Lionel Messi dispensa
apresentações. No confronto mais recente com o Arsenal, nos oitavos-de-final da UEFA Champions League 2015/2016, o craque argentino voltou a demonstrar
porque é que as mudanças de ritmo no jogo de futebol são essenciais para
quebrar a simetria entre equipas em processos opostos: ofensivo e defensivo. Além
disso, as mudanças de ritmo ocorrem em espaços propícios para perturbar a
organização defensiva adversária e criar situações iminentes de golo. Chamo a
atenção para os movimentos verticais (em profundidade) de Messi, tendo sempre a
preocupação de ter, no mínimo, um companheiro com quem pode realizar a combinação
tática direta (figura 1).
Figura 1. Os movimentos em profundidade (verticais) de Messi. |
Messi é inteligente a
procurar os espaços que explora para provocar a perturbação (corredor central),
é perspicaz na forma como temporiza para criar pontos de apoio laterais ou
verticais e, posteriormente, objetivo na mudança de ritmo (aceleração para a
baliza; a «verticalidade») que realiza com a plena intenção de concretizar ou
contribuir para o golo.
Como já referi anteriormente, é um enorme prazer poder desfrutar do futebol num tempo em que
Messi vive, joga e faz jogar.