias com exposição física foram codificados
como “x” e os dias de folga como “o”. Foram exploradas todas as combinações
possíveis em função da extensão do microciclo, contudo, somente as sequências
com ≥10 ocorrências por extensão de microciclo foram incluídas na análise. Uma
lesão é geralmente definida como uma mazela ocorrida em treino ou em competição
e que impede um jogador de realizar treino ou jogo durante um ou mais dias após
a ocorrência (Bahr et al., 2020). A investigação focou-se apenas nas lesões sem
contacto que tiveram um impacto substancial na participação em treino ou em
jogo competitivo, i.e., só foram consideradas lesões sem contacto que
resultaram, no mínimo, em 3 dias perdidos de treino/competição (≥<i>3-day time
loss</i>). No total, 511 jogadores principais estiveram envolvidos em 965
lesões com tempo perdido, incluindo 559 lesões sem contacto.</span></span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Análise
dos dados</span></i></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: os dados foram analisados ao longo de 3 etapas
consecutivas, de uma perspetiva relacional macro para outra micro:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 42.55pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -14.2pt;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><!--[if !supportLists]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">1.<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Dia de folga por si e taxa de lesão: aferir potenciais
diferenças entre as taxas de lesão em treino e em jogo, em função da
presença/ausência de, pelo menos, um dia de folga no microciclo (no total e por
extensão do microciclo);<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 42.55pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -14.2pt;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><!--[if !supportLists]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">2.<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Presença de jogos consecutivos (calendário congestionado:
0, 1, ou ≥2 de microciclo de 3 dias) antes do microciclo analisado, incluindo,
pelo menos, um dia de folga, ou sem folga, e risco de lesão;<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 42.55pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -14.2pt;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><!--[if !supportLists]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">3.<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Distribuição (i.e., quando) dos dias de folga para cada
extensão de microciclo e a sua associação com lesões em treino ou em jogo
(neste nível, as taxas de lesão foram apresentadas tanto para o microciclo
inteiro, como apenas para o número de dias de treino). <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Análise estatística</span></i></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: os resultados foram
apresentados como médias e intervalos de confiança de 95%. A existência de
diferenças substanciais foi assumida quando os intervalos de confiança não se
sobrepuseram (Cumming, 2018). O <i>d</i> de Cohen foi também calculado para
verificar a magnitude das diferenças, tendo por base os seguintes limites: 0.2
(pequena); 0.6 (moderada); 1.2 (grande); 2 (muito grande) (Hopkins et al.,
2009).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Principais resultados<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A taxa de lesão foi 5 vezes mais elevada nos jogos
competitivos do que nas sessões de treino, sem diferenças quanto à extensão do
microciclo, excetuando para o microciclo de 5 dias, em que foi evidenciado um menor
número de lesões em relação aos outros microciclos.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As diferenças entre microciclos com e sem dia de folga,
quanto às taxas de lesão em treino e em jogo, foram inconclusivas. Por sua vez,
o número de microciclos congestionados (de 3 dias) que precedeu os microciclos
de interesse não apresentou uma relação evidente com as taxas de lesão em
treino ou em jogo, independentemente da sua extensão e de incluírem ou não dia
de folga.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Para microciclos até 6 dias, a prática mais frequente foi
treinar todos os dias do microciclo (30%–80%, havendo um decréscimo de dias de
folga à medida que os microciclos ficam mais curtos). Nestes microciclos, caso
tenha sido programado um dia de folga, o mesmo ocorreu mais frequentemente logo
após o jogo competitivo: <i>Match Day</i> (MD)+1. Em relação aos microciclos
mais longos (7 e 8 dias), a prática mais comum foi dar um dia de folga em MD+1,
seguido de treinar todos os dias. Conceder dia de folga em MD+2 aconteceu 44
vezes nos microciclos de 7 dias (10%) e 12 vezes nos microciclos de 8 dias
(9%).</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Considerado as taxas de lesão em treino e em jogo como um
todo (figura 3), e focando-nos apenas nos 3 tipos mais frequentes de
planeamento do microciclo (i.e., sem dia de folga, um dia de folga em MD+1 ou
em MD+2), as sequências incluindo um dia de folga em MD+2 (x/o/…) estiveram
associadas a uma redução das taxas de lesão por dia, comparativamente às outras
duas sequências (sem folga e dia de folga em MD+1), nos microciclos de 3 e de 7
dias (dimensão de efeito moderada a muito grande). As diferenças entre as 3
principais sequências não foram claras para as outras extensões de microciclo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV37bEbvHSuKShemf2atUZQwO8du78PADk0KPnzKhePqTyBItJaj_l1WZtGSNk8fcZKDWQz3RSQISbouNi-gQ8jUKh4ZJ--zlfMLP1h4o2ZTE7OaLUgebYsNAR9grORc1nl1Os5s9EhEICPBfOg6zvxsadgDwS6kCyoKEaMLo20LnhpXMXDq4/s1156/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2037%20-%20janeiro%202023%20(3).png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1156" data-original-width="726" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV37bEbvHSuKShemf2atUZQwO8du78PADk0KPnzKhePqTyBItJaj_l1WZtGSNk8fcZKDWQz3RSQISbouNi-gQ8jUKh4ZJ--zlfMLP1h4o2ZTE7OaLUgebYsNAR9grORc1nl1Os5s9EhEICPBfOg6zvxsadgDwS6kCyoKEaMLo20LnhpXMXDq4/w402-h640/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2037%20-%20janeiro%202023%20(3).png" width="402" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 3.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Média total (com intervalo de confiança a 95%) das taxas
de lesão sem contacto por microciclo (painel superior) e das taxas totais de
lesão sem contacto por treino ou por jogo (painel inferior), em função das 3
principais sequências: sem folga (x/x/…), um dia de folga em MD+1 (o/x/…) e um
dia de folga em MD+2 (x/o/…). *,** diferenças moderadas a grandes,
respetivamente, em relação a microciclo sem folga. #,## diferenças moderadas a
grandes, respetivamente, em relação a microciclos com um dia de folga em MD+1
(Buchheit et al., 2023).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Aplicações práticas<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A utilização de um vasto conjunto de dados no futebol de
elite permitiu comprovar que, apesar de a opção de introduzir um dia de folga
por si não demonstrar associações claras com a ocorrência de lesões sem
contacto, a sua programação (i.e., quando) no microciclo relevou associações
positivas e dignas de registo. Na prática, pelo menos em microciclos com 3 e 7
dias de extensão, propor um dia de folga em MD+2 esteve associado a um
decréscimo substancial (2 a 3 vezes) na taxa de lesões contraídas em treino e
em jogo, comparativamente a não ter dia de folga ou tê-lo mais cedo, em MD+1.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Embora haja sempre muitas formas de planear um
microciclo, treinar em MD+1 e ter um dia de folga em MD+2 pode providenciar
diversas vantagens, tanto ao nível do desempenho competitivo, como no que
respeita à incidência de lesão sem contacto. Propor treino em MD+1 permite, por
um lado, que os titulares/jogadores mais utilizados possam receber tratamento e
realizar uma sessão de recuperação adequada e, por outro lado, que os suplentes
não utilizados ou pouco utilizados tenham a oportunidade de treinar em zonas de
intensidade elevada para compensar o esforço não realizado em competição. Esta opção
metodológica faz com que todos os elementos do plantel “fechem o microciclo
anterior” e possam descansar no dia seguinte (MD+2), antes de regressarem
“frescos” para um novo ciclo de treino em MD+3 até ao jogo competitivo seguinte.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Ao invés, ao se optar por um dia de folga em MD+1,
reduzem-se e, eventualmente, adiam-se as oportunidades para cuidar da
recuperação dos titulares/mais utilizados e para nivelar o esforço realizado
pelos suplentes utilizados/não utilizados após o jogo anterior. A consequência
desta opção é que alguns jogadores titulares/mais utilizados podem ainda
necessitar de tratamento/cuidados em MD+2 e podem, por isso, não estar logo disponíveis
para treinar; já os suplentes correm o risco de experienciar um regime de treino
leve durante 2 ou 3 dias consecutivos (carga leve em MD-1, 0–30 minutos de jogo
e dia de folga em MD+1), o que perturba uma dinâmica de treino que se quer
otimal, limitando a adaptação global ao esforço.</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A estrutura de microciclo associada às menores taxas de
lesão sem contacto não foi a mais comum na amostra recolhida de diversos clubes
profissionais de topo. Os treinadores podem achar que a opção de “descansar 2
dias após o jogo” (MD+2) não constitui uma alternativa pertinente para o
contexto em que estão inseridos, apesar de parecer ser a estratégia ideal, do
ponto de vista fisiológico e biológico, no papel. Também é verdade que o
argumento “lesão” pode não constituir uma prioridade principal para os
treinadores no ato de planear o microciclo. Há outros aspetos que podem ser priorizados
em detrimento de uma eventual redução na incidência de lesão: (1) a dinâmica
psicossocial da equipa (jogadores geralmente preferem o dia de folga logo após
o jogo, MD+1); (2) a necessidade de promover cargas de treino mais fortes nos
jogadores (pouco descanso ou inexistência de dias de folga durante a pré-época
ou no regresso de pausa para férias), ou de preparar taticamente um jogo muito
importante; (3) a interferência de outros constrangimentos externos, como, por
exemplo, realização de viagens longas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Conclusão<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">De acordo com o conhecimento dos autores, este foi o
primeiro estudo que analisou a associação entre a programação de dias de folga
no microciclo de treino de equipas profissionais e as taxas de lesão em treino
e em jogo. O resultado mais sonante evidenciou que conceder um dia de folga em
MD+2 (2 dias após o jogo) esteve associado com uma redução moderada a grande de
lesões sem contacto, em particular, no decurso de microciclos com 3 e 7 dias. Em
ocasiões futuras, a investigação deve ainda examinar a carga de treino em cada
dia, relativamente a diferentes estratégias de programação das folgas, considerando,
também, os diversos tipos de microciclo em termos de extensão.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-GB" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">P.S.:<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">1-<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As ideias que constam neste texto foram originalmente
escritas pelos autores do artigo e, presentemente, traduzidas para a língua
portuguesa;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">2-<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Para melhor compreender as ideias acima referidas,
recomenda-se a leitura integral do artigo em questão;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">3-<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As citações efetuadas nesta rúbrica foram utilizadas pelos
autores do artigo, podendo o leitor encontrar as devidas referências na versão
original publicada na revista <i>International Journal of Sports Physiology and
Performance</i>.<o:p></o:p></span></p>Carlos Humberto Almeidahttp://www.blogger.com/profile/09636379308994650864noreply@blogger.com08550 Monchique, Portugal37.3179879 -8.55617069.0077540638211531 -43.7124206 65.628221736178844 26.6000794tag:blogger.com,1999:blog-21248517.post-35947018925244961862022-12-27T15:19:00.000+00:002022-12-27T15:19:52.888+00:00Artigo do mês #36 – dezembro 2022 | Quantos criativos são suficientes? A manipulação do número de jogadores criativos adversários e o desempenho de jovens futebolistas em jogos reduzidos<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Nota prévia</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: O artigo
científico alvo da presente síntese foi selecionado em função dos seguintes
critérios: (<b>1</b>) publicado numa revista científica internacional com
revisão de pares; (<b>2</b>) publicado no último trimestre; (<b>3</b>)
associado a um tema que considere pertinente no âmbito das Ciências do
Desporto.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">- 36 -<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Autores<a name="_Hlk100579888">:</a></span></b><span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Santos, S.,
Coutinho, D., Gonçalves, B., & Sampaio, J.<o:p></o:p></span></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">País:</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Portugal<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Data de publicação: </span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">29-novembro-2022<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Título:</span></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> <a name="_Hlk106996253">How
many creatives are enough? Exploring how manipulating the number of creative
players in the opposing team impacts footballers' performance during
small-sided games<o:p></o:p></a></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk106996253;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Referência:</span></b><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Santos, S., Coutinho, D., Gonçalves, B., & Sampaio,
J. (2023). </span><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">How many creatives are enough? Exploring how
manipulating the number of creative players in the opposing team impacts
footballers' performance during small-sided games. </span><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Human Movement Science, 87</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">, 103043. https://doi.org/10.1016/j.humov.2022.103043<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvCuEzmiFW1o3M89djsVPGaFjySkbGM5FDnQsJeVFAVCVYGpFkhTHDy9KX1WXqDdfqy9RXJ0uw13iZIs_kpxEGTN8NCtUjIbN6CLS0q-r9IN5O8hvQCn8JJsmljdWzm17kArFaG7YJwD0gwiOlhZxfaCHErtQAxfjkR8X6Sef9XBB-ERSRN6E/s1028/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2036%20-%20dezembro%202022%20(1).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="576" data-original-width="1028" height="358" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvCuEzmiFW1o3M89djsVPGaFjySkbGM5FDnQsJeVFAVCVYGpFkhTHDy9KX1WXqDdfqy9RXJ0uw13iZIs_kpxEGTN8NCtUjIbN6CLS0q-r9IN5O8hvQCn8JJsmljdWzm17kArFaG7YJwD0gwiOlhZxfaCHErtQAxfjkR8X6Sef9XBB-ERSRN6E/w640-h358/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2036%20-%20dezembro%202022%20(1).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 1.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Informações editoriais do artigo do mês 36 – dezembro de
2022.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Apresentação do problema<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O comportamento criativo é fundamental para alcançar
performances de alto nível no futebol (Memmert, 2015). Este tipo de
comportamento tem sido descrito como um processo de exploração, em condições
ambientais apropriadas, para gerar diversas soluções passíveis de resolver um
problema contextual do treino ou do jogo, de modo prático, inesperado e
autêntico (Memmert, 2015; Santos & Monteiro, 2021). A criatividade deve,
assim, ser compreendida como um processo de perceção, exploração e produção de
novas oportunidades de ação num dado contexto (Rasmussen et al., 2019).</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilqRgGLwwL7BP1V2uMLByFL_CNMAzJVWEdrCl4QGXcvMWbo8E2JYQj3oYH1ilSdeG6zqyPWBcqpxrVkEzbvOz_vax7HTlJyz9ghA5LEffsCCj0MzRZ3yIizN8ef1IfpfVpoEfkWx-znHLH4G9AaLm0hRa6W1MRXkVrYEIx9qxCrB-GyirbRSk/s670/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2036%20-%20dezembro%202022%20(2).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="377" data-original-width="670" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilqRgGLwwL7BP1V2uMLByFL_CNMAzJVWEdrCl4QGXcvMWbo8E2JYQj3oYH1ilSdeG6zqyPWBcqpxrVkEzbvOz_vax7HTlJyz9ghA5LEffsCCj0MzRZ3yIizN8ef1IfpfVpoEfkWx-znHLH4G9AaLm0hRa6W1MRXkVrYEIx9qxCrB-GyirbRSk/w640-h360/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2036%20-%20dezembro%202022%20(2).jpg" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 2.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> A criatividade no futebol: produção de ações eficazes e
inesperadas para a resolução de problemas contextuais do jogo (imagem não
publicada pelos autores; fonte: https://www.abola.pt/nnh/2022-11-28/camaroes-aboubakar-e-o-chapeu-a-servia-futebol-e-diversao-e-criatividade/966387).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">No âmbito da estrutura teórica para o desenvolvimento da
criatividade (Santos et al., 2016), os treinadores são encorajados a estimular
a expressão da criatividade pessoal (tipo <i>P</i>) nos seus exercícios de
treino. A expressão do tipo <i>P</i> é intrínseca ao jogador e está associada à
autoexploração do processo de aplicar novas técnicas e descobrir soluções
inovadoras, que, porém, podem não ser originais para a sociedade ou para a
equipa. Esta expressão distingue-se do tipo histórico (tipo <i>H</i>), que se
relaciona com a criação de algo novo para a sociedade. Para incentivar a
expressão do tipo <i>P</i>, é essencial conceber ambientes enriquecedores que
fomentem as componentes da criatividade dos jogadores, nomeadamente, a
fluência, a flexibilidade ou versatilidade, as tentativas e a originalidade
(Coutinho et al., 2018; Santos et al., 2017, 2018). A fluência consiste no
número de ações bem-sucedidas realizadas pelo jogador ou pela equipa para
superar um problema do jogo. A flexibilidade ou versatilidade refere-se à
diversidade de ações que um jogador ou equipa são capazes de produzir. A
originalidade envolve a produção de soluções comportamentais inovadoras e raras
(Santos et al., 2017, 2018). De modo a valorizar os esforços dos jogadores para
executar novas ações relativamente ao seu repertório motor, o número de
tentativas, mesmo aquelas sem êxito, têm sido contabilizadas, tendo em
