08/12/2007

Contra a corrente


Remar, remar. Vejo o horizonte bem longe, embora o caminho seja perceptível. Continuo a remar contra uma maré que não me ajuda. Tenho uma de duas hipóteses: ou desisto e vou por água abaixo, certamente a mais económica; ou continuo a remar suplantando todas as adversidades, uma a uma, com coragem e determinação, impondo sucessivamente mais energia nas minhas acções.

Hoje apetece-me desistir, porque estou mesmo cansado de remar. O sorriso está fechado e nada me motiva para chegar a um horizonte que parece não ter fim.

Talvez amanhã acorde no lado certo da cama e um raio de luz me faça despertar para levar o barco um pouco mais além. É tão frustrante dependermos do hipotético: se X, logo Y; se Z, logo H, o que nem sempre se confirma.

Vem uma onda bem grande na minha direcção, remo para a subir ou vou às cambalhotas com ela? O que hoje é um dilema, talvez (aqui está o "malvado" do hipotético) amanhã não seja.

Remar, remar. Até breve.

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