9 de Maio. Um dia como
tantos outros. Acordei de garganta seca, a arranhar. Culpei a mudança do tempo.
Dia da Europa. Dizem que é no nosso canto ibérico que existe um povo que não governa,
nem se deixa governar. Quem consome a atualidade noticiosa decerto não ficará
indiferente à situação “grega”; na verdadeira aceção da palavra. Para além da
Taça do Euro 2004, levaram também a ingovernabilidade. Tudo é transmissível.
A rotina tomou conta de
mim. Fui para o trabalho. Caminhei debaixo de um sol abrasador. As folhas
pareciam-me mais verdes, o céu mais azul, ainda que fosse um dia como tantos
outros. No trabalho, um livro deixado por um amigo de infância: Como Deus Manda
de Niccoló Ammaniti. Não é um livro qualquer; é um livro dado por um escritor;
só pode ser bom! A ler.
Aulas. Crianças. Movimento.
Sorrisos. Alegria.
Almoço. Com quem mais poderia
ser, senão com a pessoa que nos colocou no mundo?
Trabalho. Sol abrasador.
Calor agoniante. Alunos “novos”. Dor de cabeça. Partilha do bolo com os
colegas. Picar o ponto.
Futebol.
Treino. Emoção. Prazer. Circulação da bola. A atenção aos princípios “cobertura
defensiva” e “equilíbrio”. Satisfeito. Distribuição dos 24 pastéis de nata.
Cansado.
Casa. Responder às sms
de amigos. Atender alguns telefonemas e ouvir a voz de outros significantes.
Uma delícia. Facebook, mais de 100 publicações no mural. Tanta gente? Uma certa anestesia para a dor de cabeça.
Jantar. Família. A
simplicidade sempre foi apanágio da minha existência.
9 de Maio. Descanso com
o peso de mais um, que me fará relembrar que o número anterior não me derrubou
nesta batalha que é a vida.
2 comentários:
9 de maio. Será um dia como tantos outros para muitos. Para mim será sempre um dia muito especial.
Mãe,
O registo em si será sempre especial, o conteúdo do dia foi como tantos outros, o que não implica que seja algo negativo. :)
Beijinhos,
CA
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