15/12/2008

Dizem que é uma espécie de talento...

Chama-se Madin Mohammad, tem 6 anos e é de naturalidade argelina. Especialização precoce? Não sei, mas que é impressionante; disso não tenho qualquer dúvida.

Veremos se daqui a uns anos ouviremos falar dele novamente.

03/12/2008

A Verdade anda por aí!

A reencarnação.

A evidência de vidas passadas tem merecido a atenção de inúmeros especialistas no estudo da mente humana (psiquiatras, psicólogos, médicos, etc.). Os casos, os argumentos e as provas começam a acumular-se no sentido de explicar fenómenos ditos paranormais.

Alguns especialistas, homens de sucesso, de reconhecida competência na investigação destes fenómenos e que nada têm de "charlatões", avançam com conclusões bem interessantes. Como é de esperar, estes assuntos levantam sempre enorme cepticismo e explicações alternativas, porém não podemos deixar de ter as nossas mentes bem abertas para pensar sobre estes acontecimentos, até porque, como adiantam os investigadores das mais diversas áreas do conhecimento científico, a nossa existência não se remete apenas para uma dimensão física, mas também para algo que a transcende.

26/11/2008

Sabia que...

"Um ovo por dia aumenta risco de ter diabetes."


A conclusão é de um estudo da Universidade de Harvard e está publicada na revista "Diabetes Care". Porque todos os cuidados são poucos, leia mais informação aqui.

31/10/2008

Palpita-me que... Não!

O internacional português Ricardo Quaresma (Inter de Milão), comentou, recentemente, na imprensa italiana que acha justo que o compatriota Cristiano Ronaldo seja proclamado o melhor jogador do mundo pela FIFA, assim como bola de ouro.

Contudo, não se fez rogado e atirou: "sonho em um dia ser o melhor jogador do mundo".

O mais provável é eu nunca vencer o euromilhões, mas meto as mãos no fogo como o sonho do Quaresma não passará disso mesmo.

Oxalá esteja engado!

29/10/2008

Maldita rinite alérgica!

Chega o Outono e com a estação, não somente as castanhas e os magustos, mas também as infecções respiratórias virais e as queixas alérgicas, nomeadamente de rinite alérgica e de asma. Tal deve-se às alterações climatéricas típicas da época, a par de maiores concentrações de ácaros no pó doméstico.

Segundo Mário Morais de Almeida, presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), os alergénicos do ambiente interior, tais como ácaros do pó doméstico, são a "principal causa de alergia na população portuguesa", ainda que os pólenes do ambiente exterior e o fumo do tabaco também se perfilem como outras causas.

A rinite alérgica é, portanto, "uma doença inflamatória crónica da mucosa nasal, resultante de uma reacção de hipersensibilidade, clinicamente caracterizada por prurido nasal (comichão no nariz), rinorreia nasal (corrimento no nariz), espirros e obstrução ou congestão nasal (nariz entupido), reversível espontaneamente ou com tratamento" (Mário Morais de Almeida, in Dica da Semana, 30-Out-2008: 11), à base de medicamentos anti-histamínicos e/ou anti-inflamatórios.

Além disso, o especialista recomenda que se mantenham as casas arejadas e com ventilação adequada, que se evitem alcatifas e carpetes (retêm ácaros) e que se controle a humidade relativa das habitações em valores inferiores a 50%.

Fonte: Jornal Dica da Semana, Edição n.º 349, 30 de Outubro de 2008, p. 11.

27/10/2008

"Os inúteis" de Miguel Sousa Tavares

Não, não é um título de um livro do escritor, mas a forma como este classificou os professores. Mais concretamente: "os professores os inúteis mais bem pagos deste país".

Uma colega de Língua Portuguesa (Ana Maria Gomes, da Escola Secundária de Barcelos) respondeu às declarações do escritor, jornalista e supra-sumo da sabedoria da seguinte forma:

"É do conhecimento público que o senhor Miguel de Sousa Tavares considerou 'os professores os inúteis mais bem pagos deste país.' Espantar-me-ia uma afirmação tão generalista e imoral, não conhecesse já outras afirmações que não diferem muito desta, quer na forma, quer na índole.

Não lhe parece que há inúteis, que fazem coisas inúteis e escrevem coisas inúteis, que são pagos a peso de ouro? Não lhe parece que deveria ter dirigido as suas aberrações a gente que, neste deprimente país, tem mais do que uma sinecura e assim enche os bolsos? Não será esse o seu caso? O que escreveu é um atentado à cultura portuguesa, à educação e aos seus intervenientes, alunos e professores. Alunos e professores de ontem e de hoje, porque eu já fui aluna, logo de 'inúteis', como o senhor também terá sido. Ou pensa hoje de forma diferente para estar de acordo com o sistema?

