09/07/2007

A arte de somar fracassos em competição.

Depois do fracasso no Europeu Sub-21 na Holanda, em que falhámos o apuramento para as meias-finais e para os Jogos Olímpicos 2008 (Pequim), novo fracasso no Canadá no Mundial Sub-20.

Contra a Nova Zelândia ainda se viu qualquer coisa, talvez porque o adversário também o permitisse, mas frente ao México e Gâmbia, simplesmente não houve equipa. A selecção sobrevive das acções individuais de alguns jogadores que são muito evoluídos tecnicamente. No conjunto, a dinâmica é precária. Uma equipa não pode "viver" (ou "sobreviver") dos eventuais erros do adversário, tem que impor erros ao adversário, o mesmo é dizer: saber assumir, no mínimo, o controlo do jogo.

Por esta lógica, eu pergunto: temos falta de bons jogadores formados em Portugal? Não, pelo contrário. Ultimamente, a formação de jovens futebolistas tem vindo a melhorar no nosso país. Há melhores infraestruturas (campos sintéticos, centros de estágio, etc.); mais técnicos com formação apropriada; e um número considerável de jovens praticantes da modalidade.

Então o que é que está a falhar, Sr. José Couceiro? Felizmente, a organização do quadro competitivo deste Mundial é benevolente com "deslizes" e vamos seguir em frente como um dos quatro melhores terceiros classificados, num lote de seis grupos.

Sem rodeios, é tempo de começarmos, pelo menos, a mostrar algum Futebol. Divirtam-se!

1 comentário:

Carlos Humberto Almeida disse...

Comento o meu próprio "post", só para acrescentar que a selecção Sub-20 provou nos oitavos-de-final, perante o Chile, aquilo que havia escrito anteriormente.

A meio da segunda parte, as estatísticas eram qualquer coisa do género: posse de bola (37-63) e "shots on goal" (0-8), a favor da selecção chilena.

Uma equipa que joga assim nem merece estar numa competição como o Mundial, para mais quando os seus jogadores têm a atitude que tiveram bem perto do final do encontro. Aliás, o Zequinha a roubar o cartão vermelho ao árbitro foi hilariante, digno de um filme de comédia galardoado com um Óscar.

E agora, mister José Couceiro? Que tal um "Adeus"?