Na sequência do texto
anterior «A gestão dos ritmos de jogo no futebol», tive a felicidade de ver, em
direto, o primeiro golo do jogo Liverpool
x Chelsea, da 11ª jornada da FA
Premier League 2014/2015.
Não há melhor forma de
gerir os ritmos de jogo que não passe pelo controlo da posse de bola. Isso
implica que, individualmente, os jogadores sejam competentes na relação com a
bola (ação) e com o envolvimento (perceção) e que, coletivamente, os processos
ofensivos estejam afinados entre os diversos elementos da equipa. Nesta
situação em particular, ao recuar no espaço de jogo, o Liverpool induziu o
Chelsea a aumentar o espaço entre linhas e o índice de dispersão dos seus
jogadores (reparem que a pressão dos avançados não é acompanhada pelo controlo
da profundidade pelo setor defensivo). Perante a ausência de coberturas
defensivas e de equilíbrios efetivos por parte dos visitantes, os jogadores do
Liverpool progrediram no terreno de jogo, gerando uma situação de superioridade
numérica no seu meio-campo ofensivo. Ainda que com alguma fortuna, valeu um
golo. Vejamos o lance:
Para a história, ficam as
características desta magnífica sequência ofensiva:
- Duração (s): 65
- Número de jogadores
envolvidos: 10 (apenas Balotelli não intervém sobre a bola)
- Número de toques sobre a
bola: 55
- Número de passes: 24
- Número de remates: 1
- Eficácia do remate: 100%.
Isto é jogar bom futebol.