O senhor tem filhos? - a minha ignorância a este respeito deve-se ao facto de não ser muito dada a ler revistas cor-de-rosa. Se os tem, e se estudam, teve, por acaso, a frontalidade de encarar os seus professores e dizer-lhes que 'são os inúteis mais bem pagos do país.'? Não me parece... Estudam os seus filhos em escolas públicas ou privadas? É que a coisa muda de figura! Há escolas privadas onde se pagam substancialmente as notas dos alunos, que os professores 'inúteis' são obrigados a atribuir. A alarvidade que escreveu, além de ser insultuosa, revela muita ignorância em relação à educação e ao ensino. E, quem é ignorante, não deve julgar sem conhecimento de causa. Sei que é escritor, porém nunca li qualquer livro seu, por isso não emito julgamentos sobre aquilo que desconheço. Entende ou quer que a professora explique de novo?

Sou professora de Português com imenso prazer. Oxalá nunca nenhuma das suas obras venha a integrar os programas da disciplina, pois acredito que nenhum dos 'inúteis' a que se referiu a leccionasse com prazer. Com prazer e paixão tenho leccionado, ao longo dos meus vinte e sete anos de serviço, a obra de sua mãe, Sophia de Mello Breyner Andresen, que referencio. O senhor é a prova inequívoca que nem sempre uma sã e bela árvore dá são e belo fruto. Tenho dificuldade em interiorizar que tenha sido ela quem o ensinou a escrever. A sua ilustre mãe era uma humanista convicta. Que pena não ter interiorizado essa lição! A lição do humanismo que não julga sem provas! Já visitou, por acaso, alguma escola pública? Já se deu ao trabalho de ler,com atenção, o documento sobre a avaliação dos professores? Não, claro que não. É mais cómodo fazer afirmações bombásticas, que agitem, no mau sentido, a opinião pública, para assim se auto-publicitar.

Sei que, num jornal desportivo, escreve, de vez em quando, umas crónicas e que defende muito bem o seu clube. Alguma vez lhe ocorreu, quando o seu clube perde, com clubes da terceira divisão, escrever que 'os jogadores de futebol são os inúteis mais bem pagos do país.'? Alguma vez lhe ocorreu escrever que há dirigentes desportivos que 'são os inúteis' mais protegidos do país? Presumo que não, e não tenho qualquer dúvida de que deve entender mais de futebol do que de Educação. Alguma vez lhe ocorreu escrever que os advogados 'são os inúteis mais bem pagos do país'? Ou os políticos? Não, acredito que não, embora também não tenha dúvidas de que deve estar mais familiarizado com essas áreas. Não tenho nada contra os jogadores de futebol, nada contra os dirigentes desportivos, nada contra os advogados. Porque não são eles que me impedem de exercer, com dignidade, a minha profissão. Tenho sim contra os políticos arrogantes, prepotentes, desumanos e inúteis, que querem fazer da educação o caixote do (falso) sucesso para posterior envio para a Europa e para o mundo. Tenho contrapseudo-jornalistas, como o senhor, que são, juntamente com os políticos, 'os inúteis mais bem pagos do país', que se arvoram em salvadores da pátria, quando o que lhes interessa é o seu próprio umbigo.

Assim sendo, sr. Miguel de Sousa Tavares, informe-se, que a 'informaçãozinha' é bem necessária antes de 'escrevinhar' alarvices sobre quem dá a este país, além de grandes lições nas aulas, a alunos que são a razão de ser do professor, lições de democracia ao país. Mas o senhor não entende! Para si, democracia deve ser estar do lado de quem convém. Por isso, não posso deixar de lhe transmitir uma mensagem com que termina um texto da sua sábia mãe: 'Perdoai-lhes, Senhor, Porque eles sabem o que fazem'."

15/10/2008

"Treinadores só para dois meses!"

Paulo Duarte, ex-treinador da União de Leiria e actual seleccionador do Burkina Faso, concedeu recentemente uma entrevista ao Jornal de Notícias muito interessante. De resposta simples, porém de um realismo inegável.

O treinador leiriense - o último caso de sucesso de treinadores portugueses no estrangeiro - sustenta que se valoriza pouco o trabalho desenvolvido pelos treinadores lusitanos em detrimento de estrangeiros. Para além disso, afirma que passou e acompanhou de perto diversos campeonatos europeus (França, Alemanha e Bélgica) e diz, sem rodeios, que os treinadores portugueses trabalham melhor que os outros, não trocando os métodos de treino nacionais por nada.

