09/05/2012

9 de Maio

9 de Maio. Um dia como tantos outros. Acordei de garganta seca, a arranhar. Culpei a mudança do tempo. Dia da Europa. Dizem que é no nosso canto ibérico que existe um povo que não governa, nem se deixa governar. Quem consome a atualidade noticiosa decerto não ficará indiferente à situação “grega”; na verdadeira aceção da palavra. Para além da Taça do Euro 2004, levaram também a ingovernabilidade. Tudo é transmissível.

A rotina tomou conta de mim. Fui para o trabalho. Caminhei debaixo de um sol abrasador. As folhas pareciam-me mais verdes, o céu mais azul, ainda que fosse um dia como tantos outros. No trabalho, um livro deixado por um amigo de infância: Como Deus Manda de Niccoló Ammaniti. Não é um livro qualquer; é um livro dado por um escritor; só pode ser bom! A ler.

Aulas. Crianças. Movimento. Sorrisos. Alegria.

Almoço. Com quem mais poderia ser, senão com a pessoa que nos colocou no mundo?

Trabalho. Sol abrasador. Calor agoniante. Alunos “novos”. Dor de cabeça. Partilha do bolo com os colegas. Picar o ponto. 

Futebol. Treino. Emoção. Prazer. Circulação da bola. A atenção aos princípios “cobertura defensiva” e “equilíbrio”. Satisfeito. Distribuição dos 24 pastéis de nata. Cansado.

Casa. Responder às sms de amigos. Atender alguns telefonemas e ouvir a voz de outros significantes. Uma delícia. Facebook, mais de 100 publicações no mural. Tanta gente? Uma certa anestesia para a dor de cabeça.

Jantar. Família. A simplicidade sempre foi apanágio da minha existência.

9 de Maio. Descanso com o peso de mais um, que me fará relembrar que o número anterior não me derrubou nesta batalha que é a vida.

2 comentários:

Mãe disse...

9 de maio. Será um dia como tantos outros para muitos. Para mim será sempre um dia muito especial.

Carlos Humberto Almeida disse...

Mãe,

O registo em si será sempre especial, o conteúdo do dia foi como tantos outros, o que não implica que seja algo negativo. :)

Beijinhos,

CA