13/09/2007

O caso "Scolari"

Luiz Felipe Scolari errou. Como seria de esperar, a nação, de Norte a Sul do país, pede a "cabeça" do treinador.

As opções de Scolari nunca foram muito consentâneas entre o povo português, contudo, os sucessivos êxitos da nossa selecção no passado recente abafaram os vultos da discórdia. Pela primeira vez desde que o ex-campeão mundial - e referiro-o propositamente - assumiu a selecção portuguesa, estão reunidas as condições para o porem a andar.

Com o apuramento para o Europeu em risco, como o culminar de opções estratégicas duvidosas, não só em períodos pré-competitivos (a selecção de alguns jogadores não utilizados nos seus clubes), como em momentos de competição (por exemplo, as substituições), eis que surge a "cereja no topo do bolo": uma tentativa de agressão a um jogador sérvio. Um autêntico escândalo, inclusivamente já se fala em irradiação do futebol, o que na minha humilde opinião é um abuso. Certamente que será castigado, mas só quem participa ou participou em jogos oficiais de futebol, independentemente do nível competitivo, sabe que, por vezes, é muito difícil manter o controlo emocional. Não é um escândalo, é a natureza humana, por demais susceptível quando se está sob (intensa) pressão, como foi o caso do Scolari.

Não duvido das suas competências como treinador, até porque foi campeão mundial e não é qualquer um que o é, mesmo dispondo dos melhores jogadores do mundo no grupo de trabalho.

Não creio que ele continue à frente da selecção depois deste rol de acontecimentos, embora ainda acredite convictamente no apuramento da selecção portuguesa para o Euro 2008. Pelo que fez por Portugal, a deixar o cargo será uma despedida bastante imerecida para Scolari.

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