Não se fala ou escreve de outra coisa. A crise comanda as nossas vidas de uma forma tão profunda que nem tão cedo a esqueceremos. Os analistas, economistas e todos os demais funcionários do dinheiro afirmam que 2011 será um ano complicado para o povo português. Os políticos aproveitam e culpam-se uns aos outros pelo desemprego, pela falência das empresas e pela pobreza crescente.
Tenho imensas dúvidas de que a crise possa ser classificada de económico-financeira. Os dados são evidentes, porém não deixo de tentar perceber a origem desta catástrofe que tanto nos afecta e afectará nos tempos vindouros. A única conclusão a que chego é que a humanidade da nossa espécie desvanece-se ao longo do tempo numa função exponencial. Uns sempre tiveram mais do que outros. Uns sempre sofreram mais do que outros. Uns sempre ajudaram mais do que outros. Parece que o fosso entre uns e outros está a tornar-se intransponível e, enquanto uns comem caviar para o almoço, outros lutam desesperadamente para trincar um bocado de pão suficiente para cumprir as suas funções metabólicas inerentes à sobrevivência. Esta é a crise por que todos passamos. Não quero tapar o Sol como uma peneira; também sou responsável por ela. Talvez pudesse dar um pouco mais de mim para tornar tudo isto num mundo mais alegre. Mas vejo-nos a morrer. Lentamente!
Resta-nos a esperança de um dia esquecermos facções partidárias e puxarmos todos para o mesmo lado. Aí talvez risquemos a palavra crise do nosso dicionário. De vez.
16/01/2011
A Crise
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