Rescaldo da 1ª jornada do Mundial 2006

Após o final da 1ª jornada da fase de grupos do Mundial 2006, é-me totalmente legítimo retirar as seguintes ilações:

1. A República Checa, a Itália e a Espanha foram as equipas que mais se destacaram pela positiva. Recordo que no post anterior, havia dito que não acreditava na Espanha. Depois da excelente prestação contra a Ucrânia (4-0), mudei um pouco a minha opinião: afinal, os "nuestros hermanos" são capazes de surpreender...;

2. A nossa selecção venceu (1-0), mas não convenceu como dizem os comentadores e os pseudo-analistas. Numa competição profissional, seja ela qual for, o que interessa são as vitórias e os pontos. Relembrem-se do Benfica do mister Trapattoni: jogava pouco, mas foi o suficiente para ser campeão. Pretendo assim salientar que Portugal cumpriu a sua obrigação, contudo, houve aspectos na equipa que particularmente não gostei. Passo a enumerar: a) enorme espaço entre linhas (sector defensivo - sector médio e sector médio - sector ofensivo); b) zonas de pressão indefinidas e pouca articulação dos jogadores nesses momentos; c) transições defesa-ataque predominantemente assentes na capacidade individual de alguns jogadores. Bem, agora vem aí o Irão, esperemos que os "tugas" nos mostrem um pouco mais da sua qualidade. Acredito que com a entrada do Deco e do Costinha na formação inicial, o rendimento global da equipa melhore. A ver vamos...;

3. Confirmou-se a superioridade das equipas do velho continente e da América do Sul. A Holanda hiper-dependente do Robben; a caseira Alemanha a cumprir, apesar de apresentar algumas limitações; a Argentina muito equilibrada em todos os sectores; o Brasil que viu-se apertado para vencer a Croácia, que só não empatou devido à fantástica exibição de Dida; a Inglaterra que venceu um triste Paraguai, só durante 20/25 minutos, à semelhança de Portugal, jogou num ritmo mais ou menos cativante; etc...

Certamente que neste breve rescaldo, muito ficou por escrever. No entanto, e antes de finalizar, ressalvo a qualidade dos árbitros presentes nesta competição. Embora tenham ocorrido alguns erros, até porque "errar é Umano", as performances destes elementos têm sido bastante positivas, o que deve ser um motivo de orgulho para qualquer espectador.

Que venha agora a 2ª jornada. Força Portugal!