27/05/2022

Artigo do mês #29 – maio 2022 | “No sport for old players”. Estudo longitudinal sobre os efeitos do envelhecimento na performance em jogo no futebol de elite

Nota prévia: O artigo científico alvo da presente síntese foi selecionado em função dos seguintes critérios: (1) publicado numa revista científica internacional com revisão de pares; (2) publicado no último trimestre; (3) associado a um tema que considere pertinente no âmbito das Ciências do Desporto. 

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Autores: Rey, E., Lorenzo-Martinez, M., López-Del Campo, R., Resta, R., & Lago-Peñas, C.

País: Espanha

Data de publicação: 9-março-2022

Título: No sport for old players. A longitudinal study of aging effects on match performance in elite soccer

Referência: Rey, E., Lorenzo-Martinez, M., López-Del Campo, R., Resta, R., & Lago-Peñas, C. (2022). No sport for old players. A longitudinal study of aging effects on match performance in elite soccer. Journal of Science and Medicine in Sport. https://doi.org/10.1016/j.jsams.2022.03.004

  

Figura 1. Informações editoriais do artigo do mês 29 – maio de 2022.

 

Apresentação do problema

O processo de envelhecimento tem um papel crítico na performance competitiva de atletas ou jogadores de topo. Diversos estudos têm confirmado a existência de incrementos anuais na idade do pico de performance desde 2000, em diferentes desportos de elite (Allen & Hopkins, 2015). De facto, os jogadores de elite estão a jogar até mais tarde e isso, provavelmente, tem um impacto significativo no futebol enquanto indústria. Conhecer a altura em que os jogadores atingem o seu melhor nível e compreender os efeitos da idade nos desempenhos físico e tático-técnico em jogo pode auxiliar jogadores, treinadores e managers a tomar decisões mais consertadas nas suas rotinas diárias (Dendir, 2016). 

Os jogadores de futebol de elite acabam as suas carreiras entre os 31 e os 35 anos de idade, com uma duração média de carreira entre os 8 e os 11 anos (Carapinheira et al., 2019). Nas ligas de futebol mais importantes, os jogadores tendem a alcançar o pico de performance entre os 25 e os 27 anos de idade, dependendo da sua posição de jogo: o pico dos avançados (≈ 25 anos) ocorre mais cedo que o dos médios e defesas (≈ 27 anos) (Dendir, 2016; Kalén et al., 2019). Alguns estudos recentes mostraram ainda que os desempenhos em jogo de indivíduos com mais de 30 anos apresentaram decréscimos significativos na distância total percorrida, nas atividades de alta intensidade, na distância em sprint e no número de acelerações e de desacelerações (Lorenzo-Martínez et al., 2020, 2021; Rey et al., 2019; Zhou et al., 2020). Os declínios associados à idade foram mais pronunciados nos defesas centrais, médios-centro e avançados. Contudo, raros foram os estudos que analisaram alterações na performance tático-técnica de jogadores de elite, de acordo com a idade cronológica. As evidências produzidas verificaram que o número e a percentagem de passes bem-sucedidos foram significativamente mais elevados em jogadores mais velhos (>30 anos), em comparação com outros mais jovens (<30 anos) (Sal de Rellán-Guerra et al., 2019; Zhou et al., 2020). Os parâmetros tático-técnicos também exibiram variações face às diferentes posições de jogo. 

Estes estudos basearam-se em designs transversais, pelo que os resultados podem ter sido enviesados por problemas inerentes aos coortes analisados: diferenças na habilidade, nos estilos de vida ou na componente genética. É, portanto, relevante preencher a lacuna de estudos longitudinais sobre esta temática. De momento, apenas podemos presumir que os jogadores deixam o futebol de elite quando a sua performance entra em declínio, e que somente jogadores geneticamente dotados ou altamente competentes (figura 2) conseguem manter-se envolvidos para lá de determinada idade, tendo carreiras mais longas (Rey et al., 2019). Assim, este estudo visou analisar os efeitos da idade nas performances física e tático-técnica em jogo, recorrendo a um design longitudinal. Os autores colocaram as seguintes hipóteses: (1) a performance de corrida decresce com o avançar da idade, (2) os desempenhos tático-técnicos não se relacionam com a idade no futebol de elite e (3) os efeitos variam nas diferentes posições de jogo.

