Associadas ao organismo que tutela o futebol à escala
planetária – FIFA – surgem 6
confederações continentais:
· AFC
- Asian Football Confederation
· CAF - Confédération
Africaine de Football
· CONCACAF - Confederation of North, Central
American and Caribbean Association Football
· CONMEBOL - Confederación
Sudamericana de Fútbol
· OFC - Oceania Football Confederation
· UEFA - Union
des Associations Européennes de Football
O exercício que proponho é analisarmos os valores
relativos (percentagem) de seleções apuradas, por cada confederação, para os
oitavos de final dos campeonatos do mundo da FIFA, organizados entre 1990 e
2014 (gráfico 1).
Gráfico 1.
Percentagem de seleções apuradas, por confederação continental,
para os oitavos
de final dos campeonatos do mundo da FIFA, entre 1990 e 2014.
(p.f., clique para ampliar).
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A observação do gráfico permite-nos constatar, de imediato,
que as equipas europeias predominam, com regularidade, na fase final
da prova. Contudo, a preponderância das seleções da UEFA perdeu expressão nestes dois últimos mundiais (África do Sul e
Brasil), com um decréscimo das 10 seleções apuradas para os «oitavos» no
Alemanha 2006 para as 6 que seguiram em frente nos campeonatos do mundo da
África do Sul (2010) e do Brasil (2014).
Em sentido inverso, aparecem as confederações CONMEBOL (América do Sul), CONCACAF (América do Norte, Central e
Caraíbas) e CAF (África). Desde o
campeonato da Coreia/Japão, em 2002, o número de seleções sul-americanas aumentou
paulatinamente das duas até se fixar nas 5 equipas apuradas para os «oitavos»
nos mundiais mais recentes. Quiçá este facto seja, em parte, consequência de
uma aposta crescente dos clubes europeus no mercado sul-americano; o número de
futebolistas oriundos da América do Sul nas principais ligas europeias é reconhecidamente
elevado. Este fenómeno é especialmente gravoso para as seleções europeias,
porque nos clubes prescinde-se da aposta em jovens talentos da formação em prol de
jogadores sul-americanos, muitas vezes de qualidade duvidosa.
O número de seleções da CONCACAF presentes nos «oitavos»
dos mundiais tem oscilado entre uma e duas. No Brasil, e pela primeira vez na
história dos mundiais, verificou-se o apuramento de três seleções para a fase
final do evento (México, Costa Rica e E.U.A.). Estou em crer que este feito assinala
uma evolução brutal da modalidade, nas últimas décadas, nos países desta
confederação continental. Quanto à confederação africana (CAF), o registo tem sido constante: uma seleção apurada para os
«oitavos» em cada mundial. No Brasil, porém, o número dobrou, com a Nigéria e a
Argélia a seguirem em frente na prova.
As restantes confederações conhecem traçados distintos. A
confederação asiática (AFC) oscilou,
nos derradeiros 5 mundiais, entre zero e duas seleções apuradas para os «oitavos» e
a Oceania (OFC) praticamente não
possui historial nesta fase da competição, excetuando o apuramento conquistado
pela Austrália na Alemanha, em 2006. No cômputo geral, o gráfico permite-nos
concluir que é real e progressiva a tendência de aproximação do número de
seleções apuradas por confederação continental. Esta evidência reflete a expansão
e a globalização do futebol nos tempos mais recentes. As discrepâncias que havia
antigamente estão a diminuir e os resultados das seleções nesta competição
mundial traduzem um maior equilíbrio. Veremos o que acontece daqui a 4 anos, no
regresso da grande competição ao velho continente (Rússia).
PS - Relativamente à participação da seleção portuguesa neste campeonato do mundo do Brasil, há um ditado popular que se aplica na perfeição: «o que nasce torto, tarde ou nunca se endireita».
PS - Relativamente à participação da seleção portuguesa neste campeonato do mundo do Brasil, há um ditado popular que se aplica na perfeição: «o que nasce torto, tarde ou nunca se endireita».
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