23h29: Fecho o saco do lixo e decido ir levá-lo ao ecoponto. Levo o telemóvel? Não, sim, não, sim, é melhor, já é tarde e nunca se sabe o que pode acontecer.
23h32: Carrego no botão "0" do elevador, de modo a descer os dois andares. É raro não utilizar as escadas, mas no final do dia a "preguicite aguda" manifesta-se de forma avassaladora.
23h34: - Estou sim? Desculpa estar a acordar-te, mas podes dirigir-te ao elevador? Fiquei preso algures entre o resto-chão e o primeiro andar. (...) Não, a luz foi-se (...).
23h37: - Boa noite. É do piquete de serviço da Elevis? Estou preso num elevador da vossa empresa. (...) Estou no prédio da rua (...). Julgo que o elevador parou devido a uma falha eléctrica no prédio. Está muito abafado aqui dentro. (...) Ok, eu vou ficar calmo. Está muito longe? (...) Até já.
00h28: - Muito agradecido! Fogo, já não sabia o que havia de fazer lá dentro. Imagine se tivesse deixado o telemóvel em casa (...).
Por diversas vezes já tinha equacionado o quão hilariante seria ficar preso num elevador, porém sem prever qualquer sensação associada a claustrofobia. Acreditem que de interessante não tem nada.
E saber que, passados cinco dias, o maldito elevador ainda continua avariado. Pessoalmente, nunca me fez grande diferença; agora muito menos. Subo/desço as escadas e contribuo para o dispêndio energético diário. Episódio encerrado.
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