 

Figura 2. Luka Modric no CF Real Madrid (36 anos): um exemplo de longevidade no futebol de elite (fonte: realmadrid.com; imagem não publicada pelos autores).

 

Métodos

Amostra: foram analisados dados da performance em jogo de 154 jogadores da primeira divisão espanhola (LaLiga), durante 8 épocas consecutivas (2012/2013–2019/2020). Os jogadores incluídos tinham que jogar, no mínimo, 5 partidas completas (i.e., 90 minutos mais tempo adicional) durante, pelo menos, 5 épocas. As observações individuais em jogos com uma ou mais expulsões foram excluídas da amostra. Foram analisadas 14092 observações individuais, com uma média de 15.2 ± 7.0 observações por jogador e época. 

Variáveis e procedimentos: as observações em jogo foram distribuídas por 5 posições de jogo: (1) defesas centrais (CD; n = 37 jogadores, observações = 3769); (2) defesas laterais (ED; n = 44 jogadores, observações = 4233); (3) médios-centro (CM; n = 34 jogadores, observações = 3281); (4) médios-ala (EM; n = 22 jogadores, observações = 1535); (5) avançados (F; n = 17 jogadores, observações = 1274). A idade dos jogadores em cada época foi determinada recorrendo à sua data de nascimento. Os dados foram obtidos da liga de futebol profissional de Espanha (LaLiga), que autorizou a utilização das variáveis incluídas no estudo. O desempenho de corrida em jogo foi examinado através das seguintes variáveis: distância total percorrida (TD), distância percorrida em corrida de alta intensidade (HIR; >21.0 km/h) e número de esforços em alta intensidade (N of HIR). A performance tático-técnica dos jogadores foi analisada através da eficácia do passe (PA; %), definida como a percentagem de passes bem-sucedidos da totalidade de tentativas de passe. Estes dados foram recolhidos através de um sistema de rastreamento ótico computadorizado, com múltiplas câmaras: TRACAB (ChyronHego, Nova Iorque, EUA). Os dados foram processados no software Mediacoach (LaLiga, Madrid, Espanha), cujas fiabilidade e validade foram previamente testadas (Felipe et al., 2019). Adicionalmente, foram registadas 3 variáveis situacionais: resultado do jogo (derrota, empate ou vitória), localização do jogo (casa ou fora) e qualidade da equipa (diferença de ranking das equipas no final de cada época). 

Análise estatística: a análise estatística foi realizada no software R, versão 4.0.3 (R Core Team, 2020). As diferenças entre observações individuais, em função da idade e da posição de jogo (idade x posição de jogo), foram verificadas através de modelos lineares generalizados com ajuste. As variáveis situacionais foram moduladas como efeitos fixos, enquanto a idade do jogador como efeito aleatório, de modo a lidar com medidas repetidas. A variável “época” foi introduzida como interceção aleatória para ponderar as evoluções física e tático-técnica ao longo do tempo. As assunções de homogeneidade e de distribuição normal dos resíduos foram analisadas e não causaram qualquer problema. O teste do Qui-quadrado de Wald (χ2) foi executado para analisar os efeitos principais e de interação. Para cada modelo, foram ainda computadas métricas de R2. O valor de significância definido para todas as análises foi de 5% (p ≤ 0.05).

