19/08/2014

A sequência ofensiva (coletivo) e a diferença do génio (individual)

O Chelsea FC estreou-se na FA Premier League 2014/2015 com uma vitória (1-3), no terreno do Burnley. Só pelo minuto 20, os 93 minutos da partida valeram a pena.


A sequência ofensiva que dá origem ao golo de André Schürrle apresentou as seguintes características:
· Duração: 50s
· Número de passes: 23
· Número de toques sobre a bola: 54
· Número de jogadores envolvidos: 9
· «O» momento: A assistência de Francesc Fàbregas (20:41) para o golo

A jogada em si é fabulosa; um magnífico exemplo de como o ataque posicional deve ser utilizado para quebrar uma organização defensiva que prima pelo princípio da concentração em bloco baixo. Há inúmeros instantes desta sequência ofensiva em que o Burnley tem os 11 jogadores atrás da linha da bola. O Chelsea foi paciente, promoveu uma circulação rápida da bola, explorou os dois corredores laterais (deu largura ao jogo) e os seus jogadores não se coibiram de executar permutas posicionais para dar soluções ao portador da bola. Depois, há o passe magistral de Fàbregas e que marca a diferença entre o obter ou não obter sucesso no ataque. Um génio é isto mesmo: fazer o que poucos fazem, demonstrando criatividade e virtuosismo associados a uma eficácia tremenda.

Imagem: O génio Fàbregas frente ao Burnley (fonte: www.news.nom.co).

Maravilhoso!

2 comentários:

Unknown disse...

Francisco Nunes :Simplesmente maravilhoso isto é o verdadeiro Chelsea de Mourinho a jogar futebol. Bom mas só pela aquela sequência de passes me fez lembrar o Guardiola .
Eu ainda não conhecia muito bem este blog ,mas muitos parabéns Carlinhos,continua.

Carlos Humberto Almeida disse...

Olá Francisco.

Sim, esta jogada faz lembrar o estilo de jogo implementado pelo Guardiola no Barcelona. Mesmo assim, tem algumas «nuances» bastante distintas.

Agradeço as tuas palavras. Continua a visitar o Linha de Passe. :)

Abraço.