22/02/2011
Um Dia de Sorte!
15/02/2011
Lucrar em Alta com um Povo em Baixa
Numa reportagem recente foram anunciados os lucros da GALP em 2010, lucros esses superiores 43% (!) em relação ao ano transacto. Um dos administradores da empresa esclareceu, sem rodeios, que tais resultados se devem ao aumento do preço dos combustíveis.
Ora, longe de ser um "expert" na matéria, facilmente constato que a diferença entre o preço de compra e o de venda pela empresa aumentou imenso. Como na sociedade contemporânea o carro representa para muitos um bem de primeira necessidade (para ir para o trabalho ou levar os filhos à escola, etc.), questiono até que ponto não deveria haver um controlo ou uma regulação dos exurbitantes preços praticados em Portugal? Faz sentido que empresas como a GALP, BP, Repsol e afins lucrem de maneira tão evidente com a desgraça de todos nós?
Fonte: http://raim.blogspot.com
O pior é, como diz o povo, que tempo é dinheiro e este, infelizmente, não estica nem dá para tudo. E voltamos nós para o automóvel.
08/02/2011
O Modelo LTAD, com especial referência aos Jogos Desportivos Colectivos
Fig. 1. Etapas do Modelo LTAD (adaptado de Stafford, 2005) |
Posteriormente, surge a etapa aprender a treinar. Stafford (2005) associa esta etapa às idades 8-11 anos (raparigas) e 9-12 anos (rapazes). É uma fase dominada pela aprendizagem de habilidades motoras específicas das modalidades – as acções técnicas nas modalidades individuais ou acções táctico-técnicas dos jogos desportivos colectivos (JDC) – porém, de igual modo, componentes coordenativas multilaterais, de forma a aperfeiçoar os pré-requisitos do rendimento psico-cognitivo e neuromuscular. É nesta etapa que devem ser introduzidas as habilidades motoras e as capacidades inerentes à(s) actividade(s) preferida(s), sucedendo em ambientes de prática que suscitem prazer e fomentem a descoberta guiada. Deve ser encarada como a principal etapa de aprendizagem, na medida em que engloba fases sensíveis, críticas mesmo, na qual ocorre uma acelerada adaptação ao processo de treino. Está, portanto, inerente a aquisição de habilidades motoras básicas e comuns a diversos desportos, ainda que, de acordo com Stafford (2005), se verifique uma redução do número de actividades/desportos praticados, sendo recomendada a prática de três actividades distintas. A ênfase deve situar-se no aprender a treinar e a praticar e não no resultado do desempenho da criança, ainda que o elemento “competição” também deva ser introduzido (rácio treino-competição de 80:20).
Segundo Stafford (2005), a próxima etapa (aprender a treinar) sucede nos rapazes entre os 12 e os 16 anos e nas raparigas entre os 11 e os 15 anos. O autor alega que esta etapa cobre um período peculiarmente sensível para o desenvolvimento físico e de habilidades técnicas e tácticas. Para além disso, esta pode ser considerada a principal fase para o desenvolvimento da condição física, nomeadamente da resistência aeróbia e da força, sendo o Pico de Velocidade em Altura (PVA) um ponto de referência a tomar sempre em consideração. Nos JDC, é nesta etapa que o conteúdo do treino se centra no desenvolvimento e consolidação de acções técnicas ou habilidades específicas de um desporto, constituindo também a etapa inicial de preparação táctica, naturalmente, em níveis básicos e intermédios. Stafford (2005) admite que esta etapa possa durar entre três a cinco anos, ocorrendo um aumento progressivo do treino específico em relação ao treino geral e da importância relativa da competição no processo de formação da criança/jovem (rácio treino-competição de 60:40).
O modelo LTAD contempla, seguidamente, a etapa treinar para competir, envolvendo rapazes entre os 16 e os 18 anos e raparigas entre os 15 e os 17 anos de idade. Trata-se de uma etapa que deve fornecer aos potenciais atletas oportunidades de se prepararem conveniente para a situação de competição. A monitorização dos efeitos do treino e da competição afigura-se como indispensável, pois é determinante identificar qualidades e limitações individuais que proporcionam, em última instância, a optimização do desenvolvimento do atleta. No âmbito dos JDC, é incluída a preparação técnica, táctica e física específica do desporto, implicando a preparação táctica numa posição específica (especialização), a aplicação dos princípios específicos e gerais dos processos ofensivos e defensivos, o planeamento e avaliação da competição e a observação e adaptação às equipas adversárias. É nesta etapa que a competição começa a ganhar preponderância no processo de formação, com um rácio treino-competição de 40:60 (Stafford, 2005).
O modelo LTAD engloba ainda uma etapa final em relação à preparação de atleta com capacidade para atingir níveis elevados de rendimento: a etapa treinar para ganhar. Embora seja variável de modalidade para modalidade, Stafford (2005) sugere que ocorre a partir dos 18 anos para rapazes e a partir dos 17 anos para raparigas. No cômputo geral, procura-se maximizar a performance, “picos” de forma, assumindo que as capacidades relevantes para o desempenho já foram desenvolvidas. No que concerne aos JDC verifica-se, ao nível da táctica, um desenvolvimento efectivo de estratégias competitivas, o “jogar” em função dos pontos fortes e fracos do adversário, e a modelação dos aspectos de performance em situação de treino.
Por último, a etapa de retenção, cujo principal objectivo passa por reter atletas em fim de carreira na esfera desportiva, atribuindo-lhes papéis distintos (dirigentes, treinadores, funcionários, sócios, etc.). Apesar de todas as etapas que constituem o modelo LTAD serem relevantes, as três primeiras são de vital importância na globalidade do processo, daí serem consideradas como as etapas de formação de base.