O ponto alto da entrevista é, em minha opinião, quando o Paulo Duarte crava o dedo na ferida e conclui: "Em Portugal, contratam-se treinadores por dois meses. Gostamos de bater no ceguinho e não damos estabilidade nenhuma. Quando a temos, os resultados aparecem.".

É um problema real e culturalmente enraizado, que pode e deve ser contornado. Todos nós gostamos de ganhar, contudo, nem sempre é possível. Quando não acontece, a culpa não é do avançado que falhou a grande penalidade, ou do guarda-redes que a defendeu, mas frequentemente do treinador. Ridícula esta mentalidade, mas profundamente sustentada em Portugal.

24/09/2008

Um jogador. Qual escolherias?

Lionel Messi (Argentina, 21 anos).

Neste momento, escolheria este pequeno génio (1,69 m) sul-americano. É um "canhoto" à Diego Maradona: rápido; surpreendente na protecção de bola, muito devido ao seu baixo centro de gravidade; explosivo no modo como enfrenta os adversários no 1x1; com uma capacidade de leitura de jogo fenomenal, daí ser exímio no último passe; e, um finalizador ao jeito de um ponta-de-lança.

Que me perdoem todos os fanáticos pelo "nosso" Cristiano Ronaldo, que espero que vença a Bola de Ouro 2008, porém este Messi enche-me o olho. Um verdadeiro regalo para quem gosta de Futebol.

05/09/2008

Os Metallica estão de volta!

Pois é, os Metallica estão de volta com um novo álbum. Após St. Anger, lançado em 2004, apresentam-nos agora Death Magnetic com uma sonoridade mais "old school". O ritmo trash da bateria de Lars Ulrich e os solos frenéticos de Kirk Hammett, à boa moda dos anos 80, estão bem patentes no single "The Day That Never Comes" (ver videoclip).

O facto de manterem um estilo de música interventiva, dão-nos conta que estes músicos não prezam apenas pela qualidade do som que emana dos seus instrumentos, mas, fundamentalmente, pelas grandes problemáticas da humanidade.

A mensagem deste vídeo de promoção do novo álbum é evidente. Fala-nos do dia que nunca chega ("The Day That Never Comes")... e que nos trará a paz no planeta Terra.

Bem-haja, Metallica!

28/08/2008

Miúdos, não fumem!

Não é novidade nenhuma: fumar mata!

Ninguém fica cá, é certo, contudo, se pudermos viver melhor o nosso dia-a-dia, porque não rejeitar vícios desnecessários? Porque não prevenir? Afinal de contas, "mais vale prevenir que remediar".

De acordo com um estudo recente, fumar reduz, pelo menos, cinco (!) anos de vida. Não o façam por mim, mas por vós e por todos os que vos rodeiam. Obrigado!

17/08/2008

Um olhar sobre o Desporto em Portugal

Em Atenas (2004), a comitiva portuguesa trouxe 3 medalhas para casa (2 de prata e 1 de bronze). O rescaldo dessa competição foi positivo, porque somente em Los Angeles (1984) Portugal conseguiu o mesmo número de medalhas (1 de ouro e 2 de bronze), embora com menos participantes (38 contra os 65 atletas em Atenas).

Nos Jogos Olímpicos em curso (Pequim, 2008), a missão portuguesa conta com 78 participantes e com objectivo, definido pelo Comité Olímpico de Portugal (COP), de fazer melhor que em 2004, ou seja, no mínimo trazer 4 medalhas para território luso. Até ao momento, e sabendo que alguns dos nossos atletas com maiores probabilidades de conquistar uma medalha ainda não entraram em competição, o saldo é realmente negativo. A exigência que, por norma, os portugueses geram à volta dos atletas, numa analogia do que sucede recentemente com a selecção portuguesa de Futebol, não tem trazido quaisquer benefícios para as cores nacionais.

Relembro que existem outras nações, também elas com atletas que treinam arduamente no sentido de atingir a plenitude das suas capacidades, pelo que não podemos criar expectativas elevadas ao ponto de reduzirmos o resto do mundo a um conjunto de atletas insignificantes.

Não obstante ser evidente que não podemos competir contra potências mundiais como a China, os Estados Unidos da América ou a Alemanha, não deixo de ficar apreensivo quanto à qualidade dos desempenhos da maioria dos nossos participantes, bem abaixo dos respectivos máximos individuais.

Nós, portugueses, podemos e devemos investir mais no Desporto em geral e, não somente, no Futebol, no qual, inclusivamente, nem sequer foi conseguido o apuramento para as actuais Olimpíadas. De facto, somos um país pequeno com uma população relativamente reduzida quanto comparada a muitos outros países, no entanto, isso não nos iliba do falhanço que é o nosso Desporto. É urgente tomar medidas: mais e melhores dirigentes e treinadores, aproveitando o elevado número de universidades/faculdades de Desporto em Portugal (muitas delas de qualidade dúbia); maior aposta dos clubes e associações regionais na promoção das diversas modalidades desportivas (olímpicas e não olímpicas); melhor articulação do Desporto Escolar com o Desporto Federado.

É essencial fomentar o Desporto para incrementar a qualidade de vida no país. Os ídolos desportivos - os grandes campeões - constituem uma forma inequívoca de motivação para as nossas crianças/jovens em praticarem actividade física/desporto, com todas as vantagens inerentes, por exemplo, na promoção da saúde e do bem-estar geral e, consequentemente, na produtividade ao nível do trabalho laboral.

Não se trata de nenhuma campanha, mas de uma constatação óbvia e necessária: investir no Desporto é investir em Portugal.

09/08/2008

Jogos Olímpicos - Pequim 2008

O espectáculo desportivo já começou!

O COP (Comité Olímpico de Portugal) estabeleceu um objectivo de 4 medalhas. Ora, eu torço pelas seguintes:

  • Ouro: Naíde Gomes (salto em comprimento) e Vanessa Fernandes (triatlo);
  • Prata: Nélson Évora (triplo salto) e Telma Monteiro (judo).

A confirmar.

22/07/2008

Um problema?

De acordo com a abordagem baseada nos constrangimentos aplicada aos Jogos Desportivos Colectivos (JDC), somente o jogo e as suas variantes apelam a acoplamentos específicos percepção-acção e, portanto, o jogo deve ser a sede as aprendizagens fundamentais (Borba et al., 2007). A modificação dos elementos estruturais do jogo como situação de exercício (condicionantes regulamentares, espaciais, técnico-tácticas, temporais, numéricas e instrumentais) é um factor preponderante no ensino de comportamentos táctico-técnicos específicos de um JDC. O treinador deve, deste modo, perspectivar a utilidade da condicionante estrutural como um meio ao seu dispor, propício para induzir a progressiva aquisição/aperfeiçoamento de acções fundamentais do JDC e, por inerência, uma formação adequada do jovem jogador. Não obstante, por vezes, assiste-se ao uso despropositado da manipulação da tarefa como meio de aprendizagem, na medida em que a aplicação carece de rigor metodológico na estruturação da tarefa e fundamentação científica na avaliação dos efeitos produzidos.

O ensino do jogo de futebol tem evoluído no que se relaciona com a estruturação da tarefa. Face às exigências actuais do jogo, o mero treino da técnica encerra um domínio curto no que deve ser a formação do jovem futebolista. Neste âmbito, segundo Pacheco (2001), as acções técnicas individuais não fazem muito sentido quando tratadas de forma abstracta e isolada do contexto situacional do jogo. O domínio táctico emerge, sendo, por isso, fulcral que a actividade cognitiva dos jovens seja estimulada, de modo a que encontrem as melhores soluções para a resolução prática dos diferentes problemas colocados pelas diversificadas situações competitivas (Mahlo, 1966).

Assim sendo, de acordo com Castelo, “é fundamental precisar e centrar o design da construção dos exercícios de treino na actividade decisória dos jogadores”, sabendo, de antemão, que “a capacidade de resolução dos problemas das situações do jogo é realizada através de normas decisionais” (2004: 186). Surgem então os designados princípios do jogo, que não são mais que regras de decisão que orientam e regulam as atitudes e os comportamentos táctico-técnicos individuais e colectivos dos jogadores. De entre estes, podemos distinguir os princípios gerais e os específicos.

Os princípios específicos derivam das unidades estruturais funcionais, que são constituídas momentaneamente pelo jogador em posse de bola e elementos pertencentes às duas equipas (companheiros e adversários), com as respectivas funções de auxílio e perturbação ao raciocínio táctico do portador da bola e posicionando-se até uma distância não superior a 15 metros (centro do jogo). Por sua vez, os princípios gerais ocorrem no envolvimento às unidades estruturais funcionais (Castelo, 2004). Os princípios específicos ofensivos são, segundo o mesmo autor (2004), a penetração (1º atacante), a cobertura ofensiva (2º atacante) e a mobilidade (3º atacante), ao que correspondem a contenção (1º defesa), a cobertura defensiva (2ª defesa) e o equilíbrio (3º defesa), como princípios específicos defensivos.

