Afonso Cruz é um
escritor português que, segundo nota da contracapa do livro, «vive no campo e
gosta de cerveja». Nesta publicação da editora Alfaguara, esta enciclopédia
revela-nos algumas sábias subtilezas que o mundo esqueceu ou ignorou.
Figura. Capa do livro «Enciclopédia da Estória Universal - Recolha de Alexandria», de Afonso Cruz. |
Acerca do tema «Evolução da Sociedade», o autor invoca as palavras de Tsilia Kacev (1979), numa exposição de Paris:
Chama-se evolução
da sociedade ao tempo que se leva a concordar com os artistas do século
passado.
(p. 49)
Na minha perspetiva, o
texto intitulado «Sintaxe Interior» atingiu o píncaro da excelência:
Há palavras que
nunca se dizem, à cautela, pois são tremendas. (…) As pessoas dizem-nas
exibindo a nudez das suas letras e das suas fonéticas, sem pudor. Mas as
pessoas estão enganadas. As palavras ainda têm poder e movem mundos. Criam
mundos. Desfazem mundos. E só os inconscientes as atiram para fora da boca como
perdigotos.
(Frantiska Möller, p. 87-88)