27/08/2007

Um atalho trágico...

Não era suposto, mas tem acontecido com mais frequência.

Marc-Vivian Foe (28 anos - 2003), Miklós Féher (24 anos - 2004) e agora Antonio Puerta (22 anos, ainda em estado crítico) são os exemplos mais recentes e mediáticos da fragilidade do ser humano. Situações altamente contraditórias que merecem o nosso constragimento e a nossa reflexão, até porque pode acontecer connosco, ou com algum familiar ou amigo.

Como pode tal fatalidade acontecer a jovens desportistas altamente treinados e com acompanhamento médico permanente e específico?

A complexidade do organismo humano é tão acentuada que certos problemas são indetectáveis, mesmo perante os exames considerados como os mais avançados na actualidade. Por outro lado, as exigências desportivas levam progressivamente o ser humano aos limites das suas capacidades, aumentando as probabilidades deste claudicar face a anomalias morfológicas e/ou funcionais do organismo.

Mais grave parece ser o panorama do Futebol amador, que engloba milhares de praticantes só em Portugal e muitos milhões no planeta. Os exames médico-desportivos efectuados, baseados no histórico familiar, na auscultação e no ECG (Electrocardiograma) para determinar problemas cardiovasculares (cardiopatias), é insuficiente. Um ECG fornece-nos o registo da actividade eléctrica do coração em repouso. Ora, como devem imaginar, quando praticamos actividade física, seja ela qual for, o nosso coração tem um funcionamento diferente de quando estamos em repouso, portanto, falamos de um exame que não é específico e não nos põe a par de todas as cardiopatias que um jogador/atleta pode padecer.

Agora penso: Se um puto meu desmaia num treino ou num jogo, seria um dos que teria sido dado como APTO no início da época. Fico apreensivo. E os restantes milhões por esse mundo fora que nem os exames mais básicos fazem?

Força Puerta, torço por ti!

Um triplo salto para o Ouro.

Nélson Évora, o homem de momento! 17,74 metros foi a marca (record pessoal e nacional) do novo campeão mundial, arrasando os adversários de peso que se apresentaram em Osaka.

Magnífico!

Vamos lá ver se os directores dos diários desportivos portugueses lhe dão o destaque que merece.

20/08/2007

Peca por tardio...

Vamos lá ver se com poucos ovos, José António Camacho consegue fazer omoletas. Felizmente, agora temos um bom "cozinheiro".

A imprensa escreve que mais reforços virão com o aval do novo treinador. De facto, é urgente equilibrar o plantel.

Fui apanhado desprevenido com a notícia, mas fiquei satisfeito, não tanto pela saída do Fernando Santos, mas fundamentalmente pelo regresso do Camacho, uma espécie de D. Sebastião para os adeptos benfiquistas.

A pergunta que agora se coloca é: até onde poderá chegar este novo Benfica?

19/08/2007

Opeth - To rid the disease (2003)

Os suecos Opeth, não sendo uma banda muito conhecida no panorama nacional, deram os primeiros passos no mundo da música em 1990. O seu estilo é bastante marcado pelo heavy metal, mas também com influências de jazz, rock progressivo, blues e folk. Esta música faz parte do alinhamento do albúm Damnation, lançado em 2003. Neste registo, a banda procurou mostrar a vertente mais melódica da sua sonoridade, abulindo a distorção característica das suas guitarras e os tons graves do seu vocalista Mikael Åkerfeldt.

Na minha opinião, uma boa música é aquela que tem a capacidade de "mexer" connosco, isto é, de "brincar" com as nossas emoções, quer através da sua letra e/ou da sua sonoridade. Sempre que ouço este tema fico todo arrepiado, mesmo não estando ligado a nenhum episódio marcante da minha vida... pelo menos que conste no meu consciente.

Começo Aziago

Foi por dois pontos que o SL Benfica perdeu a Liga 2006/2007 para o FC Porto. Pois bem, já na primeira jornada da época 2007/2008 cede uma vantagem de dois pontos aos seus eternos rivais.

O mister Santos alega que a equipa precisa de mais tempo, embora precise de mais qualidade, uma vez que as saídas de Miccoli, Simão, Manuel Fernandes e as frequentes lesões não foram devidamente equacionadas na definição do novo plantel.

Parece-me óbvio que dos três grandes, o Benfica é a equipa que menos capacidade demonstra para lutar pelo título, pelo menos até ao momento. Mais que rigor nos aspectos táctico-técnicos, a equipa carece de estabilidade psicológica. Não se admite que uma equipa aspirante ao título ceda um empate após ter adquirido vantagem no minuto 90.