Em suma, a configuração do jogo apresentada aos praticantes decorrente do arranjo particular dos seus elementos estruturais, implica repercussões ao nível dos problemas que derivam do contexto situacional e, por inerência, ao nível das acções táctico-técnicas que são produzidas (Borba et al., 2007). Neste sentido, importa clarificar o modo como a manipulação dos elementos estruturais do jogo, nomeadamente, os espaciais (dimensões do espaço) e os numéricos (número de jogadores em função do espaço de jogo; inferioridade, igualdade ou superioridade numérica), afecta a aquisição e a retenção dos princípios específicos do jogo, tanto na vertente defensiva, como na vertente ofensiva.


Referências

Borba, R., Barreto, H. & Barreiros, J. (2007). Encolhendo o espaço de jogo: insights para a compreensão do desenvolvimento táctico-técnico da criança. In J. Barreiros, R. Cordovil & S. Carvalheiro (Eds.), Desenvolvimento motor da criança (pp. 61 – 69). Lisboa: Edições FMH.

Castelo, J. (2004). Futebol – Organização dinâmica do jogo. Lisboa: Edições FMH.

Pacheco, R. (2001). O ensino do futebol. Futebol 7 – um jogo de iniciação ao futebol de 11. Edição do autor, 1ª edição.

11/07/2008

O homem certo!

Admiro particularmente o Prof. Carlos Queiroz e na impossibilidade de o ver no Sport Lisboa e Benfica, a Selecção Portuguesa é sempre uma alternativa magnífica. Reconheço-lhe enorme competência, vendo nele uma referência de elite para qualquer treinador. Torço para que tenha tanto sucesso quanto teve quando orientou a selecção sub-20 de Portugal, ou, mais recentemente, no Manchester United.

Como referi anteriormente, objectivos e ambição não podem faltar à nossa selecção. Força Portugal!

26/06/2008

Síndrome de Insuficiência Permanente

A selecção portuguesa voltou novamente a ficar aquém das expectativas. Talvez sejamos nós portugueses que exorbitamos de tal modo o valor da nossa equipa, colocando-a num patamar que tarda em conseguir alcançar - um grande título (europeu ou mundial).

A conclusão que se tira é que falta sempre qualquer coisa, numa lógica de insuficiência um tanto ou quanto dúbia.

Nos primeiros jogos a equipa foi maravilhosa, com prestações espectaculares, no entanto, por coincidência ou não, após a revelação da ida de Luiz Felipe Scolari para o Chelsea FC, sofremos duas derrotas associadas a desempenhos menos conseguidos da equipa no global. É um assunto discutível, mas não creio que tenha sido benéfico para o grupo.

Quanto à escolha dos jogadores, admiro a confiança que o ex-seleccionador depositou em alguns deles, mesmo não merecendo a presença no EURO. No onze em si, notou-se duas insuficiências posicionais graves numa equipa que podia ser campeã europeia: um guarda-redes (que geralmente se diz ser "meia-equipa") e um lateral esquerdo de raiz.

Por último, de salientar os inúmeros erros no posicionamento defensivo da equipa perante a Alemanha. Podemos especular: situação fruto da imprevisibilidade do próprio jogo ou pouco trabalho de casa em relação a esta matéria?

O ciclo foi cumprido. Scolari elevou Portugal a um nível jamais atingido e, embora não tenha vencido nada, concedeu prestígio à nossa selecção. Ainda assim, a história lembrar-se-á apenas dos vencedores e dos campeões, pelo que objectivos não podem faltar à equipa nacional de Portugal.

14/06/2008

A força das palavras

(Friedrich Nietzsche, 1844-1900)


"Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar."

11/06/2008

Zlatan Ibrahimovic

Está uma pessoa a jantar confortavelmente, quando o Zlatan Ibrahimovic (Suécia) se lembra de fazer uma grande maldade ao nosso carrasco no EURO 2004. Um golaço!! Bem, mas a qualidade deste jogador do Inter de Milão não é de agora. Ora vejam alguns dos seus melhores momentos:

09/06/2008

Regresso à escrita

Há algum tempo que já não escrevia, não por falta de vontade, apenas mesmo devido a uma certa dose de indisponibilidade. Neste mês e meio ausente deste meu "cantinho virtual", muitas foram as temáticas oferecidas pela actualidade. Desde a chegada de novo técnico Quique Flores para o Sport Lisboa e Benfica até à excelente prestação da nossa selecção no primeiro jogo do EURO 2008, passando pelo ingresso de José Mourinho no Inter de Milão, entre outras novidades fora do cômputo desportivo, muitos foram/são os assuntos que merecem alguma reflexão da nossa parte.

