Às vezes, a vontade do Criador, das instâncias cármicas, ou o alinhamento dos astros, cravam uma data nas nossas memórias por eventos felizes, embora independentes, que nos acontecem ou realizamos. Há 15 anos, num impulso vespertino, servi-me do então velhinho Compaq para, nas águas-furtadas de uma casa senhorial da rua Sacadura Cabral, na Cruz Quebrada, criar o blogue Linha de Passe.
A “Reflexão Inicial” deu o mote para mais ações de catarse emocional e registo autobiográfico, que, entretanto, se expandiram para áreas de interesse pessoal. Sim, há textos que atualmente não os escreveria, publicações de que me orgulho e outras que nem por isso. Reconheço que não acertei sempre nas minhas intenções, algumas ficaram por alcançar o que quer que fosse, mas todas elas ainda figuram neste espaço virtual que jamais imaginei que perdurasse por tanto tempo. Por si só, comemoro a persistência das 15 primaveras (figura 1), exclusivamente assente em motivação intrínseca.
Sete anos mais tarde, neste mesmo 18 de maio, iniciaria o namoro com a minha esposa e mãe dos meus três filhos. Se não foi de todo propositado, certamente não foi por acaso que sucedeu num período em que o Linha de Passe andava mais “apagado”.
Não sei quantos mais dias 18 de maio aí virão, pelo que
irei encher um copito de medronho do meu sogro e brindar a preceito. Que daqui
a 15 anos possamos cá estar todos. Saúde!
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