consideração as três componentes supramencionadas (Coutinho et al., 2018;
Santos et al., 2017, 2018).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O desenvolvimento das componentes da criatividade parece
estar dependente do tipo de regras/condicionantes utilizado nas tarefas de
treino. Embora algumas condicionantes, ou constrangimentos, possam promover a
exploração do movimento e contribuir para a melhoria das componentes da
criatividade (i.e., da expressão do tipo <i>P</i>), outras podem provocar o
inverso: restringir a atividade exploratória e inibir a criatividade (Torrents
et al., 2020). Em termos científicos, é necessária mais investigação para
melhor entender como a manipulação da tarefa pode estimular ou inibir o
comportamento criativo dos jogadores. Os jogos reduzidos, pela sua
especificidade, têm sido uma das tarefas de treino mais estudadas na área das
Ciências do Desporto. Estas atividades permitem que os jogadores desenvolvam e
adaptem as suas ações motoras à informação contextual disponível, promovendo o
acoplamento entre perceção e ação inerente à melhoria da compreensão do jogo
(Travassos et al., 2013). Ainda que a intervenção através de jogos reduzidos
não requeira muito tempo para produzir incrementos na performance, o grau em
que as melhorias resultam de um ou mais parâmetros específicos (e.g., melhorias
técnicas ou físicas determinam ganhos táticos ou vice-versa) permanece
desconhecido.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A alteração das relações numéricas é uma das manipulações
mais frequentes em jogos reduzidos de futebol. Contextos de superioridade,
inferioridade ou igualdade determinam diferentes níveis de oposição e podem
espoletar diferentes ações motoras, uma vez que as circunstâncias
informacionais mudam com os constrangimentos da tarefa. Atualmente, sabe-se que
níveis moderados de dificuldade estimulam a ocorrência de comportamentos
criativos, enquanto tarefas extremamente difíceis ou de exigência reduzida
parecem inibir a criatividade (Torrents et al., 2020). Além da relação
numérica, a composição das equipas também modifica a exigência das tarefas e,
por consequência, os comportamentos tático-técnicos individuais e coletivos. Por
isso, é plausível supor que classificar os jogadores, em função do seu
potencial criativo, pode orientá-los para oportunidades de ação distintas,
ainda que esta conjetura careça de confirmação por parte da investigação
científica.</span><span style="color: red; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A criatividade é, nos dias que hoje correm, uma
característica muito apreciada pelos treinadores, pois os jogadores criativos
trazem imprevisibilidade ao jogo e podem perturbar o plano estratégico-tático
da equipa oponente (Furley et al., 2015). Adicionar um ou mais criativos a uma
equipa pode aumentar substancialmente a exigência da tarefa, levando a
ajustamentos consideráveis nos comportamentos individuais e coletivos nos
jogadores da equipa adversária. A modificação da dificuldade da tarefa pela
variação do nível de proficiência da oposição, mediante a inclusão de jogadores
criativos em contextos de igualdade numérica, é uma estratégia de treino
interessante para a preparação de um grupo para as exigências competitivas. Porém,
até à data, nenhum estudo analisou o impacto que o aumento gradual do número de
jogadores criativos adversários pode acarretar na exploração de diferentes
oportunidades de ação, nas componentes criativas do comportamento e no
ajustamento posicional da outra equipa. É, também, relevante notar que jogadores
de diferentes escalões etários podem interagir de forma diferenciada com os
constrangimentos que lhes são impostos, sendo usual verificar que os jogadores
com menor nível de habilidade tendem a ser mais afetados pelas condicionantes
da tarefa (Coutinho et al., 2021). Posto isto, o propósito do estudo consistiu
em identificar o efeito que jogar contra um número distinto de jogadores
criativos adversários produz nos comportamentos criativos e táticos de jovens
jogadores de 3 escalões etários (Sub-9, Sub-11 e Sub-13), durante a prática de
jogos reduzidos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Métodos<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 1.0cm; text-align: justify; text-indent: -14.15pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Primeira fase: Classificar os jogadores de acordo com as
componentes relativas à criatividade<o:p></o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Participantes</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: 60
jovens jogadores de 3 escalões etários: Sub-9, <i>n</i> = 20; Sub-11, <i>n</i>
= 20 e Sub-13, <i>n </i>= 20, pertencentes a um clube da região norte de
Portugal e que compete a nível regional. A amostra também incluiu os
guarda-redes que participaram nas sessões experimentais, porém, devido à
especificidade da posição, os dados não foram considerados na análise. O
consentimento informado foi obtido previamente à recolha de dados e os
procedimentos experimentais, que estavam conforme as disposições éticas
associadas à investigação científica, foram explicados aos jogadores.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Procedimentos – identificação do perfil criativo dos
jogadores</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: os jogadores realizaram um jogo
reduzido Gr+4v4+Gr, num espaço de 40x30 m (150 m<sup>2</sup>/jogador) em relva
artificial, para que fosse possível classificá-los em termos de perfil de
criatividade (figura 3a). Cada jogo foi composto por 4 períodos de 6 minutos,
intercalados por 3 minutos de descanso, ao longo de 5 sessões experimentais. Em
cada escalão etário foram realizados 20 períodos de 6 minutos de jogo reduzido.
Foram criadas 4 equipas (A, B, C e D) em cada sessão experimental, sendo que
duas delas se defrontaram em 2 períodos (e.g., período 1: A x B; período 2: A x
B: período 3: C x D; período 4: C x D). No total das 5 sessões experimentais,
cada jogador disputou, no mínimo, 4 períodos de jogo reduzido.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrTDerkgK385P3nFp85pvCbusqQ9r0G1NahmIfuhbZodkVwEa-ev_RwqlLMwa6xqsldfZkm82i3dy-jv0y6mn42jYo4rsHXo2lImkPAvG11Ed4GuAfLFeUaDupQb7uYt6vX8b67uR5aBKOBilIFlRbn6121-xz1EYrgURKbrXjwySF5wK8Awg/s1114/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2036%20-%20dezembro%202022%20(3).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1001" data-original-width="1114" height="576" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrTDerkgK385P3nFp85pvCbusqQ9r0G1NahmIfuhbZodkVwEa-ev_RwqlLMwa6xqsldfZkm82i3dy-jv0y6mn42jYo4rsHXo2lImkPAvG11Ed4GuAfLFeUaDupQb7uYt6vX8b67uR5aBKOBilIFlRbn6121-xz1EYrgURKbrXjwySF5wK8Awg/w640-h576/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2036%20-%20dezembro%202022%20(3).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 3.</span></b><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">a)
Representação das fases de recolha de dados; b) composição das equipas e
processo de análise dos dados baseado na performance da equipa de nível
intermédio contra um número diferente de jogadores criativos adversários
(Santos et al., 2023).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Recolha e processamento dos dados</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: os jogos reduzidos foram gravados através de uma câmara
de vídeo digital e, posteriormente, os comportamentos criativos individuais
foram registados mediante um sistema de análise notacional computadorizado no
software LongoMatch, versão 1.3.7 (LongoMatch, Fluendo, Barcelona, Espanha). Os
dados foram então organizados numa folha de Excel denominada <i>Creative
Behaviour Assessment in Team Sports</i> (CBATS) (Santos et al., 2017). O
instrumento foi desenvolvido para avaliar a criatividade dos jogadores em posse
de bola durante atividades jogadas, medindo as 4 componentes da criatividade:
(1) tentativas, (2) fluência, (3) versatilidade e (4) originalidade. Estas
componentes foram avaliadas em função do sucesso e da estandardização da ação
executada. Uma ação estandardizada refere-se a qualquer tipo de passe, drible
ou remate comum: (a) um passe realizado com a parte interna do pé; (b) um
drible para a direita ou para a esquerda com um simples toque com a parte interna
ou externa do pé; (c) um remate com a parte interna do pé. A tabela 1 mostra como
foram operacionalizadas as 4 componentes da criatividade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;">Tabela 1.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;"> Definição e exemplos de
cada componente da criatividade (adaptado de Santos et al., 2023).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1Z2IsVfvuAUoECRFK8Dvs78qjKeQV-YZyndB6JsH8irn_jWOTIw1diYwbDvww5jqCRgYGVITFNHBFYGdiOsPcEpdjTYK1gZFKQK4LMkxMgxKy2HqBbQI4jTcpzf-sjPwoncboSbHBuazC9DdlN_KUm6zewwVX8fawD20M3jz2YGtMpA9Ehpw/s1342/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2036%20-%20dezembro%202022%20(4).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="723" data-original-width="1342" height="344" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1Z2IsVfvuAUoECRFK8Dvs78qjKeQV-YZyndB6JsH8irn_jWOTIw1diYwbDvww5jqCRgYGVITFNHBFYGdiOsPcEpdjTYK1gZFKQK4LMkxMgxKy2HqBbQI4jTcpzf-sjPwoncboSbHBuazC9DdlN_KUm6zewwVX8fawD20M3jz2YGtMpA9Ehpw/w640-h344/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2036%20-%20dezembro%202022%20(4).png" width="640" /></a></div><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;"><br /></span><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A soma destas componentes dita o resultado em termos de
criatividade, <span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">permitindo classificar cada um dos jogadores quanto ao seu potencial
criativo</span> (Santos et al.,
2017). A fiabilidade dos dados foi examinada através da reavaliação de 25% da
amostra, uma semana após a avaliação inicial. Este processo foi realizado pelo
mesmo analista (~6 anos de experiência a avaliar o comportamento criativo dos
jogadores com o CBATS e mais de 10 anos de experiência em análise notacional). O
coeficiente de correlação intraclasse foi considerado elevado (>0.86).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: 1.0cm; text-align: justify; text-indent: -14.15pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Segunda fase: Efeitos de competir contra um número
distinto de adversários criativos<o:p></o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Participantes</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: foram
selecionados 11 jogadores de cada escalão etário da amostra inicial de 60
crianças/jovens (Sub-9, <i>n</i> = 11, idade média: 8.1 ± 0.9 anos, experiência
de prática formal: 3.3 ± 1.3 anos; Sub-11, <i>n</i> = 11, idade média 10.3 ±
0.6 anos, experiência de prática formal: 4.4 ± 1.4 anos; Sub-13, <i>n</i> = 11,
idade média 12.0 ± 0.6 anos, experiência de prática formal: 6.1 ± 1.4 anos).
Dos 11 jogadores por grupo, 4 eram os jogadores mais criativos (i.e., com o
resultado de criatividade mais elevado) e 7 apresentavam um nível intermédio de
criatividade (i.e., do 7.º ao 14.º lugar no <i>score</i> de criatividade), de
acordo com os procedimentos realizados na primeira fase. A equipa sob análise
(equipa de nível intermédio de criatividade) foi mantida durante o protocolo
experimental, sendo composta por 4 jogadores de nível intermédio de
criatividade (i.e., 7.º, 9.º, 11.º e 13.º classificados). Esta equipa competiu
contra uma equipa cujo número de jogadores (adversários) criativos foi
manipulado (1.º, 2.º, 3.º e 4.º classificados no resultado de criatividade e 3
de nível intermédio: 8.º, 10.º e 12.º classificados; ver figura 3b). A equipa
cujo número de criativos foi manipulado e os guarda-redes foram excluídos da
análise.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Tarefa experimental – aumento progressivo do número de jogadores
criativos adversários</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: os jogadores da equipa
de nível intermédio de criatividade competiram, numa situação de jogo reduzido
Gr+4v4+Gr, em 4 cenários distintos: 1C) contra 1 jogador criativo + 3 jogadores
de nível intermédio; 2C) contra 2 jogadores criativos + 2 de nível intermédio;
3C) contra 3 jogadores criativos + 1 de nível intermédio; 4C) contra 4 jogadores
criativos. Os jogos reduzidos decorreram num relvado artificial, num espaço de
40x30 m, durante 3 períodos de 6 minutos, com 3 minutos de pausa passiva. Cada
condição experimental (1C, 2C, 3C e 4C) ocorreu em 4 dias diferentes (figura
3b) e todas as regras do futebol foram aplicadas, à exceção da lei do fora de
jogo. Houve um aquecimento padrão antes das tarefas experimentais e foram salvaguardados
a rápida reposição da bola em jogo e a hidratação das/dos crianças/jovens. Não
foram transmitidas quaisquer instruções/feedbacks durante a prática da tarefa
experimental.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Recolha e processamentos dos dados</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: para a recolha e tratamento dos dados das variáveis
relativas à criatividade, foram implementados os mesmos procedimentos descritos
para a primeira fase. Neste processo, a fiabilidade intraobservador aumentou
ligeiramente (coeficiente de correlação intraclasse > 0.88). No que respeita
às variáveis táticas, os dados posicionais foram recolhidos através de GPS (SPI-PRO,
GPSports, Canberra, ACT, Austrália), colocados em coletes na zona superior e
posterior do tronco. Os dados posicionais foram usados para determinar as
seguintes variáveis: (i) índice de exploração espacial (<i>spatial exploration
index</i> – SEI), que providencia informação sobre a quantidade de espaço
percorrido (se um jogador se move em diversas zonas do campo, é provável que
tenha um valor de SEI mais elevado) (Gonçalves et al., 2017); (ii) a distância
entre os centroides da equipa analisada e a equipa oponente, expressa em
valores absolutos (m) e em termos de variabilidade no decurso dos jogos
reduzidos (coeficiente de variação – CV); (iii) entropia aproximada (<i>approximate
entropy</i> – ApEn) (Gonçalves et al., 2016). De uma perspetiva prática, para a
distância para o companheiro de equipa/oponente mais próximo, valores próximos
de 0 indicam distâncias mais regulares e previsíveis na série temporal de
dados. Neste estudo, valores próximos de 0 contra 4 jogadores criativos,
comparativamente a jogar contra 1 criativo, significou que os jogadores
mantiveram uma distância mais regular para o centroide da equipa (i.e., ponto
médio derivado do posicionamento de todos os jogadores de campo).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Análise estatística</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">:
a estatística descritiva baseou-se em médias e desvios-padrão. A avaliação de <i>outliers</i>
e das assunções de normalidade foi cumprida através de testes de Shapiro-Wilk:
falhas, tentativas, fluência, versatilidade e originalidade mediante valores
absolutos; para as variáveis táticas, mediante valores absolutos (SEI,
distâncias para os centroides da própria equipa e da equipa adversária), em
termos de variabilidade (CV) e regularidade (ApEn) das distâncias para os
centroides das ambas as equipas. Em função da normalidade dos dados, foram
aplicados 2 tipos de testes: análise de variância (ANOVA) para medidas
repetidas (distribuição normal) e ANOVA de Friedman não paramétrica
(distribuição não normal). As diferenças entre pares foram examinadas através
de testes <i>post hoc</i> de Bonferroni, sendo conduzidos testes Durbin-Conover
na análise não paramétrica (i.e., contra 1C vs. contra 2C; contra 1C vs. contra
3C; contra 1C vs. contra 4C; contra 2C vs. contra 3C; contra 2C vs. contra 4C; contra
3C vs. contra 4C). A significância estatística foi estabelecida em <i>p</i> ≤
0.05, com intervalos de confiança de 95% e dimensões de efeito apuradas através
do <i>d</i> de Cohen: 0.0–0.19 (trivial); 0.20–0.49 (pequeno); 0.6–1.19 (moderado);
1.2–1.9 (grande); e ≥2.0 (muito grande) (Hopkins et al., 2009).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Principais resultados<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -14.15pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Efeitos de jogar contra um número distinto de adversários
criativos nas variáveis táticas<o:p></o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">No que se refere ao índice de exploração espacial (SEI),
foram identificadas diferenças significativas para os 3 escalões etários. No
escalão Sub-9, as crianças obtiveram valores mais elevados de exploração
espacial a jogar contra 3 e 4 adversários criativos (3C e 4C), comparativamente
aos jogos em que defrontaram 1C. Os Sub-11 exploraram mais as zonas do campo a
jogar contra 2C, em relação a 4C. Nos Sub-13, foram registados valores mais
elevados de exploração espacial nos jogos contra 2C, comparativamente a 3C e 4C,
e nos jogos contra 3C (vs. 4C).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">No escalão Sub-9, jogar contra mais adversários criativos
(1C vs. 4C) induziu uma maior variabilidade na distância dos jogadores para o
centroide da própria equipa e para o centroide da equipa oponente. Nos escalões
mais velhos – Sub-11 e Sub-13 –, houve diferenças significativas na
regularidade (ApEn) das distâncias para o centroide da própria equipa e para o
centroide da equipa adversária. Enquanto nos Sub-11 a regularidade das
distâncias para o centroide da própria equipa foi menor a jogar contra menos
jogadores criativos (1C e 2C), nos Sub-13 aconteceu o inverso: as distâncias dos
jogadores para o ponto médio da própria equipa foram menos estáveis a jogar
contra mais oponentes criativos (3C e 4C). Ao nível das distâncias dos
jogadores analisados para o centroide da equipa adversária, a tendência
anterior manteve-se: a regularidade foi mais reduzida nos Sub-11 a jogar contra
menos adversários criativos (1C vs. 3C, 2C vs. 3C e 2C vs. 4C) e aumentou nos
Sub-13 em jogos contra menos oponentes criativos (2C vs. 3C).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -14.15pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Efeitos de jogar contra um número distinto de adversários
criativos nas variáveis relativas à criatividade<o:p></o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Apenas foram evidentes diferenças significativas nos
Sub-9, com valores de criatividade mais elevados a jogar contra 1C, comparativamente
aos jogos contra 2C, 3C e 4C. Embora não tenham sido reveladas diferenças
significativas nos Sub-11 e nos Sub-13, foram observadas algumas tendências com
significado prático (i.e., a partir das dimensões de efeito). Na generalidade,
os jogadores realizaram um menor número de tentativas à medida que o número de
oponentes criativos aumentou. Esta tendência foi visível nos Sub-9 (1C vs. 4C,
2C vs. 4C e 3C vs. 4C), nos Sub-11 (2C vs. 4C) e nos Sub-13 (1C vs. 2C e 1C vs.
