Para o escritor chileno
Luis Sepúlveda – um dos meus escritores preferidos – o «sul do mundo» fica na
Patagónia. As suas viagens a este canto do globo deram origem a crónicas; da
gaveta, as crónicas fizeram-se em livro, pelo menos, assim é narrado no Patagónia Express (Porto Editora, 2011).
No meio do nada, ou no centro de tudo, «uma pessoa é de onde melhor se sente».
Imagem: A Patagónia na América do Sul (fonte: www.snegaiv.com).
Os livros, as crónicas, as dissertações de Luis Sepúlveda fazem-me sentir melhor. Sejam as palavras humor,
saudade, política, cultura, tragédia ou felicidade, emanam o elevado sentido de
humanidade do autor. Se bem escrever é sinónimo de saber colocar em texto as
histórias, os segredos, as experiências, as valências e os defeitos que nos
caracterizam enquanto seres humanos, então Luis Sepúlveda fá-lo com uma clareza
notável:
– Boa tarde – cumprimentei.
– Isso é indiscutível. O que deseja, mister?
– Preciso de voar para Coca. Pode dizer-me o que tenho de
fazer?
– Com certeza. Para voar basta agitar os braços, correr
para ganhar balanço e encolher as patas. Mais alguma coisa?
(in Patagónia Express, 2011: 138)
Honestamente, sugiro-vos:
leiam-no.
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