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16/03/2024

P'las Veredas de Monchique 2023/24 | Percurso Pedestre das Cascatas + Rota das Adelfeiras (10-mar-2024)

Há alguns anos que ando - literalmente! - nestas lides. Contudo, raras foram as ocasiões que me permitiram desfrutar dos 19,2 km realizados na Foia, como no passado domingo. 

Porquê? Por causa da água com que nos deparámos ao longo de todo o percurso. Não me lembro de ter descido o trilho dos castanheiros da Foia, no sentido do Penedo do Buraco, pelas bermas do mesmo, caso contrário ficaria com os pés encharcados. O trilho era o que outrora fora: um curso de água. 

As cascatas do Penedo do Buraco e do Chilrão, praticamente secas durante todo o ano, voltaram a mostrar-nos resquícios do passado: resplandecentes, refrescantes e cristalinas (figuras 1 e 2).

 

Figura 1. Cascata do Penedo do Buraco, Foia, Monchique, Portugal (10-mar-2024).

 

Figura 2. Cascata do Chilrão, Monchique, Portugal (10-mar-2024).

 

Uma vez que estes momentos podem ser cada vez mais efémeros, em seguida deixo-vos um vídeo com breves imagens da cascata do Chilrão para a posterioridade. O que foi, talvez nunca o voltará a ser do mesmo modo. A água, essa, a existir, procurará sempre os caminhos que lhe pertencem por direito.


30/08/2021

Inconsciência temporal


Férias. Do emprego. Em casa, trabalho não falta. Dizem que a alegria e o cansaço contagiam. Eu acrescento que a inconsciência também. Uma inconsciência involuntária, como a dos bebés ou a dos loucos. Pela idade, talvez seja mesmo loucura. Dou por mim a ter noção da passagem dos dias, porque a seguir à luz vem a escuridão e, depois, a luz outra vez. Não importa a ordem dos dias, acumulam-se em semanas, em meses, o sinónimo perfeito de fugacidade.

Hoje, tinha marcada uma consulta de medicina do trabalho pelas 12h20. Fui mais cedo, ciente de que era sábado. Não faço ideia porquê, ignorei todos os sinais óbvios que indicavam ser um dia de semana; na prática, o primeiro dia útil da semana. Cheguei mais cedo e despachei-me rápido, não sem antes distribuir “bom fim de semana” por cinco ou seis pessoas diferentes. Foi a enfermeira, foi o médico, foram algumas colegas de trabalho. No regresso a casa, os neurónios restabeleceram as respetivas ligações sinápticas: “p*r*a, hoje é segunda-feira!”. 

Os “bons fins de semana” estavam dados e a minha inconsciência (ou parvoíce) atestada por quem de direito. Será que voltarei a ter trabalho depois das férias?

18/05/2021

15 primaveras de Linha de Passe

Às vezes, a vontade do Criador, das instâncias cármicas, ou o alinhamento dos astros, cravam uma data nas nossas memórias por eventos felizes, embora independentes, que nos acontecem ou realizamos. Há 15 anos, num impulso vespertino, servi-me do então velhinho Compaq para, nas águas-furtadas de uma casa senhorial da rua Sacadura Cabral, na Cruz Quebrada, criar o blogue Linha de Passe. 

A “Reflexão Inicial” deu o mote para mais ações de catarse emocional e registo autobiográfico, que, entretanto, se expandiram para áreas de interesse pessoal. Sim, há textos que atualmente não os escreveria, publicações de que me orgulho e outras que nem por isso. Reconheço que não acertei sempre nas minhas intenções, algumas ficaram por alcançar o que quer que fosse, mas todas elas ainda figuram neste espaço virtual que jamais imaginei que perdurasse por tanto tempo. Por si só, comemoro a persistência das 15 primaveras (figura 1), exclusivamente assente em motivação intrínseca. 

Figura 1. As 15 primaveras do blogue Linha de Passe (18-maio-2021).

 

Sete anos mais tarde, neste mesmo 18 de maio, iniciaria o namoro com a minha esposa e mãe dos meus três filhos. Se não foi de todo propositado, certamente não foi por acaso que sucedeu num período em que o Linha de Passe andava mais “apagado”. 