3C). Nos escalões etários mais baixos, os participantes executaram menos ações
fluentes à medida que o número de adversários criativos aumentou (Sub-9: 1C vs.
4C, 2C vs. 4C, 3C vs. 4C; Sub-11: 1C vs. 2C e 1C vs. 3C). As/os crianças/jovens
realizaram mais ações versáteis contra 1C, relativamente a 3C e 4C. Por fim,
nos Sub-9, a condição contra 3C espoletou mais ações originais (2C vs. 3C),
enquanto, nos Sub-13, o mesmo foi constatado a jogar contra 1C (1C vs. 2C e 1C
vs. 4C).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Aplicações práticas<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os resultados sugerem que aumentar o número de jogadores
criativos na equipa adversária influencia mais o comportamento tático coletivo
do que, propriamente, as competências individuais inerentes à criatividade.
Posto isto, é importante que os treinadores tenham noções claras de como os
jogadores de diferentes escalões etários ajustam os seus comportamentos ao
perfil competitivo da equipa oponente. O grande desafio dos treinadores passa
por conhecer as condicionantes estruturais que fomentam os comportamentos
criativos, em função da idade dos praticantes, das experiências anteriores e/ou
do nível de prática.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Do ponto de vista tático, o aumento do número de
jogadores criativos adversários acarreta, também, uma superioridade acrescida da
equipa oponente ao nível do controlo de jogo, comparativamente a uma equipa de
nível intermédio. Esta situação produz consequências no modo como os jogadores
exploram o espaço de jogo disponível. Neste sentido, o incremento na exploração
espacial contra 2 ou 3 jogadores criativos (2C e 3C) pode traduzir um
comportamento funcional adaptativo para lidar com cenários competitivos
exigentes. Contudo, ao jogar contra uma equipa totalmente composta por
jogadores criativos (4C), é possível que as diferenças se tornem demasiado
pronunciadas, condicionando os jogadores da equipa de nível intermédio a atuar
num espaço bastante restrito.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">É ainda plausível admitir que a equipa sob análise (nível
intermédio) passe mais tempo a defender à medida que o número de oponentes
criativos aumenta. O incremento da regularidade das distâncias para os
centroides das equipas, verificada nos Sub-11, pode refletir uma estratégia
funcional e um processo de auto-organização para lidar com um perfil mais
imprevisível da equipa adversária, o que não aconteceu com os Sub-13. Nos jogos
contra 3C e 4C, a menor regularidade no escalão mais velho pode significar uma
maior capacidade dos jogadores em utilizar o espaço disponível,
independentemente dos comportamentos coletivos adversários. Por norma, os
jogadores mais velhos têm competências percetivas e noções táticas mais refinadas,
permitindo-lhes adotar comportamentos adaptativos distintos de crianças mais
novas para resolver certos problemas situacionais do jogo.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Para acentuar a expressão da criatividade do tipo <i>P</i>,
os treinadores devem promover contextos que estimulem as componentes da
criatividade. Para isso, podem propor um vasto leque de constrangimentos que
encorajem os jogadores a explorar e a reinventar novas possibilidades de ação. Este
estudo demonstrou que cenários de exigência moderada (1C) a alta (2C ou 3C) fomentam
o surgimento de novos comportamentos; contudo, contextos demasiado exigentes (4C)
parecem constranger todas as componentes da criatividade. Por sua vez, este
tipo de manipulação parece ter mais impacto nos escalões etários mais novos
(Sub-9, no caso).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Conclusão<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O estudo demonstrou que tendem a surgir diferentes
comportamentos como consequência da manipulação do número de jogadores
criativos na equipa contrária, e que esses comportamentos variam em função da
idade do praticante, primariamente, na dimensão tática. A adição de adversários
criativos induziu (1) maior variabilidade nas distâncias dos jogadores para o
centroide da equipa nos Sub-9, (2) maior regularidade nessas distâncias nos
Sub-11 e (3) maior irregularidade entre os jogadores Sub-13. Estes resultados
podem ter derivado de diferenças nas capacidades percetivo-motoras dos
participantes do estudo. Em termos do comportamento criativo, só se revelaram diferenças
significativas nos Sub-9, com valores mais elevados contra um jogador criativo
(1C), principalmente, quando comparado com os jogos contra 4C. De facto, o
comportamento criativo do escalão etário mais jovem foi mais sensível à
modificação da composição da equipa adversária. No global, as evidências
indicam que as/os crianças/jovens analisados executaram mais ações criativas em
contextos de exigência moderada a alta (1C, 2C e 3C); por outro lado, a
exposição a condições circunstanciais extremamente exigentes (4C) parecem
inibir a exploração de novas possibilidades de ação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">P.S.:<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">1-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As ideias que constam neste texto foram originalmente
escritas pelos autores do artigo e, presentemente, traduzidas para a língua
portuguesa;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">2-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Para melhor compreender as ideias acima referidas,
recomenda-se a leitura integral do artigo em questão;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">3-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As citações efetuadas nesta rúbrica foram utilizadas pelos
autores do artigo, podendo o leitor encontrar as devidas referências na versão
original publicada na revista <i>Human Movement Science</i>.<o:p></o:p></span></p><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT;"></span><p></p>Carlos Humberto Almeidahttp://www.blogger.com/profile/09636379308994650864noreply@blogger.com08550 Monchique, Portugal37.3179879 -8.55617069.0077540638211531 -43.7124206 65.628221736178844 26.6000794tag:blogger.com,1999:blog-21248517.post-36883589904833161762022-11-25T21:36:00.001+00:002022-11-25T21:36:07.528+00:00Artigo do mês #35 – novembro 2022 | Efeitos da idade relativa e transição para os seniores no futebol italiano: a "hipótese do azarão" versus o "efeito dominó" da idade relativa<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Nota prévia</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: O artigo
científico alvo da presente síntese foi selecionado em função dos seguintes
critérios: (<b>1</b>) publicado numa revista científica internacional com
revisão de pares; (<b>2</b>) publicado no último trimestre; (<b>3</b>)
associado a um tema que considere pertinente no âmbito das Ciências do
Desporto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">- 35 -<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Autores<a name="_Hlk100579888">:</a></span></b><span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Morganti, G., Kelly,
A. L., Apollaro, G., Pantanella, L., Esposito, M., Grossi, A., & Ruscello
B.<o:p></o:p></span></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">País:</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Itália<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Data de publicação: </span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">20-setembro-2022<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Título:</span></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> <a name="_Hlk106996253">Relative
age effects and the youth-to-senior transition in Italian soccer: the underdog hypothesis
versus knock-on effects of relative age<o:p></o:p></a></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk106996253;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Referência:</span></b><span lang="EN-GB"> </span><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Morganti,
G., Kelly, A. L., Apollaro, G., Pantanella, L., Esposito, M., Grossi, A., &
Ruscello B. (2022). Relative age effects and the youth-to-senior transition in
Italian soccer: the underdog hypothesis versus knock-on effects of relative age.<i>
</i></span><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Science and Medicine in Football</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">.</span><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">https://doi.org/10.1080/24733938.2022.2125170<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihP0bzCKXDn1xzjT-dpW1Vv3WMqtE8zecatGfjK7pC59DwHMD2PvegiBP4WBTqV259jaNDJROcGdwqa_htUJgxoHNvWOPwc7snC-dDtd_L1pZzqlUe_S8eL1Pe2brPdFOO6rmIvAwee7BRS1BvyvaJmCWK4lpp-yC5DgiAs71g6PUIDwWeiQA/s1656/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2035%20-%20novembro%202022%20(1).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="1656" height="296" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihP0bzCKXDn1xzjT-dpW1Vv3WMqtE8zecatGfjK7pC59DwHMD2PvegiBP4WBTqV259jaNDJROcGdwqa_htUJgxoHNvWOPwc7snC-dDtd_L1pZzqlUe_S8eL1Pe2brPdFOO6rmIvAwee7BRS1BvyvaJmCWK4lpp-yC5DgiAs71g6PUIDwWeiQA/w640-h296/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2035%20-%20novembro%202022%20(1).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 1.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Informações editoriais do artigo do mês 35 – novembro de
2022.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Apresentação do problema<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O desporto está, na sua globalidade, estruturado de forma
a conceder a todas as crianças oportunidades idênticas para se desenvolverem.
No futebol e, particularmente em Itália, o desígnio é o mesmo. A estratégia
passa por agrupar os jogadores por datas de nascimento, em função de datas de
corte estipuladas (e.g., de 1 de janeiro a 31 de dezembro). O problema deste
sistema é que aqueles que nascem no início do ano podem ser praticamente um ano
mais velhos em relação aos outros que nascem em dezembro. A investigação
científica tem comprovado que os que são relativamente mais velhos apresentam,
desde tenra idade, probabilidades aumentadas de serem selecionados para centros
de desenvolvimento de talento, precisamente devido a vantagens associadas ao
fenómeno da idade relativa (Till & Baker, 2020). Este viés de seleção é
designado de “efeito da idade relativa” e, além de ser um fenómeno bem
conhecido, tem sido observado em diversos desportos individuais e coletivos em
todo o planeta (Costa et al., 2013; Pérez-González et al., 2021).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Na generalidade, assume-se que os jogadores relativamente
mais velhos tendem a estar mais maturados do que os seus pares mais jovens,
usufruindo, por isso, de vantagens físicas e atléticas (Cobley et al., 2009).
