04/09/2007

Não é defeito, é feitio!

No fim-de-semana que passou consegui exceder as minhas melhores expectativas e segui, não dois nem três jogos de futebol, mas cinco (!). Não costumo ter paciência para tanto, talvez seja pecúlio do início da época.

Das cinco transmissões televisivas, acompanhei três jogos da Premier League (Liverpool - Derby County; Manchester United - Sunderland; Aston Villa - Chelsea) e dois jogos da Bwin Liga (Sporting - Belenenses; Nacional - Benfica).

Não é novidade nenhuma que existem diferenças marcantes entre as nossas equipas e as que são provenientes de Inglaterra. Banalmente, somos confrontados com a expressão "diferentes estilos de futebol", o que quer que isso signifique. Tal não deriva das regras, porque são as mesmas, mas sim da interpretação das regras e aí, confesso, irrita-me ver um jogo de futebol da nossa Liga, após ter acompanhado um ou mais encontros da Premier League. Apita-se por tudo e por nada.

Senão vejamos as estatísticas, em termos de faltas, dos cinco jogos:

Liverpool 14 - 10 Derby County (Total = 24 faltas);

Manchester United 10 - 7 Sunderland (Total = 17 faltas);

Aston Villa 11 - 17 Chelsea (Total = 28 faltas);

Sporting 19 - 17 Belenenses (total = 36 faltas);

Nacional 14 - 16 Benfica (Total = 30 faltas).

Em qualquer um dos jogos da Premier League foram cometidas menos faltas que nos jogos da Bwin Liga, e esse parâmetro traduz, de certo modo, a qualidade do jogo (menos "tempos mortos" e, consequentemente, um ritmo de jogo mais elevado).

No meio disto tudo, quem são os culpados? Árbitros, jogadores, dirigentes ou adeptos? Distribui-se o mal pelas aldeias. Não há profissionalização na arbitragem como em Inglaterra; decisões menos correctas são objecto de polémica imediata, muitas vezes desencadeadas por dirigentes incompetentes para encobrir os seus erros de gestão; os próprios jogadores fazem questão, perante pequenos toques, de se atirarem para o chão; etc... Somos todos culpados, pelo que também deveríamos ser "culpados" por tomar medidas para evitar esta questão podre do nosso futebol e do nosso desporto.

Árbtiros profissionais precisam-se, assim como de agentes desportivos capazes de lidar seriamente com este fenómeno que movimenta milhões de pessoas no nosso país.

Sejamos coerentes!

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