“Já chega!”. Um desabafo
pesaroso que traduz um corpo e uma mente por vezes em ponto de saturação. Se fosse uma carta,
estaria a colocar-me fora do baralho. Porém, como qualquer baralho de cartas, o
todo perde sentido sem um dos seus elementos constituintes. O todo torna-se obsoleto,
em algo desprovido de significado. Só o todo tem força, só o todo é funcional, só o todo pode… efetivamente.
Imagem: O baralho é o todo; somente o todo é funcional.
Se não dou tudo é porque
não posso, porque o dia é um artifício que não se estica para além das 24
horas. Dou o que posso e como posso pelo todo e por aquilo que o faz mover: a
identidade, o sentimento de pertença e a paixão pelo jogo. Agora sou apenas
meia carta, mas não me excluo do baralho. Acredito, porque o todo, afinal, ainda pode fazer
sentido e, desta forma, ir a jogo.
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