Entretanto, o blog concretizou dois anos de existência e eu fui um mau pai ao não ter assinalado, a tempo e horas, o aniversário deste pequeno bocado de mim. Bem vistas as coisas, esqueci-me de mim no dia 18 de Maio de 2008. Para compensar, procurarei ser mais assíduo nos próximos meses, escrevendo com mais frequência para todos aqueles que, por este ou aquele motivo, apreciam o Linha de Passe. Uma breve palavra de apreço a quem ainda o visita e, sobretudo, a quem o enriquece com a pertinência dos seus comentários/reflexões pessoais.

Conto convosco, na esperança que possam continuar a contar comigo. Até breve!

23/04/2008

Animais para Concurso

"Não criemos as crianças como cavalos de corrida que empurramos cada vez mais cedo para os hipódromos." (Hugues de Pontanel, 1981)

O Desporto de Alta Competição não é propriamente um apelo à saúde, nem ao bem-estar físico ou psicológico. Nos bastidores da formação dos jovens que dia se sagraram campeões olímpicos, mundiais ou europeus, muitas são histórias de "casos falhados", com mazelas físicas e psicológicas para o resto da vida.

No fim-de-semana passado, ao passar os olhos pelo livro de Jacques Personne "Nenhuma medalha vale a saúde de uma criança" (1991), dei-me conta de uma realidade, que sabia ser cruel, mas não tanto. Os métodos utilizados para formar os grandes campeões, ainda num passado recente (décadas 80 e 90 do séc. XX), podem e devem ser questionados do ponto de vista da integridade do ser humano. Aludindo ao exemplo da ginástica desportiva, inúmeras são as lesões que uma criança contrai durante a sua formação, derivado ao elevado stress mecânico sobre as estruturas osteo-articulares e musculares.

Neste âmbito, e sendo a ginástica um caso extremo de efeitos nefastos sobre os jovens quando se busca a perfeição técnica no mínimo período de tempo, corro o risco de generalizar ao afirmar que nenhum desporto de alta competição prima pela saúde dos seus intervenientes directos - os atletas. O objectivo constante de rendimento é antagonista ao conceito de saúde que habitualmente é procurado na prática desportiva ou actividade física de lazer. O stress físico e psicológico a que os grandes atletas estão sujeitos, induzem a curto, médio ou longo prazo lesões crónicas capazes de se manifestar por toda a vida.

O alerta foi dado há muitos anos pela Academia Nacional de Medicina (França), porque muito mais que formar "animais para concurso", é a obrigação de zelar, através do processo de treino, pelo bem-estar geral da criança, salvaguardando a sua integridade no presente e para o futuro.

07/04/2008

A Origem

Sopra leve a brisa da serra, anunciando chuva pesada. Como é bom sentir o fresco suave que nos conforta o rosto, acompanhado de pingas soltas e tímidas que refrescam os nossos pensamentos. Continuar a andar e a sentir esta agradável aragem, onde só se pode provar em locais mágicos como a serra de Monchique.

Em dias como este, há a tendência para a criatividade. Uns falam nas ninfas ou musas do Tejo, outros em Deuses do Olimpo, eu falo no deslumbramento pela natureza. Tudo tão calmo, tudo tão certo e pachorrento que até irrita do sossego que transmite. Não, é bom! Bom demais!

Estes dias... estes momentos, entre eu e o meu mundo, sem conversas, sem olhares indiscretos ou pensamentos dúbios. Inspiro e expiro o ar que me purifica o interior, que não me deturpa por dentro. Não apenas o local que me viu crescer, mas também o local que me faz reviver e, sobretudo, recarregar baterias.

Obrigado, Monchique.

10/03/2008

Um desejo profundamente absurdo

O SL Benfica está desde ontem sem treinador. Muito tem que mudar naquele clube e a saída de José António Camacho não resolverá metade dos problemas que envolvem o futebol profissional. Olhando para a classe dos treinadores desempregados, só me ocorre uma possibilidade realmente convincente:


(Será pedir demais? Era bom, não era? :p)

06/03/2008

"As aparências iludem"

(Stone Sour - Through Glass)

Observar, cheirar, tocar, ouvir ou provar algo que realmente não corresponde às nossas expectativas. Um mal da nossa sociedade actual: a futilidade derivada da aparência.

Vivemos num mundo estranho

Regulado pela aparência

Quando um dia tiver que te sorrir

Devo emanar a minha essência?

Persiste a dúvida.

24/02/2008

A insatisfação do Eu como fenómeno cultural


A concepção do corpo - a ideia que nós apresentamos no nosso corpo - é demasiado influenciada pelos ideais de beleza e de corpo vigentes na sociedade. A morfologia, para além duma realidade objectiva antropométrica, é também a imagem corporal descrita nas representações mentais, normalmente subjectivas, da aparência física e da experiência corporal (Cash & Pruzinsky, 1990).

