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Imagem: O canhoto Diego Maradona no Nápoles (fonte: Getty Images). |
09/10/2014
Porque estão os esquerdinos sobrerrepresentados em certos desportos?
02/05/2013
A criança, a atividade/exercício físico e o progresso da nação: Evidências e utopias
19/12/2009
Leis da Física aplicadas ao Futebol
Quem está minimamente familiarizado com o futebol conhece algumas pérolas jornalísticas de comentadores, analistas ou pseudo-analistas. Por força da estação do ano em que estamos emerge frequentemente uma apreciação impregnada de vulgaridade e de incorrecção.
No calor do jogo é uma delícia constatar que "(...) quando a bola toca no relvado [molhado] ganha velocidade". O que faria Newton se ouvisse esta afirmação?

Em primeiro lugar, a bola (em trajectória aérea) está sujeita à acção da força gravítica (direcção vertical; sentido de cima para baixo), pelo que se "ganhar velocidade" será sempre em trajectória descendente. Porém, quando a bola toca no relvado gera-se uma força natural resultante do contacto mecânico entre os dois corpos (bola e solo): o atrito. O atrito depende das características das partículas que compõem as superfícies em contacto, da força normal entre os dois corpos (i.e., força que tende a fazer com que uma superfície penetre na outra) e da massa do(s) corpo(s). A fricção inerente ao atrito determina que haja a dissipação de energia sob a forma de energia térmica, ou seja, a bola ao tocar no relvado, esteja molhado ou não, tende sempre a perder energia cinética e a diminuir a sua velocidade.
Deste modo, podemos concluir que a bola quando toca no relvado molhado não ganha velocidade, mas, devido à alteração das características das superfícies de contacto, perde menos velocidade ou sofre uma menor desaceleração. Não sei de fará, empiricamente, muito sentido, mas estou convicto que esta explicação desmistifica a erroneidade patente num comentário estranhamente usual.
07/11/2009
Tecnologia: declínio Vs. ascensão
29/09/2009
Saúde, Corpo e Sociedade
04/09/2009
Santa ignorância!
A política em Portugal está ao rubro. Em ano de eleições legislativas e autárquicas já se fazem sentir as campanhas dos mais diversos candidatos. Distribuem-se beijinhos, prometem-se "mundos e fundos" e sorri-se a todos os que aparecem pelo caminho. Na realidade, acredito que nas cabeças de alguns candidatos surja algo mais recondito do género: "tirem-me daqui!" ou "o que uma pessoa tem de fazer para poder tomar decisões importantes?". Outros não, gostam das multidões, de aparecer e de mostrar que podemos contar com eles.
Tudo isto me faz confusão. Sem dúvida que um líder tem de ir ao terreno e sentir - na verdadeira acepção da palavra - os problemas, mas nunca num clima de "caça ao voto". Registam-se ideias, vendem-se soluções, muitas vezes infundadas, mas os problemas persistem e caem no vazio do esquecimento. Para além disso, é sempre mais importante retribuir uma boca ao candidato de um partido contrário.
Se duas cabeças pensam melhor do que uma e se quatro mãos trabalham mais do que duas, porque é que raramente observamos todos os partidos políticos empenhados em propostas seriamente benéficas para a população? Será que só as ideias de um partido é que são boas? Não me coibo de pensar que a tomada de decisão na política é, predominantemente, um processo de índole ideológica, sobressaindo determinados interesses individuais, de um grupo ou de uma classe, e que nem sempre vai ao encontro das necessidades da população e, por inerência, do país.
Se há ciências que não entendo, mas não entendo mesmo, são as Ciências Políticas. Como sou um leigo nessa matéria, decerto que pouco ou nada me adianta tentar compreender as dinâmicas relacionais e decisórias que se geram para (des)governar um país, mas chamar este fenómeno de ciência, isto é, passível de ser estudado de forma objectiva e segundo metodologias experimentais rigorosas e fiáveis, ainda me faz parecer mais tolo.
Santa ignorância!
07/07/2009
Reflexões sobre... condução automóvel
Se as capacidades dos seres humanos regridem a partir de certa idade, variável de pessoa para pessoa, sobretudo em termos das capacidades perceptivas e de coordenação motora, porque é que não se fazem exames progressivamente mais frequentes à medida que a idade vai "pesando" na arte de conduzir um automóvel na via pública?
- Depois queixam-se que os velhotes entram nas auto-estradas em contra-mão e têm uma certa propensão para causar acidentes, por vezes mortais.
Se está comprovado que o ser humano aprende mais efectivamente mediante o reforço positivo (elogio, recompensa, etc.), porque é que só se multa em situações de infracção e não se beneficia/distingue pessoas em circunstâncias de desempenho exemplar ou meritório?
- Depois admiram-se que o pessoal ande revoltado por multas por excesso de velocidade (+ 1 Km/h que o permitido) ou desrespeito pelo traço contínuo numa recta de 1 Km.
Se os automóveis estão a evoluir em matéria de segurança, conforto e desempenho e as estradas são progressivamente mais seguras, porque é que os limites de velocidade se mantêm há décadas?
- Depois só se vê pessoal a conduzir, em média, a 140 Km/h na auto-estrada e 110 Km/h nos itinerários complementares e, claro, a ser multado por excesso de velocidade.
03/07/2009
It's Evolution, baby!