 

Principais resultados

 

·      Efeitos da idade nas variáveis de performance

Verificou-se a existência de efeitos significativos da idade em todas as variáveis de performance. Designadamente, por cada ano a mais de idade, houve decréscimos de 0.56%, 1.80% e 1.42% na distância total percorrida, na distância percorrida em corrida de alta intensidade e no número de esforços de alta intensidade, respetivamente. Em particular, os decréscimos nas atividades de alta intensidade começaram em torno dos 23 anos. Em sentido contrário, os jogadores aumentaram a eficácia do passe em 0.25% por cada ano que envelheceram (figura 3).

 

Figura 3. Efeitos da idade na distância total percorrida (TD), na distância em corrida de alta intensidade (HIR), no número de esforço de alta intensidade (N of HIR) e na eficácia do passe (PA). Os dados representam a média com intervalos de confiança a 95% (Rey et al., 2022).

 

·      Efeitos da idade nas variáveis de performance por posição de jogo

O estudo mostrou a existência de efeitos interativos entre a idade e a posição de jogo para as variáveis “distância total percorrida”, “distância em corrida de alta intensidade”, “número de esforços de alta intensidade” e “eficácia do passe” (figura 4).

 

Figura 4. Efeitos da idade na distância total percorrida (TD), na distância em corrida de alta intensidade (HIR), no número de esforço de alta intensidade (N of HIR) e na eficácia do passe (PA), em função da posição de jogo: defesas centrais (CD), defesas laterais (ED), médios-centro (CM), médias-ala (EM) e avançados (F) (Rey et al., 2022).

 

Distância total percorrida: os efeitos da idade foram mais pronunciados nos defesas laterais, médios-ala e avançados, com decréscimos de 0.58%, 0.81% e 0.64%, respetivamente, por cada ano a mais de idade. No caso dos defesas centrais e dos médios-centro, os decréscimos anuais foram mais reduzidos: 0.40% e 0.37%, respetivamente. 

Distância em corrida de alta intensidade: maiores reduções anuais nos defesas laterais (1.99%), médios-ala (1.96%) e avançados (2.32%), em comparação com os defesas centrais (1.37%) e os médios-centro (0.89%).

Número de esforços de alta intensidade: não houve diferenças significativas em relação à variável “posição de jogo”, contudo, os decréscimos anuais foram os seguintes: médios-ala (2.16%), defesas centrais (1.74%), avançados (1.52%), defesas laterais (1.27%) e médios-centro (1.15%). 

Eficácia do passe: os defesas centrais e os médios-centro aumentaram a sua eficácia na ação de passe em 0.34% e 0.43%, respetivamente, por cada ano a mais de idade. Os efeitos positivos da idade foram menores para os avançados (0.21%), médios-ala (0.20%) e defesas laterais (0.10%).

 

Aplicações práticas

A distância total percorrida e os esforços de alta intensidade em treino e competição devem ser regularmente monitorizados e analisados. Esta tarefa pode fornecer informações fiáveis e válidas acerca das variações intraindividuais das performances dos jogadores, em função do envelhecimento. Em concreto, os esforços de alta intensidade são considerados como ações físicas muito importantes no futebol de elite, devido à sua associação com eventos ofensivos altamente determinantes (i.e., marcação de golo ou assistência para golo). No contexto da LaLiga, é relevante notar que o declínio da performance nas ações de alta intensidade não começa somente na terceira década de vida dos jogadores, mas sim a partir dos 23/24 anos de idade. 

A realização de desempenhos tático-técnicos superiores, que se reflitam, por exemplo, numa maior eficácia do passe, pode estar associada a um mecanismo de compensação dos jogadores para lidar com o decréscimo da performance física que ocorre com o avanço da idade. Trata-se, por isso, de uma estratégia profícua para que jogadores profissionais possam aumentar a longevidade das suas carreiras em patamares de rendimento elevados. Estes dados podem ainda ser utilizados por treinadores e managers para tomar decisões informadas sobre aspetos contratuais, tais como o salário, a duração do contrato e timing para transferir ou substituir um jogador do plantel. 