Não sei quantos mais dias 18 de maio aí virão, pelo que irei encher um copito de medronho do meu sogro e brindar a preceito. Que daqui a 15 anos possamos cá estar todos. Saúde!

06/06/2018

4-junho-2018: Olá mundo!

Quatro de junho de dois mil e dezoito. Cacimbava em Monchique, um dia pouco convidativo e radiante para viajar até ao hospital de Portimão. Apesar de tudo, não deixou de ter a sua luz e 24 horas. No bloco operatório o parto foi ao estilo Vietnam e o que mais impressiona é como um ser humano de 3.230 kg e 46 cm consegue resistir com tanto afinco a um batalhão de especialistas meticulosamente preparados e equipados. O nosso maior tesouro, o incondicional ou o imortal, segundo Jorge de Sena em a “Visão Perpétua” (obrigado Edu!), nasceu às 12h58.

Quatro de junho de dois mil e dezoito, o dia em que o amor de duas pessoas gerou vida ou, nas palavras da professora de Biologia do 12.º Ano, o momento em que completámos o nosso ciclo biológico ao produzirmos descendência.

Quatro de junho de dois mil e dezoito, o dia em que a nossa família cresceu e o bebé Carlos disse “Olá!” ao mundo. Que se mantenha sempre saudável, resiliente e firme nas batalhas que travar pela vida fora.



PS. Ainda me custa a acreditar que já sou pai.

11/07/2016

EURO 2016: Portugal campeão europeu e as chapadas de luva branca

Aos 10 dias do mês de julho de 2016, a seleção portuguesa sagrou-se campeã europeia, pela primeira vez na sua história, ao vencer a França no Stade de France – Saint-Denis, na final do Campeonato da Europa de 2016 (figura 1).

Figura 1. Portugal, vencedor do EURO 2016 (fonte: pt.euronews.com).

É histórico e a história desta conquista dos nossos «heróis do mar» é bonita de tão inesperada. Ao contrário do EURO 2004, em Portugal, no qual a nossa seleção praticava um futebol vistoso, aproveitando parte da equipa de um FC Porto vencedor da Champions League e com um plantel de luxo, esta fase de grupos mostrou-nos uma equipa com… falta de recursos, pouco ambiciosa e condicionada por um senhor chamado Cristiano Ronaldo: três vezes bola de ouro da FIFA. Sim, condicionada, porque muitas vezes o portador da bola tinha inúmeras opções de passe, mas a bola seguia sempre para o mesmo destinatário – Cristiano Ronaldo – mesmo quando essa não era a melhor decisão a tomar. E quando a bola não chegava ao capitão, ele barafustava de impaciência. À partida, os jogadores estavam condicionados pelo melhor do mundo. Fernando Santos adaptou a equipa à incapacidade de Ronaldo fechar defensivamente numa ala, com um 1-4-4-2 com dinâmicas, por vezes, confusas e eu referi a várias pessoas de boca cheia: «enquanto Portugal tiver Ronaldo na equipa, por muito bom que ele seja (e é), nunca iremos ganhar uma competição internacional». Disse-o e, agora, não tenho medo de o reassumir. Aliás, também referi que o Éder não era jogador para ser convocado para este europeu e o «patinho feio» resolveu a competição a nosso favor (figura 2). Por esta altura, já contabilizo duas chapadas de luva branca.

Figura 2. O «patinho feio» da seleção foi decisivo: Éder (fonte: abola.pt).

Depois, veio a fase a eliminar e o jogo com a Croácia mostrou-nos dois aspetos muito importantes: (1) um selecionador Fernando Santos realista, pragmático e, ao contrário do comum dos adeptos portugueses, ciente das limitações da equipa e dos pontos fortes das seleções adversárias; (2) um grupo unido, coeso, repleto de personalidade, atitude e comprometido com as palavras do seu líder Fernando Santos: «apenas iremos voltar a casa no dia 11 de julho de 2016» (hoje). Desde então, vimos Fernando Santos a corrigir aspetos menos conseguidos na fase anterior, uma equipa forte em organização defensiva e a primar pelo equilíbrio em todos os momentos de jogo, um capitão Cristiano Ronaldo a ser decisivo, um Pepe absolutamente fantástico na linha defensiva, um Rui Patrício brilhante na final, entre muitos outros elogios que poderia fazer a todos os outros jogadores.

