Marc-Vivian Foe (28 anos - 2003), Miklós Féher (24 anos - 2004) e agora Antonio Puerta (22 anos, ainda em estado crítico) são os exemplos mais recentes e mediáticos da fragilidade do ser humano. Situações altamente contraditórias que merecem o nosso constragimento e a nossa reflexão, até porque pode acontecer connosco, ou com algum familiar ou amigo.
Como pode tal fatalidade acontecer a jovens desportistas altamente treinados e com acompanhamento médico permanente e específico?
A complexidade do organismo humano é tão acentuada que certos problemas são indetectáveis, mesmo perante os exames considerados como os mais avançados na actualidade. Por outro lado, as exigências desportivas levam progressivamente o ser humano aos limites das suas capacidades, aumentando as probabilidades deste claudicar face a anomalias morfológicas e/ou funcionais do organismo.
Mais grave parece ser o panorama do Futebol amador, que engloba milhares de praticantes só em Portugal e muitos milhões no planeta. Os exames médico-desportivos efectuados, baseados no histórico familiar, na auscultação e no ECG (Electrocardiograma) para determinar problemas cardiovasculares (cardiopatias), é insuficiente. Um ECG fornece-nos o registo da actividade eléctrica do coração em repouso. Ora, como devem imaginar, quando praticamos actividade física, seja ela qual for, o nosso coração tem um funcionamento diferente de quando estamos em repouso, portanto, falamos de um exame que não é específico e não nos põe a par de todas as cardiopatias que um jogador/atleta pode padecer.
Agora penso: Se um puto meu desmaia num treino ou num jogo, seria um dos que teria sido dado como APTO no início da época. Fico apreensivo. E os restantes milhões por esse mundo fora que nem os exames mais básicos fazem?
Força Puerta, torço por ti!
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