A minha equipa, Infantis do J. D. Monchiquense, perdeu 2 - 10, depois de termos feito uma primeira parte de bom nível. Ao intervalo o resultado era 1 - 1 e o C. F. Esperança de Lagos apenas empatou a 2 minutos do descanço.
Perguntam vocês: como é possível isso acontecer?
Na verdade, até a mim me custa a acreditar. A equipa tem assimilado bem os conteúdos táctico-técnicos do modelo de jogo, treina regularmente com bons índices de empenho e tem qualidade. Ao invés, apercebi-me que tenho um trabalho gigantesco pela frente em termos psicológicos, senão vejamos: a) alguns jogadores influentes desistem perante resultados desfavoráveis; b) quase todos eles vêm de uma época no Futsal, onde obtiveram bastantes vitórias por resultados desnivelados; c) o nível competitivo no Futebol 7 é superior ao Futsal.
Estamos na presença de um processo de transição, no qual a aprendizagem tem que ser bem gerida. Não frustar, sem desresponsabilizar!
O interessante é que... o Futebol é isto mesmo, até nas camadas jovens: uma busca constante do sucesso face às adversidades com que nos deparamos. Sucesso, para mim, é a formação dos "meus putos", como costumo chamar, e as adversidades são a unidade orgânica de alta complexidade que cada jovem representa e a necessidade de compatibilizá-la com outras unidades altamente complexas que definem o conceito de equipa. Este é o nosso fim: formar jogadores de Futebol e, sobretudo, cidadãos saudáveis e responsáveis perante a sua própria existência e a dos outros.
O desafio é enorme, mas quero assumi-lo. Venham os próximos treinos.