Porém, a maior chapada de luva branca foi a do engenheiro Fernando Santos (figura 3). 

Figura 3. Fernando Santos: o engenheiro do EURO 2016 (fonte: rr.sapo.pt).

Dou a mão à palmatória e friso que soube interpretar muito bem o contexto da competição e, em termos estratégico-táticos, preparar a equipa para ultrapassar as diversas eliminatórias e vencer a final. Portugal não jogou da mesma forma contra a Croácia e contra a França; também não jogou do mesmo modo contra a Polónia e contra o País de Gales. Houve particularidades estratégico-táticas que foram trabalhadas e implementadas e isso foi obra do mister Fernando Santos e da sua equipa técnica. Por exemplo, ao ceder a iniciativa de jogo ao País de Gales, defendendo num bloco médio, Portugal salvaguardou-se das transições ofensivas adversárias, com Gareth Bale na frente sempre pronto para explorar o espaço atrás da nossa linha defensiva. Contra a França, Portugal tentou sempre controlar o ritmo de jogo com saída de bola curta pelo guarda-redes, algo que não se verificou nos jogos anteriores.

Em suma, não assistimos a um futebol de posse, rendilhado, de encher o olho, mas vimos Portugal ser realista e eficaz. A seleção jogou o suficiente para ser bem-sucedida quando outrora com Eusébio, Coluna, Bento, Chalana, Humberto Coelho, Manuel Fernandes, Fernando Gomes, Figo, Rui Costa, João Vieira Pinto, etc., nunca fora. E esta página do futebol português é sublime porque nos coloca no topo da Europa e nas bocas do mundo. Daqui a uns anos, lembremo-nos que uma equipa em que poucos acreditavam fez por merecer e foi feliz. Enfim, com 33 anos vi a seleção principal de futebol de Portugal conquistar uma grande competição internacional. Muitos outros viveram uma vida inteira sem nunca ter tido esse privilégio.

O meu orgulho está com este grupo: jogadores, equipa técnica e restante comitiva. Hoje, o meu orgulho é do tamanho da nossa pátria: viva Portugal!

22/03/2016

A «verticalidade» de Messi na origem da perturbação da organização defensiva adversária

Lionel Messi dispensa apresentações. No confronto mais recente com o Arsenal, nos oitavos-de-final da UEFA Champions League 2015/2016, o craque argentino voltou a demonstrar porque é que as mudanças de ritmo no jogo de futebol são essenciais para quebrar a simetria entre equipas em processos opostos: ofensivo e defensivo. Além disso, as mudanças de ritmo ocorrem em espaços propícios para perturbar a organização defensiva adversária e criar situações iminentes de golo. Chamo a atenção para os movimentos verticais (em profundidade) de Messi, tendo sempre a preocupação de ter, no mínimo, um companheiro com quem pode realizar a combinação tática direta (figura 1).

Figura 1. Os movimentos em profundidade (verticais) de Messi.

Messi é inteligente a procurar os espaços que explora para provocar a perturbação (corredor central), é perspicaz na forma como temporiza para criar pontos de apoio laterais ou verticais e, posteriormente, objetivo na mudança de ritmo (aceleração para a baliza; a «verticalidade») que realiza com a plena intenção de concretizar ou contribuir para o golo.


Como já referi anteriormente, é um enorme prazer poder desfrutar do futebol num tempo em que Messi vive, joga e faz jogar.

08/11/2014

A qualidade da posse de bola na construção do golo

Na sequência do texto anterior «A gestão dos ritmos de jogo no futebol», tive a felicidade de ver, em direto, o primeiro golo do jogo Liverpool x Chelsea, da 11ª jornada da FA Premier League 2014/2015.