O público em geral é constantemente bombardeado com imagens normativas que definem os ideais de beleza, de saúde e de fitness. Num estudo levado a cabo por Fragoso et al., em 2002, na Faculdade de Motricidade Humana, foram comparadas as dimensões da Barbie e do Ken com as dos alunos daquela instituição (78 alunos e 86 alunas). Curiosamente, foi concluído que "as representações de dimorfismo que fazemos a partir destes bonecos é errónea, porque apresenta o Ken mais musculado que a realidade masculina e a Barbie mais linear que a realidade feminina". As variáveis antropométricas utilizadas no estudo (diâmetros, perímetros e comprimentos morfológicos), comprovam que "nem a população do sexo masculino tem a robustez óssea semelhante à do Ken, nem a população do sexo feminino tem a fragilidade óssea tão grande como apresentada pela Barbie".

Os resultados são esclarecedores: estes simples "modelos de inspiração morfológica", sobre o qual existem milhares de sítios na internet, passam ao público infanto-juvenil uma imagem (errada) de grande linearidade e fragilidade segmentar, sobretudo para o sexo feminino. A representação do corpo fica deturpada pela concepção de corpo transmitida pela sociedade, numa determinada época, e actualmente tende a alimentar a insatisfação que surge em relação ao nosso corpo. A principal autora do estudo supra-citado acrescenta ainda que: "Isto é especialmente verdade nas mulheres, para quem a distância entre o possível e as imagens oferecidas é realmente desconcertante".

Deste modo, importa fazer chegar à população em geral a informação correcta sobre a realidade morfológica humana, para que não se confundam ideais de beleza com ideais de saúde física.

09/02/2008

Especialização: estratégia a longo prazo?

Nós - seres humanos - não somos a espécie mais rápida, não somos os mais fortes, não temos garras e não voamos, mas somos uns exímios estrategas. A estratégia da nossa espécie vai ao encontro da adaptabilidade, sem dúvida a nossa melhor característica.

No ensino de qualquer modalidade desportiva tende-se, por hábito, a promover a especialização desde idades muito jovens, relegando para segundo plano a variabilidade. Por exemplo, na modalidade futebol, quantos de nós treinadores não definimos posições para cada jogador, logo a partir do escalão Escolas (Sub-11)? De uma forma simples, estamos a promover a especialização do jovem numa determinada posição no terreno de jogo (guarda-redes, lateral direito, médio-centro, avançado, etc.). Será essa estratégia a mais correcta? Estaremos nós - agentes desportivos - a estimular a capacidade que melhor distingue a nossa espécie: a adaptabilidade?

Pelo contrário, estamos a induzir uma aproximação ao padrões correctos do movimento, de forma a produzir, a curto prazo, boas performances desportivas dos jovens ou das equipas. Em jogos desportivos colectivos, no que à matéria de treino de jovens diz respeito, nós não formamos equipas, nós formamos jogadores. Assim, ao partir do princípio de especialização de um jovem numa determinada posição, estamos a condicionar a variabilidade, isto é, a capacidade de adaptação.

Por muito que um especialista possa decidir um jogo, como num pontapé livre no futebol, perguntem a qualquer treinador qual o tipo de jogadores que prefere. A resposta não fugirá muito da seguinte: jogadores "polivalentes" ou "todo-o-terreno", aqueles que, perante diversas situações contextuais do jogo, conseguem decidir a melhor solução e executá-la através de acções táctico-técnicas eficazes. Então, quanto maior for o número de experiências motoras que um jovem vivenciar durante a sua formação, maior a possibilidade de ganhos intelectuais e motores (aprendizagem) associados à modalidade que praticam. Os resultados (essencialmente os de cariz desportivo) não serão imediatos, pelo que é necessário muita coragem e determinação para implementar um processo de formação desta natureza.

O desenvolvimento surge na oportunidade de invenção, de exploração criativa, pelo que não devemos condicionar essa oportunidade, antes potenciá-la. Até ao momento, pouco ou nada se tem apostado na variabilidade como estratégia, pois raros são os que pensam em "perder no presente, para ganhar muito no futuro".

