(…) nos dias que
hoje correm.
A este propósito,
deixo-vos as sábias palavras do professor José Neto (2012, p. 36):
“E isto é
particularmente evidente quando observamos as exigências do tipo comercial (lei
do mercado) que coisificam e degradam, até à condição de mera mercadoria, o
agente desportivo de alto rendimento, designadamente no futebol. Mas é-o também
e, aqui de forma deveras preocupante, no afã despótico de muitos pais e outros
agentes que, ao detectarem numa criança sinais de talento, a fazem entrar à
força numa espécie de forja de craques, sugando-lhe aquilo que, para ela, é
mais importante: o espaço lúdico para crescer. Quando se quer, à viva força,
enxertar no homem o craque, este, a acontecer, é à custa do homem que acontece –
e, após a fulguração da estrela cadente, o vazio e a solidão. Mas há mais:
pouco ou nada educativo é um desporto se este se exprimir exclusivamente nas
suas componentes física, táctica, técnica e normativa.”
Referência
Neto, J. (2012). Futebol de corpo inteiro. Lisboa: Prime
Books.
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