Apesar disso, evidências recentes nesta área têm demonstrado que a idade
relativa e a maturação biológica são constructos diferentes e necessitam de ser
equacionados separadamente (figura 2). Os sistemas desportivos tendem a
selecionar crianças com base nos níveis de desempenho em idades tão jovens como
os 9 anos (Baker et al., 2018). Assim, ao serem selecionados miúdos numa fase
tão precoce do seu desenvolvimento, a mínima diferença de idade pode ter um
impacto considerável (Doyle et al., 2017). Uma diferença de 11 meses representa
praticamente um ano de experiência e de oportunidades de prática (Aune et al.,
2018), pelo que níveis de performance mais elevados podem não se dever a
“habilidades inatas”, mas, muito possivelmente, a diferenças subtis na idade
cronológica (Doyle et al., 2017).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYg7V-ucsWZG6mHaEVMweFuBshaGuCAnqOSk3Gyhuol_PWq2RtlpcEY6nutCLM4XmEgb-LSViFT78DnWzDw-2q7t6_X4xSXeSf0MZrRdDsEy6zgbFrjyQrnjRoI0SBsoiW7Ix1xp_0sWuA7axmCh-K_JVVektL9YBtjXDTmbLHt1ufvpHJUUc/s491/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2035%20-%20novembro%202022%20(2).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="173" data-original-width="491" height="226" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYg7V-ucsWZG6mHaEVMweFuBshaGuCAnqOSk3Gyhuol_PWq2RtlpcEY6nutCLM4XmEgb-LSViFT78DnWzDw-2q7t6_X4xSXeSf0MZrRdDsEy6zgbFrjyQrnjRoI0SBsoiW7Ix1xp_0sWuA7axmCh-K_JVVektL9YBtjXDTmbLHt1ufvpHJUUc/w640-h226/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2035%20-%20novembro%202022%20(2).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 2.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Visualização do efeito da idade relativa no futebol
(imagem não publicada pelos autores; fonte: https://talentdevelopmentinirishfootball.com/2017/06/27/relative-age-effect-in-irish-elite-youth-football/).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As oportunidades acrescidas de desenvolvimento que os indivíduos
relativamente mais velhos vivenciam aumentam a probabilidade de se tornarem
melhores jogadores a longo prazo. Por exemplo, Brustio et al. (2018) reportaram
a existência de distribuições assimétricas das datas de nascimento no futebol
italiano, com maior predominância de indivíduos nascidos mais cedo no ano em
todas as categorias jovens e a nível sénior (Sub-15; Sub-16; Sub-17; Primavera,
Sub-20; Serie A). Em concreto, somente 5%, 6%, 11% e 10% dos jogadores que
jogaram nos Sub-15, Sub-16, Sub-17 e no escalão Primavera nasceram no último
trimestre (quartil) do ano, respetivamente. Estas percentagens indicam que a
maior parte dos jogadores relativamente mais jovens, que inclusivamente apresenta
potencial para se destacar na idade adulta, é negligenciada pelas organizações
desportivas infantojuvenis, estando sub-representados em todos os escalões
etários ao nível da elite. Este facto faz com um grupo mais pequeno de
jogadores talentosos e nascidos mais tarde possa ser selecionado para o futebol
sénior (Kelly et al., 2022), o que indica a existência de um viés residual do
fenómeno da idade relativa denominado de “efeito dominó” (Mujika et al., 2009;
Lovell et al., 2015).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A literatura existente tem verificado que, apesar de o
efeito da idade relativa ser transversal dos escalões etários mais jovens ao sénior,
os jogadores relativamente mais novos que entraram no sistema em idades baixas
são os que possuem mais chances de alcançar o estatuto de profissional. Sim,
estes jovens são menos propensos a serem selecionados pelas academias de
futebol, porém, uma vez selecionados, apresentam uma maior probabilidade de
transitar para o escalão sénior (Kelly et al.,2020, 2021a, 2021b, 2022). Estes
resultados são explicados pela “hipótese do azarão” (Gibbs et al., 2012), que
sugere que os jogadores relativamente mais novos podem possuir mais potencial
para alcançar o sucesso na idade adulta, visto que têm de desenvolver
capacidades técnicas, táticas, físicas e psicossociais mais refinadas para
competir com pares relativamente mais velhos e temporariamente mais aptos (Schorer
et al., 2009; Gibbs et al., 2012; McCarthy et al. 2016). Nesta perspetiva, é
importante estudar as trajetórias de carreira dos jogadores, no intuito de
melhor entender como as condições estruturais ao nível dos diferentes escalões
etários influenciam as oportunidades de integração de jovens talentos no
escalão sénior.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O propósito do estudo foi explorar a relação complexa
entre a data de nascimento e as probabilidades de (1) ser selecionado para um
sistema de desenvolvimento do talento e (2) completar a transição e competir a
nível sénior. O estudo foi, portanto, dividido em duas partes: a parte 1
analisou a distribuição das datas de nascimento de 2030 jovens jogadores
italianos, nascidos entre 1975 e 2001, que jogaram numa das seleções jovens de
Itália (i.e., Sub-15, Sub-16, Sub-17, Sub-18, Sub-19, Sub-20 e Sub-21); na
parte 2 foram registadas as trajetórias de carreira destes jogadores para
investigar como é que o efeito da idade relativa influenciou os resultados
obtidos ao nível dos seniores, através da observação dos jogadores que
transitaram das seleções jovens para a seleção nacional italiana (<i>n</i> =
182) e aqueles que, eventualmente, alcançaram um estatuto SIA (“Super International
Achievers”) (i.e., jogaram em Campeonatos Europeus da UEFA ou em Campeonatos do
Mundo da FIFA no escalão sénior; <i>n</i> = 58).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><a name="_Hlk59809855"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Métodos<o:p></o:p></span></b></a></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Amostra</span></i></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: na parte 1 foram
incluídos 2030 jogadores de futebol italianos do género masculino, respeitando
os seguintes critérios: nascidos entre 1975 e 2001 e que jogaram, pelo menos
uma vez, numa das seleções nacionais jovens de Itália (Sub-15: <i>n</i> = 431;
Sub-16: <i>n</i> = 722; Sub-17: <i>n</i> = 736; Sub-18: <i>n</i> = 855; Sub-19:
<i>n</i> = 708; Sub-20: <i>n</i> = 671; Sub-21: <i>n</i> = 511). Na parte 2
foram incluídos os jogadores que completaram com sucesso a transição dos
escalões jovens para a seleção nacional “A” italiana (<i>n</i> = 182), bem como
aqueles que disputaram um Campeonato Europeu da UEFA ou um Campeonato Mundial
da FIFA (<i>n</i> = 58), i.e., jogadores que alcançaram o estatuto
internacional “super bem-sucedidos” (SIA).</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Procedimentos</span></i></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: os dados do estudo
(i.e., datas de nascimento e presenças em jogo das seleções nacionais) foram
recolhidos do centro de dados oficiais da Federação Italiana de Futebol <span style="color: black;">(https://www.figc.it). O mês de nascimento de cada jogador
foi utilizado para estabelecer o respetivo quartil de nascimento ou trimestre:
(a) <i>Birth Quarter</i> (BQ) 1: janeiro, fevereiro e março; (b) BQ2: abril,
maio e junho; (c) BQ3: julho, agosto e setembro; (d) BQ4: outubro, novembro e
dezembro. A distribuição das datas de nascimento observada para cada seleção
jovem foi calculada para cada quartil (trimestre) do ano e comparada com a
distribuição esperada para um número idênticos de indivíduos por trimestre.
Posteriormente, foram calculadas as distribuições das datas de nascimento
observadas para os jogadores que completaram com sucesso a transição
juniores-seniores e para os que alcançaram o estatuto SIA. Além disso, para
obter um entendimento total dos efeitos de viés, as distribuições da equipa
nacional “A” italiana e dos jogadores SIA foram comparadas com (1) uma distribuição
uniforme e (2) a distribuição das datas de nascimento dos jogadores Sub-15.</span></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Análise estatística</span></i></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: foram conduzidos testes
“goodness-of-fit” de Qui-quadrado para comparar as distribuições observadas e
esperadas das datas de nascimento. Uma vez que os testes do Qui-quadrado não
revelam as magnitudes das diferenças entre as distribuições trimestrais para os
resultados significados, os valores de <i>Cramer’s V</i> foram adicionalmente
calculados para obter as respetivas dimensões do efeito. Os valores de <i>Cramer’s
V</i> foram interpretados de acordo com os seguintes critérios: ≥ 0.06, efeito
pequeno; ≥ 0.17, efeito médio; ≥ 0.29, efeito grande (Cohen, 1998). Os rácios
de probabilidade (<i>Odds Ratios</i>: ORs) e os intervalos de confiança a 95% (<i>Confidence
Intervals</i>: CIs) foram utilizados para comparar os quartis de nascimento dos
jogadores que integraram a seleção nacional “A” italiana e daqueles “super bem-sucedidos”,
recorrendo ao grupo relativamente mais jovem (BQ4) como referência. Os rácios
de probabilidade foram calculados e interpretados segundo os procedimentos
descritos por Szumilas (2010), com intervalos de confiança incluindo 1 (i.e.,
95% 0.90–1.10) a traduzir inexistência de associação. Os resultados foram
considerados significativos para valores de <i>p</i> ≤ 0.05.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Principais resultados<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As distribuições das datas de nascimento observadas para
os Sub-15, Sub-16, Sub-17, Sub-18, Sub-19, Sub-20 e Sub-21 mostraram
enviesamentos significativos em comparação com as distribuições esperadas: <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Amplitudes – Quartil [BQ] 1: 34.4% a 46.7%; BQ2: 24.8% a
29.4%; BQ3: 18.1% a 22.7%; BQ4: 7.2% a 15.2%.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</p><p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Médias – BQ1 = 41.4%; BQ2 = 27.2%; BQ3 = 20.5%; BQ4 =
10.8%.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os resultados exibiram probabilidades acrescidas de
selecionar jogadores relativamente mais velhos em todas as seleções jovens
italianas (de Sub-15 a Sub-21), com os rácios de probabilidade entre BQ1 e BQ4
a variar entre 2.4 (Sub-20) e 7.6 (Sub-15).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As comparações entre as duas coortes seniores (i.e.,
seleção “A” italiana e grupo de jogadores bem-sucedidos; SIA) e distribuições
uniformes revelaram que o efeito da idade relativa persistiu na seleção “A”
italiana (efeito pequeno), com uma sobrerrepresentação de indivíduos nascidos
no primeiro trimestre (BQ1 = 33% vs. BQ4 = 14.2%), embora a diferença observada
no grupo com estatuto SIA (BQ1 = 31% vs. BQ4 = 20.7%) não tenha sido
significativa (figura 3).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq_SkYivz0NbUgnTNdn0keWOdlFwvoqrkAubrmZXS58C47rk8IeT2qxOyUxQPdvi3LyT3giTk_8ghBnTEIrHx8HWcN8mMunvk6p52ouxUbh7cUkMUv1xoVZw6EB0QN4zJe7ALeXZB50WrGiE2AeMdhMUvVxorxWLvR9DzPC9CERsqRrW7iEUI/s1004/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2035%20-%20novembro%202022%20(3).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="599" data-original-width="1004" height="382" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq_SkYivz0NbUgnTNdn0keWOdlFwvoqrkAubrmZXS58C47rk8IeT2qxOyUxQPdvi3LyT3giTk_8ghBnTEIrHx8HWcN8mMunvk6p52ouxUbh7cUkMUv1xoVZw6EB0QN4zJe7ALeXZB50WrGiE2AeMdhMUvVxorxWLvR9DzPC9CERsqRrW7iEUI/w640-h382/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2035%20-%20novembro%202022%20(3).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 3.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Distribuições das datas de nascimento de jogadores
internacionais italianos que completaram com sucesso a transição das seleções
jovens para a seleção principal. A distribuição uniforme foi de 25% para cada
quartil (trimestre) do ano (Morganti et al., 2022).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Por sua vez, os jogadores relativamente mais jovens
registaram probabilidades significativamente mais elevadas de transitar com
êxito das seleções jovens italianas para jogar na seleção principal (BQ1 = 7.2%
vs. BQ4: 11.1%) e atingir o estatuto SIA (BQ1 = 2.2% vs. BQ4 = 5.1%; figura 4).
Na mesma linha de análise, os dados demonstraram ainda a existência de distribuições
enviesadas nos dois grupos seniores quando comparadas com a distribuição das
datas de nascimento dos Sub-15 (Seleção “A” italiana vs. Seleção Sub-15
italiana: efeito médio; Grupo SIA vs. Seleção Sub-15 italiana: efeito grande), também
favorecendo os jogadores nascidos relativamente mais cedo (BQ4).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsTOrU9gFMaHNwU875CnvbN45IKWphiEC9mfTQWUSARJ5t-l8fCEZ6uofSDbOahlTM4XfCcuRukDQqKQ4kvlVLJy2YvSXaekEsTw784-Gj6LoFXvZyZmYe1i-5lGknVIa-ubcjwOZqN1czLOsjkR3CHBqox-tpyfzDRtS36hd2hKN_3IkMnVs/s998/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2035%20-%20novembro%202022%20(4).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="452" data-original-width="998" height="290" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsTOrU9gFMaHNwU875CnvbN45IKWphiEC9mfTQWUSARJ5t-l8fCEZ6uofSDbOahlTM4XfCcuRukDQqKQ4kvlVLJy2YvSXaekEsTw784-Gj6LoFXvZyZmYe1i-5lGknVIa-ubcjwOZqN1czLOsjkR3CHBqox-tpyfzDRtS36hd2hKN_3IkMnVs/w640-h290/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2035%20-%20novembro%202022%20(4).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 4.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Conversão do talento por cada quartil (trimestre) do ano
na amostra em causa (Morganti et al., 2022).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Aplicações práticas<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O efeito da idade relativa é uma forma mascarada de
discriminação etária e desperdício de talento. Posto isto, é crucial equacionar
soluções para atenuar ou erradicar o fenómeno do desporto. Em primeira
instância, o efeito foi evidente ao nível das seleções jovens de Itália (de
Sub-15 a Sub-21), o que evidencia que os jogadores relativamente mais velhos
têm maior propensão para ser considerados “talentos”. Ao invés, da totalidade
de jogadores selecionados no percurso de desenvolvimento das seleções nacionais
italianas, os que nasceram no último trimestre (BQ4) tiveram mais probabilidade
de ser bem-sucedidos na transição para os seniores.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Portanto, a existência do efeito da idade relativa na
seleção principal de Itália foi consequência de um viés residual que proveio
dos escalões etários jovens (“efeito dominó”). Apesar de jogadores
relativamente mais velhos usufruírem de vantagens associadas ao facto de terem
nascido mais cedo nos escalões jovens, muitos não conseguiram completar com
êxito a transição para o futebol sénior. Por outro lado, é crível que os
jogadores relativamente mais jovens que entraram no sistema da seleção nacional
tenham desenvolvido competências de diversa índole (técnicas, táticas, físicas
e psicossociais), que lhes permitiram ser mais resilientes e competentes
aquando da transição para os seniores (“hipótese do azarão”). Infelizmente, os
que não são selecionados precocemente tendem a perder-se, muitas vezes
injustificadamente, ao longo do percurso formativo. A paciência é um
fator-chave para evitar o desperdício de talento associado a uma visão
estritamente virada para o resultado a curto prazo.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">No futebol de formação, os treinadores devem abster-se de
selecionar jogadores com base na performance atual, ignorando variáveis de
confusão como o efeito da idade relativa e a maturação biológica. O potencial
de talento (margem de evolução) e a data de nascimento devem ser ponderados no
processo de identificação e seleção de jogadores para equipas representativas
e, inclusivamente, no recrutamento para academias de futebol. Para o efeito,
nos escalões de formação, pode ainda ser adotada uma abordagem cronológica mais
flexível em que os jogadores nascidos no primeiro trimestre do ano (BQ1) podem
jogar no escalão acima e, inversamente, os nascidos no último trimestre podem
jogar um escalão abaixo.</span><span style="color: red; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A própria estruturação dos escalões etários pode ser
repensada em função das trajetórias de carreira dos jogadores. Ao
compreendermos o modo como a organização dos escalões atual influi no resultado
da carreira de jogadores que entraram na rede de talentos em idades jovens,
poderemos encontrar estratégias mais efetivas para atenuar, de forma
concertada, os efeitos negativos decorrentes do fenómeno da idade relativa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Conclusão<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Este foi o primeiro estudo que investigou a influência da
idade relativa na seleção de indivíduos e na transição dos escalões jovens para
os seniores no percurso de desenvolvimento do talento a uma escala nacional. A
seleção de jogadores para as seleções jovens italianas foi afetada por
vantagens temporárias e de curto prazo associadas ao efeito da idade relativa,
com uma sobrerrepresentação de indivíduos nascidos no primeiro semestre
relativamente aos que nasceram no segundo semestre. Os jovens do primeiro quartil
do ano permaneceram sobrerrepresentados na coorte de jogadores que completaram
com êxito a transição para a seleção “A” de Itália, mas apenas devido a um
efeito residual (“efeito dominó”) que se propagou desde os escalões mais
jovens. Curiosamente, a maior proporção de jogadores que transitaram para a
seleção “A” e que alcançaram o estatuto de bem-sucedidos a nível internacional
nasceu no último trimestre: “a hipótese do azarão”.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O estudo comprovou a existência de oportunidades de
desenvolvimento desiguais nas equipas representativas do futebol juvenil em
Itália. Ficou bem patente que a maioria dos jogadores relativamente mais
jovens, que eventualmente tenham potencial para ser bem-sucedidos, são
ofuscados pelos seus pares mais velhos, causando uma perda de talento no início
do processo de desenvolvimento. Adicionalmente, o grosso dos jogadores nascidos
mais cedo no ano não conseguiram completar com sucesso a transição para a
seleção sénior, resultando numa perda de talento no final do processo de
desenvolvimento. Assim, como o êxito nos escalões juvenis parece depender de esforços
concertados para restringir o desperdício de talentos nas duas fases suprarreferidas
do processo formativo, é necessária uma mudança cultural que garanta uma
passagem de uma abordagem funcional de “identificação do talento” para uma
abordagem funcional de “desenvolvimento do talento”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">P.S.:<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">1-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As ideias que constam neste texto foram originalmente
escritas pelos autores do artigo e, presentemente, traduzidas para a língua
portuguesa;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">2-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Para melhor compreender as ideias acima referidas,
recomenda-se a leitura integral do artigo em questão;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">3-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As citações efetuadas nesta rúbrica foram utilizadas pelos
autores do artigo, podendo o leitor encontrar as devidas referências na versão
original publicada na revista <i>Science and Medicine in Football</i>.<o:p></o:p></span></p>Carlos Humberto Almeidahttp://www.blogger.com/profile/09636379308994650864noreply@blogger.com08550 Monchique, Portugal37.3179879 -8.55617069.0077540638211531 -43.7124206 65.628221736178844 26.6000794tag:blogger.com,1999:blog-21248517.post-61029626740272383012022-10-30T10:15:00.005+00:002022-10-30T10:15:41.913+00:00Artigo do mês #34 – outubro 2022 | Atividade de exploração visual e design de tarefas de treino: Perceções de treinadores experientes de academias profissionais de futebol<p style="text-align: justify;"><b style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Nota prévia</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-align: justify;">: O artigo
científico alvo da presente síntese foi selecionado em função dos seguintes
critérios: (<b>1</b>) publicado numa revista científica internacional com
revisão de pares; (<b>2</b>) publicado no último trimestre; (<b>3</b>)
associado a um tema que considere pertinente no âmbito das Ciências do
Desporto.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">- 34 -<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Autores<a name="_Hlk100579888">:</a></span></b><span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Eldridge, D., Pocock, C.,
Pulling, C., Kearney, P., & Dicks, M.<o:p></o:p></span></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">País:</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Inglaterra<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Data de publicação: </span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">4-setembro-2022<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Título:</span></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> <a name="_Hlk106996253">Visual
exploratory activity and practice design: Perceptions of experienced coaches in
professional football academies<o:p></o:p></a></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk106996253;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Referência:</span></b><span lang="EN-GB"> </span><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Eldridge,
D., Pocock, C., Pulling, C., Kearney, P., & Dicks, M. (2022). Visual
exploratory activity and practice design: Perceptions of experienced coaches in
professional football academies.<i> International Journal of Sports Science
& Coaching</i>.</span><span lang="EN-GB"> </span><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">https://doi.org/10.1177/17479541221122412<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWuF6Nom4KHDeDXMp0UCVm4MEpI2Skgvv_m8psP9UEDUGzmcG-yjHI0CdSHdiX-r5HSrHr3F7ITFBa-vBdn3EgAs43NWTluyqlM0RYk_t6CVnKXo8_OAOr_gLL7t5Rz4pkpECPP04IE6b95BuU6h7kWKm7BI2FrI1nLU0kAeyccZV01_1P5-E/s1374/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2034%20-%20outubro%202022%20(1).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="522" data-original-width="1374" height="244" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWuF6Nom4KHDeDXMp0UCVm4MEpI2Skgvv_m8psP9UEDUGzmcG-yjHI0CdSHdiX-r5HSrHr3F7ITFBa-vBdn3EgAs43NWTluyqlM0RYk_t6CVnKXo8_OAOr_gLL7t5Rz4pkpECPP04IE6b95BuU6h7kWKm7BI2FrI1nLU0kAeyccZV01_1P5-E/w640-h244/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2034%20-%20outubro%202022%20(1).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Figura 1.</span></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;"> </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Informações editoriais do artigo do mês 34 – outubro de
2022.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Apresentação do problema<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A qualidade do desempenho em contextos dinâmicos e temporalmente
constrangidos pode ser sustentada pela capacidade do jogador em explorar
visualmente o envolvimento no sentido de identificar oportunidades de ação
(Jordet et al., 2020; McGuckian et al., 2018). A natureza dinâmica dos jogos
desportivos, como o futebol, requer que os jogadores prestem atenção aos
movimentos dos companheiros de equipa e dos adversários para orientar as ações
subsequentes (Eldridge et al., 2013). A investigação existente tem reconhecido
a importância de competências percetivo-cognitivas, como o reconhecimento de
padrões (North et al., 2009), a antecipação (Roca et al., 2011) e a pesquisa
visual (Savelsbergh et al., 2002), em performances de excelência no futebol.
