Faz hoje 31 anos que
nasceu.
Lembro-me de nós, em crianças, a correr atrás da bola e a andar de bicicleta na pista do cerro do alto de São Roque. Recordo-me, mais que tudo, das aventuras. A vida, por essa altura, era uma aventura… feliz! Passados que estão 20 anos, somos tudo e não somos nada. Eu, por exemplo, gosto de jogar futebol, mas jamais entrarei num estádio repleto de adeptos entusiastas para me ver jogar; gosto de treinar jovens, mas estou a milhentas léguas de possuir a competência e o conhecimento de José Mourinho; gosto de “arranhar” na guitarra, mas fascina-me quem sabe “solar” de cima a baixo, e de forma melódica, nas cordas do instrumento. Ele não, tem jeito para a escrita; aliás, muito jeito para a escrita. Talento puro. Todos veem isso, mas ninguém se parece importar muito. Os «muito bons» comentados no facebook, as palmadinhas nas costas acompanhadas de singelos «escreves bem, pá!», são simpáticos, porém, manifestamente insuficientes.
Tenho para mim que uma arte somente adquire expressão quando é mostrada ao mundo, quando é exposta para todos podermos apreciar. Que beleza teria o Mosteiro dos Jerónimos envolto em tecido negro? O que falta é isso mesmo: mostrar ao mundo, sob a forma de obra. Um livro publicado far-lhe-ia alguma justiça, mas não toda. Infelizmente, é muito mais fácil criticar e/ou subestimar; é mais cómodo. É precisamente por esse motivo que as pessoas são melhores depois de mortas; dão menos trabalho.
Revolta-me poder fazer pouco. Talvez o pouco de alguns, um dia, possa ser suficiente para lhe prestar o devido reconhecimento, colocando à margem os incautos egocentristas que não veem, ou fazem, maliciosamente, de conta que não veem. Provas? Têm-nas no blogue Terra Ruim, em prosa ou em poesia; é à vontade do freguês.
Um dia, digo eu.
E porque a vida é um caminho, que se faz caminhando, espero que bem aprecie esta “aventura” escrita:
Lembro-me de nós, em crianças, a correr atrás da bola e a andar de bicicleta na pista do cerro do alto de São Roque. Recordo-me, mais que tudo, das aventuras. A vida, por essa altura, era uma aventura… feliz! Passados que estão 20 anos, somos tudo e não somos nada. Eu, por exemplo, gosto de jogar futebol, mas jamais entrarei num estádio repleto de adeptos entusiastas para me ver jogar; gosto de treinar jovens, mas estou a milhentas léguas de possuir a competência e o conhecimento de José Mourinho; gosto de “arranhar” na guitarra, mas fascina-me quem sabe “solar” de cima a baixo, e de forma melódica, nas cordas do instrumento. Ele não, tem jeito para a escrita; aliás, muito jeito para a escrita. Talento puro. Todos veem isso, mas ninguém se parece importar muito. Os «muito bons» comentados no facebook, as palmadinhas nas costas acompanhadas de singelos «escreves bem, pá!», são simpáticos, porém, manifestamente insuficientes.
Tenho para mim que uma arte somente adquire expressão quando é mostrada ao mundo, quando é exposta para todos podermos apreciar. Que beleza teria o Mosteiro dos Jerónimos envolto em tecido negro? O que falta é isso mesmo: mostrar ao mundo, sob a forma de obra. Um livro publicado far-lhe-ia alguma justiça, mas não toda. Infelizmente, é muito mais fácil criticar e/ou subestimar; é mais cómodo. É precisamente por esse motivo que as pessoas são melhores depois de mortas; dão menos trabalho.
Revolta-me poder fazer pouco. Talvez o pouco de alguns, um dia, possa ser suficiente para lhe prestar o devido reconhecimento, colocando à margem os incautos egocentristas que não veem, ou fazem, maliciosamente, de conta que não veem. Provas? Têm-nas no blogue Terra Ruim, em prosa ou em poesia; é à vontade do freguês.
Um dia, digo eu.
E porque a vida é um caminho, que se faz caminhando, espero que bem aprecie esta “aventura” escrita:
Imagem: Capa de Patagónia Express de Luis Sepúlveda (Porto Editora, 2011).
Parabéns, amigo Eduardo Duarte!