05/02/2020

As velas ardem até ao fim (1942)

Foi o primeiro livro que li do autor húngaro Sándor Márai (1900-1989). Primeiro, achei que a obra, no seu todo, fazia jus a um autêntico ensaio filosófico sobre a amizade. Numa instância posterior, e com uma reflexão mais cuidada, refiz a minha ideia inicial para algo menos redutor: é um autêntico ensaio filosófico sobre a vida (figura 1).

Figura 1. Capa do livro "As velas ardem até ao fim", publicado em Portugal pela editora Dom Quixote.

“Não é verdade que o destino entre cego na nossa vida, não. O destino entra pela porta que nós mesmos abrimos, convidando-o a passar.” (p. 125)

“Acontece que o momento traz consigo uma possibilidade e isso tem um tempo exacto – e se o momento passou, de repente já não podes fazer nada.” (p. 144)

Qualquer semelhança com as incidências de um jogo desportivo coletivo será pura coincidência? A vida não é mais que uma questão de linhas de passe.

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