Mais recentemente, os estudos no futebol têm analisado a “atividade de
exploração visual” (McGuckian et al., 2020; Pocock et al., 2019), o
“comportamento de exploração visual” (McGuckian et al., 2017) e o “<i>scanning</i>”
(Aksum et al., 2021; Jordet et al., 2020), que, no cômputo geral, referem-se
aos movimentos corporais e da cabeça que envolvem desviar o olhar da bola para
orientar o controlo prospetivo de ações futuras.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A relevância da atividade de exploração visual em
ambientes competitivos tem sido destacada em estudos analíticos no âmbito da
performance desportiva, surgindo a frequência de exploração visual associada à
precisão do passe na <i>Premier League</i> inglesa (Jordet et al., 2013, 2020)
e em campeonatos europeus de futebol em idades juvenis (Aksum et al., 2021).
Porém, apesar de investigadores e treinadores reconhecerem a importância dos
comportamentos de pesquisa visual para a performance de alto nível no futebol (Pulling
et al., 2018), pouquíssimos estudos têm investigado a eficácia do design de
atividades práticas no aumento da frequência e na melhoria da qualidade do ato
de exploração visual de jovens praticantes.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Na generalidade, uma maior exploração visual tem sido
ligada a desempenhos com bola mais bem conseguidos, embora vários fatores
contextuais possam influenciar a frequência de comportamentos de pesquisa
visual. A regularidade destes comportamentos pode variar em função de
exigências posicionais no seio da equipa: por norma, executam-se mais
varrimentos por segundo em posições centrais (e.g., defesas centrais e
médios-centro), comparativamente a posições periféricas (e.g., defesas
laterais) (Jordet et al., 2020). Além disso, a proximidade dos oponentes pode
influenciar a frequência de busca visual, já que, tipicamente, os jogadores realizam
mais movimentos com a cabeça quando estão longe da bola e, por isso, sob menor
pressão defensiva (Aksum et al., 2021). Por seu turno, sob intensa pressão, os
jogadores não realizam tantos “scans”, pois há o risco acrescido de perderem a
posse de bola enquanto desviam o olhar da mesma para preparar ações futuras. A
verdade é que, se os jogadores forem capazes de efetuar atividades de
exploração visual sob intensa pressão, reunirão melhores condições para superar
a oposição dos adversários. A compreensão destes constrangimentos pode ajudar a
que os treinadores concebam atividades práticas mais efetivas para incrementar
a qualidade dos comportamentos de exploração visual dos jogadores.</span><span style="color: red; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O comportamento visual de procura de informações do
envolvimento varia em função do escalão etário. Por exemplo, jogadores Sub-19
exploraram mais o envolvimento que indivíduos Sub-17 em campeonatos europeus
nessas categorias (Aksum et al., 2021). Mesmo em condições simuladas de
futebol, em contexto laboratorial, os jogadores mais velhos executaram mais
movimentos com a cabeça (McGuckian et al., 2020). Porém, uma vez que pode haver
um “efeito de teto” em jogadores internacionais de elite, compreender como os treinadores
de futebol delineiam a prática para jovens praticantes pode contribuir para que
a investigação forneça pistas valiosas para a melhoria de competências
percetivas no decurso do processo de formação de futebolistas. Essencialmente,
urge entender como é que se treinam comportamentos de exploração visual no
terreno, em tarefas representativas (figura 2).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3S4ZQ4bRBsVU5tnpNK41Zx7stdsVPYUnX0xecAzGVzwcymyrq2Kt7OKSezJlNjTRWg6sRPA_y7ElSf8ngbwYoiZn1qkhcU2rH643HE7nTgrlcI3JqHFLsM-B0GUDAcCau-9DbafYwomywwb-J8yMFRydA8Lz1ghqO1weUjatA7orLZJCKUeU/s2592/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2034%20-%20outubro%202022%20(2).JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1944" data-original-width="2592" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3S4ZQ4bRBsVU5tnpNK41Zx7stdsVPYUnX0xecAzGVzwcymyrq2Kt7OKSezJlNjTRWg6sRPA_y7ElSf8ngbwYoiZn1qkhcU2rH643HE7nTgrlcI3JqHFLsM-B0GUDAcCau-9DbafYwomywwb-J8yMFRydA8Lz1ghqO1weUjatA7orLZJCKUeU/w640-h480/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2034%20-%20outubro%202022%20(2).JPG" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 2.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> O design de tarefas representativas no
desenvolvimento de comportamentos de pesquisa visual (imagem não publicada
pelos autores).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os treinadores de futebol mais experientes e com mais
qualificações destacaram que o treino da exploração visual deve ser introduzido
desde idades baixas e pode ser estimulado através de instruções diretas,
aplicando constrangimentos e questionamento (Pulling et al., 2018). Os
treinadores que raramente trabalham comportamentos de pesquisa visual
mencionaram a existência de barreiras para desenvolver capacidades percetivas
(e.g., dificuldade na estruturação de tarefas e falta de recursos para entender
tais comportamentos). Para superar estas barreiras, a realização de entrevistas
com treinadores experientes pode facultar exemplos de atividades práticas
direcionadas para a melhoraria da exploração visual em jovens futebolistas. O
objetivo deste estudo foi entender como é que treinadores, com experiência em
contexto de academias profissionais de futebol, conceptualizam os
comportamentos de exploração visual e como é que aplicam essa conceção na
estruturação de tarefas práticas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><a name="_Hlk59809855"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Métodos<o:p></o:p></span></b></a></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Participantes</span></i></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: 9 treinadores
masculinos a trabalhar no seio de uma academia da Federação Inglesa de Futebol
pertencente a um clube profissional que atua nas 4 divisões mais altas de
Inglaterra (<i>Premier League</i>, <i>Championship</i>, <i>League 1</i> e <i>League
2</i>). Os treinadores (idade, média ± desvio-padrão: 40 ± 9.6 anos;
experiência de treino no futebol: 18 ± 6.1 anos) foram selecionados porque são
responsáveis por uma equipa da academia e porque, em termos de qualificações, possuem licenças UEFA A (<i>n</i>
= 5) e UEFA B (<i>n</i> = 4).</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Procedimentos</span></i></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: os dados foram
obtidos de entrevistas semiestruturadas para conhecer aprofundadamente as
perspetivas dos treinadores sobre a atividade de exploração visual. O guião da
entrevista passou por uma fase de estudo piloto, com um treinador com licença UEFA
B, após o qual os investigadores puderam fazer pequenos ajustes nas questões
propostas e na organização das mesmas. As questões eram abertas, por forma a
conceder oportunidade aos investigadores de sondar as respostas dadas pelos
treinadores. O guião da entrevista foi dividido em 3 secções: 1) questões sobre
o background dos participantes enquanto treinadores (e.g., <i>Por favor, pode
dizer-me como começou a desenvolver a atividade de treinador?</i>); 2) questões
sobre as perceções e as experiências dos treinadores em orientar sessões de
treino para desenvolver a exploração visual dos jovens jogadores (e.g., <i>Acha
que a atividade de exploração visual tem mais importância em determinadas
idades?</i>); 3) com base na experiência acumulada, os participantes foram
convidados a desenhar e a descrever exercícios que eles achavam que poderiam
aprimorar a perceção visual dos jovens futebolistas. As entrevistas foram
conduzidas pelo autor principal presencialmente, cara a cara, numa localização escolhida
pelos treinadores. As entrevistas duraram entre 32 e 48 minutos e foram
gravadas através da aplicação para telemóvel Smart Recorder 7 (Version 2.1,
2009–2013 Roe Mobile Development). Posteriormente, o conteúdo das entrevistas foi
transcrito à letra para análise dos dados.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Análise
dos dados</span></i></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">:</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Entrevista<o:p></o:p></span></u></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Neste estudo, o autor principal recorreu a um modelo de 6
fases para realizar a análise dos temas (Braun et al., 2016): familiarização
com os dados, produção de códigos iniciais, procura de temas, revisão dos
temas, definição e nomeação dos temas e produção do relatório. O autor
principal adotou uma abordagem indutiva, pesquisando semelhanças e diferenças
nos dados e descrevendo temas. Os códigos iniciais foram desenvolvidos em temas
mais amplos, que, depois, foram revistos e redefinidos pela equipa de
investigação. Após completar a definição e a nomeação dos temas, o investigador
principal reviu os códigos dos dados em bruto e os temas. Os outros coautores
realizaram uma apreciação crítica dos códigos e dos temas para tornar o
racional da organização dos dados mais robusto.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Exemplos dos exercícios práticos<o:p></o:p></span></u></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As atividades
práticas apresentadas pelos treinadores foram categorizadas segundo a proposta
avançada por Roca e Ford (2020) (tabela 1). <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Tabela 1.</span></b></span><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Categorias e
definições das atividades relacionadas com a prática de futebol utilizadas na
análise (adaptado de Roca & Ford, 2020).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p></o:p></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsyu9J0oXQCucBUKOGRrAQKz5RK4Dbe4LQmsSYA-FI4ONFgjZc4bklGL2-cmd7bvV2T7OKy-7nuLR7G735ZiiEkphYS24ECeDFL-UuNt6LY1Cl7A72ajvBfeuMvcujhHt4-GzWCSSW_3eZ-ZRahnEbfO6SjNqH49-SSliiCB5NpuCgszDJCQQ/s1976/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2034%20-%20outubro%202022%20(3).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1640" data-original-width="1976" height="532" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsyu9J0oXQCucBUKOGRrAQKz5RK4Dbe4LQmsSYA-FI4ONFgjZc4bklGL2-cmd7bvV2T7OKy-7nuLR7G735ZiiEkphYS24ECeDFL-UuNt6LY1Cl7A72ajvBfeuMvcujhHt4-GzWCSSW_3eZ-ZRahnEbfO6SjNqH49-SSliiCB5NpuCgszDJCQQ/w640-h532/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2034%20-%20outubro%202022%20(3).png" width="640" /></a></div> <span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span><p></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><u><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Qualidade e rigor da investigação<o:p></o:p></span></u></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Para
aumentar o rigor metodológico do estudo, foi cumprida uma série de passos
para assegurar a fiabilidade dos dados (Smith & McGannon, 2018): a seriação
dos participantes foi executada através de critérios específicos (qualificações
próprias; papel atualmente desempenhado); explicação dos objetivos do estudo
antes do começo das entrevistas; o entrevistador tinha uma longa experiência no
treino de futebol (14 anos), incluindo o facto de ter sido treinador numa
academia profissional de futebol e possuir a licença UEFA A; os
coautores atuaram como “amigos críticos” do investigador principal, ao rever e
criticar os procedimentos adotados em todas as fases de análise do conteúdo das
entrevistas. Foram, também, calculadas as fiabilidades intra e interobservador
para a análise das tarefas práticas propostas pelos treinadores, sendo os
valores de concordância ambos muito elevados (<i>k</i> = 1.0; <i>k</i> = 0.81,
respetivamente).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk59809855;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Principais resultados<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os resultados deste estudo permitem (1) estreitar a
brecha existente entre a atividade de exploração visual dos jogadores e o
design de atividades práticas e (2) introduzir conhecimento aplicado sobre o
tipo de exercícios que os treinadores consideram efetivo para desenvolver a
exploração visual dos jogadores. A análise de conteúdo dos dados identificou 3
temas fundamentais: a importância da atividade exploração visual, o desenvolvimento da
atividade exploração visual e a transmissão da atividade de exploração visual.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-list: l1 level1 lfo1; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Importância da
atividade de exploração visual</span></i></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">No decurso das entrevistas, os treinadores aludiram a
jogadores de futebol de elite nos anos mais recentes, como Paul Scholes, Frank
Lampard, Andrea Pirlo e Cristiano Ronaldo, para enfatizar a importância da
perceção visual no jogo. De facto, a atividade de exploração visual permite que
os jogadores orientem efetivamente as suas ações subsequentes com ou sem bola:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Treinador 2:<i> Eu penso que é relevante, os jogadores
saberem o que necessitam de fazer antes de receber a bola, onde está o espaço,
é crucial no suporte do processo de tomada de decisão.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Treinador 7: <i>Oh, sem dúvida, o varrer com o olhar é
massivo, nós dizemos aos jogadores, e continuamos a dizer-lhes: como podemos
acelerar o jogo? Como podemos tornar os nossos passes mais efetivos? Como
podemos tornar o nosso jogo mais fluído? E retornamos aos simples pré
movimentos, olhar por cima do ombro, ter ideias, fixar imagens antes de receber
a bola. <o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os treinadores manifestaram que a habilidade para jogar
com perspetivas de 360 graus é essencial para uma tomada de decisão eficaz,
especialmente em certas posições:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Treinador 2: <i>Eu não acho que haja uma sessão em que eu
não diga aos jogadores “levantam a cabeça, levantem a cabeça, olhem à vossa
volta”, não olhar apenas em frente, mas por cima do ombro e chegar aos 360
graus, porque o futebol é 360 graus.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Treinador 1: <i>Eu especialmente entendo que é vital para
um médio centro, a posição na qual eu próprio joguei e é tão importante saber o
que se passa à nossa volta quando estamos no meio do “parque”.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-list: l1 level1 lfo1; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Desenvolvimento da atividade de exploração visual<o:p></o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os treinadores entendem
que, para que os jogadores desenvolvam atividades de exploração visual
proficientes, eles precisam de desenvolver este comportamento desde idades
baixas:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Treinador 4: <i>Eu considerá-lo-ia como um fundamento do
jogo e, quando tu falas acerca dos fundamentos, devem ser trabalhados entre os
5 e os 11 anos de idade. Portanto, para mim, necessita de ser ensinado nessa
faixa etária, e não penso que se deva parar a partir de então… tu sabes, quando
se olha para o [Andrea] Pirlo, tu nunca alcanças um nível de topo quando
entendes que não necessitas de fazer mais isso. (…) tão importante quanto
receber competências, é transmitir as competências que ensinas aos 5, 6, 7, 8 e
9 anos.</i><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Alguns treinadores questionaram
se a atividade de exploração visual pode ser desenvolvida em idades
posteriores. Surgiu a dúvida se o desenvolvimento desta competência percetiva
em crianças/jovens alguma vez alcance níveis de mestria, caso o comportamento
não seja estimulado desde idades jovens:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Treinador 3: <i>(…) porque eu não tenho certeza de que se
chegares aos 14 sem nunca ter executado o comportamento, que consigas
apanhá-lo, não tenho a certeza de que chegues lá. Eu estou a tentar fazê-lo
agora com jovens com 16 e 17 anos de idade e não é natural para eles, nunca o fizeram
antes, nem nunca lhes foi mostrado antes. <o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 35.45pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Treinador 4: <i>Eu acho que quanto mais tarde começares a
fazê-lo, mais difícil se torna.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As evidências
experimentais parecem contradizer as perspetivas destes treinadores. O
potencial para desenvolver atividades de exploração visual na adolescência
