23/03/2009

José Mourinho Doutor pela FMH


José Mourinho foi distinguido com o grau de Doutor Honoris Causa pela Faculdade de Motricidade Humana.

Nos meandros da faculdade que melhor conheço, gerou-se uma enorme controvérsia, pois alguns professores manifestaram-se contra o facto de ser atribuído o título a José Mourinho, antes do actual seleccionador Carlos Queiroz ou do treinador do FC Porto Jesualdo Ferreira.

Polémicas à parte, quem ficou a ganhar com isto tudo foi mesmo a FMH, tal não foi o mediatismo concedido à cerimónia pelos principais órgãos de comunicação do país. Perfeitamente merecido, diga-se de passagem e um enorme orgulho para quem lá estudou, ou para quem ainda lá "vai" com frequência.

(É "F", é "M", é "FMH")

Barcelona: um hino ao futebol!

O Barcelona recebeu ontem o Málaga e venceu por uns meros 6 - 0. Eu posso regozijar-me de ter visto a repetição do jogo. Realmente, a equipa de Guardiola é um hino ao futebol, a todos os níveis, contando com a prestação de jogadores impressionantes: Messi, Xavi, Eto'o, Henry, Iniesta ou Daniel Alves.

A par do Manchester United, a equipa espanhola é, na minha opinião, um grande candidato a levar a "Champions" desta época para "casa".

16/03/2009

Alongamentos estáticos no aquecimento...

Na sua grande maioria, os treinadores das mais diversas modalidades desportivas, em qualquer escalão etário, fazem questão de incluir alongamentos estáticos nas fases preparatórias de sessões de treino e, até mesmo, de competições.

Ora, actualmente, sabe-se que o aumento de temperatura nos músculos se obtém com o aumento da irrigação sanguínea local e que o exercício (alternância de contracções musculares) permite o funcionamento da bomba muscular, a qual favorece a circulação. Contudo, o alongamento provoca uma grande tensão nas fibras musculares, uma vez que, ao comprimir os vasos sanguíneos, dificulta o aporte de sangue ao músculo e, consequentemente, reduz a circulação local.

Para concluir, durante o aquecimento, os alongamentos estáticos prolongados não favorecem o objectivo de aumentar a temperatura muscular, pelo que se recomenda a execução de alongamentos dinâmicos.

Fonte: Mil-Homens, P. (2008). Flexibilidade. Material audiovisual não publicado de Desenvolvimento das Qualidades Físicas do VI Mestrado em Treino do Jovem Atleta. Lisboa: Faculdade de Motricidade Humana.

04/03/2009

Quem quer ser árbitro em Portugal?

Podia ser um concurso televisivo, mas não é.

Face ao estado da nação no que se relaciona com a tolerância, o respeito e a compreensão, nos seus níveis mais básicos da nossa existência em sociedade, poucos são aqueles que se sujeitam, sistematicamente, a insultos, calúnias ou difamações, frequentemente injustificados.

Quem trabalha nos escalões de formação de futebol sabe o quão habituais são as faltas de comparência dos árbitros nomeados pelas associações regionais. Então, no Algarve, é sintomático: não há árbitros ou organização suficientes para tantas equipas. Mas não me estranha que tal aconteça, basta, em qualquer nível de competição, assitir ao aquecimento das três equipas antes do jogo. Seja qual for o árbitro e as respectivas competências, virtudes ou defeitos, mal pisam o terreno de jogo já estão a ser insultados ou assobiados e, mais grave, até mesmo por crianças. É constrangedor!

Como se sabe das ciências sociais e humanas, a imitação é um mecanismo básico de aprendizagem. Os exemplos, positivos ou negativos, dos adultos são facilmente absorvidos, como água na esponja, pelas crianças. Em Portugal, arrisco a constatar que os valores transmitidos pelos adeptos do desporto às geração mais jovens, são, na generalidade, tudo menos educativos.

A nossa sociedade não está preparada para fazer do desporto uma festa, um meio para adquirir bens de personalidade, desenvolvimento moral e bem-estar social consentâneos com as suas potencialidades formativas. A arbitragem é, em primeira instância, um breve exemplo disso mesmo, por isso, atiro a pergunta: "Quem quer ser árbitro em Portugal?".

Eu não, obrigado!