14/10/2007

Deixa-me perceber...

Sonhei e acordei em sobressalto.

- Caramba, parecia mesmo real - pensei ainda aparvalhado. Quem eram aquelas pessoas? Aquele local, tão familiar, mas simultaneamente tão vago e distante. Procuro interpretar ou deixo-me ficar pelo "é-só-um-sonho". A segunda hipótese traduz uma inércia que não valida o meu pensamento, não gosto. Vamos à primeira.

Lembro-me das aulas de Psicologia no secundário. Tratámos Sigmund Freud, um pouco superficialmente, pórem ainda me recordo de algumas coisas. Fico constrangido por nunca ter lido a Interpretação dos Sonhos deste senhor. Solução: google.

Dou de caras com "Guias para a interpretação dos sonhos". Demasiado fácil, não me seduz. Leio Freud: "id, ego e superego", "pulsões sexuais", "divisão do consciente e inconsciente", "libido", "os seres humanos nascem 'polimorficamente preversos'". Pois, ainda não esclarece completamente. Eis que dou com este pdf: A Mensagem dos Sonhos - Uma Análise.

"A tentativa que se queira fazer de interpretar de forma linear e pragmática os sonhos, leva fatalmente a equívocos, pois cada sonho traz uma mensagem particular e própria, referente ao sonhador." Sim, concordo. O sonho é parte integrante da própria pessoa, disso não há grandes dúvidas.

"Os livros que trazem interpretações colectivas e simplistas dos sonhos são suspeitos, e aproximam-se do charlatanismo". Foi precisamente por isto que recusei aceder aos tais guias para interpretação dos sonhos. Receitas fáceis para assuntos complexos e dúbios, geralmente dá sempre asneira.

"O sonho não deve ser entendido como sendo estritamente a resultante das actividades realizadas pelo sonhador durante o dia. A maioria dos sonhos não contém elementos de experiências diurnas. (...) Na maioria deles, o conteúdo diz respeito a compensações psíquicas da vida consciente, bem como a tentativas de correcção de rumo da vida do sonhador". Não deixa de ser bastante lógico. As tais pessoas no meu sonho e o próprio local poderão ter surgido dos calabouços do meu inconsciente, sem necessariamente serem "elementos reais". Quanto à tentativa de correcção do meu rumo de vida, poderá não ser de todo descabido.

De uma coisa estou certo, não devo dar muita importância às imagens que ainda me percorrem os neurónios, mas lá que foi bom... foi mesmo!

1 comentário:

Anónimo disse...

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