tardia é suportado por diversos estudos, entre os quais, um mostrou que
jogadores Sub-19 exploraram visualmente mais que jogadores Sub-17 em jogos de
Campeonatos Europeus (Aksum et al., 2021).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-list: l1 level1 lfo1; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Transmissão da atividade de exploração visual<o:p></o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os treinadores exibiram
uma atitude positiva para o treino da atividade de exploração visual e para o
papel importante que tem no desenvolvimento do jogador. Apesar desta atitude
positiva, parece que a maioria dos treinadores não coloca um foco especial
nestes comportamentos durante as sessões de treino:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Treinador 1: <i>É uma tendência que adoto ao longo das
minhas sessões, não diria “oh, esta noite os rapazes vão trabalhar os seus
sentidos visuais”. Eu colocaria isso em qualquer sessão que faço.</i><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Treinador 9: <i>É interessante porque eu não diria que
vou para um treino a pensar que vou desenvolver as competências visuais dos
jogadores.</i><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os treinadores mencionaram
que utilizam diversos métodos para aprimorar a exploração visual nas sessões de
treino. O método mais comum prende-se com o design de exercícios de treino e,
especificamente, recorrendo a atividades com oposição:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Treinador 4: <i>Os rapazes necessitam de entender o jogo
e que o processo de tomada de decisão só vai surgir quando há meia oposição ou
oposição e o “scanning” é a base para isso; se eles não sabem o que se passa à
sua volta, então não interessa o quão bem eles batem na bola de A para B,
porque nunca a vão ter.</i><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os exercícios são uma
parte integral do processo de treino e é crucial que os treinadores considerem
como é que as tarefas devem ser estruturadas para facilitar a aprendizagem e a
aquisição de competências específicas do futebol. Por isso, o facto de alguns
treinadores não manifestarem certeza sobre o tipo de exercícios que deve ser
proposto para fomentar o desenvolvimento da exploração visual revelou-se
surpreendente:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Treinador 9: <i>Eu ficaria muito interessado em saber que
tipo de exercícios melhoram as competências visuais dos jogadores.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O recurso à vídeo-análise
é outro passo positivo no processo de treino, uma vez que demonstra que os
treinadores trabalham e valorizam outras disciplinas para promover o
desenvolvimento do jogador:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Treinador 9: <i>Eu gosto de usar clips de vídeo… Eles
necessitam de ser capazes de se autorreconhecer. Eu fiz coisas no passado em
que levei o meu iPad para a sessão de treino, filmei o jogador por dois
minutos, tirei-o da situação e mostrei-lhe exatamente o que pretendia.</i><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Treinador 2: <i>Eu posso definitivamente pensar em alguns
jogadores com quem tenho trabalhado… ao nível da academia e ao nível da
primeira equipa, talvez não varram tão bem o jogo quanto deveriam e eu penso
numa situação em que tu possas olhar para destacar na tua análise ou no teu
DVD, portanto, tu sentar-te-ias com o jogador e mostrar-lhe-ias visualmente que
não está a fazê-lo e também enfatizaria o sucesso quando ele executa o
pretendido.</i><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os treinadores admitiram
que o questionamento constitui uma ferramenta crucial para desenvolver o
conhecimento e a compreensão das competências de pesquisa visual:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Treinador 8: <i>O trabalho de Mosston e Ashworth [estilos
de ensino] em torno do Q [Question: pergunta] & A [Answer: resposta],
descoberta convergente, descoberta divergente, sou muito mais deste tipo de
coisas, então vais conseguir através de perguntas e respostas de qualquer
maneira.</i></span><i><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span></i><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Eu raramente paro os treinos, mas posso falar com as
crianças no decurso da sessão, até coisas simples como: quando tocaste lá, ou
quando recebeste pela última vez, sabias o que estava atrás de ti? Que outras
imagens viste nesse momento? Ou viste aquela pessoa ali?</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-list: l1 level1 lfo1; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Atividades práticas<o:p></o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Cada treinador apresentou
um conjunto de exercícios de treino quando foram questionados sobre o tipo de
práticas que empregam para desenvolver a atividade de exploração visual. Reuniu-se
um total de 33 tarefas de treino estruturadas pelos 9 treinadores (tabela 2).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Tabela 2.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Frequências e percentagens de atividades com tomada de
decisão ativa e não ativa propostas pelos treinadores.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhd8yRgyyvfyVBsNBAG4KrmjgQpQBvGaTA4NUIdkE2hLBqBkXjCrHdTecRik8w9W7CsGO-7WDwzHePCHavwAOqIU7a7QW01JL-hW5VEu7hGOkb1RsE7-BpUbIlnfdcQhRzpW5Ax9cT8naVbqyMNZlQP7ETH9rqOKuUM5k-pcU5OBNr8jbl8lfc/s1346/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2034%20-%20outubro%202022%20(4).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1079" data-original-width="1346" height="514" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhd8yRgyyvfyVBsNBAG4KrmjgQpQBvGaTA4NUIdkE2hLBqBkXjCrHdTecRik8w9W7CsGO-7WDwzHePCHavwAOqIU7a7QW01JL-hW5VEu7hGOkb1RsE7-BpUbIlnfdcQhRzpW5Ax9cT8naVbqyMNZlQP7ETH9rqOKuUM5k-pcU5OBNr8jbl8lfc/w640-h514/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2034%20-%20outubro%202022%20(4).png" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A percentagem de
atividades definidas como de tomada de decisão ativa (<i>n</i> = 70%) excedeu a
percentagem de atividades de tomada de decisão não ativa (<i>n</i> = 30%). É
algo preocupante a evidência de que cerca de um terço das tarefas desenhadas
para melhorar competências de perceção visual seja classificado de tomada de
decisão não ativa. Somente foram propostos 3 (9%) exercícios para a manutenção
exclusiva da posse de bola, enquanto 17 (52%) foram classificados como jogos
reduzidos/condicionados. A visão dos treinadores sobre a importância dos jogos
reduzidos/condicionados foi encarada como positiva, já que as oportunidades de
ação (<i>affordances</i>) que emergem são mais consistentes com o que ocorre em
situação de jogo formal.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Aplicações práticas<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Em estudos prévios já foi comprovado que os melhores
jogadores, pelo menos aqueles que receberam um prémio de prestígio
internacional na sua carreira, apresentam mais comportamentos de exploração
visual do envolvimento em jogo relativamente aos seus pares (Jordet et al.,
2013). Assim, é fundamental que os treinadores reconheçam quais são os
atributos-chave que fazem com que jogadores sejam bem-sucedidos ao nível da
elite. Este saber pode ajudá-los no processo de treino e a fornecer aos aprendizes
modelos para que possam observar bons hábitos de suporte ao seu
desenvolvimento.</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Recorrer ao questionamento é importante, sem dúvida;
porém, conforme verificado no exemplo suprarreferido do treinador 8, os técnicos fazem
predominantemente questões convergentes, comparativamente a questões
divergentes, que tendem a promover mais o pensamento crítico e a reflexão
(O’Connor et al., 2021; Partington & Cushion, 2013). Os treinadores devem
ir além da simples evocação do que os jovens viram ou fizeram e da importância
excessiva atribuída à obtenção de uma resposta imediata. Neste sentido,
sugere-se que os treinadores antecipem a sua intervenção e/ou beneficiem de
apoio no planeamento das questões a colocar, por forma a aumentar a eficácia
das mesmas no desenvolvimento do desempenho do jogador.</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A necessidade de criar e aplicar tarefas de aprendizagem
representativas foi um ponto bastante enfatizado. Para estimular e refinar
competências do foro percetivo, é essencial que as tarefas práticas envolvam os
jogadores em contextos informacionais funcionais, que proporcionem espaços,
brechas, relações angulares, distâncias interpessoais, sincronização ou perturbações
entre companheiros de equipa e adversários. Para encorajar o desenvolvimento da
exploração visual, também é recomendado que sejam propostas atividades com
tomada de decisão ativa específicas para as diferentes posições de jogo (por
exemplo, os comportamentos de exploração visual dos médios-centro diferem daqueles
que são executados por jogadores que atuam em posições mais periféricas:
defesas laterais/extremos).</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Não é lógico, nem coerente, preparar exercícios com
tomada de decisão não ativa (i.e., atividades que não contenham elementos que determinem
a tomada de decisão dos jogadores como ocorre no jogo formal) para
desenvolver competências visuais nos jogadores. Essas atividades não requerem
que os jogadores pesquisem ativamente o envolvimento para identificar
oportunidades de ação. A necessidade de “olhar sobre o ombro” ou “adquirir uma
visão a 360 graus” cai por terra quando os jogadores já sabem com exatidão o
que têm de fazer a seguir antes de receber a bola (e.g., exercícios
padronizados).</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A promoção de comportamentos de pesquisa visual no treino
deve estar devidamente alinhada com o nível do praticante. Por exemplo, a
redução excessiva da área de jogo individual numa situação reduzida de 3v3 (40
m<sup>2</sup>/jogador), com crianças Sub-8 em fase de iniciação, produzirá contextos
de pressão que não facilitam o “levantar a cabeça” e o “varrer o jogo com o
olhar” (exploração visual). Por outro lado, à medida que os praticantes se
tornam mais competentes, a criação e a intensidade dos contextos de pressão
devem ser cuidadosamente ponderadas sem que, acima de tudo, se comprometa o
princípio da representatividade da tarefa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Conclusão<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O propósito deste estudo foi aprofundar o entendimento sobre
as atividades práticas propostas por treinadores experientes a trabalhar em
academias de futebol profissionais, no intuito de melhorar os comportamentos de
exploração visual no processo de formação de jovens jogadores. A investigação debruçou-se
sobre (a) a perceção que os treinadores de futebol têm da atividade de
exploração visual e (b) as tarefas práticas produzidas pelos treinadores para
aprimorar a perceção visual dos jovens. Os principais resultados traduzem-se
nos seguintes pontos: 1) os treinadores consideraram a atividade de exploração
visual como uma parte integrante da performance do jogador, que deve ser treinada
desde idades baixas; 2) alguns treinadores não entenderam ser necessário focar
particularmente a perceção visual nas sessões de treino; 3) a melhor forma de
intervir para fomentar estes comportamentos é através do design de atividades
práticas, que podem ser suportadas por adereços visuais, vídeo-análise e
questionamento. As estratégias de intervenção no treino devem continuar a
evoluir para que os jogadores possam desenvolver as suas competências em
consonância com as exigências do jogo. No futuro, a investigação deve
centrar-se no impacto de diferentes tarefas de treino na atividade de
exploração visual do jogador e no <i>transfer</i> para a performance em
competição.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">P.S.:<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">1-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As ideias que constam neste texto foram originalmente
escritas pelos autores do artigo e, presentemente, traduzidas para a língua
portuguesa;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">2-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Para melhor compreender as ideias acima referidas,
recomenda-se a leitura integral do artigo em questão;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">3-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As citações efetuadas nesta rúbrica foram utilizadas pelos
autores do artigo, podendo o leitor encontrar as devidas referências na versão
original publicada na revista <i>International Journal of Sports Science &
Coaching</i>.</span></p><p></p>Carlos Humberto Almeidahttp://www.blogger.com/profile/09636379308994650864noreply@blogger.com08550 Monchique, Portugal37.3179879 -8.55617069.0077540638211531 -43.7124206 65.628221736178844 26.6000794tag:blogger.com,1999:blog-21248517.post-70470485720117090622022-09-29T21:44:00.000+01:002022-09-29T21:44:00.220+01:00Artigo do mês #33 – setembro 2022 | Perfis de corrida de alta intensidade contextualizados pelos níveis qualitativos das equipas na Premier League inglesa<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Nota prévia</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: O artigo
científico alvo da presente síntese foi selecionado em função dos seguintes
critérios: (<b>1</b>) publicado numa revista científica internacional com
revisão de pares; (<b>2</b>) publicado no último trimestre; (<b>3</b>)
associado a um tema que considere pertinente no âmbito das Ciências do
Desporto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">- 33 -<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Autores:</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> <a name="_Hlk100579888">Ju, W., Hawkins, R., Doran, D., Gómez-Díaz, A.,
Martín-García, M., Evans, M., Laws, A., & Bradley, P. S.<o:p></o:p></a></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk100579888;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">País:</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Inglaterra<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Data de publicação: </span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">21-julho-2022<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Título:</span></b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> <a name="_Hlk106996253"></a><a name="_Hlk113792158"><span style="mso-bookmark: _Hlk106996253;">Tier-specific
contextualised high-intensity running profiles in the English Premier League:
more on-ball movement at the top</span></a><span style="mso-bookmark: _Hlk106996253;"><o:p></o:p></span></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk106996253;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Referência:</span></b><span lang="EN-GB"> </span><span lang="EN-GB" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ju,
W., Hawkins, R., Doran, D., Gómez-Díaz, A., Martín-García, M., Evans, M., Laws,
A., & Bradley, P. S. (2023). Tier-specific contextualised high-intensity
running profiles in the English Premier League: more on-ball movement at the
top.<i> </i></span><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Biology of Sport, 40</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">(2), 561–573.<i> </i>https://doi.org/10.5114/biolsport.2023.118020<i><o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQJOHLmUW6M9imZw4EgQx__z85O50PCcoQrEgDM75YIrZAf6kLocsMA6eAJ6gtRNw7lFyzr7lXSJEEx4h52dVkLFLfRY0-jikcnYsw4F1iaMDdqGFoqLfJELyv0OZ1qWvmt9GjeC8aDfgOYpD9nJOIlc0ldPMN_cqibT7nDsv-oxnM5Nm1TNo/s1436/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2033%20-%20setembro%202022%20(1).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1378" data-original-width="1436" height="614" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQJOHLmUW6M9imZw4EgQx__z85O50PCcoQrEgDM75YIrZAf6kLocsMA6eAJ6gtRNw7lFyzr7lXSJEEx4h52dVkLFLfRY0-jikcnYsw4F1iaMDdqGFoqLfJELyv0OZ1qWvmt9GjeC8aDfgOYpD9nJOIlc0ldPMN_cqibT7nDsv-oxnM5Nm1TNo/w640-h614/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2033%20-%20setembro%202022%20(1).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 1.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Informações editoriais do artigo do mês 33 – setembro de
2022.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Apresentação do problema<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As exigências energéticas do jogo de futebol podem ser
indiretamente quantificadas através da análise espaciotemporal, que, por sua
vez, pode fornecer dados valiosos à equipa técnica (Carling et al., 2008).
