26/06/2008

Síndrome de Insuficiência Permanente

A selecção portuguesa voltou novamente a ficar aquém das expectativas. Talvez sejamos nós portugueses que exorbitamos de tal modo o valor da nossa equipa, colocando-a num patamar que tarda em conseguir alcançar - um grande título (europeu ou mundial).

A conclusão que se tira é que falta sempre qualquer coisa, numa lógica de insuficiência um tanto ou quanto dúbia.

Nos primeiros jogos a equipa foi maravilhosa, com prestações espectaculares, no entanto, por coincidência ou não, após a revelação da ida de Luiz Felipe Scolari para o Chelsea FC, sofremos duas derrotas associadas a desempenhos menos conseguidos da equipa no global. É um assunto discutível, mas não creio que tenha sido benéfico para o grupo.

Quanto à escolha dos jogadores, admiro a confiança que o ex-seleccionador depositou em alguns deles, mesmo não merecendo a presença no EURO. No onze em si, notou-se duas insuficiências posicionais graves numa equipa que podia ser campeã europeia: um guarda-redes (que geralmente se diz ser "meia-equipa") e um lateral esquerdo de raiz.

Por último, de salientar os inúmeros erros no posicionamento defensivo da equipa perante a Alemanha. Podemos especular: situação fruto da imprevisibilidade do próprio jogo ou pouco trabalho de casa em relação a esta matéria?

O ciclo foi cumprido. Scolari elevou Portugal a um nível jamais atingido e, embora não tenha vencido nada, concedeu prestígio à nossa selecção. Ainda assim, a história lembrar-se-á apenas dos vencedores e dos campeões, pelo que objectivos não podem faltar à equipa nacional de Portugal.

Sem comentários: