05/08/2006

A noite: um mundo para as mulheres.

Quantos de nós, seres do género masculino, não foram já barrados à porta de um bar ou discoteca, simplesmente por terem nascido com pénis e, por opção própria (ou não!), não se fazerem acompanhar por uma "miúda"? Comigo isso já aconteceu umas dezenas de vezes, já possuo anticorpos contra essa doença social, no entanto, não suporto a ideia de ter que ir beber um copo com os amigos e ter que pagar mais x porque não há raparigas no grupo, ou mesmo ser excluído de momentos de diversão num espaço nocturno quando me apresento como cliente... caramba, eu vou consumir, não se aflijam!

Pelo contrário, nunca vislumbrei uma mulher (leia-se, maior de idade) não entrar neste ou naquele estabelecimento por ser mulher, ou por estar incorporada num grupo feminino (situação ideal para qualquer gerente). Sim, porque as mulheres atraem os homens, os verdadeiros consumidores, o que não deixa de ser um estranho paradoxo. Falamos de marketing, meus caros. A identidade de um ser humano na "noite" resume-se a uma estratégia de persuasão regulada por gorilas com perímetro de bicípete superior ao perímetro da cabeça. Custa-me, portanto, a aceitar, numa sociedade que tanto apela à igualdade de direitos entre homens e mulheres, e pela qual eu mantenho uma posição favorável, que ainda existam exemplos destes de pura discriminação sexual.

Como um dos visados, não me coibo de exclamar: "Tá mal"!

1 comentário:

Anónimo disse...

Não te preocupes jovem. Os gorilas estão em vias de extinção. Num futuro próximo vai reinar a dança da omoplata e aí é vê-los a libertar pinguinhas pelas calças abaixo. Ao contrário da opinião do meu grande amigo Robles, a noite madeirense estava em alta, sendo importante ressalvar o importante aspecto da escolha do espaço cronológico para essas noites :)