20/04/2016

Enciclopédia da Estória Universal – Recolha de Alexandria (2012)

Afonso Cruz é um escritor português que, segundo nota da contracapa do livro, «vive no campo e gosta de cerveja». Nesta publicação da editora Alfaguara, esta enciclopédia revela-nos algumas sábias subtilezas que o mundo esqueceu ou ignorou.

Figura. Capa do livro «Enciclopédia da Estória Universal - Recolha de Alexandria», 
de Afonso Cruz.

Acerca do tema «Evolução da Sociedade», o autor invoca as palavras de Tsilia Kacev (1979), numa exposição de Paris:

Chama-se evolução da sociedade ao tempo que se leva a concordar com os artistas do século passado.
(p. 49)

Na minha perspetiva, o texto intitulado «Sintaxe Interior» atingiu o píncaro da excelência:

Há palavras que nunca se dizem, à cautela, pois são tremendas. (…) As pessoas dizem-nas exibindo a nudez das suas letras e das suas fonéticas, sem pudor. Mas as pessoas estão enganadas. As palavras ainda têm poder e movem mundos. Criam mundos. Desfazem mundos. E só os inconscientes as atiram para fora da boca como perdigotos.
(Frantiska Möller, p. 87-88)