Os defesas laterais, os médios-ala e os avançados foram as posições de jogo mais afetadas pelo envelhecimento. Assim, os resultados da monitorização previamente referida também podem ser usados por especialistas do treino da condição física para (1) individualizar planos e cargas de treino no decurso do(s) microciclo(s) e (2) conceptualizar e desenvolver programas de treino, considerando a idade como um fator mediador da capacidade física momentânea do jogador.

 

Conclusão

Em síntese, ao utilizar um design longitudinal, este estudo forneceu novas evidências acerca dos efeitos da idade na performance em jogo no futebol de elite. Os jogadores com carreiras de maior longevidade num patamar de rendimento elevado foram incapazes de manter a performance física à medida que a idade avançou. Apesar disso, mesmo envelhecendo, os jogadores podem melhorar anualmente as suas competências tático-técnicas, constituindo um possível mecanismo compensatório para os efeitos nefastos do envelhecimento ao nível da performance física. Por último, constatou-se que o declínio da performance física associado ao avanço da idade foi mais pronunciado nos defesas laterais, médios-ala e avançados, enquanto os efeitos positivos da idade na eficácia do passe foram mais acentuados nos defesas centrais e nos médios-centro.

 

P.S.:

1-  As ideias que constam neste texto foram originalmente escritas pelos autores do artigo e, presentemente, traduzidas para a língua portuguesa;

2-  Para melhor compreender as ideias acima referidas, recomenda-se a leitura integral do artigo em questão;

3-  As citações efetuadas nesta rúbrica foram utilizadas pelos autores do artigo, podendo o leitor encontrar as devidas referências na versão original publicada na revista Journal of Science and Medicine in Sport.

18/05/2022

O 16.º aniversário do blogue Linha de Passe

O blogue Linha de Passe celebra hoje 16 anos de existência (figura 1).

 

Figura 1. O 16.º aniversário do Linha de Passe (18-maio-2022).

 

Por razões que mencionei outrora (link), é um dia duplamente especial para mim. Sem me querer alongar em celebrações, até porque se trata somente de uma data que, por coincidência, me recorda decisões felizes que tomei na minha vida, finalizo com três lições que tenho vindo a assimilar, de há 16 anos a esta parte, com as reflexões e os textos que amiúde por aqui vou escrevendo:

 

1) Opiniões e convicções há muitas, mas se não forem devidamente informadas e fundamentadas, ou são falíveis ou depressa passam à história; 

2) Vivemos na era da (des)informação, confirmar a veracidade dos factos e dos dados é absolutamente crucial e marca a diferença entre a credibilidade e a inutilidade; 

3) Não se altera a essência do ser, porém, as nossas perspetivas, crenças e ideias são moldadas pela idade e pela experiência – o que fazemos ou acreditamos no presente pode não se repercutir no futuro, seja a curto, médio ou longo prazo.

 

Parabéns ao blogue de Linha de Passe!

(https://www.facebook.com/blogueLinhaDePasse)

08/05/2022

Rendimento = Atitude + Competência; a conquista do título pelo FC Porto

Em 2016, numa ação de formação sobre “liderança no desporto”, o professor Tomaz Morais referiu que o rendimento desportivo, em particular na alta competição, é o resultado do somatório de duas componentes essenciais: atitude e competência. 

A propósito da mais recente Liga Portuguesa bwin conquistada pelo Futebol Clube do Porto – o 30.º campeonato de futebol do clube –, e completamente à margem de todas as polémicas relacionadas com questões de arbitragem, devemos reconhecer que a equipa de Sérgio Conceição bateu inequivocamente qualquer equipa em matéria de atitude (foco, compromisso e sentido coletivo). No que respeita à componente “competência”, foi também o conjunto mais eficaz e regular nas diversas fases e momentos do jogo. 

