25/11/2007

Selecção Nacional: missão cumprida

Numa semana marcada pelo apuramento da selecção portuguesa para o EURO 2008, a acontecer na Áustria e na Suíça, não posso deixar de escrever umas linhas sobre o assunto.

Não obstante a percepção de "missão cumprida" e, por si só, diz muito da campanha rumo ao EURO, não creio que tenhamos muitas razões para festejar efusivamente. É natural que olhando para o "caso inglês", me dá um gozo especial poder assistir do sofá aos jogos de Portugal, no entanto, admito que ao visualizar os últimos jogos da selecção fiquei angustiado.

Por entre importantes jogadores lesionados não há, aparentemente, desculpas para os melhores jogadores do país (ou supostamente em melhor forma desportiva) jogarem como fizeram: apáticos, sem sentido colectivo e sem ambição. É incompreensível o número de bolas perdidas em situações individuais (só o Ricardo Quaresma e o Cristiano Ronaldo perderam umas 20 bolas no jogo frente à Finlândia), quando os problemas tácticos deveriam ser resolvidos colectivamente. Algo não está bem.

Por outro lado, Scolari regressou do castigo imposto pela UEFA e, na minha opinião, mal. A conferência de imprensa após a qualificação mostrou-nos, mais uma vez, a incapacidade do seleccionador em manter o controle emocional em determinadas situações com as quais deveria estar perfeitamente identificado. Levantar-se e virar costas aos jornalistas, muitas vezes com perguntas menos conseguidas, não é exemplo para ninguém e deve-se exigir a um agente desportivo com a responsabilidade de um seleccionador, outro tipo de atitude.

Ainda assim, conquistou o mais importante: o apuramento para uma grande competição europeia. Eu pergunto: no grupo em que estávamos e com o lote de jogadores "seleccionáveis", quantos treinadores não conseguiriam melhor?

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