Deixou-se envolver pela
loucura. Venera quem lhe cuspiu em cima e inferniza os que lhe tentaram arrancar
um sorriso feliz da sua face amargurada.
O mundo ficou de patas
para o ar; não para aqueles que vivem e subsistem da insanidade, mas para os
outros, aqueles que acham que a benevolência ainda pode salvar o mundo. Pura
ilusão. Mero devaneio. Quem quer mudar o mundo, pela via do otimismo, do
positivismo, sofre; quem não quer nada com o mundo, vive loucamente do sofrimento
dos outros, rindo, gozando, apontando o dedo. A crítica sem fundamento. Apenas
e só: louca.
E quando já não houver
uma gota de benevolência no mundo, o louco acordará para vida e perceberá que,
assim, o mundo perdeu toda a piada. Como a loucura consome qualquer réstia de lucidez, jamais se poderá voltar a pugnar pela benevolência. Então, o louco, desorientado
pela ausência de uma bússola com norte, perder-se-á nos confins do tempo, rumo
ao infinito.
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