01/02/2008

Dialectos de um sentimento estranho

- Já começaste? - a pergunta que resume todo o período de início de uma acção, seja ela qual for.
- Comecei? Não... é estranho. Estou a meio gás, entre o começar e o começado.
- Oh, não sejas assim. Continua que vais bem. - disse-me acenando com um sorriso cheio de confiança.
- Estou a falar a sério, nem comecei, nem deixei de começar. - afirmo, visivelmente confuso com o assunto em causa.
- Qual é o teu problema? - indaga-me com tom de inconformismo na firme voz.
- Nenhum! Simplesmente, não estou a perceber nada disto.
- Era suposto perceberes? - aí vêm as perguntas de cariz avaliativo, pensei.
- Era. Ou não? - procuro dar a volta "à coisa".
- Nada disso. Nem tudo na vida se resume a "ciência" ou "hipóteses confirmadas". Há questões que não podemos procurar a certeza, apenas temos que aprender ou saber lidar com as incertezas. É por isso que a vida é tão gira, não achas? - sorrindo em busca de confirmação da minha parte.
- Sim. - "luz verde".
- Gostava de me sentir assim. - acrescenta, deixando-me perplexo com a sua sinceridade.
- Acredita que não é muito fácil. - complemento com intuito de demover um sentimento estranho.
- Não é suposto ser fácil. Aliás, coisas fáceis tornam-se monótonas e enfadonhas.
- Pois... !
- Hoje sinto-me em estado de "screen saver". - rindo da própria expressão. - Preciso de um "sentimento estranho"... - confessa.
- Queres ficar com o meu?
- Quero!

Um acordo impossível, numa conversa sobre um "sentimento estranho". Há momentos que valem mesmo a pena, por muito ridículos que à primeira vista possam parecer.

28/01/2008

Nirvana - Heart-Shaped Box

Com muita pena minha, nunca terei a oportunidade de os ver ao vivo, mas fica o registo:

Hey!

Wait!

I've got a new complaint

Forever in debt to your priceless advice

16/01/2008

Encontro-Te na escuridão


Escorre solta e carregada pela face até à almofada, dobrando os acidentes dérmicos da orelha. Aquelas gotas dos meus olhos. Primeiro do direito, depois do esquerdo, bem abastecidas de amargura e sofrimento categoricamente injustificados por uma consciência deturpada pelo egoísmo. Acarretam aquela sensação de "por-muito-que-me-esforce-nunca-lá-chegarei-(...)-ao-que-quero".

Volto a rezar na escuridão, sinónimo de que já não creio somente em mim. Quando o interior alcança o seu limite, procuramos salvação no exterior, em busca de alguém ou algo que nos acenda a luz. Deus, por onde andas? Ainda te lembras de mim?

Hoje já não preciso de mim, preciso de ti, para te abandonar novamente quando estiver bem. Perdoa-me a sinceridade, é só uma fase. Dá-me luz!

15/01/2008

Tanto alarido, para quê?!


Agora que a poeira está a assentar, era mesmo necessário todo o alarido que houve em torno do caso "Luisão-Katsouranis"? O problema não poderia ter sido resolvido de forma mais discreta, no seio do Sport Lisboa e Benfica?

Com tantos tiros nos pés, o FC Porto já lá vai para o "Tri". Venha de lá a próxima época, se faz favor.

02/01/2008

"Não tenho tempo (...)"

Vivemos na Era do "não tenho tempo". Ocasionalmente, eu próprio dou comigo, desagradado, a balbuciar essa expressão inegavelmente útil para o que nos convém.

- E que tal fazermos isto?
- Hoje não dá, não tenho tempo.
Posteriormente, bem feitas as contas, afinal o tempo que não tinha, passou e não fiz nada de jeito.

Vivemos a um ritmo alucinante, a Lei de Darwin é consistente quando diz que "sobrevive o mais apto". Numa sociedade progressivamente mais competitiva e perante a negra taxa de desemprego, o espaço e o tempo para nos movimentarmos livremente pouco ou nada nos dizem. As pessoas não trabalham para viver, vivem para trabalhar como se fossem inorgânicos, sem sentimentos, sem motivações e sem alegria.

As relações amorosas ressentem-se disso. As pessoas não têm tempo para pensar e, por inerência, para resolver os seus problemas. Como refere o psiquiatra Júlio Machado Vaz, muitas relações acabam porque as pessoas não investem algum tempo a procurar soluções para os seus problemas, inúmeras vezes perfeitamente ultrapassáveis. Ao invés, para não perder o precioso tempo, limitam-se a engolir um anti-depressivo qualquer. É fácil, não consome tempo e alivia a dor, mas em termos de resultados práticos é igual a zero.

Actualmente, o tempo não é para "ter" como se tratasse de um bem material; o tempo "arranja-se" como se um fosse um ingrediente fulcrar para melhorar a receita do nosso dia-a-dia.

Votos de um óptimo 2008.