Foi o primeiro livro que
li do autor húngaro Sándor Márai (1900-1989). Primeiro, achei que a obra, no
seu todo, fazia jus a um autêntico ensaio filosófico sobre a amizade. Numa
instância posterior, e com uma reflexão mais cuidada, refiz a minha ideia
inicial para algo menos redutor: é um autêntico ensaio filosófico sobre a vida (figura 1).
Figura 1. Capa do livro "As velas ardem até ao fim", publicado em Portugal pela editora Dom Quixote. |
“Não é verdade que o
destino entre cego na nossa vida, não. O destino entra pela porta que nós
mesmos abrimos, convidando-o a passar.” (p. 125)
“Acontece que o momento traz
consigo uma possibilidade e isso tem um tempo exacto – e se o momento passou,
de repente já não podes fazer nada.” (p. 144)
Qualquer semelhança com as
incidências de um jogo desportivo coletivo será pura coincidência? A vida
não é mais que uma questão de linhas de passe.
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