Imagem: Liverpool x Chelsea: um clássico em Inglaterra.
(fonte: http://www.onlinevision-bd.com)

Não há melhor forma de gerir os ritmos de jogo que não passe pelo controlo da posse de bola. Isso implica que, individualmente, os jogadores sejam competentes na relação com a bola (ação) e com o envolvimento (perceção) e que, coletivamente, os processos ofensivos estejam afinados entre os diversos elementos da equipa. Nesta situação em particular, ao recuar no espaço de jogo, o Liverpool induziu o Chelsea a aumentar o espaço entre linhas e o índice de dispersão dos seus jogadores (reparem que a pressão dos avançados não é acompanhada pelo controlo da profundidade pelo setor defensivo). Perante a ausência de coberturas defensivas e de equilíbrios efetivos por parte dos visitantes, os jogadores do Liverpool progrediram no terreno de jogo, gerando uma situação de superioridade numérica no seu meio-campo ofensivo. Ainda que com alguma fortuna, valeu um golo. Vejamos o lance:


Para a história, ficam as características desta magnífica sequência ofensiva:

  • Duração (s): 65
  • Número de jogadores envolvidos: 10 (apenas Balotelli não intervém sobre a bola)
  • Número de toques sobre a bola: 55
  • Número de passes: 24
  • Número de remates: 1
  • Eficácia do remate: 100%.

Isto é jogar bom futebol.

19/08/2014

A sequência ofensiva (coletivo) e a diferença do génio (individual)

O Chelsea FC estreou-se na FA Premier League 2014/2015 com uma vitória (1-3), no terreno do Burnley. Só pelo minuto 20, os 93 minutos da partida valeram a pena.


A sequência ofensiva que dá origem ao golo de André Schürrle apresentou as seguintes características:
· Duração: 50s
· Número de passes: 23
· Número de toques sobre a bola: 54
· Número de jogadores envolvidos: 9
· «O» momento: A assistência de Francesc Fàbregas (20:41) para o golo

A jogada em si é fabulosa; um magnífico exemplo de como o ataque posicional deve ser utilizado para quebrar uma organização defensiva que prima pelo princípio da concentração em bloco baixo. Há inúmeros instantes desta sequência ofensiva em que o Burnley tem os 11 jogadores atrás da linha da bola. O Chelsea foi paciente, promoveu uma circulação rápida da bola, explorou os dois corredores laterais (deu largura ao jogo) e os seus jogadores não se coibiram de executar permutas posicionais para dar soluções ao portador da bola. Depois, há o passe magistral de Fàbregas e que marca a diferença entre o obter ou não obter sucesso no ataque. Um génio é isto mesmo: fazer o que poucos fazem, demonstrando criatividade e virtuosismo associados a uma eficácia tremenda.

Imagem: O génio Fàbregas frente ao Burnley (fonte: www.news.nom.co).

Maravilhoso!

28/01/2014

SICAL - «Na origem de um novo autor»

Um dia murcho de inverno. Esmorecido, como a «nevrinha» que teimava em cair, pedi um café. Comigo trouxe uma pequena lembrança:

Imagem: Nova coleção de pacotes de açúcar da SICAL ("Ecos da Loucura", um dos microcontos vencedores). 

Não mais voltei em mim.

20/11/2013

Uma mera crónica sobre Portugal no Mundial 2014

No cenário de crise, descontentamento e tristeza em que estamos inseridos, julgo que Portugal acordou hoje, pelo menos, um bom bocado mais alegre que ontem. A nossa seleção apurou-se para o Mundial 2014 no Brasil. Estamos lá!

Imagem: Festa portuguesa em Solna (fonte: Getty Images).

O playoff com a Suécia
Dois jogos em que a seleção portuguesa foi claramente superior. Estou convicto que a equipa poderia ter ido a Solna mais descansada, pois fez por merecer o 2-0 no Estádio da Luz. A vantagem de 1-0 não era negativa, porém também não dava a tranquilidade que o mister Paulo Bento tanto aprecia. Aliás, este apuramento foi tudo menos tranquilo. À boa maneira “tuga”, não se previne, remedeia-se, desenrasca-se. Ontem, desenrascou-se o apuramento, não sem a dose de sofrimento do costume. Se os jogadores interpretaram convenientemente o que a equipa técnica solicitou, então devo enaltecer os dois planos de jogo (planos estratégico-táticos) elaborados para a eliminatória. Neste particular, o líder Paulo Bento e os seus pares foram competentes, embora continue a achar que poderiam ter sido tomadas outras opções na pretérita fase de grupos.