Com equipamento a condizer, não faltou quem tentasse matar uma serpente virtual com o belo do cajado. Tecnicamente, o sr. Manuel queria "enfiar o cajado na boca da cobra", por não gostar de tais bichos. Felizmente, ninguém saiu da sessão com um galo na cabeça. Em suma, com ou sem manobras perigosas da assistência, o progresso da tecnologia encantou os meus conterrâneos.
- "Ahhhh, que côsa más linda!"
07/05/2009
Novas tecnologias no futebol?
Ainda assim, o jogo Chelsea 1 - 1 Barcelona de ontem foi um autêntico festival de erros de arbitragem. Não foi um nem dois, foram imensos erros e não apenas confinados à grande área da equipa espanhola. A este nível competitivo, com tanta implicação de diversa natureza metida pelo meio, o Chelsea tem muitas razões de queixa.
16/02/2009
Periodização Táctica e treino de jovens

De uma forma geral, desde o período preparatório que é apanágio treinar-se com intensidades elevadas (Oliveira, 2005; Aroso, 2006; Alves, 2008). Nos escalões de formação de base, a aprendizagem das dimensões técnica e táctica não é um processo imediato, requerendo mais o volume que a intensidade, no intuito de aperfeiçoar acções técnicas, desenvolver a capacidade de raciocínio táctico, evitando, por outro lado, o insucesso que conduz à saturação, desistência e abandono do processo de treino e competição (Stafford, 2005). Obviamente que, para desenvolver a estrutura de rendimento complexo do jogo, é fundamental submeter as crianças/jovens a situações de jogo ou competições que sejam do ponto de vista fisiológico exigentes, embora essa não seja uma condição determinante nos primeiros passos dados no âmbito do treino desportivo.
Uma das questões essenciais na formação do jovem praticante de qualquer modalidade desportiva colectiva é a relação estabelecida entre os princípios da multilateralidade e da especificidade. Ambos são determinantes, porém a sua importância relativa não é estanque ao longo do processo, devendo o treinador procurar consagrar cumulativamente o papel destes dois princípios no decurso de cada etapa de formação. O princípio orientador da Periodização Táctica é, precisamente, a especificidade, havendo pouco tempo para o trabalho de carácter geral ou multilateral.
Nestas idades, sobretudo no escalão Escolas (Sub 11), a estrutura cognitiva das crianças não permite a assimilação e retenção integral de conceitos abstractos. Como tal, a aprendizagem na dimensão táctica é restrita, devendo cingir-se a pouco mais que aos princípios específicos (ofensivos e defensivos), através de jogos reduzidos e/ou condicionados (Pacheco, 2001; Stafford, 2005). Por isso, o objectivo passa por dotar as crianças/jovens de simples regras de acção para solucionar problemas resultantes do contexto situacional do jogo e não propiciar uma aquisição progressiva de princípios e sub-princípios, conducentes a uma dinâmica organizada do “jogar” da equipa, em pleno respeito pelo modelo de jogo. Pretende-se que os jovens aprendam a pensar e a tomar decisões de forma autónoma, independentemente de factores extrínsecos que condicionem a manifestação do seu potencial individual, sejam eles o modelo de jogo a cumprir ou a obediência, célere e eficaz, de ordens provenientes do treinador (Ajamil & Escalona, 1998)."
03/12/2008
A Verdade anda por aí!
A reencarnação.
A evidência de vidas passadas tem merecido a atenção de inúmeros especialistas no estudo da mente humana (psiquiatras, psicólogos, médicos, etc.). Os casos, os argumentos e as provas começam a acumular-se no sentido de explicar fenómenos ditos paranormais.
Alguns especialistas, homens de sucesso, de reconhecida competência na investigação destes fenómenos e que nada têm de "charlatões", avançam com conclusões bem interessantes. Como é de esperar, estes assuntos levantam sempre enorme cepticismo e explicações alternativas, porém não podemos deixar de ter as nossas mentes bem abertas para pensar sobre estes acontecimentos, até porque, como adiantam os investigadores das mais diversas áreas do conhecimento científico, a nossa existência não se remete apenas para uma dimensão física, mas também para algo que a transcende.
22/07/2008
Um problema?