Embora um vasto conjunto de investigações já tenha quantificado as demandas
físicas no decurso de jogos de futebol de elite, as evidências acerca da
relação entre o sucesso no futebol e a performance física ainda são limitadas (Mohr
et al., 2003; Bradley et al., 2013). Esta ambiguidade aparenta resultar da desconsideração
dada ao contexto tático em que os dados físicos são recolhidos, uma vez que os
cenários táticos que ocorrem durante o jogo modelam os esforços físicos
realizados (Schuth et al., 2016).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">De facto, o sucesso no futebol parece estar mais associado
a ações de alta intensidade em posse da bola e que promovam a criação de espaços
e de ameaças ofensivas, porém, os tipos de ações táticas realizadas durante
esforços de alta intensidade ainda não foram revelados (Bradley et al., 2016;
Brito Sousa et al., 2020). Desta forma, para aumentar o conhecimento de como o
sucesso coletivo é alcançado no futebol, o contexto tático deve ser codificado
com as variáveis físicas (figura 2). Até à data, esta relação tem sido
negligenciada em grande parte devido às opções metodológicas tomadas pelos
investigadores. A análise restrita de performances à escala individual (i.e.,
jogador), em vez de à escala coletiva (i.e., equipa), limita as evidências que
podem ser extraídas dos estudos, visto que os desempenhos físicos e táticos são
influenciados não apenas pela atividade dos adversários, mas também pelos
esforços realizados pelos companheiros de equipa (Bradley, 2020).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhI3q81_QKu-CnmJ-y4Ec6k03pf5NIvu7JuxhBHYAcrsfdmUKkxZhlDJbjxW1EdMQ5MWuXXIMEUtjNL2lh5ur8DV2ZcqwOagdl5ZFhABuoynf8fNQAVdPuToKAhlChl_QDMC_0IREcUntunEv4slTzBM8KSGj9PADuxVfaYqVbPCguv1-Ya_vA/s810/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2033%20-%20setembro%202022%20(2).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="539" data-original-width="810" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhI3q81_QKu-CnmJ-y4Ec6k03pf5NIvu7JuxhBHYAcrsfdmUKkxZhlDJbjxW1EdMQ5MWuXXIMEUtjNL2lh5ur8DV2ZcqwOagdl5ZFhABuoynf8fNQAVdPuToKAhlChl_QDMC_0IREcUntunEv4slTzBM8KSGj9PADuxVfaYqVbPCguv1-Ya_vA/w640-h426/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2033%20-%20setembro%202022%20(2).jpg" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 2.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Bernardo Silva (Manchester City FC) num esforço de alta
intensidade com bola na <i>Premier League</i> (fonte: https://www.manchestereveningnews.co.uk).
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Ao invés da performance física por si (e.g., distância em
corrida de alta intensidade), os desempenhos técnicos parecem ser indicadores
mais robustos para predizer o sucesso de uma equipa e para distinguir vários grupos
de qualidade ou níveis classificativos em ligas de futebol de elite (Konefał et
al., 2019; Rampinini et al., 2007). Os clubes mais bem classificados tendem a
realizar mais remates à baliza, toques sobre a bola e passes, apresentando
também uma percentagem de passes precisos mais elevada, comparativamente a
clubes menos bem classificados (Castellano et al., 2012; Konefał et al., 2019).
Contudo, a utilização das métricas técnicas isoladas continua a ser unidimensional
e insuficiente para compreender na íntegra como é que as equipas atingem o
sucesso ou se diferenciam qualitativamente entre si.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Presentemente, já foi estabelecida uma abordagem sistemática
integrada capaz de contextualizar as variáveis físicas com propósitos táticos chave
(Ju et al., 2022); apesar disso, esta abordagem não incluiu o desempenho
técnico, que requer um processo laborioso de codificação manual. Não obstante a
limitação, esta nova abordagem pode ser uma solução para melhor entender o
sucesso de uma equipa através da discriminação de níveis qualitativos baseada
na identificação de diferentes padrões físico-táticos coletivos ou individuais.
Assim, o presente estudo visou determinar os perfis físico-táticos de equipas e
jogadores de futebol de elite em relação à classificação final da liga, de
forma a identificar associações entre o sucesso e os dados físico-táticos em
conjunto com fatores técnicos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Métodos<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Dados individuais e coletivos</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: os dados físico-táticos dos jogos foram recolhidos da
edição 2018/2019 da <i>Premier League</i> inglesa, utilizando uma abordagem
integrada e um novo filtro desenvolvido para esta pesquisa. Com o novo filtro, foram
isoladas as atividades de alta intensidade que alcançaram velocidades > 19.8
km/h, durante um tempo mínimo de 1 s. O investigador principal analisou 50 partidas oficiais, envolvendo um total de
388 jogadores de campo e 1265 observações individuais de 20 equipas distintas.
Para a análise individual, só foram incluídos na amostra jogadores de campo que
completaram o jogo na mesma posição </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-align: left;">(</span><i style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-align: left;">n</i><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-align: left;"> = 583 observações individuais: defesas centrais, </span><i style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-align: left;">n</i><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-align: left;"> =
179; defesas laterais, </span><i style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-align: left;">n </i><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-align: left;">= 147, médios centro, </span><i style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-align: left;">n</i><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-align: left;"> = 167; médios
ala/extremos, </span><i style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-align: left;">n</i><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-align: left;"> = 54; avançados centro,</span><i style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-align: left;"> n</i><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-align: left;"> = 36).</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Controlo dos jogos e equilíbrio dos dados</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: os jogos foram aleatoriamente selecionados, sendo
controlados fatores contextuais (e.g., fases da época, localização, qualidade
da oposição) para aumentar o rigor científico. Os jogos foram excluídos da
amostra se o diferencial de golos fosse superior a 3 e/ou houvesse uma ou mais
expulsões (Bradley & Noakes, 2013; Carling & Bloomfield, 2010).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Categorização da classificação da liga em níveis</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: foram constituídos 4 grupos de qualidade a partir da
classificação final das equipas: (A) 1.º–5.º lugar (<i>n</i> = 25 jogos
observados), (B) 6.º–10.º lugar (<i>n</i> = 26), (C) 11.º–15.º lugar (<i>n</i>
= 26) e (D) 16.º–20.º lugar (<i>n</i> = 23).</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Abordagem integrada para quantificar a performance em
jogo</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: foram utilizadas duas categorias principais – ações
táticas e opções adicionais para tornar esta abordagem mais sistemática (tabela
1). As ações isoladas de alta intensidade foram sincronizadas com ângulos
abertos das imagens de todos os jogadores no decurso das partidas, a fim de
categorizar a intenção tática de cada ação. A codificação foi executada no
QuickTime Player (Apple Inc, Cupertino, California, USA), de acordo com os
seguintes critérios: as ações de alta intensidade com uma ação tática foram
classificadas como ação simples (<i>n</i> = 27054), com duas ações táticas como
ação híbrida (n = 4718) e com 3 ou mais ações táticas foram codificadas como
“outros” (<i>n</i> = 3398). No caso de esforços de alta intensidade com 70-90%
de dominância de uma ação tática primária e 10–30% de uma ação tática
secundária, a codificação foi híbrida; porém, caso a ação primária decorresse
em 50–60% do esforço e a secundária em 40–50%, foi registada a categoria
“outros”.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16px;"><span style="font-size: 10pt; line-height: 20px;">Tabela 1.</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 20px;"> Variáveis físico-táticas e opções adicionais (direção e/ou diferentes opções situacionais). Adaptado de Ju et al. (2020).</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtjwgXvPaRACWk6rg61EcCtQhfVVPLtITLsftKEHvdTbcjXOFJG2kc99NFlObMuicX7ZShe4WXhDvpg6hHjjLHrjcAgn3rlXbmOietnl-IuN0XZL7F5NF42M5o0eIG6yqTDA3viQzRgw9UnSYxWrmj4Cctsc7fAJNLkJMn15vp_53xjTCnLgs/s1764/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2033%20-%20setembro%202022%20(3).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1764" data-original-width="1356" height="734" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtjwgXvPaRACWk6rg61EcCtQhfVVPLtITLsftKEHvdTbcjXOFJG2kc99NFlObMuicX7ZShe4WXhDvpg6hHjjLHrjcAgn3rlXbmOietnl-IuN0XZL7F5NF42M5o0eIG6yqTDA3viQzRgw9UnSYxWrmj4Cctsc7fAJNLkJMn15vp_53xjTCnLgs/w564-h734/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2033%20-%20setembro%202022%20(3).png" width="564" /></a></div><br /><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Dados técnicos</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: os
dados de rastreamento dos jogos da amostra foram recolhidos de uma empresa
especializada (OPTA Sports, London, UK). Os eventos técnicos analisados foram
os seguintes: remates, remates à baliza, toques na bola, passes, cruzamentos,
dribles, passes longos, passes longos precisos, interceções e eficácia do
passe. Os dados individuais por jogo foram somados, de modo a representar a
performance global da equipa.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Análise estatística</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">:
os dados foram apresentados como média ± desvio-padrão e a análise realizada no
software IBM SPSS Statistics, versão 26 (IBM Corp., Armonk, N.Y., USA). A
normalidade dos dados foi verificada através de testes de Shapiro-Wilk e
Kolmogorov-Smirnov. A comparação das performances competitivas por cada nível
foi executada através de análise de variância (ANOVA) de uma via, com a
aplicação de testes <i>post hoc</i> de Tukey para especificar diferenças entre
níveis. As dimensões de efeito foram determinadas de acordo com os valores de
corte seguintes: trivial (≤ 0.2), pequena (> 0.2–0.6), moderada (>
0.6–1.2), grande (> 1.2–2.0) e muito grande (> 2.0–4.0) e extremamente
grande (>4.0) (Batterham & Hopkins, 2006). As análises correlacionais
recorreram ao coeficiente de correlação de Pearson, em função dos seguintes
intervalos: trivial (<i>r</i> ≤ 0.1), pequena (<i>r</i> > 0.1–0.3), moderada
(<i>r</i> > 0.3–0.5), grande (<i>r</i> > 0.5–0.7), muito grande (<i>r</i>
> 0.7–0.9) e quase perfeita (<i>r</i> > 0.9) (Hopkins et al., 2009). A
variabilidade da performance coletiva de jogo para jogo foi aferida através de
coeficientes de variação (Carling et al., 2016). A significância estatística
foi definida em <i>p</i> ≤ 0.05.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Principais resultados<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Contextualização da
distância em alta intensidade por grupo de qualidade</span></i></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A equipas do grupo A percorreram: (1) mais 34% de distância
em alta intensidade, quando em posse de bola, que as equipas dos grupos C e D;
(2) mais 39–51% de distância em alta intensidade nas categorias “movimento para
receber/explorar espaço” e “corrida com bola”, comparativamente aos grupos C e
D; (3) mais 23–94% de distância nas categorias “over/underlap”, “corrida para o
espaço atrás da linha defensiva/penetração” e “entrada na área de penálti”, em
relação ao grupo C. A figura 3 mostra as distâncias percorridas em alta
intensidade, nas diferentes posições de jogo, para cada grupo de qualidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOQJpy5skpYe7fsl0sIihXP8hpKbDfS_86T0G_cwgIA73L1bmD3uiVQJy71kBOyo_d8V2bffu5s2O1riLs46wUjSb0Ax9LloYeEf3XZ9q0GIMejxjDtQrJe8FciaRGtapxLhCPSUYMlOY1JCLJjB1A4D2bEWMI4dp-tXG6YFE0or5w_UWa_Ms/s1330/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2033%20-%20setembro%202022%20(4).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="795" data-original-width="1330" height="382" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOQJpy5skpYe7fsl0sIihXP8hpKbDfS_86T0G_cwgIA73L1bmD3uiVQJy71kBOyo_d8V2bffu5s2O1riLs46wUjSb0Ax9LloYeEf3XZ9q0GIMejxjDtQrJe8FciaRGtapxLhCPSUYMlOY1JCLJjB1A4D2bEWMI4dp-tXG6YFE0or5w_UWa_Ms/w640-h382/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2033%20-%20setembro%202022%20(4).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 3.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Distâncias percorridas em alta intensidade
contextualizadas para os diferentes grupos de qualidade, em função de cada
posição de jogo. * Maior distância percorrida para “movimento para
receber/explorar espaço” que os grupos A, B e C (<i>p</i> < 0.01). # Maior
distância percorrida para “esticar o jogo” que o grupo C (<i>p</i> < 0.05). </span><span style="font-family: "Cambria Math",serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Cambria Math";">◇ </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Maior distância percorrida para “over/underlap” que o
grupo C (<i>p</i> < 0.05). </span><span style="font-family: "Cambria Math",serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Cambria Math";">◆ </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Maior distância percorrida
para “corrida de recuperação” que o grupo B (<i>p</i> < 0.05).</span><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Δ Maior distância
percorrida para “corrida com bola” que os grupos B e C (<i>p</i> < 0.05).</span><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">● Maior distância
percorrida para “corrida para o espaço atrás da linha defensiva/penetração” que
os grupos B e C (<i>p</i> < 0.01).</span><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><a name="_Hlk115010304"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">○ Maior distância
percorrida para “entrada na área de penálti” que o grupo C (<i>p</i> <
0.01).</span></a><span style="mso-bookmark: _Hlk115010304;"></span><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span style="font-family: "Segoe UI Symbol",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Symbol";">☆</span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Maior distância
percorrida para “cobertura” que o grupo A (p < 0.05).</span><span style="mso-ansi-language: PT;"> </span><span style="font-family: "Segoe UI Symbol",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Symbol";">★</span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Maior distância
percorrida para “cobertura” que os grupos A e B (<i>p</i> < 0.05). Os
volumes de “interceção” e “esticar o jogo” foram relativamente pequenos, pelo
que não estão visíveis na figura (Ju et al., 2023).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Opções adicionais pelos diferentes grupos de qualidade<o:p></o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A figura 4 ilustra a
comparação das opções adicionais, para as variáveis das fases ofensiva (4a, 4b
e 4c) e defensiva (4d e 4e), entre os 4 grupos de qualidade. Em posse de bola,
as equipas do grupo A realizaram 88–118% mais ações de alta intensidade nos
deslocamentos para trás na zona central, em relação aos outros grupos. O grupo
A também executou 54–78% e 25–43% mais ações de alta intensidade para “corrida
com bola” e “corrida para o espaço atrás da linha defensiva/penetração” na zona