Para ilustrar a importância da atitude em contexto competitivo, analisemos o lance que, aos 90’+4, decide a vitória do FC Porto no jogo de ontem diante do Sport Lisboa e Benfica. Convido-vos a observar os comportamentos de transição defensiva da maioria dos jogadores da casa, mas designadamente de Adel Taarabt:

 


Em quatro “frames” demonstro o porquê de termos um SL Benfica a 17 pontos do FC Porto e a 11 do Sporting Clube de Portugal. A atitude nestes momentos de transição defensiva tem sido quase norma: lenta, carente de objetividade e entreajuda. Inicialmente, após a execução do pontapé de canto, o equilíbrio defensivo encarnado parecia assegurado, com três jogadores fora da área visitante (figura 1). Uma vez que o grosso dos alívios defensivos geralmente ocorre para o local em que Pepê recolheu a bola, Taarabt e Darwin não apresentam o posicionamento ideal para contrariar um possível contra-ataque. Contudo, nesta fase do jogo, e com o SL Benfica a dar tudo para evitar a festa azul e branca, até é admissível (e vulgar) que haja algum desacerto posicional no cumprimento do equilíbrio defensivo.

 

Figura 1. Início da transição defensiva com o SL Benfica em superioridade numérica fora da área de penálti.

 

Nos episódios de transição defensiva, a atitude competitiva é aferida pelo modo com os jogadores e as equipas reagem à perda da posse de bola. Se a maioria dos jogadores das águias nem esboçou reação para recuperar defensivamente, Darwin – que de resto foi o mais rápido a tentar fechar espaço defensivo –, somente iniciou o sprint após percecionar Taarabt a ser ultrapassado em velocidade por Pepê no duelo 1v1 (figura 2).

 

Figura 2. Desenrolar da transição defensiva, com Taarabt a ser ultrapassado por Pepê.

 

O terceiro “frame” é marcante para o desfecho do contra-ataque. Taarabt, batido em velocidade por Pepê, deveria ter ajustado a corrida de recuperação para fechar o espaço defensivo no corredor central. Com essa possível adaptação tática, equilibraria a relação numérica (Pepê vs. João Mário; Zaidu vs. Taarabt) e, no mínimo, cobriria o espaço vital à entrada da sua área de penálti. Não só não acompanhou Pepê, como não fechou o espaço central, como ainda foi totalmente ultrapassado por Zaidu e pelo árbitro Luís Godinho (figura 3). Uma atitude incompreensível e que não faz jus às exigências competitivas de um clube de referência como é o SL Benfica.

 

Figura 3. O princípio do sucesso do contra-ataque do FC Porto: a “atitude” de Taarabt.

 

O vídeo e o último “frame” mostram que João Mário fez tudo o que podia para temporizar. Dividiu a ocupação espacial para evitar a progressão de Pepê para a baliza e, simultaneamente, para cortar a linha de passe para Zaidu. Por força da desvantagem numérica, não foi bem-sucedido. Taarabt assistiu “a meio gás” ao 2v1, ao golo de Zaidu e à festa do FC Porto (figura 4).

 

Figura 4. O 2v1 do FC Porto que viria a resultar no golo de Zaidum. Taarabt ficou a ver.

 

Em jeito de conclusão, é justo assinalar que a pontuação alcançada pelos portistas não pode dar azo a que análises, no mínimo questionáveis, em torno de mais ou menos centímetros, mais ou menos cartões, mais ou menos penáltis, ofusquem o grupo que mais rendimento desportivo exibiu ao longo da época. Por sua vez, o SL Benfica deve refletir a fundo sobre o que pretende para sua equipa principal e definir um plano estratégico para o alcançar. Nesta busca interna de rumo para o futuro, a “atitude” deverá ser uma componente inegociável para todos, assente numa identidade própria – a famigerada mística – que exclua por completo qualquer manifestação de facilitismo, conformação e irresponsabilidade. 

Parabéns ao FC Porto pelo 30.º título nacional de futebol.