Os princípios específicos derivam das unidades estruturais funcionais, que são constituídas momentaneamente pelo jogador em posse de bola e elementos pertencentes às duas equipas (companheiros e adversários), com as respectivas funções de auxílio e perturbação ao raciocínio táctico do portador da bola e posicionando-se até uma distância não superior a 15 metros (centro do jogo). Por sua vez, os princípios gerais ocorrem no envolvimento às unidades estruturais funcionais (Castelo, 2004). Os princípios específicos ofensivos são, segundo o mesmo autor (2004), a penetração (1º atacante), a cobertura ofensiva (2º atacante) e a mobilidade (3º atacante), ao que correspondem a contenção (1º defesa), a cobertura defensiva (2ª defesa) e o equilíbrio (3º defesa), como princípios específicos defensivos.
Em suma, a configuração do jogo apresentada aos praticantes decorrente do arranjo particular dos seus elementos estruturais, implica repercussões ao nível dos problemas que derivam do contexto situacional e, por inerência, ao nível das acções táctico-técnicas que são produzidas (Borba et al., 2007). Neste sentido, importa clarificar o modo como a manipulação dos elementos estruturais do jogo, nomeadamente, os espaciais (dimensões do espaço) e os numéricos (número de jogadores em função do espaço de jogo; inferioridade, igualdade ou superioridade numérica), afecta a aquisição e a retenção dos princípios específicos do jogo, tanto na vertente defensiva, como na vertente ofensiva.
Referências
Borba, R., Barreto, H. & Barreiros, J. (2007). Encolhendo o espaço de jogo: insights para a compreensão do desenvolvimento táctico-técnico da criança. In J. Barreiros, R. Cordovil & S. Carvalheiro (Eds.), Desenvolvimento motor da criança (pp. 61 – 69). Lisboa: Edições FMH.
Castelo, J. (2004). Futebol – Organização dinâmica do jogo. Lisboa: Edições FMH.
Pacheco, R. (2001). O ensino do futebol. Futebol 7 – um jogo de iniciação ao futebol de 11. Edição do autor, 1ª edição.
24/02/2008
A insatisfação do Eu como fenómeno cultural
O público em geral é constantemente bombardeado com imagens normativas que definem os ideais de beleza, de saúde e de fitness. Num estudo levado a cabo por Fragoso et al., em 2002, na Faculdade de Motricidade Humana, foram comparadas as dimensões da Barbie e do Ken com as dos alunos daquela instituição (78 alunos e 86 alunas). Curiosamente, foi concluído que "as representações de dimorfismo que fazemos a partir destes bonecos é errónea, porque apresenta o Ken mais musculado que a realidade masculina e a Barbie mais linear que a realidade feminina". As variáveis antropométricas utilizadas no estudo (diâmetros, perímetros e comprimentos morfológicos), comprovam que "nem a população do sexo masculino tem a robustez óssea semelhante à do Ken, nem a população do sexo feminino tem a fragilidade óssea tão grande como apresentada pela Barbie".
Os resultados são esclarecedores: estes simples "modelos de inspiração morfológica", sobre o qual existem milhares de sítios na internet, passam ao público infanto-juvenil uma imagem (errada) de grande linearidade e fragilidade segmentar, sobretudo para o sexo feminino. A representação do corpo fica deturpada pela concepção de corpo transmitida pela sociedade, numa determinada época, e actualmente tende a alimentar a insatisfação que surge em relação ao nosso corpo. A principal autora do estudo supra-citado acrescenta ainda que: "Isto é especialmente verdade nas mulheres, para quem a distância entre o possível e as imagens oferecidas é realmente desconcertante".
09/02/2008
Especialização: estratégia a longo prazo?

14/10/2007
Deixa-me perceber...
22/07/2007
20/08/2006
Obesidade Vs. Fome: uma luta desigual.

20/07/2006
Hipertrofia Instantânea
Foi ontem à tarde nas piscinas onde faço vigilância. Um grupo de rapazes por volta dos 18 anos, mais um puto com os seus 11/12, estavam a jogar à bola e num momento de menor precisão, lá vai o "esférico" para cima do muro. Quem foi buscar a dita cuja, adivinhem só: o puto (claro!).
Trepou colocando os pés nas brechas entre as pedras, agarrou na bola e foi literalmente atacado por vespas. Não eram 2 ou 3, diz quem viu que eram, no mínimo, uma dúzia. O puto:
Dadas as tais 3 ou 4 voltas de pura aflição, conseguiu-se livrar dos insectos, contudo com 8 picadas por todo o corpo. Desde o calcanhar esquerdo, até ao braço direito, passando pela zona lombar, só não apanhou o rosto...
Resultado: saiu da piscina com um cabedal de fazer inveja a qualquer um desses "armários" que levam a encher nos ginásios diariamente. A fórmula é inovadora: queres ficar com grande caparro, sem perder meses e meses de ferro para baixo e para cima? Mete-te no meio de vespas ou abelhas, não sem antes confirmar se és ou não portador de alergia às suas picadas...