Cristiano Ronaldo, a Ballon d’Or e os outros
Não sou hipócrita. Em ocasiões anteriores, critiquei Cristiano Ronaldo e defendi a eleição de Messi como o melhor jogador do mundo. Critiquei algumas atitudes do capitão português, sobretudo no Mundial 2010 e, de facto, insurgi-me perante a contestação de alguns portugueses acerca de Ronaldo merecer a Bola de Ouro da FIFA. Hoje, no ano de 2013, estou rendido e lamento não o ter suportado mais anteriormente. Depois de ver Joseph Blatter ridicularizar o nosso capitão, quer queiramos ou não um símbolo de Portugal, depois de ver Ronaldo, consistentemente, a somar dois ou três golos por jogo e a ser por demais decisivo no seu clube e na seleção, só posso ficar rendido às evidências: FIFA Ballon d’Or 2013!

Quem alega que Ronaldo não ganhou nada a época transata, então que se relembre que esta distinção é individual e não coletiva. Franck Ribéry não é evidentemente o melhor do mundo, mas esteve integrado num super Bayern Munique que venceu tudo o que havia para vencer em 2013. No caso de Lionel Messi, coloco em causa a sua regularidade. Este último semestre do ano tem sido fatídico para o argentino. A mudança de treinador e de filosofia de jogo no Barcelona não têm potenciado os seus desempenhos e as sucessivas lesões também não têm contribuído. Por tudo isto, 2013 é ano para Ronaldo. Até a FIFA alargou, em duas semanas, o prazo de votação para o melhor jogador do mundo. Na realidade, seria altamente inteligente permitir que se votasse num jogador sem saber quais as seleções apuradas para o Mundial…

Esta parece ser uma opinião que transcende sentimentos patrióticos exacerbados. Senão, vejamos as palavras do internacional inglês Rio Ferdinand:

Ronaldo acabou hoje com a discussão sobre a Bola de Ouro… Se não ganhar é porque o Blatter fez o ranking.
(19-nov-2013, via Twitter)

Ponto!

A classe de João Moutinho
Se Cristiano Ronaldo é, por agora, o maior, então o João Moutinho vem logo a seguir. Um médio de classe mundial. Ora, sobre Moutinho já havia escrito um texto no Linha de Passe (recordar aqui).

Imagem: O comandante Ronaldo e o maestro Moutinho a caminho do Brasil 2014 (fonte: sportsworldreport.com).

A meu ver, é um jogador importantíssimo na equipa nacional. É a formiga incansável a trabalhar defensivamente (n.º 6), é o grande maestro que serve Ronaldo e os outros atacantes na perfeição (n.º 10) e é o “box-to-box” que, simplesmente, está sempre dentro dos processos coletivos da equipa e a cumprir com critério (n.º 8). Só lamento que atue num clube que não esteja nas competições europeias e que não compita numa liga de topo. Espero que tenha a felicidade de um dia poder jogar num clube europeu tão grande como ele.

E no Brasil?
Certamente que Portugal não irá para sambar. A seleção irá para competir e confio numa boa prestação. Ainda falta muito tempo para o certame e, por isso, apenas refiro as minhas preferências (por ordem decrescente em cada pote) para o sorteio dos grupos do Campeonato Mundial 2014, que se realizará no próximo dia 6 de dezembro:

Pote 1: Suíça, Uruguai, Colômbia, Bélgica, Argentina, Espanha, Brasil e Alemanha.
Pote 2: Honduras, Irão, Costa Rica, Austrália, Coreia do Sul, Japão, Estados Unidos da América e México.
Pote 3: Argélia, Camarões, Gana, Equador, Nigéria, Costa do Marfim, Chile e França.
Pote 4: pote de Portugal (Holanda, Itália, Inglaterra, PORTUGAL, Grécia, Bósnia-Herzegovina, Croácia e Rússia).

Teoricamente, o grupo mais acessível para Portugal seria com a Suíça (de Joseph Blatter), as Honduras e a Argélia. Ao invés, um grupo complicado seria, por exemplo, com o Brasil, o México e a França. Deixemos agora que o destino faça a sua parte. Venha quem vier, é bola para a frente.

Força, PORTUGAL!

06/07/2010

Medida Anti-Crise

Em tempos onde a crise é raínha, surgindo o gasoléo e manutenção dos carros com valores exorbitantemente elevados, nada melhor do que trocar de veículo nas pequenas voltas urbanas. A ida à Decathlon concretizou uma medida anti-crise que espero que venha a trazer frutos no imediato.


Para além disso, sempre se queimam mais umas calorias e se trabalha também para a saúde. O pacote completo, portanto!

