22/03/2016

A «verticalidade» de Messi na origem da perturbação da organização defensiva adversária

Lionel Messi dispensa apresentações. No confronto mais recente com o Arsenal, nos oitavos-de-final da UEFA Champions League 2015/2016, o craque argentino voltou a demonstrar porque é que as mudanças de ritmo no jogo de futebol são essenciais para quebrar a simetria entre equipas em processos opostos: ofensivo e defensivo. Além disso, as mudanças de ritmo ocorrem em espaços propícios para perturbar a organização defensiva adversária e criar situações iminentes de golo. Chamo a atenção para os movimentos verticais (em profundidade) de Messi, tendo sempre a preocupação de ter, no mínimo, um companheiro com quem pode realizar a combinação tática direta (figura 1).

Figura 1. Os movimentos em profundidade (verticais) de Messi.

Messi é inteligente a procurar os espaços que explora para provocar a perturbação (corredor central), é perspicaz na forma como temporiza para criar pontos de apoio laterais ou verticais e, posteriormente, objetivo na mudança de ritmo (aceleração para a baliza; a «verticalidade») que realiza com a plena intenção de concretizar ou contribuir para o golo.


Como já referi anteriormente, é um enorme prazer poder desfrutar do futebol num tempo em que Messi vive, joga e faz jogar.