Sempre que ocorre uma competição internacional de
futebol, tanto quanto sei, tem sido vaticinada a existência de um grupo
peculiar de equipas designado “grupo da morte”. Usualmente, é o grupo mais
equilibrado em termos de desempenho competitivo e, por inerência, aquele que,
em teoria, é de desfecho mais imprevisível.
No que diz respeito ao próximo Campeonato do Mundo de
2014, no Brasil, as opiniões dos selecionadores, dos jornalistas e do público
em geral não são consensuais. Uns alegam que o grupo da Espanha é o mais forte,
outros que é o grupo da Inglaterra e, outros ainda, que é o grupo da Alemanha e
de… Portugal.
Figura: Grupos do Mundial 2014, no Brasil (fonte: www.fifa.com).
Ora, a fim de esclarecer qual é, de facto, o “grupo da
morte” do próximo Mundial 2014, resolvi fazer um exercício breve e simples:
somar os pontos do ranking FIFA (atualização de 28-novembro-2013) das seleções
que compõem os 8 grupos do certame. Este ranking tem em consideração as
performances recentes das seleções, extensíveis ao período anterior de 4 anos
(ver mais especificações aqui). Eis os resultados obtidos:
1º - Grupo G:
Alemanha (1318), PORTUGAL (1172), Gana (849) e E.U.A. (1019) = 4358
2º - Grupo B:
Espanha (1507), Holanda (1106), Chile (1014) e Austrália (564) = 4191
3º
- Grupo D: Uruguai (1132), Costa Rica (738), Inglaterra (1041) e Itália (1120) = 4031
4º - Grupo C:
Colômbia (1200), Grécia (1055), Costa do Marfim (918) e Japão (638) = 3811
5º - Grupo A:
Brasil (1102), Croácia (971), México (892) e Camarões (612) = 3577
6º - Grupo E:
Suíça (1113), Equador (852), França (893) e Honduras (688) = 3546
7º - Grupo F:
Argentina (1251), Bósnia-Herzegovina (886), Irão (650) e Nigéria (710) = 3497
8º - Grupo H:
Bélgica (1098), Argélia (800), Rússia (870) e Coreia do Sul (577) = 3345
Portanto, o “grupo da morte” do Mundial 2014 é, de acordo
com o ranking atual da FIFA, o grupo G, ou seja, o de Portugal. A meu ver, talvez
até seja bom para a nossa seleção. Por sua vez, o grupo teoricamente mais
acessível é o grupo H, embora o grupo E – o da França – não tenha assim tantos
pontos a mais. Na sequência da subversão das regras do sorteio, com a consequente passagem da Itália para o Pote 2 por troca com a França, calculo que o presidente da UEFA – monsieur Michel Platini – deva ter ficado radiante.
2 comentários:
Isso só sublinha o valor da nossa seleção que como todos sabemos funciona melhor sobre pressão! no entanto, se por alguma chance o sorteio foi desleal... o que duvido... é um orgulho fazer parte da dor de cotovelo do platini e de outros platinis do futebol! ;)
Bruninho
Olá Bruninho. Um prazer "ver-te" por aqui.
Espero que esteja tudo bem contigo e com os teus. :)
Eu concordo contigo. Não direi que houvesse tramóia no sorteio, mas encetar um pré-sorteio para definir qual a equipa europeia a integrar o Pote 2, quando, por norma, seria aquela que apresentava ranking inferior (França), já me cheirou a esturro. Dizem que foi uma imposição do Platini. Sinceramente, não me admira muito...
Contra os Platinis e Blatters, marchar, marchar. ;)
Um grande abraço!
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