02/01/2008

"Não tenho tempo (...)"

Vivemos na Era do "não tenho tempo". Ocasionalmente, eu próprio dou comigo, desagradado, a balbuciar essa expressão inegavelmente útil para o que nos convém.

- E que tal fazermos isto?
- Hoje não dá, não tenho tempo.
Posteriormente, bem feitas as contas, afinal o tempo que não tinha, passou e não fiz nada de jeito.

Vivemos a um ritmo alucinante, a Lei de Darwin é consistente quando diz que "sobrevive o mais apto". Numa sociedade progressivamente mais competitiva e perante a negra taxa de desemprego, o espaço e o tempo para nos movimentarmos livremente pouco ou nada nos dizem. As pessoas não trabalham para viver, vivem para trabalhar como se fossem inorgânicos, sem sentimentos, sem motivações e sem alegria.

As relações amorosas ressentem-se disso. As pessoas não têm tempo para pensar e, por inerência, para resolver os seus problemas. Como refere o psiquiatra Júlio Machado Vaz, muitas relações acabam porque as pessoas não investem algum tempo a procurar soluções para os seus problemas, inúmeras vezes perfeitamente ultrapassáveis. Ao invés, para não perder o precioso tempo, limitam-se a engolir um anti-depressivo qualquer. É fácil, não consome tempo e alivia a dor, mas em termos de resultados práticos é igual a zero.

Actualmente, o tempo não é para "ter" como se tratasse de um bem material; o tempo "arranja-se" como se um fosse um ingrediente fulcrar para melhorar a receita do nosso dia-a-dia.

Votos de um óptimo 2008.

30/06/2007

Eles partiram a loiça toda.

28 de Junho de 2007 - Metallica no Super Bock Super Rock 2007

Foram 2 horas e 22 minutos de músicas old school num ritmo frenético. Não tocaram músicas do albúm mais recente de originais (St. Anger, 2004) e abusaram, como deve ser, nos potentes temas dos seus primórdios. Desde Creeping Death até Seek & Destroy, passando por Ride The Lightning, The Four Horsemen, Fade To Black ou Master of Puppets, os homens "partiram a loiça toda". Literalmente!

Um concerto memorável, que superou o de 2004 no Rock in Rio. Sem dúvida, o melhor que já tive oportunidade de assistir ao vivo. Digam o que disserem, mas nenhuma banda neste festival superará o virtuosismo, a elegância e a potência dos Metallica.

Velhos são os trapos.

11/03/2007

GOLOOOOOOOOOOO!

O sentimento do Futebol é o GOLO. O antigo futebolista do Futebol Clube de Porto - Fernando Gomes - ousou comparar o golo a um orgasmo. De facto, é muito bom, uma explosão de alegria e uma satisfação imensa.

Desde 21 de Abril de 2001, na longínqua época de 2000/2001, era então junior de primeiro ano, que não marcava em jogos oficiais. Verdade seja dita, só na presente época de 2006/2007 voltei a ter a oportunidade para reviver essa revolução interna provocada pelo golo. Foi ontem - 10 de Março de 2007 - que aconteceu, em casa, perante o Clube de Futebol "Os Estombarenses", para a 2ª Divisão Distrital do Algarve. Antes havia, irresponsavelmente, permitido a defesa do guarda-redes adversário num penalty mal convertido. O sabor do golo foi ainda mais especial: um reviver e um redimir.

Ganhámos 3 - 2 e senti-me feliz por jogar Futebol novamente a valer. Isto sim é a tão consagrada "alegria do desporto-rei".

Que continue!

07/03/2007

Fazer "a pausa".

Preciso urgentemente de quebrar a rotina. Fugir ao dia-a-dia incessante e com o "muito para fazer".

Estas férias da Páscoa, vou relembrar os tempos de faculdade, o passado ano de 2005 e o então "Encontro Ibérico de Desporto". Infelizmente, alguns ex-colegas e amigos não poderão estar presentes por motivos profissionais. Fica a promessa que beberei uma por vós.

Saúde!

22/09/2006

Próxima paragem...

Turismo grátis em tempo de trabalho, foi o que se pôde arranjar para 2006. Certamente que não esquecerei o número da sorte - 55. Terça-feira a vida recomeça, até então... vou indo.

Saúde! :)