central, respetivamente, que os outros grupos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLq_V_h8wHDwrDKveliNhEIauVUN5r-1byhOAjxSW-i_lXXMg1xJIMyQoPrqZtLY9wTOCLmZlYTcLX9StPE-QmHoJdcBSbpBi4S5LD_5g4n-CeZSw91KO5SHAUnsxQSWmN6gaatRp8cyVaYC9gjgSIpBFn-cIP3HCTFXyMdLZLG_szpAVAFzk/s1215/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2033%20-%20setembro%202022%20(5).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="748" data-original-width="1215" height="394" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLq_V_h8wHDwrDKveliNhEIauVUN5r-1byhOAjxSW-i_lXXMg1xJIMyQoPrqZtLY9wTOCLmZlYTcLX9StPE-QmHoJdcBSbpBi4S5LD_5g4n-CeZSw91KO5SHAUnsxQSWmN6gaatRp8cyVaYC9gjgSIpBFn-cIP3HCTFXyMdLZLG_szpAVAFzk/w640-h394/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2033%20-%20setembro%202022%20(5).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: center;"><a name="_Hlk112508822"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 4a.</span></b></a><span style="mso-bookmark: _Hlk112508822;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Comparação das opções adicionais para as variáveis ofensivas
“jogo apoiado” e “movimento para receber/explorar espaço” entre os grupos de
qualidade. Símbolos destacam diferenças significativas (<i>p</i> < 0.05). Δ Mais
ações realizadas que todos os outros grupos de qualidade. * Mais ações
realizadas que o grupo D. # Mais ações realizadas que os grupos C e D. ● Mais
ações realizadas que o grupo C. </span></span><span style="mso-bookmark: _Hlk112508822;"><span style="font-family: "Cambria Math",serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Cambria Math";">◆ </span></span><span style="mso-bookmark: _Hlk112508822;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Mais ações realizadas
que os grupos B e C (Ju et al., 2023).<o:p></o:p></span></span></p>
<span style="mso-bookmark: _Hlk112508822;"></span>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjr2WBgrm2c70aqzSnxuOq2uGLT20fUHpobk434X2uiB9QxIBKiacfJhsjdq4PfC7fN1XCp9LB8XCOSkRt8pN5UgFol4VwvP6apJXL28ayt7UnNTKPQw1abSIj6685DqkJszwjLpWR6jv2xw-xQOWFOPGR-GIMauekdzzge3QUAQuuJ0sBofYQ/s1229/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2033%20-%20setembro%202022%20(6).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="757" data-original-width="1229" height="394" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjr2WBgrm2c70aqzSnxuOq2uGLT20fUHpobk434X2uiB9QxIBKiacfJhsjdq4PfC7fN1XCp9LB8XCOSkRt8pN5UgFol4VwvP6apJXL28ayt7UnNTKPQw1abSIj6685DqkJszwjLpWR6jv2xw-xQOWFOPGR-GIMauekdzzge3QUAQuuJ0sBofYQ/w640-h394/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2033%20-%20setembro%202022%20(6).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 4b.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Comparação das opções adicionais para as variáveis ofensivas
“over/underlap” e “esticar o jogo” entre os grupos de qualidade. Símbolos
destacam diferenças significativas (<i>p</i> < 0.05). Δ Mais ações
realizadas que todos os outros grupos de qualidade. * Mais ações realizadas que
o grupo D. # Mais ações realizadas que os grupos C e D. ● Mais ações realizadas
que o grupo C. </span><span style="font-family: "Cambria Math",serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Cambria Math";">◆ </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Mais ações realizadas que
os grupos B e C (Ju et al., 2023).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV6619Y4gGxn0O4etKUb_AuNBt1tW_Ah43ZtgexEMXqLbmE4-WVlK7cpD17JAdHAwfX9lvO_Un_nYTaD-0Geepg2qukZk8Eo6UPJaqdTlfI_PDBrzmbc7uhwsI3IgvOJuSY98pD9fBaM05SfLiW6xuCAglhaXa_L2dovzpv7JH6e-r_uk4TXI/s1352/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2033%20-%20setembro%202022%20(7).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="759" data-original-width="1352" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV6619Y4gGxn0O4etKUb_AuNBt1tW_Ah43ZtgexEMXqLbmE4-WVlK7cpD17JAdHAwfX9lvO_Un_nYTaD-0Geepg2qukZk8Eo6UPJaqdTlfI_PDBrzmbc7uhwsI3IgvOJuSY98pD9fBaM05SfLiW6xuCAglhaXa_L2dovzpv7JH6e-r_uk4TXI/w640-h360/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2033%20-%20setembro%202022%20(7).png" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="font-size: 12pt;"><span style="font-size: 10pt; line-height: 150%;">Figura 4c.</span></b><span style="font-size: 10pt; line-height: 150%;"> Comparação das opções adicionais para as variáveis
ofensivas “corrida com bola”, “corrida para o espaço atrás da linha
defensiva/penetração” e “entrada na área de penálti” entre os grupos de
qualidade. Símbolos destacam diferenças significativas (<i>p</i> < 0.05). Δ
Mais ações realizadas que todos os outros grupos de qualidade. * Mais ações
realizadas que o grupo D. # Mais ações realizadas que os grupos C e D. ● Mais
ações realizadas que o grupo C. </span><span style="font-family: "Cambria Math", serif; font-size: 10pt; line-height: 150%;">◆ </span><span style="font-size: 10pt; line-height: 150%;">Mais ações realizadas que
os grupos B e C (Ju et al., 2023).</span></div><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipCwJx6TDr5AAd4FgLWwP7vYSm9un1iwHD-hM6NmbNo4GlcmH5ogwzuiv6v6eGI9YInXVW2zn8lSl7iMRL1QjLrL3TNsQJa_wBxk815q8rY00Bqd3zAradyQzQg1-ESWV2liRhbrDQI9ueWPkP4Al_C9L4swWAXuCilWQHbHdpYyEdCtdwyu0/s1245/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2033%20-%20setembro%202022%20(8).png" imageanchor="1" style="font-size: 12pt; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="1245" height="394" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipCwJx6TDr5AAd4FgLWwP7vYSm9un1iwHD-hM6NmbNo4GlcmH5ogwzuiv6v6eGI9YInXVW2zn8lSl7iMRL1QjLrL3TNsQJa_wBxk815q8rY00Bqd3zAradyQzQg1-ESWV2liRhbrDQI9ueWPkP4Al_C9L4swWAXuCilWQHbHdpYyEdCtdwyu0/w640-h394/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2033%20-%20setembro%202022%20(8).png" width="640" /></a></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 4d.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Comparação das opções adicionais para as variáveis
defensivas “cobertura” e “corrida de recuperação” entre os grupos de qualidade.
Símbolos destacam diferenças significativas (<i>p</i> < 0.05). Δ Mais ações
realizadas que todos os outros grupos de qualidade. * Mais ações realizadas que
o grupo D. # Mais ações realizadas que os grupos C e D. ● Mais ações realizadas
que o grupo C. </span><span style="font-family: "Cambria Math",serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Cambria Math";">◆ </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Mais ações realizadas que
os grupos B e C (Ju et al., 2023).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXXrwY7rM7FDVbaPzAXvbwf7uWnL1vkRUCJq9ZksZeMcWWXEkZkyoZZqfZfGsGMATVMAsMOGMX_Tx7_HPVS0usKVzWD2ZViG-XNNwEKyqtgSw9q4ta9PphSWhPodlmEYHLuoksOCWxV4lutoh6AnGiU-obF8WYN_ZT56ZMpN9MvqOqEwZaaNI/s1216/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2033%20-%20setembro%202022%20(9).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="749" data-original-width="1216" height="394" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXXrwY7rM7FDVbaPzAXvbwf7uWnL1vkRUCJq9ZksZeMcWWXEkZkyoZZqfZfGsGMATVMAsMOGMX_Tx7_HPVS0usKVzWD2ZViG-XNNwEKyqtgSw9q4ta9PphSWhPodlmEYHLuoksOCWxV4lutoh6AnGiU-obF8WYN_ZT56ZMpN9MvqOqEwZaaNI/w640-h394/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2033%20-%20setembro%202022%20(9).png" width="640" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Figura 4e.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"> Comparação das opções adicionais para as variáveis
defensivas “fechar/pressionar” e “interceção” entre os grupos de qualidade. Símbolos
destacam diferenças significativas (<i>p</i> < 0.05). Δ Mais ações
realizadas que todos os outros grupos de qualidade. * Mais ações realizadas que
o grupo D. # Mais ações realizadas que os grupos C e D. ● Mais ações realizadas
que o grupo C. </span><span style="font-family: "Cambria Math",serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Cambria Math";">◆ </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Mais ações realizadas que
os grupos B e C (Ju et al., 2023).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Desempenho técnico<o:p></o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As equipas de topo (grupo A)
executaram mais 36–57% de remates à baliza, 24–34% de toques na bola e 38–55%
de passes relativamente aos outros grupos. No que respeita à eficácia do passe,
as equipas do grupo A foram mais eficazes (82 ± 5%) que as equipas do grupo B
(78 ± 6%), C (74 ± 5%) e D (73 ± 7%). A figura 5 apresenta as correlações entre
as variáveis técnicas e as ações físico-táticas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTIWajCCTtTStbB7hk538DDEZ2xSew77fowKPYJVBnqbhM6tqx3I0Lyt6GFOYYau6LSp77Dvr4DA9WEZdGrCPoktypG2Sl93-1C_r1_EnvEaAMUfyl02YI5noiwRy9vrb2aM2lt3_2IU5P_k_oWwRhWsgoE5WwDfeZWTUWThWd7rwrtWJUQmI/s1391/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2033%20-%20setembro%202022%20(10).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="723" data-original-width="1391" height="332" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTIWajCCTtTStbB7hk538DDEZ2xSew77fowKPYJVBnqbhM6tqx3I0Lyt6GFOYYau6LSp77Dvr4DA9WEZdGrCPoktypG2Sl93-1C_r1_EnvEaAMUfyl02YI5noiwRy9vrb2aM2lt3_2IU5P_k_oWwRhWsgoE5WwDfeZWTUWThWd7rwrtWJUQmI/w640-h332/Artigo%20do%20m%C3%AAs%2033%20-%20setembro%202022%20(10).png" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-size: 12pt;"> </span><b style="font-size: 12pt; text-align: center;"><span style="font-size: 10pt; line-height: 150%;">Figura 5.</span></b><span style="font-size: 10pt; line-height: 150%; text-align: center;"> Correlações entre as variáveis físico-táticas (eixo x) e
técnicas (eixo y). Linhas picotadas indicam os intervalos de confiança a 95%
(Ju et al., 2023).</span></div><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 35.45pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: 49.65pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><b><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Variabilidade da performance de jogo para jogo<o:p></o:p></span></i></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A percentagem média do
coeficiente de variação das distâncias percorridas em alta intensidade pelas
equipas foi de 13 ± 4%. Independentemente das variáveis físico-táticas, a
percentagem média do coeficiente de variação para as ações contextualizadas foi
de 48 ± 31%.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 42.55pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Aplicações práticas<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os resultados obtidos aumentam o nosso entendimento acerca
dos padrões de jogo no futebol de elite face à classificação final das equipas,
permitindo discriminar os fatores que diferenciam grupos de qualidade na mesma
competição. As equipas mais fortes (grupo A) realizaram mais ações
contextualizadas em alta intensidade (i.e., “movimento para receber/explorar
espaço”, “corrida com bola”, “over/underlap”, “corrida para o espaço atrás da
linha defensiva/penetração” e “entrada na área de penálti adversária”) e
executaram mais ações técnicas ofensivas (e.g., remates à baliza, passes,
toques na bola) que as equipas pertencentes aos grupos de qualidade inferior.
As evidências explicam o “porquê” de as melhores equipas percorrerem maiores
distâncias em alta intensidade na fase ofensiva: procura sistemática de espaços
vitais para criar condições espaciotemporais favoráveis para marcar golo.</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Apesar de a distância percorrida em alta intensidade ser
equivalente entre os 4 grupos de qualidade, as equipas do topo percorreram,
aproximadamente, mais 35% de distância na fase ofensiva, comparativamente às
equipas dos grupos C e D. A diferença baixou para os 5% na fase defensiva.
Assim, parece que a distância percorrida em alta intensidade quando as equipas
têm a posse de bola é um aspeto diferenciador do nível qualitativo em
competições como a <i>Premier League</i> inglesa.</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A análise das opções adicionais das variáveis
físico-táticas demonstrou que as equipas do grupo A dominaram o corredor
central ao realizar mais esforços de alta intensidade para “jogo apoiado”,
“movimento para receber a bola/explorar espaço”, “corrida com bola” e “corrida
para o espaço atrás da linha defensiva/penetração”. Considerando as etapas do
processo ofensivo, as equipas do topo tendem a recorrer a ações de alta
intensidade para promover o jogo apoiado e uma progressão calculada da bola nos
terços defensivo e médio, para, a partir do terço intermédio, incrementar o
número de esforços físico-táticos de “over/underlap” e de ações alta
intensidade associadas à rotura da organização defensiva adversária. Por sua
vez, as equipas do grupo C executaram mais ações de alta intensidade para
cobrir espaço ou aproximar dos oponentes no terço defensivo, o que indica que
estas equipas preferem estabilizar defensivamente a equipa atrás da linha da
bola, em vez de pressionar em zonas mais adiantadas do campo.</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Inevitavelmente, a execução de algumas variáveis técnicas
surgiu relacionada a determinados esforços físico-táticos. A “entrada na área
de penálti” e a “corrida para o espaço atrás da linha defensiva/penetração”
ocorreram associadas a ações de cruzamento e à eficácia do passe longo. O
número de eventos de interceção esteve moderadamente ligado a ações de alta
intensidade para “fechar espaço/pressionar”. Na prática, é imprescindível que
os treinadores criem contextos que promovam, por um lado, a variabilidade das
ações técnicas executadas e, por outro lado, o <i>transfer</i> das ações que
são predominantemente solicitadas no treino para o jogo competitivo. Se a
técnica nunca surge dissociada da tática, o contexto proporciona uma narrativa
para os dados obtidos. A integração dos dados físicos, táticos, técnicos no
contexto em que ocorrem é uma mais-valia para qualquer departamento de análise
do jogo.</span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Por último, convém ter em consideração a natureza
complexa do futebol. Há inúmeros fatores contextuais passíveis de influenciar a
performance em competição, o que resulta em elevados níveis de variabilidade
dos dados inerentes à performance coletiva (e.g., distâncias de alta
intensidade e ações contextualizadas: ~13% e ~48%, respetivamente). Os
profissionais do treino devem ponderar esta variabilidade na tomada de decisão
acerca da aplicabilidade prática dos dados em eventos ou processos futuros.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Conclusão<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Os dados contextualizados podem ajudar a melhorar o
entendimento do estilo de jogos das equipas e podem ser utilizados para melhor
discriminar os respetivos níveis qualitativos, tendo em consideração variáveis
do foro técnico. Além disso, as ações físico-táticas dos jogadores produzem impacto
não apenas nas ações dos seus companheiros de equipa, mas também nas atividades
executadas pelos adversários no decurso do jogo competitivo. Para finalizar, deve
ser enfatizado que a variabilidade de jogo para jogo da distância percorrida em
alta intensidade e das ações contextualizadas é elevada.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">P.S.:<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l1 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">1-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As ideias que constam neste texto foram originalmente
escritas pelos autores do artigo e, presentemente, traduzidas para a língua
portuguesa;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l1 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">2-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Para melhor compreender as ideias acima referidas,
recomenda-se a leitura integral do artigo em questão;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="line-height: 150%; margin: 0cm; mso-list: l1 level1 lfo1; tab-stops: 14.2pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="mso-list: Ignore;">3-<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As citações efetuadas nesta rúbrica foram utilizadas pelos
autores do artigo, podendo o leitor encontrar as devidas referências na versão
original publicada na revista <i>Biology of Sport</i>.</span></p><p></p>Carlos Humberto Almeidahttp://www.blogger.com/profile/09636379308994650864noreply@blogger.com08550 Monchique, Portugal37.3179879 -8.55617069.0077540638211531 -43.7124206 65.628221736178844 26.6000794