Uma equipa controla o jogo quando detém a posse de bola. Então, se o Benfica fez questão de jogar, na segunda parte, 40 minutos instalado no meio-campo do Leixões, porque não manter a mesma atitude depois do golo marcado? Poderá também ter passado por uma questão estratégica que não concordo: recuar para defender o resultado. Julgo, não querendo retirar mérito ao Leixões, que o empate resulta assim de dois factores negligenciados pelo Benfica: atitude e estratégia. Ambos são treináveis.

Aguardemos pelos próximos capítulos.

14/08/2007

A Saúde Portuguesa: SIMPLEX!


12 de Agosto de 2007 - Domingo
14h40 - Entrada no SAP de Monchique para consulta.
14h50 - Fui atendido pelo médico de serviço que me comunica: "Tem que tirar radiografia no Hospital de Portimão.".
15h10 - Viagem para o Hospital do Barlavento Algarvio, no qual dou entrada às 15h40.
16h10 - Após 20 minutos numa primeira sala de espera (por mim designada como Sala A), sou chamado à sala de triagem, onde a seguir a um breve inquérito me dão uma pulseira com um traço amarelo (situação urgente).
16h45 - Sou atendido por um médico proveniente de um país de leste, depois de 35 minutos na Sala A. Após análise clínica ao meu tornozelo solicita um Raio-X. Pergunto-me para que serviu a minha visita ao SAP de Monchique, não tinha já passado esta fase?
16h50 - Sento-me numa outra sala de espera (por mim apelidada de Sala B) e aguardo que me chamem para Raio-X.
16h57 - Sou chamado para Raio-X. Percorro um corredor de aproximadamente 30 metros e aguardo a minha vez numa terceira sala de espera (Sala C).
17h03 - Entro no serviço de Radiologia para efectuar os exames.
17h06 - Volto à Sala B e aguardo chamada do médico.
17h15 - Sou novamente atendido pelo médico de leste que, ao observar minuciosamente as radiografias, conclui que tenho de fazer mais "chapas".
17h20 - Volto à Sala B e aguardo que me chamem ao serviço de Radiologia.
17h26 - Sou chamado para novos Raios-X, sendo atendido de imediato sem necessitar de esperar na Sala C.
17h30 - Já com as "chapas" tiradas, regresso à Sala B para... ufa... aguardar.
18h10 - Sou novamente atendido pelo médico de leste, que me informa para voltar para a Sala B, pois os exames realizados ainda não chegaram, via internet, ao computador do balcão n.º 2 de clínica geral. "Mas doutor, foram tirados há 40 minutos.", declaro-lhe. "Mais 15 minutos volto a chamá-lo", responde o clínico. Volto à Sala B.
19h15 - O médico chama-me pela quarta vez, já com o resultado das últimas radiografias. Confirma-se: "Não há fractura!", mas quer uma opinião do ortopedista que está no bloco operatório... Volto à Sala B, agora sob a responsabilidade do especialista.
19h30 - "Chama-se Carlos Almeida ao bloco de Ortopedia", soa no comunicador. O médico vê as radiografias, olha para o pé e diagnostica: "entorse, há ruptura parcial do feixe anterior dos ligamentos, mas não está nada partido". Depois das recomendações, a enfermeira faz a ligadura e despedimo-nos.
19h37 - Realizo o pagamento, recebo os recibos e saio do hospital.
Um domingo em grande não haja dúvidas. SIMPLEX!

08/08/2007

A magia da ingenuidade

Local: Praia da Ilha de Cabanas de Tavira.

Contexto: Férias Desportivas de Monchique; Grupo A - dos 6 aos 10 anos; Actividade de lançamento de papagaios.

Situação: Primeira ida ao banho...

Mariana (8 anos): - Oh professor, veja lá, a água está cheia de alface.

Joana (8 anos): - Duhh, não é nada alface, é couve!

Fui incapaz de me intrometer na discussão. Fiquei apenas a observar aquele momento mágico e divertido. Mais tarde esclareci que eram algas e não alfaces ou couves. As pequenas, que entretanto tinham espalhado a ideia da alface por cerca de duas dezenas de colegas, fitaram-me desiludidas por ser algo que não conheciam. Ainda assim, voltaram para casa contentes por terem estado na "praia da alface"... a fazer "voar papagaios".

Quem sou eu para contrariar?