«Luis Sepúlveda
regressa aos romances com uma grande homenagem ao idealismo dos perdedores.»
O enredo de três
sexagenários que esperam impacientes a chegada de um quarto homem que, na
realidade, nunca chegará. Três antigos militantes de esquerda condenados ao
exílio por diferenças políticas, mas que, ao contrário de outros, conseguiram
sobreviver e, décadas depois, regressar ao seu próprio país.
A diferença que faz
parte da condição humana, mas que essa condição não respeita e com a qual
raramente convive. Censura, critica e absolve. A diferença: o nosso garante
enquanto espécie. E a dor, o declínio e a compaixão retratados com mestria,
como é apanágio de Luis Sepúlveda.
A foice e o martelo numa
chávena de café. Uma sombra.
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